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terça-feira, 23 de setembro de 2014

“AO NOSSO DEUS MUDANÇA”


"Trata-se de um momento histórico extremamente complexo, onde a disputa entre os dois lados formadores da sociedade mundial, o velho conflito entre capital x trabalho volta à cena com força total."

* Por Professor João Paulo

Atualmente a palavra chave para qualquer discussão política é “MUDANÇA”, em todos os cantos ouvimos esse discurso como se fosse um desejo incontido de todos os seres humanos, como se todos realmente soubesse da necessidade de mudar, como se todos soubesse como fazer a mudança, como se todos soubessem para onde mudar.
Um discurso construído pelas elites que como sempre vão ganhando o espaço midiático de forma involuntária e a partir da mídia se estabelece como ideia coletiva para o senso comum, passando de involuntária para uma ideologia, que certamente vai servir aos interesses de alguns dos agentes envolvidos nas disputas políticas.
 
Inocentemente ela vai tirando o caráter de classe do debate faz todo mundo pensar que a “mudança” é algo que virá simplesmente trocando os dirigentes do Estado, mas se aprofundarmos o debate certamente verá que de todos que pregam a mudança apenas 1% é capaz de fato de afirmar caminhos para essa tal “mudança”.
Atualmente se tornou discursos dos adversários políticos do PT dos trabalhadores a afirmativa “que tudo está ruim”, por isso é preciso tirar o PT do poder e promover mudanças, esse discurso está tanto no senso comum, nas pessoas simples que não conseguem ler o mundo que os cerca, quanto em setores tidos como pensadores, acadêmicos ávidos pela “revolução”, militantes de partidos de extrema esquerda, que acreditam estarmos vivendo em um momento revolucionário e que a “vanguarda revolucionária” de Marx e Lênin, “está pronta para conduzir a revolta popular para a luta armada”.
O mais interessante que estes discursos sejam os de senso comum, quanto os da vanguarda revolucionária, partem do mesmo princípio. As bases para o pedido de mudança é o mesmo que foi plantado involuntariamente a partir da grande mídia burguesa. Como sempre aconteceu na história tanto o povo comum, quanto os militantes são determinados pela macroestrutura ideológica, não é obra do acaso que este pensamento cresça com força suficiente para dominar o coletivo imaginário de um povo, isto é fruto da ação formulada pelos setores dominantes da sociedade em que vivemos.
Ao contrario do que o imaginário popular acredita o Partido dos Trabalhadores não chegou ao poder no Brasil, ter assumido a direção do Estado de Direito Burguês, não significa que se tornou o dono do poder. Numa República burguesa, o poder é dividido em três, o Executivo, encarregado das execuções das ações do Estado, o Legislativo responsável pela fiscalização, elaboração de leis e aprovação das ações do Executivo e o Judiciário responsável para fazer-se cumprir as leis constituídas nos outros poderes. Estes são independentes e dividem a responsabilidade pela condução do Estado de Direito. E qualquer que seja o dirigente deste Estado, seja ele de qualquer partido político estará submetido às regras do Estado. A não ser, que seja feita uma Revolução, mudança radical na estrutura do Estado, aí poderá criar outro modelo de Estado ou suprimir definitivamente a existência de um Estado.
Voltando a questão das “mudanças”, como essas pessoas propõem mudanças se estão defendendo a permanência deste Estado? E o pior, que “mudanças” estão propondo se querem efetiva-la trazendo de volta ao poder as mesmas pessoas que durante séculos dirigiram o Estado? Duas perguntas importantes e passiveis de reflexão, que eu não pretendo fazer aqui, pois acredito que seja função de cada leitor fazê-las.
Os agentes colocados para a suposta mudança são os mesmo de outrora, são os mesmos projetos que desde a colonização veem determinando a vida do povo neste pequeno pedaço de terra de codinome Brasil, me assustei outro dia quando vi e ouvir um acadêmico propor a mudança via Marina Silva, a ex. Ex-católica da Teologia da Libertação que se converteu ao que há de mais conservador no Protestantismo Pentecostal, a ex-petista que rompeu e foi para o Partido Verde, rompendo logo após as eleições em que ela foi derrotada pelo PT seu ex-partido, aí iniciou um discurso de que nenhum partido político brasileiro servia para ela, participando da Rede de Sustentabilidade, que na realidade já parte do pressuposto burguês de preservação da natureza, “se cortar uma árvore, plante outra no lugar”.
Não conseguiu o registro do seu novo partido, e aí migrou urgentemente para o PSB, que há pouco tempo atrás teria avisado que não servia para ela. Agora como candidata deste partido, abandona os militantes orgânicos e se junta com empresários, latifundiários e banqueiros no intuito de garantir apoio financeiro para bancar seu projeto pessoal de ser presidente, rompendo com tudo que um dia defendeu para entrar no jogo político.
Do outro lado, temos reunidos todos das velhas elites em torno de um projeto que até mesmo a burguesia internacionalista abandonou o PSDB, partido que serviu aos interesses norte americano durante a década de 90 do século passado e que até bem pouco tempo era a “bola da vez”, foi abandonado por essa mesma elite, que como se muda de camisa, migraram para a campanha da “mudança” de Marina Silva, anulando o partido da candidata e trazendo para o centro da discussão figuras que agora servem aos novos planos desta burguesia internacional e internacionalista.
É esta a mudança que está sendo proposta no país neste momento, esse projeto não começa agora, na realidade se trata de um projeto maior, que vem sendo consolidado numa escala planetária, que aqui no Brasil estava usando um dos seus tentáculos, o PSDB, pois se tratava a dois anos do único caminho e que dava sinais claros que já nascia morto. Com a inesperada morte do candidato do PSB, Eduardo Campos, essa elite percebeu que havia terreno fértil para o investimento e assim o fez, condicionando a suposta mudança, a comoção pela insensata morte e construindo por traz desta insensatez um nome como expressão da “mudança”.
Este é o cenário que está colocado para as eleições e para a sociedade brasileira neste momento. Não quero parecer um militante do Partido dos Trabalhadores apaixonado, mas é difícil neste momento não deixar as emoções se envolverem, pois não é apenas mais uma eleição no Brasil ou em qualquer outro país do mundo. Trata-se de um momento histórico extremamente complexo, onde a disputa entre os dois lados formadores da sociedade mundial, o velho conflito entre capital x trabalho volta à cena com força total.
De um lado os Estados Unidos buscando mecanismos para manter e retomar o domínio econômico e político do planeta, que visivelmente diminuiu com o fracasso do projeto neoliberal. Do outro o Brasil e outros países emergentes tentando conquistar espaços políticos e econômicos outrora privilégios dos G7. Este conflito de classe fica claro com a criação do BRICS, mas recentemente do Banco BRICS, um banco de desenvolvimento mundial que nasce forte o suficiente para amedrontar os detentores do FMI, exatamente em um momento de crise profunda das estruturas do G7 o que cria um equilíbrio de forças políticas e econômicas dentro da estrutura do capitalismo.
Esse embrião de uma nova ordem mundial despertou a ira do grande capital ao ponto deste colocar todas suas ferramentas a serviço do enfrentamento político, parecido, por exemplo, com o que assistimos durante a Guerra Fria, disseminando uma ideologia mundial de negação de todas as forças de centro esquerda do mundo, ou alguém acredita que a derrota da Dinastia Gandhi na Índia foi obra do descontentamento popular apenas? Ou alguém acredita que os recentes conflitos envolvendo a Rússia são sós mais um ingênuo episódio do ódio eterno entre Estados Unidos e a antiga União Soviética? Que os ataques e o genocídio promovido por Israel contra o indefeso povo palestino é fruto de um conflito religioso histórico? Ou que os protestos no Brasil, na Argentina, na Venezuela não estão diretamente ligados e regidos pela mesma batuta? Mas uma vez ficam aí estas indagações para que o povo seja ele os ingênuos defensores da “mudança” a partir do senso comum, ou até os nossos revolucionários de carteirinha, acadêmicos e senhores do conhecimento possam está refletindo sobre o mundo que os cercam.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dona Jacy recebe alta e passa bem.

Foto: Herberson Sonkha 
 “...eu ouvir uma pessoa gritando baixinho. Com a voz embargada..."Binho me socorre que não estou aguentando mais de não poder respirar direito.” Seu filho Herberg diz isso com os olhos cheios de lagrimas.


* Por Herberson Sonkha

Após vários dias internada em estado grave na enfermaria do hospital Geral Prado Valadares (HGPV) sob os cuidados da equipe multiprofissional, Dona Jacy, recebe alta médica e já está em casa se recuperando do susto com apoio da família. A ex-técnica em enfermagem que trabalhou no antigo Hospital Crescêncio Silveira nos anos 60/70 e no Hospital São Vicente nos anos 80/90, ambos em Vitória da Conquista, e aposentou-se como servidora municipal de Manoel Vitorino trabalhando como técnica no PSF. Dona Jacy é filha de João Beltrão da Rocha e Laudelina Lima, pequenos agricultores que tinha fazenda na região de Boa Nova e Manoel Vitorino.


A aposentada Dona Jacy Souza Silva (70 anos) que deu entrada no Hospital Prado Valadares (Jequié) na manha de domingo (07/09) com desconforto respiratório, glicemia e pressão arterial descompensada e uma possível obstrução abdominal.  Após vários exames laboratoriais e diagnósticos por imagens descartou-se a obstrução e outros possíveis males decorrentes das doenças crônicas, que lhe acompanha há vários anos.


Atualmente Dona Jacy reside no município de Manoel Vitorino desde os anos 90, onde vive com seu filho Herberg Sousa Silva que passou a cuidar da rotina medicamentosa, da dieta alimentar e dos cuidados com a higiene pessoal. Seu outro filho Herberson Sousa Silva reside atualmente em Vitória da Conquista. Também residem em Manoel Vitorino seus irmãos Agileu e Gerson Beltrão e uma única irmã Alice Beltrão, sobrinha Bene e boa parte dos parentes materno e paterno. 
sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Carga tributária brasileira reforça as desigualdades, diz estudo


Foto: Arquivo/Agência Brasil

Estudo do Inesc e da Oxfam revela que os impostos punem mais os negros e as mulheres em relação aos brancos e aos homens.


Nos últimos anos o Brasil vem apresentando redução nas desigualdades de rendimentos medida pelo coeficiente de Gini[1], mas, o país ainda  está entre as 15 nações que mais concentram renda no mundo. O estudo “As implicações do sistema tributário brasileiro nas desigualdades de renda”, lançado nesta quinta-feira, 11/9, pelo Inesc e Oxfam afirma que um dos motivos dessa situação é elevada regressividade da carga tributária brasileira,que tem onerado consideravelmente os mais pobres e os assalariados do país, por meio de tributos indiretos que incidem sobre o consumo. 



Além disso, a pesquisa apresenta um balanço das principais medidas implementadas pelos poderes Legislativo e Executivo desde 1995 e aponta propostas para um sistema tributário mais justo, pautado por tributos diretos e progressivos, que onerem mais a renda e o patrimônio dos mais ricos.

Análises  

O estudo demonstra o sistema tributário adotado no país está concentrado em tributos indiretos e cumulativos que sobrecarregam os trabalhadores/as mais pobres, uma vez que mais da metade da arrecadação provém de tributos que incidem sobre bens e serviços, havendo baixa tributação sobre a renda e o patrimônio (veja a tabela 2 do estudo). As pessoas mais pobres e os trabalhadores assalariados são os responsáveis por 71,38% do montante de impostos, contribuições e taxas arrecadados pelo Fundo Público no Brasil.

A pesquisa também traz um levantamento inédito que analisa a regressividade do sistema tributário brasileiro, considerando a questão da desigualdade racial e de gênero no país. O estudo demonstra que a elevação de tributos sobre produtos que compõem a cesta básica, por exemplo, onera os mais pobres, particularmente os/as negros/as. Outro dado apontado pela pesquisa é que as mulheres negras pagam proporcionalmente, em relação aos seus rendimentos, muito mais tributos do que os homens brancos (confira a tabela 3 e tabela 4 da publicação).

A análise ainda demonstra que esse sistema tributário adotado no Brasil está na contramão do que o utilizado pelos países desenvolvidos. Conforme dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos países socialmente mais desenvolvidos a tributação sobre o patrimônio e a renda corresponde a cerca de 2/3 da arrecadação dos tributos. Nesses países, a elevada carga tributária está associada à redução da desigualdade de renda, ao contrário do que se observa no Brasil, que possui acentuada desigualdade a despeito da sua alta carga tributária. Isto é explicado pela regressividade do sistema tributário brasileiro (veja o gráfico 1).

Alterações legislativas no sistema tributário brasileiro

O segundo capítulo da publicação apresenta um balanço das principais medidas implementadas pelo Poder Executivo federal que agravaram as injustiças tributárias, entre elas estão: 1) a isenção de imposto de renda sobre lucros e dividendos distribuídos aos sócios capitalistas, incluindo as remessas para o exterior, medida aplicada no governo do Fernando Henrique Cardoso; 2) a redução do imposto de renda nas operações da bolsa de valores, a isenção do imposto de renda nas aplicações de títulos da dívida pública brasileira, implementadas no governo Lula; 3) as desonerações tributárias que implicam no “desfinanciamento” das políticas sociais, aplicadas durante o governo da Dilma Rousseff. 

Caminhos para um sistema tributário mais justo 

Responsável pela elaboração do estudo, Prof. Evilasio Salvador da Universidade de Brasília (UnB), ressalta alguns elementos para a construção de um sistema tributário que atue no sentido da redistribuição de renda e riqueza no país, reduzindo as desigualdades sociais no Brasil. De acordo com Salvador, é “necessário revogar algumas das alterações realizadas na legislação tributária infraconstitucional, após 1996, que sepultaram a isonomia tributária no Brasil, com o favorecimento da renda do capital em detrimento da renda do trabalho”. Conclui “que é necessário reorientar a tributação para que ela incida prioritariamente sobre o patrimônio e a renda dos contribuintes. O pilar do sistema tributário deve ser o Imposto de Renda, pois é o mais importante dos impostos diretos, capaz de garantir o caráter pessoal e a graduação de acordo com a capacidade econômica do contribuinte”, afirma.



[1] O coeficiente de Gini (ou índice de Gini) é um cálculo usado para medir a desigualdade social, tendo sido desenvolvido pelo  estatístico italiano Corrado Gini, em 1912. Este índice apresenta dados entre o número 0 e o número 1, no qual o número zero corresponde a uma completa igualdade na renda, isto é, todos detêm a mesma renda per capita , e o número um corresponde a uma completa desigualdade entre as rendas, ou seja, um indivíduo ou uma pequena parcela de uma população detém toda a renda e os demais nada têm.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Tudo sugere ação da CIA e assassinato de candidato à presidência, no Brasil

"A queda do avião que matou o candidato à presidência do Brasil Eduardo Campos, que estava em terceiro, na disputa eleitoral, atrás da atual presidenta e do candidato do partido conservador PSDB, abalou fortemente as chances de reeleição de Dilma Rousseff." 


A queda do avião que matou o candidato à presidência do Brasil Eduardo Campos, que estava em terceiro, na disputa eleitoral, atrás da atual presidenta e do candidato do partido conservador PSDB, abalou fortemente as chances de reeleição de Dilma Rousseff. Sucessora de Campos na corrida presidencial, ex-líder do Partido Verde, Marina Silva – ‘homem’ de George Soros, está agora com alguma chance de vir a derrotar Rousseff, no caso de a eleição chegar a um segundo turno. O fim do governo de Rousseff sinalizaria vitória para as atividades clandestinas do governo Obama para eliminar de cena vários governos progressistas em toda a América Latina.

Revisão do período pós-2ª Guerra Mundial revela que, de todos os meios que os serviços de inteligência usaram para eliminar pessoas que viam como ameaças econômicas e políticas, o assassinato por derrubada de avião está em segundo lugar; antes, só assassinatos por armas de fogo; depois, vêm acidentes de automóvel e envenenamento, como modus operandi preferencial da Agência Central de Inteligência dos EUA, CIA, para seus assassinatos políticos.

Os seguintes casos são os principais sobre os quais pesam muitas suspeitas de terem sido resultado de ação de uma ou mais agências de inteligência dos EUA, para pôr fim a carreiras políticas que ameaçavam o avanço dos EUA como potência imperial:
– a morte do secretário-geral da ONU Dag Hammarskjold;
  – do presidente de Ruanda Juvenal Habyarimana;
 – do presidente do Burundi Cyprien Ntaryamira;
 – do primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro;
 – do presidente do Paquistão Muhammad Zia Ul-Haq;
 – de Sanjay Gandhi, pouco antes de ser oficializado no posto de primeiro-ministro da Índia;
  – do presidente do Sindicato Norte-americano Unido dos Trabalhadores da Indústria Automobilística Walter Reuther;
 – do ex-senador pelo Texas John Tower; e
 – do senador por Minnesota Paul Wellstone.

A América Latina, em particular, tem sido atacada pela praga de desastres de aviões que mataram líderes que ameaçavam afastar o continente da influência política dos EUA: os presidentes Jaime Roldós Aguilera do Equador e Omar Torrijos do Panamá. Esses dois presidentes morreram em 1981; Roldós morreu apenas uns poucos meses antes de Torrijos. John Perkins, autor de Confissões de um Assassino Econômico e ex-membro da comunidade de inteligência dos EUA, apontou os EUA como ativos nesses dois assassinatos por derrubada de avião.

Esse histórico do envolvimento dos EUA e assassinatos aéreos torna ainda mais suspeito o que aconteceu dia 13 de agosto com o Cessna 560XLS Citation em Santos, Brasil, incidente no qual morreram Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro, mas homem pró-business, assessores seus e a tripulação do avião. O momento em que aconteceu, em plena campanha eleitoral, que então indicava vitória fácil para a atual presidenta, levantou questões significativas entre investigadores no Brasil e no público em geral.

Desde a introdução do modelo em 1996, o modelo Cessna 560XLS Citation mantém currículo de aeronave perfeitamente segura. A morte repentina de Campos mudou o rumo da campanha presidencial no Brasil, para uma direção que pode ser benéfica para os EUA e a agenda de longo curso da CIA na América Latina.

Até aqui, já surgiram questões sobre a legalidade da documentação e da propriedade da aeronave (prefixo PR-AFA). O histórico da propriedade e dos registros da aeronave é extremamente ‘anormal’; e, além disso, não há nenhuma gravação de conversas acontecidas na cabine, aparentemente por mau funcionamento do gravador de vozes da cabina. Muitos brasileiros já começam a perguntar-se se o avião teria sido sabotado: em vez de mostrar gravações da conversa da tripulação que levava o candidato Campos, o gravador só conservou gravações de voz de um voo anterior. O avião voava uma rota Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para a cidade de Guarujá, no estado de São Paulo, quando caiu sobre um quarteirão residencial na cidade de Santos.

O avião era operado pela empresa Af Andrade Empreendimentos & Participações Ltda., que tem sede em Ribeirão Preto, estado de São Paulo, mas cedido, em operação de leasing, pela Cessna Finance Export Corporation, uma divisão da Textron, dos maiores fornecedores para o Departamento de Defesa dos EUA. A empresa Cessna é divisão da Textron. O gravador de vozes que não funcionou na cabine foi fabricado por outro fornecedor contratado da Defesa e Inteligência dos EUA, L-3 Communications. Os negócios da AF Andrade são centrados na propriedade de uma destilaria. Porta-voz da AF Andrade disse que a aeronave, de $9 milhões, não havia passado por qualquer inspeção recente, mas assegurou que a manutenção era feita regularmente.

O porta-voz da AF Andrade não soube especificar quem é, afinal, o proprietário da aeronave, só falou do leasing; disse que a aeronave estivera à venda e fora comprada por um grupo de “empresários e importadores” de Pernambuco, estado do qual Campos foi governador.
Acabou-se por descobrir que o avião fora comprado por um consórcio que incluía Bandeirantes de Pneus Ltda de Pernambuco. Essa empresa disse que havia negociações em andamento para transferir a propriedade do avião, quando aconteceu o acidente; e que a Cessna Finance Export Corporation ainda não aprovara os direitos finais de leasing. Observadores brasileiros creem que o Cessna sinistrado seria um “avião fantasma”, com propriedade ‘confusa’, precisamente para ser usado em operações clandestinas que envolveriam a CIA. Aviões cuja situação de propriedade e dos documentos de registro era também quase inextrincável eram usados pela CIA no processo de ‘entregas especiais’ de muçulmanos sequestrados para serem interrogados e ‘desaparecidos’ nos “pontos negros” de prisões norte-americanas por todo o mundo.

A Comissão Nacional de Segurança de Transportes dos EUA [orig. U.S. National Transportation Safety Board (NTSB)] enviou uma equipe ao Brasil para investigar a queda do avião. Mas, se o trabalho da NTSB em acidentes como dos voos  TWA 800 e American Airlines 587 indica alguma coisa, a agência só tem fama por encobrir ações criminosas.

Campos foi substituído na chapa eleitoral por Marina Silva, do movimento financiado e dirigido por George Soros e suas “sociedade civil” e “globalização”. Silva, que milita no movimento religioso pentecostal “Assembleia de Deus”, é militante pró-Israel e muito mais pró-business e pró-EUA que Rousseff, do Partido dos Trabalhadores do Brasil que se posiciona bem à esquerda da Assembleia de Deus. Recentemente, Rousseff, com os demais presidentes dos países BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) criaram um novo banco de desenvolvimento que desafia a supremacia do Banco Mundial, controlado pelos EUA. A criação desse banco enfureceu Washington e Wall Street. (...)

Pesquisas recentes têm apontado avanço de Marina Silva. Evidentemente, essas pesquisas de ‘intenção de voto’ nada têm nem de científicas nem de independentes, e são ferramentas que as agências de inteligência e as empresas comerciais sempre usam para influenciar a opinião pública e gerar “programação preditiva” em populações inteiras. (...)
Marina Silva está sendo apresentada como candidata da “Terceira Via” (chamada, agora, em 2014, “Nova Política”) no Brasil.

“Terceira Via”/”Nova Política”  é movimento internacional que tem sido usado por políticos associados a grandes empresas, muitos dos quais financiados por Soros, para infiltrar-se e assumir o controle de partidos historicamente trabalhistas, socialistas e progressistas. Alguns dos nomes mais notáveis da “Terceira Via” são Bill Clinton, Tony Blair, Gerhard Schroeder da Alemanha, Justin Trudeau do Canadá, presidente François Hollande da França, primeiro-ministro francês Manuel Valls, primeiro-ministro Matteo Renzi e ex-primeiro-ministro Romeo Prodi da Itália, José Sócrates de Portugal, Ehud Barak de Israel, e inúmeros nomes do Partido Verde (PV), do Partido Socialista (PSB) e do Partido da Social-Democracia no Brasil (PSDB), dentre os quais Marina Silva, Aécio Neves, o falecido Eduardo Campos e o ex-presidente [e atual NADA] Fernando Henrique Cardoso.

Mas, quando se mostra mais vantajoso do ponto de vista eleitoral assassinar um “Novo Político” para promover o avanço de outro, não parece haver problema algum nessa “Nova Política”, em eliminar alguém como Campos, para fazer avançar político mais populista (e mais controlável), como Marina Silva, sobretudo se estão em jogo interesses de Israel e de Wall Street.

O Cessna no qual viajava e no qual morreu o primeiro-ministro de Portugal Sá Carneiro voava para um comício eleitoral, em campanha de reeleição, no Porto. Esse desastre de avião destruiu as possibilidades futuras de uma Aliança Democrática de esquerda, porque os seguidores de Sá Carneiro que o sucederam não tinham, nem de perto, o carisma do primeiro candidato.

Na sequência, um Mario Soares pró-OTAN e “socialista-só-no-nome” tornou-se primeiro-ministro e empurrou Portugal pela tal “Terceira Via”, subserviente à União Europeia e à globalização. À época da morte de Sá Carneiro, o embaixador dos EUA em Portugal era Frank Carlucci, funcionário da CIA, cujas impressões digitais foram encontradas, em 1961, no assassinato do ex-primeiro-ministro Patrice Lumumba no Congo. No governo Reagan, Carlucci foi nomeado vice-diretor da CIA, Conselheiro de Segurança Nacional e Secretário da Defesa. Carlucci é também presidente emérito do Carlyle Grupo, conhecido pelas ligações com a CIA.

A suspeita morte de Campos no Brasil-2014 parece ser cópia-carbono do assassinato e descarte rápido de Sá Carneiro, com Rousseff como alvo final da ação e Marina Silva e seus financiadores globais como principais beneficiários.

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* Wayne MADSEN é jornalista investigativo, autor e colunista. Tem cerca de vinte anos de experiência em questões de segurança. Como um oficial da Marinha dos Estados Unidos, ele conseguiu um dos primeiros programas de segurança do computador para a Marinha dos EUA. Ele tem sido um comentarista político e nacional frequente segurança na Fox News e também apareceu no ABC, NBC, CBS, PBS, CNN, BBC, Al Jazeera, e MS-NBC. Ele foi convidado a depor como testemunha perante a Câmara dos Deputados, o Tribunal Penal da ONU para Ruanda, e um painel de investigação de terrorismo do governo francês. Um membro da Sociedade de Jornalistas Profissionais (SPJ) e no National Press Club. Mora em Washington, DC.

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