Translate

Seguidores

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Rivaldo Vicente: o efeito bumerangue da lei da semeadura também vale para a política.

Professor Rivaldo Vicente


"Ele tem relevantes serviços técnicos de engenharia agrônoma e educacionais prestados em Anagé e Vitória da Conquista."

*por Herberson Sonkha

Herberson Sonkha
O escritor Machado de Assis dizia que “toda cortina de pura seda, tem uma palhinha de algodão ordinário no rodapé” porque absolutamente nada é perfeito! Essa verdade pode até não ser verificável imediatamente a olho nu, mas foi confirmada a posteriori pelos acontecimentos que marcaram a queda do governo municipal petista.

Queda essa que deixou algumas marcas profundas no imaginário coletivo da população, que exigirá dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores algumas mudanças imediatas na cultura partidária, uma postura eticamente de esquerda e o compromisso na prática com as mudanças sociais.


A bandeira vermelha de pura ceda fiada pelos trabalhadores (as) do Partido dos Trabalhadores de Anagé, confiada à ex-prefeita, ficou manchada com uma palhinha de algodão ordinário por causa do modus operandi estranho à tradição petista. Nesse sentido, vale lembrar a Via-Crúcis do professor Rivaldo Vicente no governo municipal de Anagé, com as “palinhas de algodão ordinário” dentro do governo e do próprio partido.

O engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente que conhece algodão ordinário e a urtiga, não a tomaria nem em seu sentido metafórico, mesmo se estivesse numa situação de espasmos, se contorcendo de piriri em pleno sertão do semiárido baiano. Certamente, desse mal ele não padece por conhecer o inconveniente ardiloso que se tornou tão ordinário na política atualmente, segundo Rivaldo Vicente só de lembrar causa urticaria.

Jamais recomende a alguém plantar urtiga ou vento, porque a “lei da semeadura” é inexoravelmente certa, se não quiser ser julgado por essa lei (religiosa ou da natureza) respeite-a minimamente. Tanto o algodão ordinário quanto a urtiga, foram usados contra o povo e os militantes do partido, com exceção de alguns eleitos.

Sua postura integra e a consciência do seu papel técnico e político na gestão do Governo Petista – e o fez decentemente, Rivaldo Vicente disse lá atrás ao governo que não era bom plantar vento muito menos semear urtiga porque seria enganar o povo, uma vez que isso levaria o governo inevitavelmente à colheita de violentas tempestades.

Se por um lado ele sofreu perseguições dentro do governo por carguistas que faziam parte da torcida governista, que não deram trégua ao poeta João Aguiar e nem ao professor Rivaldo Vicente em nenhum instante durante os quatros anos de gestão, por outro lado, não deram a devida importância ao édito rivaldiano e agora o eminente temporal se abate sobre o PT.

Abrindo um parêntese, observe que o clima anunciado prevê dias difíceis para a ex-prefeita que ficará nominalmente de fora dessa disputa, não obstante admitir que se estivesse presente e o seu nome estivesse limpo ela seria naturalmente aclamada por todas as forças. Se as eleições fossem hoje, ela já poderia ser considerada uma carta fora do baralho, pois está peremptoriamente impedida de disputar qualquer pleito via eleições. Por parte do Tribunal de Contas do Município (TCM) já poder afirmar isso.

No entanto, imagine você caro leitor e eleitor crítico de Anagé, se a Câmara Municipal de Vereadores resolvesse acompanhar as orientações técnicas recomendadas pelo TCM, aí sim seria “game over” para essa senhora que teria a sua curta carreira política de um só mandato interrompido.

Se considerarmos que a manipulável memória coletiva do povo, induzida subliminarmente pela hipotética tese hipnótica da rede plim-plim de “moralização da política e o combate sistemático à malversação do dinheiro público”, que na essência não passa de uma estratégia antipetista das “elites do atraso” para influenciar o povo contra o PT, isso a obrigaria voltar à sala de aula. De mais a mais, ela é ausente dentro do PT e na cidade.

Ao invés de o PT está desfrutando da chuva submedida que deveria irrigar a crescente fértil na política celebrando outros nomes, por meio da dança democrática das cadeiras para disputar as eleições de 2020, feliz ou infelizmente o que está se avizinhando é uma tentativa de empurrar goela abaixo da militância um herdeiro inabitual.

Isso vai inundar as expectativas para refazer a história, corrigir rumos e retomar a perspectiva de um programa democraticamente popular e de esquerda. Isso tem motivado reações críticas da militância insatisfeita com a postura do grupo da ex-prefeita que vem causa agitação positiva na atmosfera política no partido.

Por isso as divergências não arrefeceram os ânimos da militância, pelo contrário, elas estão ideologicamente exaltadíssimas e tendem a surtir um efeito de aterramento político da ex-prefeita. Todos os pedregulhos atirados contra as pessoas aliadas durante o seu governo, são devolvidos na forma de tempestades de críticas. Uma verdadeira correnteza adversa aos objetivos pessoais da ex-líder política.

As reuniões constantes causam o efeito relâmpago de insight criativos e inteligentes que veem gerando muitas polêmicas na cidade, a exemplo da possibilidade de nomes como o do Professor Iranildo Freire, empresário Binho de Kiu e do ex-vereador e ex-secretário de Agricultura João Aguiar que devem e podem compor a lista de prováveis pré-candidatos para 2020.

O que causa espanto e preocupação e, certamente está tirando o sossego da ex-prefeita é que todos esses nomes são fortes, com inserções sociopolíticas, reconhecimento na sociedade e estão discutindo democraticamente em conjunto não por um nome, mas sim um projeto alternativo de governo porque todos eles estão do mesmo lado no campo político dentro do partido. Isso soa como se fossem trovões com sonoras críticas ao modus operandi dela e do grupo que a representa (já que ela não comparece), intensificando os choques entre mentalidades divergentes de dois campos diametralmente distintos, prometendo aquecer o debate entre as correntes nos próximos meses.

As razões dessas críticas torrentes que se abatem feito avalanches sobre a ex-prefeita e seu grupo político têm inúmeras explicações. A principal delas, é a análise do efeito bumerangue da “lei da semeadura”, que se volta violentamente contra ela por causa de sua postura irresponsavelmente prejudicial ou indiferença aos ataques contra as pessoas que deram incontáveis contribuições ao governo Municipal de Governo petista em Anagé.

Voltemos à questão do Engenheiro Agrônomo e professor da rede pública municipal, Rivaldo Vicente que teve inúmeros prejuízos financeiros e muitas perseguições feitas pelo próprio governo municipal com a anuência da ex-prefeita e o silêncio ensurdecedor partido.

Para quem ainda não sabe ou não conhece Rivaldo Vicente, ele vem de longas caminhadas históricas e de muitas lutas no movimento estudantil na UESB desde os anos 90. Mais recentemente, como engenheiro agrônomo exercendo a função técnica para a gestão municipal ajudou a organizar, planejar, mapear e cobrir todas as áreas rurais. O que permitiu a ele conhecer minimamente cada aspecto ambiental e sua morfologia em canto do município.

Rivaldo Vicente tem residência com moradia fixa em Anagé há 20 anos. Ele tem o privilégio de ser o professor dos filhos de ex-estudantes. Ou seja, ele já está lecionando para a segunda geração de estudantes. É comum e prazeroso para um professor do nível de Rivaldo Vicente encontrar seus ex-educandos já como pais e mães em reuniões da comunidade acadêmica para tratar de questões de seus filhos.

Esses podem atestar sim a qualidade do trabalho e o compromisso docente desse importante professor e não um bando de maledicentes, politicamente inconsequentes. Como professor, Rivaldo Vicente contribuiu politicamente para organização do PT na cidade, participando ativamente de todas as lutas para fortalecer a categoria docente contra a exploração, atraso salarial, sucateamento da educação pública municipal e contra privilégios entre colegas bajuladores de quaisquer governos conservadores e arcaicos, portanto combateu todos os políticos de direita no município, no estadual e nacionalmente.

Para os partidários da claque que fica incensando o comportamento ausente e equivocado de governo truculentos, não necessariamente do governo que deveria ser do PT, Rivaldo Vicente não passa de um forasteiro e, como tal, foi sistematicamente combatido, injustamente marginalizado e maldosamente criminalizado.

O óbice é o esquecimento daqueles serviçais do governo municipal que olvidou da lei do retorno como possibilidade concreta de perder a prefeitura. Fato é que, a institucionalidade municipal é feito transporte coletivo, todos os cargos de confiança são passageiros com prazo de validade para descer em um determinado ponto ou na estação final, a cada quatro anos, enquanto que os servidores concursados são como o motorista e o trocador que sempre seguem a viagem por um tempo bem maior que os transeuntes de pseudoconfiança.

Independente disso, tratar alguém como forasteiro é ter um comportamento discriminatório e pequeno. Mesmo que tenhamos a plena consciência de que esse malfadado comportamento interiorano é reflexo do atraso intelectual que reverbera na política, isso não diminui o fato de serem demasiadamente xenófobos. Alguns o são por terem um comportamento tipicamente pernóstico, outros porque são vítimas da própria ineficácia da política educacional, responsável pelo analfabetismo funcional.

Essas pessoas são desinformadas em todos os aspectos, sobretudo no aspecto geopolítico que desconhece a realidade socioeconômica e política do nordeste. Por isso, tratam pejorativamente qualquer baiano no sul/sudeste, excepcionalmente em São Paulo, como sendo uma coisa desprezível, sem qualquer valor humano, ético, intelectual, técnico, social e político.

Como em Vitória da Conquista isso já se dissipou bastante, depois de 20 anos de governos petistas, recebemos de braços abertos qualquer ser humano, venha de onde vier. Temos várias pessoas dignas de todo o nosso respeito e por isso foram acolhidas com carinho pelos conquistenses, a exemplo de Iranildo Freire, Maílcio Nogueira (Mazinho de Lalaô), Maíldo Nogueira, Darci (Branco), Alan Calixto, Tatiane Nogueira, Adriano Calixto, Clovis Calixto e Giovana Calixto e tanto outros (as) anageenses que vierem a Vitória da Conquista na perspectiva de ajudar a cidade a crescer e ser um lugar cada vez melhor e mais humanizado.

O professor Rivaldo Vicente é gente boníssima, um sujeito eficiente e comprometido dentro e fora da sala de aula. Ele tem relevantes serviços técnicos de engenharia agrônoma e educacionais prestados em Anagé e Vitória da Conquista. Tem uma prole maravilhosamente estável e tranquila que constituiu com a competente professora Cléria Oliveira, outra figura espetacular com que têm dois lindos filhos, José e Letícia. Inegavelmente eles vêm contribuindo em todos os aspectos para o desenvolvimento intelectual dos anageenses há vários anos.

Mas, é sempre bom lembra também que houve prejuízo financeiro e moral causado pelo governo de Governo petista, que deveria ter sido do PT. Talvez, se tivesse sido de fato petista, certamente não teria prejudicado a ninguém, especialmente quem é do partido. Pretendo realçar alguns aspectos dessa importante contribuição e também os prejuízos aplicados a eles nesses quase quatros anos de governo, já que depois das eleições de 2016 a cidade foi abandonada pela prefeita que se refugiou em Brasília.

Certa vez, descendo as íngremes ladeiras do platô da Serra dos Pombos, numa manhã de tempo nublado com longos trechos de névoa densa, o professor Iranildo Freire me disse com tanta convicção que qualquer governo municipal desejaria ter um secretário de Agricultura como o poeta João Aguiar e o engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente.

Sua convicção repousava calmamente na certeza inequívoca da parceria bem-sucedida entre a política de esquerda da agricultura familiar (adotada plena e integralmente pelo secretário) e as orientações técnicas com larga experiência do engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente.

Não faz muito tempo que analisei essa questão com o professor Iranildo Freire. Sempre que dava certo, nos encontrávamos no mesmo horário indo à Anagé. E naquela ocasião, ainda sob os efeitos da ressaca eleitoral para uns poucos e entusiasmo para a maioria, discutíamos politicamente alguns avanços pontuais em algumas áreas do Governo petista. Buscávamos compreender as causas que contribuíram para os excelentes resultados eleitorais consecutivos) para os candidatos Waldenor e José Raimundo que agora se tornaram candidaturas da prefeita, logo após as eleições de 2014.

Das secretarias analisadas naquele momento, secretaria de agricultura havia superado as expectativas porque conseguiu construir uma solida capilaridade na zona rural, fortalecido o diálogo, mapeado as demandas, ofertado assistência técnica e se estabelecido mais próximo da realidade do campo.

No que pese ter consciência da falta de recursos financeiros, material, transporte para a logística e um quadro de pessoal necessário para tocar minimamente a política adotada pela pasta, sabíamos muito bem que o Plano Plurianual (PPA) sempre destinou recurso suficiente mais o governo jamais garantiu que esse recurso chegasse a secretaria e fosse gestado pela própria pasta.

Apesar da alocação acintosa desses recursos para outros fins, prejudicando essa população rural numerosa (ignorando que o município tem mais de 75% de sua população morando e produzindo no campo), responsável por abastecer a cidade com alimentos saudáveis, o governo conseguiu avançar por causa do árduo trabalho desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico, destaca-se dois grandes nomes do PT: João Aguiar e Rivaldo Vicente.

Estávamos falando sobre isso, reconhecendo o exitoso trabalho realizado por João Aguiar e Rivaldo Vicente a frente da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico do município e sua inclinação para o diálogo democrático para consolidar as diretrizes da agricultura familiar no município.

Esse serviço de qualidade executado nos quatro cantos do município foi prestado à sociedade que é atendida pela produção orgânica da agricultura familiar e isso aconteceu porque houve assistência técnica e elaboração de projetos orientados pelo engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente.

Contudo, além de não disponibilizar o recurso da própria pasta, havia o cerceamento ao trabalho desses dois militantes incondicionais da agricultura familiar, considerados pela linguagem coloquial do campo como sendo dois “pés de boi” para trabalhar.

Percorreram em seus próprios veículos toda as comunidades rurais, inclusive financiando do próprio bolso a gasolina e a manutenção do veículo. Organizaram as associações, discutiram a questão do campo e viabilizaram implementos, distribuíram sementes, desenvolveram projetos relevantes e levaram assistência técnica ao pequeno produtor camponês.

Gostaria de destacar o companheiro Rivaldo Vicente por seu comprometimento com o governo e, na medida do possível, o efetivo cumprimento das responsabilidades assumidas nas eleições de 2012. E o fez com a mesma dignidade de alguém despido de qualquer vaidade de cargo público e, incondicionalmente comprometido com o desenvolvimento humano, político e material do campesinato, sobretudo das forças produtivas agrícolas baseada na cultura orgânica da agricultura familiar.

Meio a essa correria e loucura de trabalhar exaustivamente na secretaria, dar aula no município e defender o projeto que deveria ser do PT. O engenheiro agrônomo Rivaldo Vicente ainda foi vítima do mais sórdido esquema de perseguição e criminalização já feito (injustamente) contra alguém do próprio partido (isso nunca antes na história havia acontecido), ou como se dizia naquele período, gente do próprio “time”.

Como diz a expressão popular de que “o costume do cachimbo deixa a boca torta” para ilustrar que um determinado comportamento mantido por repetidas vezes se torna um hábito (ou um péssimo hábito) que naturaliza a exclusão e criminalização a qualquer pessoa. Isso se tornou um costume absolutamente corriqueiro no governo da prefeita Governo petista.

Nesse sentido, a tentativa de aniquilamento cabal de Rivaldo Vicente não foi algo fictício, por mais mirabolante que seja. Se bem que, esse acontecimento não era tão difícil de prever porque o professor Iranildo Freire também foi vítima dessa inexplicável perseguição acompanhada de invisibilização intelectual e política.

Mesmo que ele jamais tenha levado para o lado pessoal (embora muita gente da parte do governo do PT foi pessoal sim) e muito menos revidou qualquer comportamento dessa natureza. Optou pelo respeito a sua criação, mesmo que isso tenha lhe custado ser defenestrado e invisibilizado pelo governo de Governo petista com anuência do próprio Partido dos Trabalhadores e dos deputados que ele ajudou a construir ao logo de seus mais de 30 anos de partido.

A própria direção da escola e alguns seguidores mal-intencionados quiseram logra êxito nas costas do professor Rivaldo Vicente, maquinando e desencadeando uma onda de ataques que visavam atingir Rivaldo Vicente. Tudo isso baseados em calunias, falsas denúncias e armações (a globo seria amadora diante dessas cretinices) descabidas, sustentadas em mentiras para punir criminosamente o professor.

A sanha desgrenhada contra um forte aliado ideológico, militante de primeira hora comprometido com o governo petista, quase resulta num processo administrativo fajuto, forjado cinicamente por membros do grupo para prejudicar o professor Rivaldo Vicente.

A finalidade da arataca montada imoralmente contra esse servidor público municipal respeitável e exemplar, era para desmoralizá-lo de tal forma que justificaria a exclusão sumaria desse servidor do quadro do serviço público municipal. Essa mente perpassada pelo paludismo (perturbadoramente maquiavélica) tramou para criar a única alterativa para prejudicar todos esses anos de serviços prestados a comunidade e sua carreira no magistério público municipal.

Um petista, no governo que deveria ser do PT, foi vítima flagrante de uma das mais abomináveis tramoias urdida contra a dignidade e a honra de uma pessoa inocente (causaria inveja ao abominável nazista polonês Adolf Hitler, ao fascista italiano Benito Mussolini e ao nazifascista espanhol Francisco Franco) e foi tratado apenas como algo banal e sem muita importância, ignorando o fato de que isso criaria uma macula indelével de criminoso pelo resto da vida.

Naquele momento, o COESO não vacilou em sair incondicionalmente na defesa do professor Rivaldo Vicente por conhecê-lo, a saber, que as acusações eram infundadas e por isso não procedia. A tendência se articulou rapidamente e conseguiu intervir para esclarecer o golpe e evitar a injustiça da degola. Caso fosse consumado o golpe, seria uma verdadeira tragédia contra um dos mais respeitáveis militantes do Partido dos Trabalhadores. Pasme! Isso foi feito por gente de confiança que se tornou intocável, cargo nomeado pela prefeita.

Para quem ainda não sabe o porquê a tendência fez essa defesa peremptória de Rivaldo Vicente, tome conhecimento de que isso se deve ao histórico de longa caminhada com o coletivo. O iniciou de sua relação de amizade, companheirismo e de militância com os dirigentes do COESO vem de longe. Isso se deu lá no início da década de 90 do século passado, na luta política travada no movimento estudantil da UESB.

Portanto, por essas razões não é tão difícil assim perceber nuances de comportamentos ruins desse governo contra os seus próprios construtores e defensores. Isso é notável, pois a derrota é expressão inequívoca desse comportamento complacente com alguns e desprezo, perseguição e maldade a outros. Isso dentro do propor campo político partidário.

O termo é esse mesmo, complacência. Havia um desejo de agradar como expectativa de alcançar algo maior, uma disposição hercúlea para demonstrar cortesia e um animo incomum para servir a alguns poucos. Isso ocorria de maneira gentil, com amabilidade e excessiva benevolência. Por isso não vejo outra palavra mais apropriada para apresentar essa situação que não seja complacência.

Essa característica não era algo comum no governo, algo que chegasse a todos os munícipes de forma democrática e horizontalizada. Essa complacência não era sentida e mesmo pudesse ser explicada por todas as pessoas, grupos e partidos que caminharam juntas no decorrer das duas campanhas, gente que construíram as duas candidaturas petista em Anagé.

Esse altruísmo seletivo deixou muita gente frustrada no governo, sobretudo por causa do jeito desconcertante como se tomava conhecimento dos arranjos políticos malfeitos, aqueles famosos “acordos” extragovernamental e o inexorável “jeitinhos brasileiro” combinado escondidos para evitar que a maioria ficasse sabendo e não prejudicasse algumas poucas pessoas privilegiadas.

Contudo, esse jeitinho brasileiro indolente herdado da péssima conduta política das oligarquias anteriores e, levado ao pé da letra pelo governo que era pra ser do PT, criou uma antipatia de muita gente que fazia parte (ou pelo menos pensava que fazia...) do processo eleitoral e passaram a compor o governo depois de eleito com uma extraordinária margem de votos.

Minha escrita sempre esteve a serviço de quem teve a sua voz calada pelas injustiças sociais, econômicas e políticas. Essas injustiças cometidas cruelmente contra um companheiro do valor de Rivaldo Vicente não podem ser esquecidas, antes servem como registro histórico para evitar o silêncio e anonimato da degola.

Igualmente fica registrado que o êxito em algumas poucas áreas do governo de Governo petista, a exemplo das Secretarias de Agricultura, Educação e Assistência social se deve exclusivamente ao trabalho coletivo de lideranças comprometidas tecnicamente com um projeto de humanização da sociedade.

Mas, uma parte dessa gente vai além desse compromisso técnico, pois encampa ideologicamente um novo projeto de sociedade que busca a sua emancipação humana. Luta por uma sociabilidade alternativa a esta farsante canalhice barbarizada pela burguesia, aliás, todos nós militantes de esquerda estamos involuntariamente submetidos, contra a nossa vontade.

Nesta lista enobrecedora encontra-se Rivaldo Vicente, um sujeito simples, não menos competente, que trabalhou duro e honrosamente nos quatro cantos do município pela agricultura familiar e pela educação. Ele respeitou todos os princípios de esquerda, especialmente os do PT, cuja recompensa jamais seria sentida em sua plenitude. Antes, foi arremessado covardemente na vala comum, destinada apenas aos canalhas.

Aliás, a maioria de nós foi brutalmente coisificada e alijada desse processo de pertencimento da minúscula gloria governista. Fica aqui meu mais sincero e profundo desejo de ter feito justiça com essa simples contribuição ao meu amigo professor Rivaldo Vicente, a minha amiga professora Cléria Oliveira e aos seus queridos filhos José e Letícia, que se tornaram meus amigos também.

0 comments :

Postar um comentário

Buscar neste blog

por autor(a)

Arquivo

Inscreva seu e-mail e receba nossas atualizações: