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sábado, 19 de maio de 2012

Vereadores afirmam: não sabiam da audiência



* Por Fábio Sena
O presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Vasconcelos, “quebrou o protocolo” na sessão desta sexta-feira para assegurar que um grupo de gays, lésbicas e travestis, articulados pela presidente do Grupo de Lésbicas Safo, fizesse uso da Tribuna Livre para reclamar do que consideraram uma falta de respeito: a ausência dos parlamentares à Audiência Pública para Celebração do Dia Municipal de Combate à Homofobia. Ele fez questão de informar que a audiência pública realizada na quinta-feira não foi uma atividade solicitada pela Câmara e destacou que, por ser a Câmara um espaço democrático, todos têm o direito de se expressar livremente.

Quando Fernando Vasconcelos decidiu, unilateralmente, por abrir o espaço – quebrando acertadamente um acordo de bancadas segundo o qual só seriam permitidas manifestações na Tribuna mediante encaminhamento de ofício com antecedência – os manifestantes estavam promovendo um verdadeiro “apitaço” e gritavam palavras de ordem contra a Câmara e contra os vereadores, e praticamente inviabilizaram a discussão acerca da necessidade de uma Unidade de Internação Provisória para Vitória da Conquista.



Assim, depois que o presidente do PCdoB, Marcos Andrade, agradeceu a homenagem da Câmara pelos 90 de seu partido, subiu à Tribuna Danilo Bittencourt, Assessor Técnico de Políticas para a Diversidade Sexual da Prefeitura Municipal, que tinha ao seu dispor três minutos mas usou apenas dois minutos e cinqüenta segundos para rasgar o verbo contra os vereadores, não poupando a nenhum deles. Entre outras coisas, disse que a Câmara deveria ser totalmente renovada, pois “esta Casa não tem políticas específicas para gays, lésbicas e travestis. Foi lamentável a ausência dos vereadores”.

Os dois líderes da Casa – o do governo e o da Oposição – também falaram. O situacionista Gildásio Silveira afirmou que a Câmara jamais se recusou a discutir qualquer assunto e aconselhou: “A ação do Movimento LGBT não pode ser transformada em questão político-partidária”, disse. Arlindo Rebouças reconheceu a falha dos vereadores em não comparecer na audiência do Movimento LGBT, pediu desculpas mas afirmou não ter sido convidado para o evento.

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