quinta-feira, 12 de maio de 2016
As raposas em pele republicanista consumam o golpe!
"Este atentado nefário entrou para história como sendo o conto do vigário mais tosco, não menos virulento, já narrado pela frágil literatura da cambaleante democracia brasileira."
* Por Herberson Sonkha
O forçoso terceiro turno das eleições gerais, não deveria ter porque o processo democrático de escolha terminou em 2014, é uma dissonora que emerge dos porões subterrâneos dos torturadores à superfície do Planalto Central. O saudoso Renato Manfredini Júnior disse que “nesses dias tão estranhos fica poeira se escondendo pelos cantos”, a corrupção permaneceria transitando livremente pelos corredores do poder central porque quem poderia manter esta faxina acaba de sofrer um golpe e ser afastada do comando, exatamente como descreveu que não mudaria porque “na favela no senado sujeira pra todo lado”.
O opróbrio forjado contra uma Mulher íntegra que impacienta ao bom senso e causa indignações em mais da metade dos brasileiros. A concórdia na toada política bicameral é um arranjo que cala o ruído estridente que trincou o cristal que encera a democracia. Este atentado nefário entrou para história como sendo o conto do vigário mais tosco, não menos virulento, já narrado pela frágil literatura da cambaleante democracia brasileira.
Atentou-se covardemente contra uma Mulher em paz com sua consciência, naquilo que é objeto de incessantes lutas das mulheres brasileiras pela sua emancipação das feministas, ou, ao respeito à dignidade de gênero, mas violentadas pelo delinquente machismo e a desgraçada misoginia destes violadores de direito da dignidade da pessoa humana. Achacada imoralmente por algo que não cometeu, não autorizou e nem participou de nenhuma das hipóteses, não mais que isso, classificadas pelo famigerado relatório de admissibilidade.
As agressões não circunscrevem ao Planalto Central, ganham os quatros cantos deste país como resposta a sistemática campanha de difamação realizada pela rética mídia capitalista e suas megaestruturas televisiva de inculcamento de ideologias nazifascistas. Palavras de baixo calão virou jargão naturalizado por várias estruturas midiáticas a serviço do golpe. Os interesses capitalistas das grandes empresas moveram o sentimento dos golpistas e da claque que tomaram as ruas em defesa desta indecência, mesmo com estranhamento deste lugar que nunca foi o lugar de fala dessa gente.
Nesta quinta (12), excepcionalmente nesta quinta-feira, o Brasil acordou com a sensação de derrota e uma ressaca da maré ruim que invadiu o país desde os resultados eleitorais de 2014. Este golpe foi feito e refeito inúmeras vezes pelos autores. Cada etapa, cada ação, cada articulação e cada cena fora premeditada meticulosamente. A história fará uma síntese deste momento que possibilitará as populações retomar sua caminhada contra seus algozes, pois “apesar de você amanhã há de ser outro dia”.
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