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quarta-feira, 11 de maio de 2016
À direita falsária e suas meias verdades que iludiu setores petistas!
maio 11, 2016
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por
Vinícius...
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“As medidas ortodoxas anticíclicas adotadas até hoje, até mesmo a keynesiana, são incapazes de reverter o quadro da crise mundial sem aprofundar a fome, a miséria, a violência e a corrupção.”
* Por Herberson Sonkha
O Brasil é um país com um pouco mais de 500 anos, mas o povo ainda não aprendeu que os dramas socioeconômicos e políticos desta crise planetária é resultado do sociometabolismo antropofágico do capitalismo. A crise aflige o país, na qual seus efeitos mais sentidos são o desemprego estrutural, o encolhimento do consumo de bens de primeiras necessidades e o aumento da violência. Este quadro instalado no Brasil se alastra com a virulência de uma epidemia sem antídoto. A farmacologia do economês brasileiro, e no mundo, não tem prescrição curativa para este irremediável mal.
As medidas ortodoxas anticíclicas adotadas até hoje, até mesmo a keynesiana, são incapazes de reverter o quadro da crise mundial sem aprofundar a fome, a miséria, a violência e a corrupção. Entretanto, todavia, contraditoriamente a este infortúnio coletivo, esta desgraça generalizada não afeta o outro polo da sociedade bem nascida, formado pelas classes socioeconômicas opulentas.
Pois, reinam absolutos e seguem com a empáfia do “ganhador”, nadando de braçada na abastança do aviltamento dos valores, da ética, da humanidade e da apropriação privada da riqueza pelo capital. Não há sociabilidade possível quando o que move as relações sociais nesta sociedade toma por princípio a antropofagia. A concentração e centralização de capital consecutivamente vai subsumir num corpúsculo infinitamente desproporcional ao conjunto de necessidades coletivas da sociedade, num movimento altamente segregador.
Este movimento ocorre simultaneamente com a força de trabalho e com os pequenos e médios capitais. Este movimento de apropriação privada se dá com a riqueza que é produzida pelas classes trabalhadoras, todavia, desde os primórdios, na fase de acumulação primitiva de capital que a consolidou enquanto classe dominante, que estas elites exercem a hegemonia socioeconômica e política. Toda riqueza concentrada é subsumida por meio da exploração de mais valor de um dos fatores de produção (força de trabalho). Ao mesmo tempo em que ocorre a centralização através da incorporação agressiva de capitais menores que sucumbem às exigências inexequíveis da reprodução do capital.
E o Estado cumpre que papel nesta miscelânea de dor, sofrimento e desgraça dos não afortunados? No Brasil o Estado passou a existir para cumprir uma tarefa determinada pela necessidade das elites de industrializar o país e garantir as condições objetivas e subjetivas para o desenvolvimento do capital. Não existe a menor possibilidade de considerar como parte essencial desta tarefa desenvolver as condições mínimas para oferecer qualidade de vida para as classes trabalhadoras, particularmente aquelas braçais. Também não é da natureza do Estado liberal burguês à proteção e promoção das populações afetadas pelas desigualdades socioeconômicas decorrentes do movimento de reprodução do capital.
Embora conste nas inscrições dos fundamentos jurídicos administrativos deste Estado passagens que expressam certas “preocupações” com tais questões, na prática o que houve nestes mais de 500 anos são negligencias, omissões e emudecimento criminoso do Estado frente aos desmandos das elites, principais responsáveis pelas inúmeras violências no campo e na cidade, racismo, explorações, assalariamento, extermínios de populações afroindígenas e juventude negra, corrupções generalizada, destruição ambiental para atender a desenfreada locomotiva fabril, a especulação mobiliaria e uma favelização adensada de ocupação dos morros e nas encostas.
Neste sentido, pensar que a crise econômica do Brasil decorre das barbeiragens dos governos de Lula e Dilma Rousseff é negar as contradições do capitalismo e a virulência de seus malefícios ás classes trabalhadoras e suas instituições políticas, movimentos sociais e as populações empobrecidas. Esta crise é mundialmente irremediável e a minimização de seus efeitos é temporária com consequências de curtíssimo prazo, pois não há solução irrefutável para suas contradições.
O que estes governos fizeram foi cumprir uma agenda com a eficiência que os neoliberais não tiveram. Assim como se equivocaram ao achar que estes governos poderiam ter chegado ao “socialismo” por meio da revolução democrática silenciosa, apropriando-se dos mesmos pressupostos teóricos neoliberais que setores orgânicos das elites já haviam utilizados antes.
Existe nuance diferente na execução destas políticas, pois as tornaram hibridas ao direcionar progressivamente dotações orçamentárias para as políticas sociais, assegurando recursos para dispêndios com ações, programas e projetos governamentais visando fortalecer as políticas públicas de proteção e promoção das populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica e política. No que pese discordar da afirmação da ensandecida ideia de ter criado uma nova classe média, baseada no consumo (ver índices de endividamento destas classificações econômicas) estes governos possibilitaram efetivamente acessos destas populações em situação de múltiplas vulnerabilidades a serviços públicos que eram restritos a determinadas classes sociais medias e as elites.
Mas, não nos esqueçamos de que nestes mesmos governos os bancos bateram recordes de lucros, deixando os banqueiros bilionários e com a certeza de que a macroeconomia ortodoxa garantiria esta lucratividade enquanto estivessem governando. Vale lembrar-se do que disse Henrique Meireles no governo republicanista de Lula e agora retoma no possível desgoverno de Temer-Cunha-Renan-Aécio-Agripino.
O agronegócio recebeu bem mais recursos que a agricultura familiar, isto explica em grande medida o porquê das áreas de remanescentes de quilombo não avançaram no processo de reconhecimento e certificação, na mesma proporção que a reforma agrária retraída deste governo ficou engavetada. Estes governos foram muito mais generosos com o capitalismo globalizado liderado pelo grande capital dos banqueiros, agroindustriais, pecuaristas e latifundiários do que os movimentos sindicais, estudantis e sociais brasileiros.
Estes governos sofrerem duplo golpe, pois além de não contar com sua orgulhosa base de apoio construída com respeito irrepreensível dos partidos que mantinha a governabilidade forjada pelos eloquentes discursos daqueles que desfilava sermões inflamados de republicanismo, recebeu a maior votação em favor do impeachment de sua própria base governista.
Apunhalados pelas costas e sem o apoio da governabilidade republicana, estes governos recorreram àqueles excluídos da participação política e preteridos na hora dos grandes investimentos sociais. Sem titubear e organicamente comprometidos com as bandeiras sociais estes movimentos foram para o campo de batalha comprometendo-se combater os conservadores, nazifascistas, racistas, LGBTfóbicos, o capitalismo e suas instituições políticas. Que venham as grandes lutas porque nunca deixamos as lutas nas ruas, aliás, a tormenta é para quem deixou as ruas pelo conforto do gabinete!
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