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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Meu voto é de classe: Noeci Salgado!



"Isso é jovialidade que o torna um adolescente nas disposições e aspirações políticas para lutar contra o capital e suas instituições políticas e um adulto maduro na consciência em si de classe operária."

*por Herberson Sonkha

Ontem, ficamos por demais satisfeitos com a aula sociopolítica revolucionária de Ti Nôca, o grande camarada Noeci Salgado! Ele disse exatamente qual é o verdadeiro caminho a seguir em tempos politicamente difíceis para o PT, por causa dos deslizes na institucionalidade.


O comunista apostou na possibilidade de superar a encruzilhada histórica nos impede de avançar. Mostrou que a depender da direção que tomarmos, podem ser arrastados para caminhos repletos de ciladas teóricas que propõem retrocessos e crises ideopolíticas internas.

Como não sou triunfalista e nem compreendo o desenvolvimento histórico da humanidade, principalmente da sociedade burguesa como fatorialista, eu observo a dinâmica da sociedade e me posiciono ao lado de quem lê o mundo a partir da luta de classes e do materialismo histórico dialético.

Por isso, não defendo que a estação final do PT seja apenas uma decadente e fratricida disputa intestinal pela institucionalidade burguesa a cada quatro anos. Mas, não nego a presença efetiva de elementos ideológicos de classes antagônicas nas chapas que disputam internamento a direção do partido e a maioria no diretório. Sem condescendência deve-se combater o “indireitamento” do partido! As chapas não são iguais e nem defendem as mesmas coisas por isso estou mostrando o que considero ser o diferencial.

Agora veja e analise comigo atentamente os elementos subjacentes e perceberá as contradições dos discursos generosos com a democracia liberal e seu sistema capitalista e a hostilidade com quem é comunista e se posiciona ideologicamente contra essa farsante tese do hibridismo que está levando o partido à bancarrota.

Sou legatário do germe comunista em latência no cerne do próprio sistema capitalista. A semente que germinará um tempo insurrecto, que surge e cresce dialeticamente invisível a olho nu, mas que coexiste dentro da própria engrenagem da sociedade burguesa e seu sistema capitalista falível.

Assim como todas as outras civilizações ruíram e foram drasticamente substituídas, o capitalismo o será também. Ainda que alguns não queiram! Contudo, não surgirá por gravidade ou pela boa vontade dos "homens" de bem ou pseudointelectuais da classe trabalhadora que acredita na evolução gradual do capitalismo na direção do socialismo. Antes, pois, o será "socialismo ou barbárie", no dizer do comunista alemão Karl Marx e Friedrich Engels.

Por isso, não fique aí em casa com a boca cheia de dentes esperando que a barbárie nos faça chegar à morte ou ao socialismo que vai raiar como um movimento idílico de transição incondicional ao socialismo. A conjuntura nos mostra que a inércia, a incapacidade intelectual e a indiferença as contradições sistêmicas nos conduzirá inevitavelmente a barbárie.

Camaradas! Ouçam, leiam e discutam criticamente esse período eleitoral do PT com a militância, convictos de que não há similaridade entre essas duas chapas tão desiguais, ideologicamente assimétricas. Vejam o exemplo daquela militância que ousa permanecer firme em combate nas ruas, lutando ideologicamente por outra sociabilidade. Pois, as ruas são as nossas trincheiras de combate e também de formação política.

O chão da história daqueles que querem rescrever com as próprias mãos os seus desígnios sociopolítico e econômico, compreendendo criticamente que o desenvolvimento histórico se dar por meio da luta de classes, o atualíssimo motor da história, no qual se deve perfilar sempre ao lado da classe trabalhadora. E não contra o movimento sócio-histórico que nos coloca o desafio de pensar a alternativa na direção da emancipação humana através da força do trabalho.

Nesse sentido, o discurso prosaico de "renovação" é uma balela mentirosa de gente mal intencionada que trai a classe trabalhadora quando chegam aos governos. São usurpadores que se apropriam da usual tradição política de enganar a classe trabalhadora e as populações subalternizadas em defesa dos interesses das elites do atraso. Eles fazem discurso demagógico sobre o valor universal da “democracia” liberal burguesa, destituída de sua necessária radicalidade e desligada de seu processo histórico dialético de surgimento.

O novo é aquilo que está por vir, pois a tese de “renovação geracional” é uma bobagem ilusionista, dita com desonestidade intelectual. Isso é tão velho quanto o sofrimento da classe trabalhadora que continua sendo explorada pelo capital que, ao se reproduzir, realiza um movimento sincrônico de concentração e centralização de capital, que aumenta assustadoramente a riqueza na ponta menor e a pobreza noutra extremidade infinitamente maior. Essa contradição já foi descoberta desde o século XIX, pela teoria marxiana.

Não adianta dizer que é o novo por causa da roupagem e do palavreado, que em última instancia expressa os interesses contrários à classe trabalhadora. Antes, é uma apologia sínica às tecnologias e aos equipamentos sofisticados, que mais 70% dessa população formada pela classe trabalhadora, que a produz efetivamente, não tem nenhum cesso. Em verdade, o conteúdo é arcaicamente velho. Essas pessoas prosaicas se comportam ideologicamente (direta ou indiretamente) como velhacos da burguesia, um jovem cuja essência reflete um aspecto mumificado de nosso tempo sombrio criado pelo capitalismo.

Por isso, recomendo voto ao camarada Noeci Salgado. Estando ele vivendo a maravilhosa idade do amadurecimento da razão, a septuagésima idade, aquela fase da vida em que o tempo e a maturidade exigem da pessoa Ser mais Humano do que Ter mais Humano para subordinar aos suas idiossincrasias matérias e políticas.

Além de que esse Ser Humano sabe controlar as compulsões da idade, aliás, já lhe permite filtrar para convencer. Pois, far-se-á necessário ousa assumir publicamente que o papel do PT é ajudar a construir a superação da sociedade burguesa pelo socialismo e seguir rumo ao comunismo.

Isso é jovialidade que o torna um adolescente nas disposições e aspirações políticas para lutar contra o capital e suas instituições políticas e um adulto maduro na consciência em si de classe operária. Eu voto e recomendo porque acredito em “Quem tem consciência para ter coragem/ Quem tem a força de saber que existe/ E no centro da própria engrenagem/ Inventa a contra-mola que resiste”.

Rivaldo Vicente: o efeito bumerangue da lei da semeadura também vale para a política.

Professor Rivaldo Vicente


"Ele tem relevantes serviços técnicos de engenharia agrônoma e educacionais prestados em Anagé e Vitória da Conquista."

*por Herberson Sonkha

Herberson Sonkha
O escritor Machado de Assis dizia que “toda cortina de pura seda, tem uma palhinha de algodão ordinário no rodapé” porque absolutamente nada é perfeito! Essa verdade pode até não ser verificável imediatamente a olho nu, mas foi confirmada a posteriori pelos acontecimentos que marcaram a queda do governo municipal petista.

Queda essa que deixou algumas marcas profundas no imaginário coletivo da população, que exigirá dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores algumas mudanças imediatas na cultura partidária, uma postura eticamente de esquerda e o compromisso na prática com as mudanças sociais.


A bandeira vermelha de pura ceda fiada pelos trabalhadores (as) do Partido dos Trabalhadores de Anagé, confiada à ex-prefeita, ficou manchada com uma palhinha de algodão ordinário por causa do modus operandi estranho à tradição petista. Nesse sentido, vale lembrar a Via-Crúcis do professor Rivaldo Vicente no governo municipal de Anagé, com as “palinhas de algodão ordinário” dentro do governo e do próprio partido.

O engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente que conhece algodão ordinário e a urtiga, não a tomaria nem em seu sentido metafórico, mesmo se estivesse numa situação de espasmos, se contorcendo de piriri em pleno sertão do semiárido baiano. Certamente, desse mal ele não padece por conhecer o inconveniente ardiloso que se tornou tão ordinário na política atualmente, segundo Rivaldo Vicente só de lembrar causa urticaria.

Jamais recomende a alguém plantar urtiga ou vento, porque a “lei da semeadura” é inexoravelmente certa, se não quiser ser julgado por essa lei (religiosa ou da natureza) respeite-a minimamente. Tanto o algodão ordinário quanto a urtiga, foram usados contra o povo e os militantes do partido, com exceção de alguns eleitos.

Sua postura integra e a consciência do seu papel técnico e político na gestão do Governo Petista – e o fez decentemente, Rivaldo Vicente disse lá atrás ao governo que não era bom plantar vento muito menos semear urtiga porque seria enganar o povo, uma vez que isso levaria o governo inevitavelmente à colheita de violentas tempestades.

Se por um lado ele sofreu perseguições dentro do governo por carguistas que faziam parte da torcida governista, que não deram trégua ao poeta João Aguiar e nem ao professor Rivaldo Vicente em nenhum instante durante os quatros anos de gestão, por outro lado, não deram a devida importância ao édito rivaldiano e agora o eminente temporal se abate sobre o PT.

Abrindo um parêntese, observe que o clima anunciado prevê dias difíceis para a ex-prefeita que ficará nominalmente de fora dessa disputa, não obstante admitir que se estivesse presente e o seu nome estivesse limpo ela seria naturalmente aclamada por todas as forças. Se as eleições fossem hoje, ela já poderia ser considerada uma carta fora do baralho, pois está peremptoriamente impedida de disputar qualquer pleito via eleições. Por parte do Tribunal de Contas do Município (TCM) já poder afirmar isso.

No entanto, imagine você caro leitor e eleitor crítico de Anagé, se a Câmara Municipal de Vereadores resolvesse acompanhar as orientações técnicas recomendadas pelo TCM, aí sim seria “game over” para essa senhora que teria a sua curta carreira política de um só mandato interrompido.

Se considerarmos que a manipulável memória coletiva do povo, induzida subliminarmente pela hipotética tese hipnótica da rede plim-plim de “moralização da política e o combate sistemático à malversação do dinheiro público”, que na essência não passa de uma estratégia antipetista das “elites do atraso” para influenciar o povo contra o PT, isso a obrigaria voltar à sala de aula. De mais a mais, ela é ausente dentro do PT e na cidade.

Ao invés de o PT está desfrutando da chuva submedida que deveria irrigar a crescente fértil na política celebrando outros nomes, por meio da dança democrática das cadeiras para disputar as eleições de 2020, feliz ou infelizmente o que está se avizinhando é uma tentativa de empurrar goela abaixo da militância um herdeiro inabitual.

Isso vai inundar as expectativas para refazer a história, corrigir rumos e retomar a perspectiva de um programa democraticamente popular e de esquerda. Isso tem motivado reações críticas da militância insatisfeita com a postura do grupo da ex-prefeita que vem causa agitação positiva na atmosfera política no partido.

Por isso as divergências não arrefeceram os ânimos da militância, pelo contrário, elas estão ideologicamente exaltadíssimas e tendem a surtir um efeito de aterramento político da ex-prefeita. Todos os pedregulhos atirados contra as pessoas aliadas durante o seu governo, são devolvidos na forma de tempestades de críticas. Uma verdadeira correnteza adversa aos objetivos pessoais da ex-líder política.

As reuniões constantes causam o efeito relâmpago de insight criativos e inteligentes que veem gerando muitas polêmicas na cidade, a exemplo da possibilidade de nomes como o do Professor Iranildo Freire, empresário Binho de Kiu e do ex-vereador e ex-secretário de Agricultura João Aguiar que devem e podem compor a lista de prováveis pré-candidatos para 2020.

O que causa espanto e preocupação e, certamente está tirando o sossego da ex-prefeita é que todos esses nomes são fortes, com inserções sociopolíticas, reconhecimento na sociedade e estão discutindo democraticamente em conjunto não por um nome, mas sim um projeto alternativo de governo porque todos eles estão do mesmo lado no campo político dentro do partido. Isso soa como se fossem trovões com sonoras críticas ao modus operandi dela e do grupo que a representa (já que ela não comparece), intensificando os choques entre mentalidades divergentes de dois campos diametralmente distintos, prometendo aquecer o debate entre as correntes nos próximos meses.

As razões dessas críticas torrentes que se abatem feito avalanches sobre a ex-prefeita e seu grupo político têm inúmeras explicações. A principal delas, é a análise do efeito bumerangue da “lei da semeadura”, que se volta violentamente contra ela por causa de sua postura irresponsavelmente prejudicial ou indiferença aos ataques contra as pessoas que deram incontáveis contribuições ao governo Municipal de Governo petista em Anagé.

Voltemos à questão do Engenheiro Agrônomo e professor da rede pública municipal, Rivaldo Vicente que teve inúmeros prejuízos financeiros e muitas perseguições feitas pelo próprio governo municipal com a anuência da ex-prefeita e o silêncio ensurdecedor partido.

Para quem ainda não sabe ou não conhece Rivaldo Vicente, ele vem de longas caminhadas históricas e de muitas lutas no movimento estudantil na UESB desde os anos 90. Mais recentemente, como engenheiro agrônomo exercendo a função técnica para a gestão municipal ajudou a organizar, planejar, mapear e cobrir todas as áreas rurais. O que permitiu a ele conhecer minimamente cada aspecto ambiental e sua morfologia em canto do município.

Rivaldo Vicente tem residência com moradia fixa em Anagé há 20 anos. Ele tem o privilégio de ser o professor dos filhos de ex-estudantes. Ou seja, ele já está lecionando para a segunda geração de estudantes. É comum e prazeroso para um professor do nível de Rivaldo Vicente encontrar seus ex-educandos já como pais e mães em reuniões da comunidade acadêmica para tratar de questões de seus filhos.

Esses podem atestar sim a qualidade do trabalho e o compromisso docente desse importante professor e não um bando de maledicentes, politicamente inconsequentes. Como professor, Rivaldo Vicente contribuiu politicamente para organização do PT na cidade, participando ativamente de todas as lutas para fortalecer a categoria docente contra a exploração, atraso salarial, sucateamento da educação pública municipal e contra privilégios entre colegas bajuladores de quaisquer governos conservadores e arcaicos, portanto combateu todos os políticos de direita no município, no estadual e nacionalmente.

Para os partidários da claque que fica incensando o comportamento ausente e equivocado de governo truculentos, não necessariamente do governo que deveria ser do PT, Rivaldo Vicente não passa de um forasteiro e, como tal, foi sistematicamente combatido, injustamente marginalizado e maldosamente criminalizado.

O óbice é o esquecimento daqueles serviçais do governo municipal que olvidou da lei do retorno como possibilidade concreta de perder a prefeitura. Fato é que, a institucionalidade municipal é feito transporte coletivo, todos os cargos de confiança são passageiros com prazo de validade para descer em um determinado ponto ou na estação final, a cada quatro anos, enquanto que os servidores concursados são como o motorista e o trocador que sempre seguem a viagem por um tempo bem maior que os transeuntes de pseudoconfiança.

Independente disso, tratar alguém como forasteiro é ter um comportamento discriminatório e pequeno. Mesmo que tenhamos a plena consciência de que esse malfadado comportamento interiorano é reflexo do atraso intelectual que reverbera na política, isso não diminui o fato de serem demasiadamente xenófobos. Alguns o são por terem um comportamento tipicamente pernóstico, outros porque são vítimas da própria ineficácia da política educacional, responsável pelo analfabetismo funcional.

Essas pessoas são desinformadas em todos os aspectos, sobretudo no aspecto geopolítico que desconhece a realidade socioeconômica e política do nordeste. Por isso, tratam pejorativamente qualquer baiano no sul/sudeste, excepcionalmente em São Paulo, como sendo uma coisa desprezível, sem qualquer valor humano, ético, intelectual, técnico, social e político.

Como em Vitória da Conquista isso já se dissipou bastante, depois de 20 anos de governos petistas, recebemos de braços abertos qualquer ser humano, venha de onde vier. Temos várias pessoas dignas de todo o nosso respeito e por isso foram acolhidas com carinho pelos conquistenses, a exemplo de Iranildo Freire, Maílcio Nogueira (Mazinho de Lalaô), Maíldo Nogueira, Darci (Branco), Alan Calixto, Tatiane Nogueira, Adriano Calixto, Clovis Calixto e Giovana Calixto e tanto outros (as) anageenses que vierem a Vitória da Conquista na perspectiva de ajudar a cidade a crescer e ser um lugar cada vez melhor e mais humanizado.

O professor Rivaldo Vicente é gente boníssima, um sujeito eficiente e comprometido dentro e fora da sala de aula. Ele tem relevantes serviços técnicos de engenharia agrônoma e educacionais prestados em Anagé e Vitória da Conquista. Tem uma prole maravilhosamente estável e tranquila que constituiu com a competente professora Cléria Oliveira, outra figura espetacular com que têm dois lindos filhos, José e Letícia. Inegavelmente eles vêm contribuindo em todos os aspectos para o desenvolvimento intelectual dos anageenses há vários anos.

Mas, é sempre bom lembra também que houve prejuízo financeiro e moral causado pelo governo de Governo petista, que deveria ter sido do PT. Talvez, se tivesse sido de fato petista, certamente não teria prejudicado a ninguém, especialmente quem é do partido. Pretendo realçar alguns aspectos dessa importante contribuição e também os prejuízos aplicados a eles nesses quase quatros anos de governo, já que depois das eleições de 2016 a cidade foi abandonada pela prefeita que se refugiou em Brasília.

Certa vez, descendo as íngremes ladeiras do platô da Serra dos Pombos, numa manhã de tempo nublado com longos trechos de névoa densa, o professor Iranildo Freire me disse com tanta convicção que qualquer governo municipal desejaria ter um secretário de Agricultura como o poeta João Aguiar e o engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente.

Sua convicção repousava calmamente na certeza inequívoca da parceria bem-sucedida entre a política de esquerda da agricultura familiar (adotada plena e integralmente pelo secretário) e as orientações técnicas com larga experiência do engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente.

Não faz muito tempo que analisei essa questão com o professor Iranildo Freire. Sempre que dava certo, nos encontrávamos no mesmo horário indo à Anagé. E naquela ocasião, ainda sob os efeitos da ressaca eleitoral para uns poucos e entusiasmo para a maioria, discutíamos politicamente alguns avanços pontuais em algumas áreas do Governo petista. Buscávamos compreender as causas que contribuíram para os excelentes resultados eleitorais consecutivos) para os candidatos Waldenor e José Raimundo que agora se tornaram candidaturas da prefeita, logo após as eleições de 2014.

Das secretarias analisadas naquele momento, secretaria de agricultura havia superado as expectativas porque conseguiu construir uma solida capilaridade na zona rural, fortalecido o diálogo, mapeado as demandas, ofertado assistência técnica e se estabelecido mais próximo da realidade do campo.

No que pese ter consciência da falta de recursos financeiros, material, transporte para a logística e um quadro de pessoal necessário para tocar minimamente a política adotada pela pasta, sabíamos muito bem que o Plano Plurianual (PPA) sempre destinou recurso suficiente mais o governo jamais garantiu que esse recurso chegasse a secretaria e fosse gestado pela própria pasta.

Apesar da alocação acintosa desses recursos para outros fins, prejudicando essa população rural numerosa (ignorando que o município tem mais de 75% de sua população morando e produzindo no campo), responsável por abastecer a cidade com alimentos saudáveis, o governo conseguiu avançar por causa do árduo trabalho desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico, destaca-se dois grandes nomes do PT: João Aguiar e Rivaldo Vicente.

Estávamos falando sobre isso, reconhecendo o exitoso trabalho realizado por João Aguiar e Rivaldo Vicente a frente da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico do município e sua inclinação para o diálogo democrático para consolidar as diretrizes da agricultura familiar no município.

Esse serviço de qualidade executado nos quatro cantos do município foi prestado à sociedade que é atendida pela produção orgânica da agricultura familiar e isso aconteceu porque houve assistência técnica e elaboração de projetos orientados pelo engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente.

Contudo, além de não disponibilizar o recurso da própria pasta, havia o cerceamento ao trabalho desses dois militantes incondicionais da agricultura familiar, considerados pela linguagem coloquial do campo como sendo dois “pés de boi” para trabalhar.

Percorreram em seus próprios veículos toda as comunidades rurais, inclusive financiando do próprio bolso a gasolina e a manutenção do veículo. Organizaram as associações, discutiram a questão do campo e viabilizaram implementos, distribuíram sementes, desenvolveram projetos relevantes e levaram assistência técnica ao pequeno produtor camponês.

Gostaria de destacar o companheiro Rivaldo Vicente por seu comprometimento com o governo e, na medida do possível, o efetivo cumprimento das responsabilidades assumidas nas eleições de 2012. E o fez com a mesma dignidade de alguém despido de qualquer vaidade de cargo público e, incondicionalmente comprometido com o desenvolvimento humano, político e material do campesinato, sobretudo das forças produtivas agrícolas baseada na cultura orgânica da agricultura familiar.

Meio a essa correria e loucura de trabalhar exaustivamente na secretaria, dar aula no município e defender o projeto que deveria ser do PT. O engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente ainda foi vítima do mais sórdido esquema de perseguição e criminalização já feito (injustamente) contra alguém do próprio partido (isso nunca antes na história havia acontecido), ou como se dizia naquele período, gente do próprio “time”.

Como diz a expressão popular de que “o costume do cachimbo deixa a boca torta” para ilustrar que um determinado comportamento mantido por repetidas vezes se torna um hábito (ou um péssimo hábito) que naturaliza a exclusão e criminalização a qualquer pessoa. Isso se tornou um costume absolutamente corriqueiro no governo da prefeita Governo petista.

Nesse sentido, a tentativa de aniquilamento cabal de Rivaldo Vicente não foi algo fictício, por mais mirabolante que seja. Se bem que, esse acontecimento não era tão difícil de prever porque o professor Iranildo Freire também foi vítima dessa inexplicável perseguição acompanhada de invisibilização intelectual e política.

Mesmo que ele jamais tenha levado para o lado pessoal (embora muita gente da parte do governo do PT foi pessoal sim) e muito menos revidou qualquer comportamento dessa natureza. Optou pelo respeito a sua criação, mesmo que isso tenha lhe custado ser defenestrado e invisibilizado pelo governo de Governo petista com anuência do próprio Partido dos Trabalhadores e dos deputados que ele ajudou a construir ao logo de seus mais de 30 anos de partido.

A própria direção da escola e alguns seguidores mal-intencionados quiseram logra êxito nas costas do professor Rivaldo Vicente, maquinando e desencadeando uma onda de ataques que visavam atingir Rivaldo Vicente. Tudo isso baseados em calunias, falsas denúncias e armações (a globo seria amadora diante dessas cretinices) descabidas, sustentadas em mentiras para punir criminosamente o professor.

A sanha desgrenhada contra um forte aliado ideológico, militante de primeira hora comprometido com o governo petista, quase resulta num processo administrativo fajuto, forjado cinicamente por membros do grupo para prejudicar o professor Rivaldo Vicente.

A finalidade da arataca montada imoralmente contra esse servidor público municipal respeitável e exemplar, era para desmoralizá-lo de tal forma que justificaria a exclusão sumaria desse servidor do quadro do serviço público municipal. Essa mente perpassada pelo paludismo (perturbadoramente maquiavélica) tramou para criar a única alterativa para prejudicar todos esses anos de serviços prestados a comunidade e sua carreira no magistério público municipal.

Um petista, no governo que deveria ser do PT, foi vítima flagrante de uma das mais abomináveis tramoias urdida contra a dignidade e a honra de uma pessoa inocente (causaria inveja ao abominável nazista polonês Adolf Hitler, ao fascista italiano Benito Mussolini e ao nazifascista espanhol Francisco Franco) e foi tratado apenas como algo banal e sem muita importância, ignorando o fato de que isso criaria uma macula indelével de criminoso pelo resto da vida.

Naquele momento, o COESO não vacilou em sair incondicionalmente na defesa do professor Rivaldo Vicente por conhecê-lo, a saber, que as acusações eram infundadas e por isso não procedia. A tendência se articulou rapidamente e conseguiu intervir para esclarecer o golpe e evitar a injustiça da degola. Caso fosse consumado o golpe, seria uma verdadeira tragédia contra um dos mais respeitáveis militantes do Partido dos Trabalhadores. Pasme! Isso foi feito por gente de confiança que se tornou intocável, cargo nomeado pela prefeita.

Para quem ainda não sabe o porquê a tendência fez essa defesa peremptória de Rivaldo Vicente, tome conhecimento de que isso se deve ao histórico de longa caminhada com o coletivo. O iniciou de sua relação de amizade, companheirismo e de militância com os dirigentes do COESO vem de longe. Isso se deu lá no início da década de 90 do século passado, na luta política travada no movimento estudantil da UESB.

Portanto, por essas razões não é tão difícil assim perceber nuances de comportamentos ruins desse governo contra os seus próprios construtores e defensores. Isso é notável, pois a derrota é expressão inequívoca desse comportamento complacente com alguns e desprezo, perseguição e maldade a outros. Isso dentro do propor campo político partidário.

O termo é esse mesmo, complacência. Havia um desejo de agradar como expectativa de alcançar algo maior, uma disposição hercúlea para demonstrar cortesia e um animo incomum para servir a alguns poucos. Isso ocorria de maneira gentil, com amabilidade e excessiva benevolência. Por isso não vejo outra palavra mais apropriada para apresentar essa situação que não seja complacência.

Essa característica não era algo comum no governo, algo que chegasse a todos os munícipes de forma democrática e horizontalizada. Essa complacência não era sentida e mesmo pudesse ser explicada por todas as pessoas, grupos e partidos que caminharam juntas no decorrer das duas campanhas, gente que construíram as duas candidaturas petista em Anagé.

Esse altruísmo seletivo deixou muita gente frustrada no governo, sobretudo por causa do jeito desconcertante como se tomava conhecimento dos arranjos políticos malfeitos, aqueles famosos “acordos” extragovernamental e o inexorável “jeitinhos brasileiro” combinado escondidos para evitar que a maioria ficasse sabendo e não prejudicasse algumas poucas pessoas privilegiadas.

Contudo, esse jeitinho brasileiro indolente herdado da péssima conduta política das oligarquias anteriores e, levado ao pé da letra pelo governo que era pra ser do PT, criou uma antipatia de muita gente que fazia parte (ou pelo menos pensava que fazia...) do processo eleitoral e passaram a compor o governo depois de eleito com uma extraordinária margem de votos.

Minha escrita sempre esteve a serviço de quem teve a sua voz calada pelas injustiças sociais, econômicas e políticas. Essas injustiças cometidas cruelmente contra um companheiro do valor de Rivaldo Vicente não podem ser esquecidas, antes servem como registro histórico para evitar o silêncio e anonimato da degola.

Igualmente fica registrado que o êxito em algumas poucas áreas do governo de Governo petista, a exemplo das Secretarias de Agricultura, Educação e Assistência social se deve exclusivamente ao trabalho coletivo de lideranças comprometidas tecnicamente com um projeto de humanização da sociedade.

Mas, uma parte dessa gente vai além desse compromisso técnico, pois encampa ideologicamente um novo projeto de sociedade que busca a sua emancipação humana. Luta por uma sociabilidade alternativa a esta farsante canalhice barbarizada pela burguesia, aliás, todos nós militantes de esquerda estamos involuntariamente submetidos, contra a nossa vontade.

Nesta lista enobrecedora encontra-se Rivaldo Vicente, um sujeito simples, não menos competente, que trabalhou duro e honrosamente nos quatro cantos do município pela agricultura familiar e pela educação. Ele respeitou todos os princípios de esquerda, especialmente os do PT, cuja recompensa jamais seria sentida em sua plenitude. Antes, foi arremessado covardemente na vala comum, destinada apenas aos canalhas.

Aliás, a maioria de nós foi brutalmente coisificada e alijada desse processo de pertencimento da minúscula gloria governista. Fica aqui meu mais sincero e profundo desejo de ter feito justiça com essa simples contribuição ao meu amigo professor Rivaldo Vicente, a minha amiga professora Cléria Oliveira e aos seus queridos filhos José e Letícia, que se tornaram meus amigos também.
quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Iranildo Freire condena o homo-abjectus na política por sua nudez intelectual e moral.

Foto: Patricia Piccinini


"Se o PT de Anagé quiser voltar a sentar-se à mesa com a mesma dignidade de antes, terá que fazer esse acerto de contas com a sua própria história de partido de esquerda."

*por Herberson Sonkha

Um bom historiador, de matriz revolucionária, jamais aceitaria os impropérios ditos por estupides intelectual. Mesmo aquele historiador social liberal, jamais aceitaria com naturalidade políticos abjetos, totalmente despidos de ética e escuso pelo falso moralismo e a religiosidade da arminha. Aqui a nudez cognitiva é algo peremptoriamente condenável. A moral burguesa, duramente atacada por Nelson Rodrigues também é condenável.


Assim como “Toda nudez será castiga”, obra clássica do polêmico escritor Nelson Rodrigues, que se tornou filme com roteiro e direção de Arnaldo Jabor, também o é. Embora Arnaldo Jabor não seja um referencial intelectual e moral considerável nesse sentido. É ele mesmo? Sim! Aquele empedernido dos comentários tendenciosos e estapafúrdios da rede globo para convencer e conformar o sentimento do povo brasileiro acerca das canalhices e golpes das elites brasileiras contra as populações empobrecidas desse país.

Na versão de Jabor, o intelectual das elites reacionárias, o livro se transformou numa película de senso comum com a pretensão de naturalizar a moral burguesa presente da vida privada da classe média brasileira. Especialmente porque trata a conduta moral dessa classe vendida que faz qualquer coisa para ascender socialmente para usufruir das benesses da sociedade burguesa, criada pelo capitalismo.

Nesse filme se assiste interpretações de personagens hilariantes, mas também gente capaz de odiar alguém “sem nenhum motivo aparente” por causa de sua condição social, da cor da pele, da sua etnia, do gênero, da religião e da orientação sexual. Eis que me deparei com um personagem desse filme incorporado num sujeito bacana (pelo menos era) em pleno portal do semiárido baiano (Anagé). Tomado por uma sanha desorientada se colocou a me interpelar efusivamente sobre as minhas escolhas de escrita, sobretudo os meus escritos sobre o professor Iranildo Freire.

Certa vez esse sujeito me preguntou enfática e ironicamente porque eu escrevia tantas coisas desembestadas sobre Iranildo Freire. Segundo ele, todas eram estultícias de intelectual sem noção e baseadas em mentiras. Senti a agrura do sujeito ao observar a cartilagem da proeminência laríngea (gogó) subir e descer desesperadamente, denunciando a intempestividade de alguém que perdeu o amor próprio, a dignidade, enquanto despenca a autoestima.

Na pergunta dessa pessoa lânguida havia uma toxidade em função da acidez que exalava de suas entranhas e lhe tomava por inteiro, inebriando o ambiente tranquilo. Além de uma ríspida e perceptível “trava nos olhos” que o impedia der ver a realidade. Esse ranço persistia como um trago sutil desse venenoso ressentimento que destrói a pessoa, aniquilando por dentro até evanescer a alma. Se fosse com um amigo conhecido de pavio curto ele teria esperneado imediatamente, “sai pra lá filhote de cruz-credo!”.

Talvez minha percepção estivesse realmente descalibrada a ponto de estar errada, mas que havia algo de estranho que causava estremecimento naquele vibrato carregado de objeções repletas de infâmias. Além dos lábios ressequidos, o olhar fosco, o canto de boca espumando e a cor da face empalidecida, um espectro aterrorizador pairava sobre esse sujeito de tal maneira que, certamente isso pode ter sido a causa primaria da reação inexplicavelmente pequena dessa pessoa.

Foram alguns poucos instantes, mas tive a sensação de ter ido à eternidade e voltado à realidade arrastando vagarosamente uma enorme bola de chumbo (alta escala de calor célsius) presa aos meus pés. Isso foi perturbadoramente perverso com ela mesma e comigo. Disso não tive nenhuma dúvida. Embora um tanto frustrado, porque eu o considerava um grande sujeito, apesar do filtro eu fiquei literalmente atomizado e imobilizado.

Vou preserva o sujeito em função de sua debilidade moral, intelectual e política, pois a sua exposição o tornaria uma presa fácil dos críticos mais vorazes. Contudo, quero colocar as cartas na mesa diante dessa avalanche criminalizante contra alguém que não fez mau/mal a ninguém, além dele mesmo. Obvio que o mau/mal a que me refiro diz respeito à feitura (criou uma liderança) política de Iranildo Freire que é altamente eficiente. Faço memória à pessoa ríspida, anômala e anônima que conseguiu ser a principal liderança de Anagé por algum tempo, mas que abandonou seu papel, transformando-se numa liderança Frankensteinpoliticamente falando.

Na verdade, não gastei muito meu latim não explicando a esse ser animalizado as minhas razões, disse apenas algumas poucas palavras sobre a sociologia política dos partidos em Anagé e da vida social da cidade e do campo, marcada pela profunda desigualdade socioeconômica gritante que são irrefutáveis. E todas as coisas ruins que maltratava a população anageense eram explicadas, a luz da história enquanto ciência social, com belíssimas exposições feitas pelo professor Iran em sala de aula desde os anos 90.

Mas, apenas a abordagem crítica realizada em sala de aula não era suficiente, embora necessária, uma vez que conhecer cientificamente essa triste realidade criada pela maneira como as oligarquias locais exercia a política coronelista e possibilitar um método de ensino-aprendizagem que desenvolvesse a consciência crítica dos seus discentes não era o bastante. Tornou-se indeclinável intervir nessa conjuntura que exigia organizar o povo para transformar essa perversa realidade catastrófica. Razão pela qual ele se dispôs a colocar a mão na massa e ajudar a construir um partido (de esquerda) que pudesse intervir politicamente apresentando um projeto alternativo a sociedade capaz de modificar esse cenário desolador.

Um projeto que abordasse a raiz dessas questões sociopolíticas para melhorar a vida de quem efetivamente precisa. A bem da verdade, Iranildo Freire é um ser notoriamente inteligente em sua área de formação cientifica e extraordinariamente habilidoso que pode ser escalado para jogar em qualquer ponta no campo da institucionalidade.

Ele atua bem em todas as posições, quer seja nos bastidores como interlocutor articulando candidaturas; quer seja como gestor governamental ou quer seja como parlamentar canhota que deu voz ativa a essa gente sofrida. Ele é vanguarda que põe em movimento qualquer ataque, que avança implacavelmente como ninguém. Ele faz bravamente a retaguarda, recuando estrategicamente para fazer a defesa excelentemente bem e faz lançamentos precisos de curto, médio e longo alcance como ninguém. Vide a ex-prefeita (?!).

Além desses atributos que lhe é intrínseco, Iranildo Freire é um orador nato, ele é uma espécie de Steven Spielberg da engenharia política de Anagé. Sua criatividade, senso crítico e inteligência emocional para construir cenários para conjunturas complexas, fazem dele um intelectual experiente. Sempre esteve a serviço da construção e formação de lideranças com viabilidade eleitoral, aliás, com possibilidades concretas de ascensão ao poder.

Ele tem se mostrado eficiente nisso e o PT deve muito a ele porque chegou a instancia máxima municipal em função de sua estratégia e tática. Todas as pessoas devem se lembrar de como era exatamente o perfil da secretaria de finanças de Rubinho. Por isso, não deve esquecer-se nunca dessa condição sob o risco de ser atropelado pelo processo histórico de articulação das forças político-partidárias que disputam na sociedade contemporânea o poder socioeconômico e político por meio de projetos populares e não populistas.

Por exemplo, tem-se a participação indireta dele nas eleições de 2018 que o credencia sentar-se à mesa para analisar a conjuntura, contribuir ou ser honrosamente convidado a assumir a tarefa de candidatura ao executivo municipal em 2020. Mesmo não sendo candidato naquele momento ou assumido coordenação de campanhas como sempre fez, ele esteve ativamente participando das discussões políticas que garantiu o êxito eleitoral do grupo de Binho de Kiu. Mas não foi só isso, pois Iranildo Freire contribuiu também no diálogo de João Aguiar com COESO, SINTRAF e nas candidaturas estadual e federal.

Portanto, concluo meus argumentos condenando veementemente a atitude decrepita desse sujeito abjeto e destituído de entendimento intelectual e moral que criminaliza Iranildo Freire para atender exclusivamente aos interesses de alguém que declinou da tarefa de exercer a liderança para refugiar-se em Brasília.

Portanto, meus escritos estão dizendo que toda nudez intelectual e moral, será duramente castigada pela própria história que os condena pelos seus próprios atos. A nudez intelectual de políticos é um tipo de crime inafiançável e imprescritível, não passará impune e dure o tempo que for para ser julgado.

Eu não seria eu, senão dissesse novamente que o PT e a ex-prefeita continuam em dívida para com a história de Anagé, pois devem um pedido de desculpa pública ao professor Iranildo Freire pelo mau/mal que fizeram a esse notável professor e militante intelectual da classe trabalhadora e das populações em situação de múltiplas vulnerabilidades.

Se o PT de Anagé quiser voltar a sentar-se à mesa com a mesma dignidade de antes, terá que fazer esse acerto de contas com a sua própria história de partido de esquerda. E isso implica em corrigir os descaminhos, reparando seus erros e incoerências. Do contrário, cairá inexoravelmente na vala comum dos mortais desprezíveis que apodrecem anonimamente e são devorados pela ignorância, estupidez e mau-caratismo de quem pretende manter cativa à galinha dos ovos de ouro, visando se locupletar sozinha, por causa de sua incurável egolatria.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A grandeza de Iranildo Freire e a pedra deixada no meio do caminho...


"Nessa atual conjuntura, o professor Iranildo Freire é a melhor opção política para retirar a pedra no meio do caminho deixada pela gestão “petista” que impede o PT de seguir em frente.!"

*por Herberson Sonkha


Não é fácil formar uma liderança de esquerda do tamanho do Professor Iranildo Freire da noite por dia. Sobretudo quando esta liderança tem pleno conhecimento de sua grandeza e declina de livre e espontânea vontade dessa condição adquirida para dar espaço a outro ser estranho ao partido.
Esse altruísmo incondicional tem por finalidade construir coletivamente algo novo na municipalidade anageense que fosse capaz de transformar para melhor a vida de gente simples que mais precisa de proteção e promoção socioeconômica e política.


O que causou estranhamento mesmo foi à decepção de perceber que outras “crias” desse grande líder no município não perceberam que esse novo ser permaneceu estranho ao ninho. Apaixonaram-se porque não entenderam que essa figura encantadora não conseguiu se livrar (apenas escondeu) dos vícios ideológicos herdados da tradicional politica oligárquica anageense. Ela está acostumada com massagens no ego, mimos, jeitinho e a disposição para defenestrar qualquer pessoa que possa divergir de sua opinião. Essa sanha não isenta nem mesmo o seu criador para o campo da institucionalidade municipal.
O professor Iranildo Freire foi forjado dentro do molde teórico clássico de grandes discussões sobre a emancipação humana, experimentado no calor da luta da classe trabalhadora e dos movimentos sociais dos anos 80 de tradição democrática operária. A militância dessa liderança foi (continua sendo) exercida, de modo coerente, pela sua práxis política cotidiana dentro e fora do partido.

Como testemunha ocular de sua militância histórica, ouso desafiar qualquer posição contrária! Mas, desde já faço a advertência de que o debate é profundo, pois não me permito a quaisquer estultícias baseadas em opiniões estúpidas de quem não ler e fica sassaricando de um lado pro outro com palavras vazias, limitada pela superficialidade do senso comum. Por isso, não hesito em falar publicamente que existem lideranças lassas por todos os lados, de todos os tipos e de todas as cores batendo no meio da canela na sociedade burguesa. Um bom exemplo foi o mandato do “petismo” na cidade.

A história nos conta que a contemporânea civilização burguesa, nascida da revolução francesa, originalmente surgida pelo constructo mental pensado pelo iluminismo, essa desprezível a abjeta comunidade global da burguesia cria espectro dessa natureza o tempo todo para dar manutenção a ordem socioeconômica e o establishment burguês.

Contudo, uma verdadeira liderança de um Partido que se propõe porta voz da luta e dos sonhos possíveis que vocaliza os interesses da classe trabalhadora, certamente esse ser humano carrega consigo outros valores e uma narrativa de outra história. Vide a primeira gestão municipal do PT de Anagé e compare-a ideologicamente com o mandato de vereador do professor Iranildo Freire ou do poeta campesino João Aguiar.

Data vênia aos leitores passionais mais apaixonados por esse “petismo”, quase sempre em função de alguma gratidão material ou favores recebidos, mas essa efemeridade não se constitui enquanto categoria sociológica, muito menos que seja séria ou praticável na perspectiva da ideologia de classe. O “petismo” é no máximo um neologismo conveniente.
A prova disso são as defecções ideológicas e/ou mau-caratismo que vem corroendo a pedra filosofal que serve de base para sustentar a plataforma ideopolítica de um dos maiores partidos da América Latina: o PT. Esse modismo chamado “petismo”, ao invés de romper com essa cultura de privilégios, buscou manter as benesses, os mimos e as facilidades da institucionalidade em favor de alguns.

Imagine vocês leitores havidos pela história (enquanto ciência é obvio!), que essa extraordinária senhora, guardiã implacável das ações humanas ao longo do tempo, aliás, Dona de todos os tempos, tem se esforçado bastante para encontrar seres humanos com perfil de esquerda e prática política decente. Que respeite o que é “politicamente correto” sem perder o senso crítico.

Esse perfil tem sido cada vez mais raro de encontrar na comunidade, por isso existe tanta gente acometida pelo ananismo intelectual e moral por causa da banalização do conhecimento e fluidez em suas ações que visam apenas obter vantagens pessoais ou “subir na vida” pisando nas costas dos membros mais simples da comunidade. Tudo isso tem impedido essa gente de se tornar maior que seu próprio tempo. Aliás, a história do cotidiano tem demonstrado que esse processo de raquitismo cognitivo e inanição moral na sociedade burguesa contemporânea servem apenas para afamar indivíduos que promovem o mal-estar na sociedade.

Nesse sentido, a militância do Professor Iranildo Freire poderia ter sido o calcanhar de Aquiles, ou até mesmo a pedra no meio do caminho desse governo “petista”. E se fosse, teria legitimidade e faria todo sentido, mas não o foi em função de compreender criticamente que a escolha foi errada depois de todos esses anos de governo. A estratégia foi correta, contudo a tática de declinar de seu nome para construir uma “alternativa” nominal, se considerado os pífios resultados, hoje se mostra como sendo um equívoco.

Mas, a estratégia do Professor Iran estava absolutamente certa, tanto é verdade que a candidatura do PT chegou à prefeitura municipal depois de uma tentativa como favorita. Embora não tenha feito direito o dever de casa, o partido teve todas as condições políticas para fazer grandes transformações estruturais na cidade como fora feito em Vitória da Conquista e o projeto teve uma longa duração de 20 anos.

Em relação à correta postura de não ser um óbice ao processo eleitoral e, posteriormente a gestão municipal, queria lembrar o genial comunista Carlos Drummond de Andrade que tem dito poeticamente muitas coisas importantes sobre os obstáculos que interpõe a cena burlesca da política brasileira comezinha que impede o povo de seguir seu percurso no sentido de melhorar no curto prazo a sua vida socioeconômica e política. Uma delas é que "Na vida de minhas retinas tão fatigadas, nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra".

Nessa atual conjuntura, o professor Iranildo Freire é a melhor opção política para retirar a pedra no meio do caminho deixada pela gestão “petista” que impedi o PT de seguir em frente. Drummond usa da metáfora e a tomo aqui como sendo outro tipo de pedra, a nos rins do PT, tradicionalmente colocada pela dificultar o filtro dos processos internos que garantem a oxigenação do corpo e do cérebro do partido.

Diante dessa contradição flagrante, o Partido dos Trabalhadores de Anagé enfrentará nos tempos diligentes de 2020 o desafio de quebrar o paradigma da disputa interna para escolher alguém em suas fileiras para disputar com um gigante, pois o cenário prevê uma unidade programática. Mas, não é qualquer gigante como o professor Iranildo Freire que você pode encontrar facilmente em qualquer lugar (esquina, praça, rua, escola, clinica, hospitais, empresas ou partido) de Anagé, especialmente se pretender disputar as eleições em condições favoráveis. Caso contrário, 2020 será uma catástrofe total que destruirá o PT naturalmente.

Concorrer contra o líder não será tão simples assim como imaginam os incautos porque ele está entranhando na mente e no coração da população, principalmente da militância do partido que o reconhece em sua dimensão de grandeza. Iranildo Freire continua sendo o indefectível político de Palavra e formação Política (ambas com letra maiúscula) consistente.

Sua autenticidade na Prefeitura e na Câmara de Vereadores não possui escapula, sua história de vida translucida é transpassada pela luz da verdade pejada pela realidade multidimensional dos fatos e não pelo proselitismo velhaco da política menor. Nisso consiste a subjetividade de sua reputação, que repousa na serenidade da conduta irrepreensível de quem precede o discurso com ações objetivas. As suas palavras não são vazias ou mentirosas como quer essa gente mal intencionada, caracterizada pelo personagem de senso comum criado por Chico Anísio (Valfrido Canavieira, prefeito virtual e a cidade também de Chico City) “Palavras, são palavras, nada mais que palavras”.

Com exceção do ex-vereador e ex-secretário de Agricultura, o poeta João Aguiar, o professor Iranildo Freire será em 2020 a maior e mais expressiva candidatura entre os demais “políticos” que disputaram as eleições até hoje. Entre os que já exerceram (ou exercem) alguns cargos eletivos nas instituições políticas de Anagé, ele será o ilustre professor que volta a cena política de Anagé para ensinar o que é ser republicano no sentido radical da democracia.

Por isso, o Partido dos Trabalhadores de Anagé está na encruzilhada da história, pois terá que decidir sobriamente sobre seu próprio futuro e da polis, sem nenhuma margem para erros. Mas, não poderá hesitar em corrigir os equívocos cometidos injustamente no passado recente contra seu maior líder, sob o risco de encalhar por um longo tempo num estação qualquer, abandonada na beira da estrada.  

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

SER DE ESQUERDA NUMA SOCIEDADE FASCISTA. DESAFIO DA CONTEMPORANEIDADE.



"Precisamos reaproximar nosso discurso destes setores sociais, aprender a falar com o povo, sair do proselitismo elitista do mundo acadêmico, e desenvolver as ferramentas para nos fazer ser entendido por nossos pares, por aqueles que lutamos e que buscam caminhos para a emancipação do ser. "

*por João Paulo Pereira

Nós que militamos no campo de esquerda, em qualquer partido político ou movimento social, popular ou democrático, temos um desafio ainda não experimentado, enfrentar um governo de extrema direita, autoritário, centralizador, paradoxalmente neoliberal e ainda com apoio de 30% da população brasileira.

Eles veem nesta linha política, conservadora na forma, e neoliberal no conteúdo, um caminho para solução das injustiças sociais que o país vive atualmente. Só para lembrar, estes 30% que ainda defendem o governo de extrema direita, não fazem a menor ideia do que seja o neoliberalismo, na verdade estão defendendo a “forma”.


Mas voltando ao ponto de partida, como fazer política grande no campo da esquerda em um momento tão adverso? Precisamos está refletindo o tempo todo sobre este momento e os desafios que temos para o futuro em curto prazo no Brasil, em cada estado e em cada município do país. Uma coisa é certa, precisamos rever nossas estratégias de intervenção social.

As velhas ferramentas não funcionam mais, perdemos o discurso para a grande mídia e as redes sociais. Mas também não podemos abandonar os velhos textos na formação política. Não se forma ninguém de maneira verdadeira e honesta apenas com memes de internet. Precisamos aprender a unir as duas coisas, textos sérios e honestos que mostre a realidade política, filosófica, sociológica, histórica, antropológica do país.

É necessário que estejamos alinhados com vídeos curtos e também honestos, com memes que chamem atenção, não por serem mentiras, mas que desperte a curiosidade em quem vê-los e a partir deles buscar a informação mais complexa e aprofundada, que fuja da superficialidade e liquidez das informações destes tempos de mídias rápidas e fluídas.

Nossas ações precisam ter um foco claro, assim como a Igreja Católica, em Medelín e Puebla, fez a opção preferencial pelos pobres e pelos jovens, nós militantes de esquerda devemos ter esta meta como foco também. Precisamos reaproximar nosso discurso destes setores sociais, aprender a falar com o povo, sair do proselitismo elitista do mundo acadêmico, e desenvolver as ferramentas para nos fazer ser entendido por nossos pares, por aqueles que lutamos e que buscam caminhos para a emancipação do ser. E por falta da presença dos setores que lutam em defesa da vida, este povo está se perdendo na busca da esperança vã e desencarnada das seitas pentecostais e neopentecostais.

Nós militantes dos setores de esquerda, militantes religiosos dos setores progressistas da Igreja Católica, do protestantismo, do espiritismo e do Povo de Santo temos que ser efetivos em nossas ações políticas. O momento é desfavorável, o crescimento das ideias conservadoras é sem dúvidas uma barreira a ser vencida neste momento.

Mas, não podemos assistir as nossas juventudes se perderem entre as linhas do fascismo, ingenuamente manipuladas pelas promessas de saídas fáceis para a crise que os assolam. Não podemos ver o povo brasileiro, negros, mestiços, mulheres, homoafetivos, aceitando passivamente e de forma cordata o discurso de ódio e intolerância como expressão da verdade histórica.

É hora de nos movimentarmos, fazer o caminho contrário para reafirmar nossas posições de esquerda. Chega deste discurso que o mudo mudou, que os partidos precisam se adaptar as novidades da era das comunicações de massas. Precisamos adaptar as comunicações de massas ao nosso jeito de olhar a vida, precisamos desenvolver nas camadas jovens e na classe que vive exclusivamente do trabalho o desejo, a paixão pelo conhecimento, e para fazer isso o caminho é utilizar as ferramentas deste novo mundo ao nosso favor.

Precisamos usar tudo que a força de trabalho criou e a burguesia se apropriou na forma de mercadoria (material e imaterial) para desconstruir as verdades históricas e humanas, para reconstruir a luta dos trabalhadores, para formar novas lideranças, no meio da juventude que seja capaz de responder aos anseios destas novas gerações.

Perdemos uma batalha, mas esta guerra está longe de terminar, ainda temos muita lenha para queimar neste processo, e precisamos estar dispostos a fazer o novo acontecer, buscar crescer na adversidade que o momento nos impõe.

Entendendo nossa missão política e social neste momento, que é de preparar as lutas futuras, novos companheiros e companheiras para continuarem o sonho de uma sociedade mais humana, mais fraterna e mais igualitária, novos companheiros e companheiras que mantenham a utopia do socialismo, uma possibilidade na história.

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