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sábado, 6 de agosto de 2016

COESO: Sem medo de ser feliz!

"Por isso, devemos compreender que as eleições são mais um espaço, não o único, para apresentar propostas e dialogar com as pautas da sociedade comprometida com estas lutas sociopolíticas visando disputar politicamente com candidaturas oportunistas, conservadoras, fascistas e retrogradas."

*por Herberson Sonkha


Léo Oliveira:  "a humanidade é desumana"
A candidatura do jovem Léo Oliveira é uma proposta coletiva de construção de espaço político de dialogo permanente para transformação política da sociedade, tocado pela juventude que atua em diversos movimentos sociais. Por isso, esta frase é a tônica da juventude na política porque ainda articula os movimentos das classes trabalhadoras,s movimentos sociais , culturais, religiosos e de jovens intelectuais que ousam superar a opressão e a exploração do Capital que mantem a ordem burguesa contra quem vive do trabalho e as populações subjugadas pelo capitalismo. O medo ainda é a pior das facetas perversas do capitalismo uma vez que cumpre uma função de controle social. Contudo, sua ruptura não é fácil porque o horror ainda causa pânico e emudecimento das populações historicamente fragilizadas. Por isso, devemos compreender que as eleições são mais um espaço, não o único, para apresentar propostas e dialogar com as pautas da sociedade comprometida com estas lutas sociopolíticas visando disputar politicamente com candidaturas oportunistas, conservadoras, fascistas e retrogradas.


Por que devemos compreender nossos medos? Para combatê-los olhando nos olhos, afrontá-los com nossa militância que consolida nossa faculdade da visão para superar racionalmente cada investida fascista e reacionária contra a dignidade de alguém para assolapar a humanidade dos humanos. Como diria Renato Russo, “a humanidade é desumana”.  Isso fez com que ficássemos fora deste centro de poder exercido por meio da política.

Por muitos e muitos anos a política só era exercida por alguns poucos bem aventurados tidos como homens de bem. O acesso a este seleto clube era restrito aos homens que pertenciam às altas esferas de poder econômico social. Assim, pobre, pretos, mulheres (principalmente se fosse negra) e LGBT nem sonhavam em circular por estes espaços de poder, pois uma vez zé ninguém sua história de vida estava marcada para sempre como ninguém e, sendo assim, jamais seria convidado a tomar acento no banquete, muito menos preencher vaga que antes pertenciam exclusivamente aos insignes representantes do patriarcado e suas oligarquias com trânsito entre os bambambãs reconhecidos pela “boa nata” da sociedade.

Ser negro desde sempre foi uma condição cruel criada pelos senhores de engenho e mantido a ferro e fogo pelo perverso sistema socioeconômico e político denominado sistema escravista. A escravidão é excludente e manteve cárceres sinistros, ou melhor, criaram os guetos, favelas, palafitas e foram nos amontoando nas periferias das cidades. Sem apoio, sem acesso a escola para estudo ou sem as mínimas condições materiais que provessem estas populações, as populações afrodescendente foi amargando a marginalidade e fortalecendo estatísticas perversas de fome, desemprego, doenças e peregrinações Brasil a foram em busca de uma saída para sua situação de escravidão.

Ser negra neste país gigante e deslumbrantemente repleto de paisagens maravilhosas sempre foi uma das mais cruéis. Nenhuma alegação foi capaz de romper o silêncio da sociedade que por séculos manteve a violência contras as mulheres. Quem entre vós ousou qualificar a opressão escancarada contra elas como crime hediondo e inafiançável. Desde a Colônia a omissão transformou-se numa cultura de manutenção da violência que compulsoriamente emudecia as mulheres neste país, excepcionalmente as mulheres negras. Covardes e inauditos sempre teve nas paredes seu principal aliado na tortura domesticas das mulheres. Todas elas ainda são alvos fáceis da sanha destes porcos chauvinistas que semeiam desafetos e brutalidades com alegação cretina que são tentáculos da casa.

Ser LGBT neste país ainda continua sendo um obstáculo intransponível mantido por intransigentes desafios, quiçá transponível caso a luta pela humanização dos humanos ganhe chão e consciência. O LGBT é uma das mais desumanas condições de vida. Ainda não se concebe por direito a cidadania, títulos, estudos, intelectualidade e acesso a bens materiais com a mesma facilidade que as elites brancas e heterossexuais. A condição desta população LGBT, mesmo que tenha conseguido com esforço hercúleo próprio atingir todos os degraus, recebidos titulações exigidas por este tipo de sociabilidade, ainda sim continua sendo execrados e tidos com uma excrecência ou anomalia.

Pois, não se admite em hipótese alguma que, para além de uma orientação sexual, possam existir um ser humano dotados de todas as condições humanas, emocionais, materiais e intelectuais para viver harmoniosamente em sociedade sem ser achacada por enfrentar outra orientação sexual.  A luta política LGBT não busca superar a lesbo-homofobia para instaurar a ditadura LGBT, antes aspira amadurecer coletivamente as mentes e corações para conviver com outras sociabilidades com alteridade, sem abespinhar-se por receio a qualquer que seja a orientação sexual do ou da outra.

Estas questões ainda estão presentes na sociedade e causam problemas na convivência social, pois longe de resolvermos precisamos fortalecer o papel destes movimentos de emancipação. É cada vez mais gritante esta necessidade e, portanto, devemos nos organizar para pautar estes questões estruturais no sentido de desconstruir formas violentas de lgbtfobia e vislumbrar outra sociabilidade em que o ser humano não explore ser humano e que a liberdade de expressão, de amor e respeito seja a razão das vivencias coletivas e individuais.



Diante do exposto, apresento aos conquistenses estes desejos emancipatórios na certeza de podemos superar hábitos e costumes violentos e cruéis que tornam os humanos desumanos e idiotizados. É perfeitamente possível ampliarmos as políticas públicas de proteção e promoção destas populações LGBT’s em situação de vulnerabilidade socioeconômica e política. Nossa proposta passa por esta agenda coletiva de emancipação e rupturas sistêmicas com formas sociopolíticas envelhecidas que mantem a violência e medo como principal força de controle socioeconômico e político.

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