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sexta-feira, 31 de março de 2017

Mudar o quê? No Partido dos Trabalhadores.


"Por que ser governado por esse, e não por aquele? John Locke, um dos Contratualistas, e aparentemente mais convincentes do tal “consentimento do governado”, justifica que “Governos são instituídos entre os Homens, derivando seus justos Poderes do Consentimento dos Governados”."

*por Joilson Bergher

Prof. Joilson Bergher
1 - Na TV, ouço a narrativa do querer servir ao Brasil, melhor salvá-lo. Nesse mesmo martírio fenece o derradeiro impulso industrializante in-capaz de reconectar a nação brasileira à ponta da revolução industrial do século XXI, a fim, de atingir ou garantir a sua porcentagem sobre a porcentagem devida: todos serão salvos, assim solenemente reza a cantilena do capital rentista. Será? “Esmaguemos os fanáticos e patifes, suas hipócritas declamações, seus miseráveis sofismas, a história mentirosa, o amontoado de absurdos. 

Não permitamos que possuidores de inteligência sejam dominados pelos que não a tem – e a geração futura nos deverá a razão e a liberdade” sua palavra de ordem, - Éclasez I’nfâme, esmagar o infame. Assim: a filosofia de Voltaire, (re) define o homem, afinal, vivia o século das luzes. “Todas as épocas têm as suas marcas” - positivas e negativas. A insanidade do nazismo e do fascismo. A crueldade de duas bombas atômicas jogadas em Hiroxima e Nagasaki. Milhões de mortos. É difícil afirmar que a Idade Média foi pior que os dias de hoje. Ou que capitalismo, nos séculos 18 e 19 tenha sido menos penoso para o trabalhador do que hoje. Quais os males do mundo atual? Saúde física e mental, estética, trabalho, costume, ideologia, crença, comunicação, química, virtualidades humanas, mistificação tecnológica..., mas, mudar o que?! Senão vejamos. 1-Por que ser governado por esse, e não por aquele? John Locke, um dos Contratualistas, e aparentemente mais convincente do tal “consentimento do governado”, justifica que “Governos são instituídos entre os Homens, derivando seus justos Poderes do Consentimento dos Governados”. Aparentemente, isso soa bem, especialmente se o indivíduo não pensar a respeito por muito tempo ou muito profundamente. Porém, quanto mais profunda e demoradamente alguém se puser a pensar sobre o assunto, mais problemático ele se revela, é o caso do Brasil..., o que propõe o Muda PT?

2 - Mas, perguntamos: todos devem consentir, ou não? E qual formato: oral, impresso, escutado, auscultando, implícito, explícito ou não?

3 - E que sociedade seria essa convivendo harmoniosamente com óbitos, escárnio, nascimentos, banimentos, reféns de sua própria miséria e pequenez? Hoje parece-me toda uma lógica completamente ilógica e absurda. É isso. Libertar o que, ou que fazer? Posso delegar um direito que não possuo? 4-A democracia é frágil no capitalismo contemporâneo. Tal democracia, é certo, mais um produto da divisão entre as classes sociais. Vive-se imensos obstáculos na democracia no capitalismo. Provavelmente, o cerne da democracia é a criação de direitos e ser aberta, inclusive, aos conflitos.

4 - O Partido dos Trabalhadores, e não apenas o Muda-PT, precisa entender a lógica da caverna, em Platão: o mundo estilhaçado, fora visto, e, como a boa nova, essa “boa nova”, de forma coletiva, fora destruído, não dentro, mas, fora da caverna! Como diziam os velhos atuais - Marx e Engels: “Tudo que é sólido se desmancha no ar”. Essa percepção da tragédia que ameaça toda a humanidade em nada evita que o capitalismo em crise continue em busca de mercados para as suas armas, envenene os alimentos, a terra e as águas com seus agrotóxicos, empurrando milhões de seres humanos, aproximadamente, mais de dois terços da humanidade, para a mais completa ruína e degradação deletéria. Todo esse desastre é bem louvado na grande imprensa (em nome do grande deus-mercado), recebe as benesses dos intelectuais a serviço da ideologia da dominação, é alimentado por políticos que beiram a insanidade. Os bancos e as bolsas de valores comemoram os lucros de uma economia que se desligou do homem e do destino da humanidade, a tudo aprisionando e degradando. Tudo o que disso discorda passa a ser visto como retrógrado, marginal, subversivo, perigoso. “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem” (Brecht). É essa a minha percepção dessa ideia desumana… Narrou-se sobre a “Escola sem Partido”, essa está se finando, literalmente. A “Escola tem que ter Partido”, e o partido tem que ter lastro, ir às ruas, tem pessoas, tem planta, tem água, tem crianças, tem idosos, tem sonhos, tem mundo, tem vida, tem criatividade, tem vitalidade, tem o socialismo no âmago de sua militância, que nunca, em tempo algum, saíra das ruas. Veja a perplexidade dessa classe média, está apavorada(?), - porque pela escolaridade ela não se distingue, provoca. "Pela profissão, menos ainda", atira. Ela está perplexa (?), - com a entrada da classe trabalhadora na sociedade de consumo, insiste. “Qualquer um pode andar de avião. Não tem mais distinção nenhuma"(?), - e ter escola, universidade, comida, creche, a lei que recupera a História da África, e a atualiza..., portanto, o recado, estamos dando na rua: esse nefando projeto, e com ele, esse fanático modelo panfletário terá que ser esmagado... até porque numa sociedade dividida em classes sociais com interesses inconciliáveis é impossível não tomar uma posição clara, propositiva diante a realidade nefasta atual. A neutralidade provavelmente hoje teria, ou, tem como objetivo colocar um ar inquestionável a ideologia burguesa. Portanto, para a burguesia a escola não pode discutir política com a juventude, para que não tenham ferramentas que a façam encontrar os caminhos das ruas em defesa dos seus direitos, mas, também de deveres.

5 - (Foucault, as palavras e as coisas), em tal leitura num cenário de golpe - o Golpe em sua dimensão discursiva: os usos e abusos dos termos, as usurpações de seus sentidos, bem como o cerceamento da livre da palavra. Com efeito, à medida que avança a agenda de maldades do (des)-governo usurpador, o caráter linguístico e seus agentes tornam-se ainda mais evidentes, pois é no campo discursivo que se formam o consenso e a legitimidade: elementos que o (des)-governo não possui. Logo, no âmbito das falas públicas feita pelo (des)-governo e seus sequazes, a comunicação tornou-se uma trincheira singular. A verdade deles, não é nosso campo de verdade, de nossa fala, é mais um espirito obscurantista, ou um fanatismo viral, que nem daria para esboçar um sorriso melancólico. Brutus está doente.

6 - Por fim, cabe ao Coeso, como tendência mais politizada no campo à esquerda, e tendências outras, que se reivindica-se, também nesse campo, fazer o grande debate politizado à esquerda, afim de reverter cenários, a priori, tenebrosos. Também é claro que somos cada vez menos contemplados pelo partido que foi responsável por um governo que a despeito de implantar políticas sociais, também se colocou altamente prejudiciais aos interesses dos trabalhadores, e que, na busca da permanência no poder não imaginou outro caminho além de uma submissão cada vez mais profunda ao capital.  O pífio segundo mandato, da presidente Dilma Rousseff não foi capaz sequer de fazer um aceno simbólico aos movimentos populares, naquele momento de um golpe inominável, certamente, por imaginar que tal gesto assustaria aqueles que ela, a presidente, tentava desesperadamente agradar. Na visão política de Dilma e seu círculo político, os movimentos populares não existem, ou nem existiria, revelando pra ela, e todo seu círculo político, um erro político capital, cujo resultado, fora o seu indelével afastamento a força criminoso da presidência. Todas as equações que fizeram para sair da crise incluíram os mesmos elementos históricos de sempre: os grandes grupos econômicos, as elites políticas tradicionais, as oligarquias partidárias. Por mais que a conta nunca fechasse, não se cogitou agregar um novo fator.... Que fazer? Me parece muito claro, a intenção, hoje de inflexão a esquerda, capitaneando forças a forçar um deslocamento do Partido dos Trabalhadores a romper com essa política deletéria, que aprisiona o país, em favor de grupos deletérios operando como hegemonia... a carne está podre, desde sempre! O que esperar de Luiz Inácio? Salvar esses canalhas todos? Já é ideia corrente: esse Lula Inácio poderá ganhar no primeiro turno em 2018, pra desespero de todos, pra nós também, afinal, o Luiz Inácio, é parte dessa hegemonia deletéria, que tem ajudado a nos destruir. É isso, ser incisivos e ácidos, e suaves ao mesmo tempo...

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*Joilson Bergher, militante do Coeso, tendência de atuação interna no Partido dos Trabalhadores.
domingo, 26 de março de 2017

Senhor gestor, mais respeito ao professor!



"Sua visão empresarial e capitalista da educação não pode mais continuar enganando pais e população em geral sob o falso lema de educar para libertar."

* Fabíola Lima Castro

Ouvindo hoje o programa do gestor do município numa rádio da cidade fiquei perplexa com suas considerações a respeito de nossa paralisação.
O gestor tenta o tempo todo jogar a população contra nós, professores, afirmando que fazemos paralisação para ficar no "ócio". Não sei se já participou, mas se um dia ele tivesse participado de movimento sindical, creio que se daria conta da asneira que falou.

Em nenhum destes dias paralisados eu (e muitos colegas) fiquei dentro de minha casa como ele julga. Nossa movimentação durante todos estes dias foram tão ou mais trabalhosos que a própria sala de aula.

Fizemos manifestos em ruas, praça, rádios, sessões da Câmara, assembleias, jornada pedagógica alternativa e demais eventos que exigiram de nós muito mais que o próprio exercício do magistério. Educamos e informamos a população sobre os reais riscos que a reforma da previdência traz. Isso é educar para a cidadania, coisa que ele desconhece, mas julga praticar...

Dizer que somos vilões que roubam o direito das criancinhas à educação é golpe baixo. É por elas e pelo futuro delas também que estivemos estes dez dias nas ruas da cidade.

Sua visão empresarial e capitalista da educação não pode mais continuar enganando pais e população em geral sob o falso lema de educar para libertar. Quem educa para a liberdade somos nós, quando dizemos que as reformas da previdência e trabalhista acabarão por transformar os trabalhadores desse pais em escravos pós modernos, sem direitos, sem dignidade e com o único objetivo de enriquecer ainda mais esse sistema de governo que serve apenas ao capital estrangeiro.

Senhor gestor, mais respeito ao professor!


BRUMADO: Imprensa com opinião não respeita a opinião do leitor.

“[...] esse veículo segue fazendo juízo de valor ao invés de apresentar o fato como ele aconteceu e suas várias versões para que o leitor forme a sua própria opinião.”

*por Herberson Sonkha 


O blog do Sonkha é um espaço compartilhado por um grupo de intelectuais orgânicos de esquerda (professor, estudante, militante social, artistas e religiosos avançados) que escrevem com objetivo de esclarecer e formar um público crítico. Esse pequeno universo de pessoas soma mais de duas mil pessoas diretamente e mais de 20 mil em seus desdobramentos regionais. Não aceitamos vinculação comercial e nem defesa de práxis politica de direita. Repudiamos e combatemos veementemente a prática de racismo, de lgbtfobia, de machismo e/ou misoginia, xenofobia e corrupção, invariavelmente de esquerda ou direta, pública ou privada.

Temos posição bem definida para não permitir margem à especulação de qualquer pseudociência positivista-cartesiana neutra que apregoa a demagogia da isenção. Somos trabalhadores/as com consciência de qual a classe pertencemos para não existir nenhuma dúvida quanto ao que pensamos e defendemos. Não somos voluntaristas e nem inocentes uteis ao capitalismo e sua ordem civil burguesa. Não é um blog comercial por opção ideológica porque não quero ler em nosso blog verborragias, alienações e inverdades impostas como fato verídico, como fazem as empresas capitalistas que operam neste nevrálgico mercado da comunicação social visando apenas seus interesses financeiros.

Respeitamos todo e qualquer profissional da comunicação social, jornalista, escritores, intelectuais e agentes públicos mandatários e servidores que produzem com princípios e valores bem estabelecidos no espectro do liberalismo. O que não significa que defendemos ou queremos as mesmas coisas, principalmente em relação as suas orientações matriciais. Não escrevemos para preguiçosos que se alimentam das odiotizações midiáticas viciantes, mantidas por veículos de comunicação a serviço do capitalismo e da democracia liberal burguesa.

Feito esse imprescindível esclarecimento, farei uma breve análise da veiculação de matéria no que se convencionou chamar de imprensa local do município de Brumado. A mesma alega ser atacada vilmente por militantes da educação e membros do comando e greve. No que pese reconhecer o valor e a importância de qualquer veículo de comunicação para uma sociedade que vislumbre a radicalização da democracia enquanto forma de governo, não concordamos que trate quaisquer fatos de forma superficial e tendenciosa. Além de assegurar o direito de resposta proporcional ao agravo, compreendemos que é necessário romper com a matriz alienante de comunicação estabelecida no país pelas grandes empresas capitalistas que violentam diariamente o sentido primeiro da comunicação social.

Um servidor de carreira do magistério municipal precipita-se frente ao iminente perigo de ser desferido um golpe contra uma trabalhadora da educação municipal (Brumado) que liderava naquele momento o processo sindical de greve da educação. Após mandar a professora ir refestelar-se introduzindo algo em seu próprio órgão excretor, ele, o agressor, direciona suas energias e vantagem muscular contra uma estrutura física fragilizada pelo modelo patriarcal machista, objeto da violência contra a mulher. Intentava-se oprimir sua fragilidade histórica e calar a sua voz.

Antever o perigo pressupõe uma vantagem na hora de mobilizar a categoria para impedir que a sanha incontida de um gestor de pensamento caquético com prática conservadora seja feita e cause danos morais, prejuízos financeiros incalculáveis e lesões irreparáveis. Tudo isso para impedir que essa força coletiva possa evitar que se rasgue a Constituição Federal deste país e com ele o PNE e o Plano Municipal de Educação de Brumado, na Bahia.

Li contenciosamente um texto veiculado no mesmo veículo de comunicação que o recém-eleito prefeito de Brumado tem um programa de rádio. O que denota que essa “imprensa local” tem estreitas relações políticas e comerciais com esse mandatário, do contrario, não contrataria o serviço desse veículo de comunicação porque nenhum financista do setor privado ou politiqueiro do setor público põe dinheiro onde não possa dar o retorno esperado. Aqui já desmontamos a tese da parcialidade sobre os “fatos” baseados nos quais se reivindicam para si a proteção legal alegando a condição de ofendido por terem sidos expostos naquilo que deveria honrar que é a liberdade de expressão.

Qualquer cientista social sério e comprometido, dirá que não existe isenção na descrição do fato porque a narrativa esta repleta de intencionalidade do lugar de fala de quem o descreve. Estranhamente esse veículo (outros?!) não noticiou uma das inúmeras violências cometida contra a categoria pelo atual gestor, a exemplo, quando os mandou sentarem no formigueiro. Esse fato reprovável não recebeu o devido tratamento por parte desses veículos (que agora reclama respeito) porque usam filtro, limitando-se apenas a “dar” daquilo que é da conveniência do contratante, neste caso o atual gestor.

O veículo em tela inicia sua narrativa de forma tendenciosa ao nominar o movimento sindical de defesa de direitos de “confronto”.  Neste mesmo paragrafo o veículo usa a expressão “representante fiel dos professores” para questionar a autonomia sindical e a natureza dessa relação entre a instituição de classe e seus afiliados, usando uma expressão que põe em suspeição a dignidade da dirigente da APLB, insinuando que a mesma não pode representar a categoria porque tem relações promiscuam com seus sindicalizados. Aqui o veículo de forma sutil assume mais uma vez a posição ideológica do gestor de não reconhecer a APLB como legitima representante da categoria.

Mais a frente o veículo diz que “extrapolou os limites da razão” para induzir o leitor ao entendimento de que a luta sindical é uma violência gratuita desnecessária. Deste modo, destituída de qualquer sentido lógico e, consequentemente não existe uma justa causa que abone a presença da APLB em Brumado. Então, tenta-se retirar arbitrariamente essa organização sindical por meio da bancada de vereadores da situação que não conhece e nem se importa com as lutas da categoria. Segue escrevendo que “acabou indo para o terreno perigoso da violência.” para fechar esse ponto concluindo seu raciocínio afirmando que existe violência praticada pela entidade sindical.

O texto faz juiz de valor o tempo todo para induzir as/os brumadenses a pensar que a APLB está incentivando as pessoas a afrontar o establishment e o governo recém-eleito democraticamente. Insinua-se que não existe qualquer razão plausível, pelo contrario, excede-se a irresponsabilidade de lideranças inconsequentes. Diz ainda que os ataques verbais culminaram na luta corporal ente o filho do prefeito e o servidor público municipal. Observe como esse veículo tem lado. Ele diz que houve ataques verbais e sutilmente apresenta uma única fala solta do servidor municipal Joilson Bergher, que ele faz questão de afirmar ser um historiador. Mas, omite a fala de baixo calão do filho do prefeito que é uma agressão, cuja fala é inconfessável pela torpeza da frase, a uma dirigente sindical reconhecida e respeitada pela categoria.

Essa fala machista caracteriza misoginia (agressão ao gênero). Será que ele diria isso a outro homem? Mandaria um outro homem se refestelar com seu próprio órgão excretor?  Outro aspecto a ser considerado, o veículo faz referência a Gilvan Moreira como professor de educação física para mostrar a desvantagem sobre o “agredido” e não como servidor participe da luta sindical. Ou seja, manobra destemidamente contra o movimento sindical e conspurca o código de ética jornalista para dizer que a violência e ataques verbais partiram da categoria e o sinhozinho da casa grande (Casa Grande e Senzala) foi vitima da insanidade rebelde da senzala... (FREIRE, 1933).

Em verdade, o que houve foi uma reação a ação truculenta desse senhorzinho da casa grande contra uma Senhora séria, honrada e dirigente da categoria. A reação instantânea (que não é integral) do historiador e filosofo Joilson Bergher é um ato reflexo que o transportou para a perspectiva da história que dar conta de inúmeras violências e explorações contra o povo, às classes trabalhadoras e as populações subjugadas. Da mesma forma que é um ato reflexo da violência continua de seu pai, projetado no comportamento filho que ajuíza um sentimento de impunidade por ser filho da maior autoridade executiva do município. Lembrando Victor Nunes Leal (1948) ao falar em seu livro, “Coronelismo, enxada e voto” das barbaridades cometidas pelos filhos do coronel na cidade, alimentado pelo sentimento generalizado de impunidade. Um reflexo natural de defesa dos interesses das famílias oligárquicas.

A despeito disso, vide a lei do nepotismo. Pois, começa errado porque o sinhorzinho não deveria ser Secretário Municipal de Agricultura, isso é nepotismo e caracteriza crime. O crime não é uma violência? A PL 04/2017 não é uma violência contra os servidores que de livre e espontânea vontade deve fazer suas escolhas? Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude da lei. Na medida em que essa PL é aprovada ela não fere o principio da liberdade de escolha da categoria por este ou aquele sindicato? Cercear a liberdade num Estado de direito não é golpe? Golpe não é um crime previsto no código penal? Isso também não é uma violência?

Ao arvorar-se contra a dirigente sindical com palavras e gestos abruptos não deu o direito a legitima defesa? A única diferença neste caso é que um outro ser humano em melhor condições muscular o fez por extensão. Desde quando legitima defesa é crime? O servidor público municipal não o agrediu apenas defendeu a companheira fisicamente desproporcional ao ataque de um homem. E se a dirigente praticasse qualquer defesa pessoal, será que ele agrediria a ela?
Portanto, esse veículo quis induzir (espero não ter conseguido) o leitor a pensar que a legitima defesa do servidor público municipal, que é uma forma de violência individual involuntária, é infinitamente maior que a violência coletiva cometida pelo atual gestor contra a categoria que compõe mais de 500 servidores. Por isso que as narrativas dos manifestantes são acidas e ideologicamente comprometida com a categoria.

A narrativa desse veículo expressa um comportamento de ascom privada contratada com dinheiro público para filtrar, muito usado durante o período da ditatura civil-militar no Brasil, a exemplo da Rede Globo de Televisão que sempre se prestou a esse desserviço a liberdade de imprensa, a democracia participativa e aos legítimos interesses do povo brasileiro. Nesta perspectiva, esse veículo segue fazendo juízo de valor ao invés de apresentar o fato como ele aconteceu e suas varias versões para que o leitor forme a sua própria opinião.  Se esse ou outros veículos emitem sua opinião, pois quem tem que ter opinião é leitor e não esse ou aquele veículo de comunicação. Ele esta atentando contra a liberdade de imprensa.

Neste caso, passa existir uma disfunção de atribuições saindo do firme terreno do jornalismo como expressão dos fatos per si para ocupar o lugar de defensoria do governo municipal. Isso pressupõe ausência de função especifica. Ausência não pressupõe falta de...? O conceito etimológico da expressão ‘vagabunda’ significa aquele ou aquela sem função, atribuição ou designação especifica. Faz uma coisa ou outra, menos aquilo para a qual fora designado, diz fazer ou assumiu fazer.

O veículo em tela, além de não fazer comunicação social atendendo minimamente as recomendações éticas da profissão, capitulou-se aos interesses políticos do governo da hora. Pratica a comunicação marrom, vendida. Aqui o conceito dado pelo historiador Joilson Bergher toma uma dimensão filosófica, pois o é filosofo, para aplacar a sanha de quem usa inescrupulosamente de um importantíssimo veículo de comunicação social para achacar as pessoas contrárias aos desmandos desse (des)governo que representa as oligarquias burguesas de Brumado.

Um veículo de comunicação social que não faz o sentido primeiro do seu oficio é um veículo fadado à vagabundagem jornalística que migra peremptoriamente para o vilipendio moral e técnico do fazer comunicação deixando todo e qualquer profissional da comunicação ofendido e profundamente desrespeitado. Tomando aí o sentido dado pelo filosofo Joilson Bergher a palavra vagabunda, etimologicamente. Quanto ao ser TORPE cabe outro esclarecimento etimológico porquanto signifique ausência de sentido racional, razoabilidade e prudência intelectual e ética.    

Assim, observo que todo e qualquer veículo de comunicação que se respeita não deve subordinar-se aos interesses espúrios deste ou daquele gestor ou empresário desregrado moralmente. Se quem escreve quer defender ou participar de um governo que o faça (e deve fazê-lo), mas não aliene um veículo de comunicação com a pretensão de que é serio e isento, porque não o é. Veicular informação duvidosa como se fosse séria, é crime e prejudica o bom andamento da consolidação da democracia que ainda anda cambaleante das pernas por causa dos interesses particulares que sobrepõe aos interesses coletivos.
quarta-feira, 1 de março de 2017

Aos Trabalhadores da Educação de Brumado.


Brumado, 01 de março de 2017.

Aos Trabalhadores da Educação de Brumado.

A Luta dos Trabalhadores da educação de Brumado contra a perda de Conquistas, a Representação Sindical.

A incerteza política e possibilidade de perdermos direitos e conquistas é uma realidade vivenciada no nosso país, como também em nosso município atualmente, devemos atentar a importância da luta organizada para que possamos nesse momento não só manter como elencar novos avanços no serviço público e para a sociedade em geral. 

Recentemente, o SINDICATO APLB esteve capitaneando nas lutas, tendo como foco a valorização dos profissionais da educação, tão relembrada nos discursos e nos palanques políticos, em alguns casos, repletos de demagogia e de discursos falsos e eleitoreiros.

Denunciamos a precariedade das relações trabalhistas num contexto amplo e irrestrito, falamos de gestores que teimavam em promover, de maneira inconsequente e rasteira, o desmonte do serviço público de qualidade e antenado com os anseios da Categoria, fomos responsáveis pelo resgate de direitos, da união, da voz e da vontade de lutar.

Mas infelizmente, fomos assaltados por forças ultraconservadoras e antagônicas que não só desrespeitaram a escolha de uma Categoria como estão tentando arrancar aquilo que já houvera sido enraizado em nossas conquistas.

Essas forças ultraconservadoras agiram contra à APLB e contra os trabalhadores da educação de Brumado. Isto foi apenas o começo. Essas forças vão atingir indistintamente qualquer organização democrática.

Essas forças ultraconservadoras são contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a uma à moradia; direito à educação com gestão democrática; direito a preservação do patrimônio histórico religioso da cultura local; direitos as festividades que fazem parte do nosso patrimônio histórico-cultural do nosso município; direito de se manifestar sem ser reprimido.

São contra à APLB, outras representações sindicais, Cultura e Religiosidade de Brumado. É a imposição da cultura da intolerância.

Não devemos companheiros, nos submeter a um destino cruel que teima em bater a nossa porta nos ceifando dos direitos de reagir e lutar, e sim retornarmos às ruas e bradarmos o nosso grito de alerta à sociedade que esta ação do gestor não só nos fere, nas instâncias democráticas e políticas, mas também é uma tentativa de nos intimidar e nos fazer omissos e dominados por uma nova ordem que teima em nos aterrorizar e sorrateiramente diminuir ou acabar com nossos direitos tão duramente conquistados.

Vamos manifestar contra essas forças ultraconservadoras e antagônicas participando da manifestação juntamente com APLB, SINDGUARDA e Comunidade.

À APLB CONVOCA A CATEGORIA PARA PARTICIPAR DAS ATIVIDADES DO DIA 02/03/17:
09:00H: MANIFESTAÇÃO.
LOCAL DE ENCONTRO CESTA DO POVO.

18:00H: ASSEMBLEIA DA APLB.
 LOCAL: EM FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL DE BRUMADO.

18:30H: ACOMPANHAR VOTAÇÃO DOS PROJETOS DE LEIS.
LOCAL: CÂMARA MUNICIPAL DE BRUMADO.


VANÚSIA PEREIRA LÔBO
Diretora da APLB de Brumado

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