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quinta-feira, 31 de maio de 2012
TRÁFICO E SOCIEDADE
maio 31, 2012
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por
Vinícius...
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*por Vinícius Barbosa de Moraes
Esse registro parte da indicação do amigo Herberson quanto ao texto de Ronaldo Ferraz intitulado “A Maconha, a Política e a Saúde – Parte I”**, dentre outras leituras, observações e ideias minhas que, a meu ver, deveriam permear a cabeça de qualquer pessoa que reflita sobre o assunto. Que assunto? COMBATE AO TRÁFICO DE DROGAS.
Antes de continuar, vamos partir de alguns pressupostos.
· Você acredita que qualquer um que escreva sobre esse assunto é um usuário e tenta facilitar seu acesso às drogas? Sugiro rever seus conceitos antes de decidir se continuará a ler o texto. Afinal, todo ser que pense, pode refletir sobre um tema qualquer.
· A droga alimenta o crime, causa mortes e, se assim o é, têm de ser exterminada da sociedade? Espero que o resto do texto lhe faça repensar o assunto.
· Como a massa na sociedade, você acredita que não deva questionar qualquer ordem do Estado, nem mesmo refletir sobre o assunto ou que isso não é de sua responsabilidade? Peço sua reavaliação ao final da leitura.
Ok. Que drogas causam mortes, dependência, geram violência, etc. todos nós sabemos. Também se sabe que é a renda gerada pelos usuários que financia tais reflexos e geram inúmeros impactos na sociedade. Mas você gosta de uma cervejinha no final de semana? Achou engraçado o comercial onde homens saltam sem paraquedas de um avião para salvar sua sagrada cerveja? Ainda assim, claro, você não se sente constrangido ou um financiador do crime por isso. Não é?
Se as respostas para as questões acima foram sim, melhor você começar a ler mais sobre o assunto e descobrir que SIM, você deveria se entender enquanto criminoso e financiador de milhares de mortes no país. Tal sentimento por reflexo direto dos inúmeros acidentes de trânsito, agressões em família, destruição de vidas pelo vício, dentre outras “maravilhas” causadas pelo lícito e benquisto álcool.
Mudando de droga, você também não vê problemas em se aceitar o fumo como lícito, ainda que cause tantas mortes e um elevado custo para o governo. Certo?
O velho Milton Friedman*** questionava o combate ao tráfico e isso não foi agora ou na “ondinha” que até Fernando Henrique Cardoso entrou. Qual razão? Era usuário ou planejaria investir no ramo do tráfico? NÃO. Como um economista e até mesmo crianças no ensino fundamental, este entendia que onde há demanda, SEMPRE haverá oferta. Dessa forma, o combate inflacionaria o produto e, ao invés de desestimular a aplicação em tal “investimento”, ampliaria os ganhos de seus “empreendedores”.
Estudos recentes indicam uma queda no preço das drogas. Então Friedman errou e o tráfico está perdendo? NUNCA. A questão é simples e parte de questões que ele não vislumbrava, ao menos no vídeo citado. Se a demanda aumenta, a busca por oferta segue a mesma linha e, maior oferta, menor preço. Isso as crianças também aprendem em séries iniciais.
Antes de prosseguir, voltemos à cerveja e seu citado comercial. Se o item jogado do avião fosse um baseado, não a sagrada cerveja e os mesmos homens pulassem para salvá-lo você ficaria estarrecido(a) com a cena e entenderia como apologia a algo que deve ser exterminado? Peço voltar aos pressupostos supracitados.
Falando da cerva, nos Estados Unidos da América de 1920 a 1933 foi praticada a chamada Lei Seca também conhecida como The Noble Experiment, onde o comércio de bebidas alcoólicas era proibido. Essa lei foi revogada por quase causar um estado de guerra civil por lá. Dúvidas sobre a ligação disto com o tráfico de drogas? Sugiro lembrar-se do “teatro” do Alemão no Rio de Janeiro e a situação em que se encontra o México na guerra contra o tráfico além, claro, de refletir se esses acontecimentos estão restritos aos locais citados.
Como o termo guerra foi lembrado, é de se atentar que perdas e lucros se ligam diretamente a esta. Nisso cabe uma reflexão se o tráfico perde com as ações da polícia, a apreensão de carregamentos, etc. A resposta para isso é NÃO. Traficantes dizem claramente a repórteres que os carregamentos apreendidos o foram por serem plantados para tal fim. Afinal, com a polícia ocupada apreendendo e se exibindo com uma ou duas toneladas ditas como “tiradas das ruas”, outras CENTENAS destas passam despercebidas por rotas não avisadas.
Mas se o tráfico não perde com as apreensões o que este ganha? Simples, uma ótima desculpa pela suposta redução da oferta, aumento dos riscos, consequentemente, maior preço e aqui o ganho óbvio. Ainda que com preços mais baixos que num período anterior, como citado no trecho em referência a Friedman, a produção nunca esteve em tão alta escala e a demanda também não. Maior escala de produção, menor preço. Mais uma brincadeira econômica. As estratégias do tráfico evoluíram como o aprendizado natural e crescente que qualquer empreendimento acumula. Dessa forma, novas rotas, conexões, itens e possibilidades foram inclusas no jogo.
Outro aprendizado do tráfico com o mercado lícito foi o destino dado aos “resíduos” da produção. Vamos lá, digamos que você seja dono(a) de uma fábrica de cadeiras de madeira. Obviamente, no processo de fabricação, parte da madeira comprada e destinada à linha de produção vira apenas um resto de matéria-prima em pó. Seria natural crer em seu descarte ou, no máximo, seu subaproveitamento numa necessidade interna. No entanto, digamos que sua empresa inove e crie outro produto que use esse resto como insumo principal e, ainda que com um preço de mercado mais baixo, sua empresa consiga a inserção desse novo produto em ampla escala. Em que isso se liga ao tráfico? O trecho abaixo tenta esclarecer.
O Crack é obtido a partir da mistura de resto da pasta-base de coca, com bicarbonato de sódio e água. Resumindo, o Crack seria "a inovação” da sua fábrica de cadeiras. Ao invés de apenas descartar o resíduo, o tráfico encontrou um meio de lucrar e muito com ele. Mais eficiente que sua empresa, o tráfico percebeu que, ainda nesse novo produto, há novamente um resíduo e “inovou” mais uma vez o destinando a fabricação do Oxi. O Oxi é resultado da mistura também do resto da pasta-base de coca com querosene ou gasolina, cal virgem e líquidos Oxidantes. Seu preço em alguns locais chega a ser um terço da pedra de Crack, sendo que a pedra deste custa de 30 a 50 por cento do valor cobrado na grama de cocaína, variando em cada região.
A velocidade de transformação do usuário em dependente pelo Crack é absurdamente maior que a cocaína e o Oxi consegue ser tão ou ainda mais potente. Por seu preço baixo e velocidade de expansão, o Crack assusta a sociedade pelo grau de destruição causado aos seus usuários e a todos que o cercam, sejam familiares ou meio próximo e possível de servir para o acesso (assalto) a mais uma pedra. Tendo um preço ainda mais baixo que o Crack, o Oxi segue a mesma trajetória e provavelmente tomará seu posto de entorpecente preferencial dos moradores de rua, etc.
Aqui começamos a tratar outras variantes de entorpecentes, seus impactos e possíveis ações para redução destes. Voltemos a um dos pensamentos centrais na exposição de Friedman, no vídeo cujo link está no final do texto e aquele saber das crianças nas séries iniciais. Milton Friedman percebe O DESEJO pelo consumo como algo além da capacidade de controle por parte do Estado. Afinal, quem pode impedir o surgimento do desejo? Que esclarecimentos e ações em prol deste possam e devam ocorrer é óbvio. Tão óbvio quanto é entender que prevenir e informar pode reduzir a ocorrência ou esclarecer sobre as consequências do atendimento desse desejo, mas evitá-lo é outra questão.
Uma informação pouco difundida, mas muito relevante para o tratado a partir desse ponto é o fato de que NÃO É o tráfico de drogas o mais rentável meio ilícito. Este, em determinadas pesquisas ocupa o segundo lugar em algumas outras aparece em terceiro ou quarto, perdendo para a pirataria ou o tráfico de animais e humanos*****. Assim, que meio ilegal ocupa o posto de mais rentável no planeta? É o tráfico internacional de ARMAS. Dúvidas a respeito podem ser sanadas por qualquer pesquisa sobre estudos relacionados ao crime.
Dito isto, surgem algumas questões esclarecedoras. Se não é de seu conhecimento e não tem de ser, são os Estados Unidos da América que “ordenam” ao resto do mundo não admitir o tráfico de drogas e que se usem todas as formas de ação em seu combate. Onde isso se relaciona com o primeiro lugar no ranking do lucro no crime é percebido ao se saber que também é dos EUA a mais ampla e influente indústria bélica do mundo. E daí? Voltemos com as crianças, agora brincado de polícia e ladrão e, ao mesmo tempo, de vendedores. Perguntando-se para uma das que se fazem de vendedores, se gostariam de vender apenas para a polícia ou apenas para os ladrões, provavelmente responderiam o óbvio. Eu quero é vender para OS DOIS.
Pois então, o leitor evidentemente é livre para duvidar disso, mas a indução ao combate por parte dos EUA está diretamente ligada ao desejo de manutenção/ampliação dos rendimentos de sua indústria bélica. Diriam: mais isso é um crime e nenhum governo participaria de tal iniciativa. Sugiro se livrar das informações oficiais e buscar detalhes sobre as motivações “ocultas” das duas Grandes Guerras, o ataque a Pearl Harbor, os interesses por trás da “defesa do Kuwait” no início da década de noventa, a piada das armas de destruição em massa contada por George Bush e a mais recente e hipócrita atrocidade cometida por essa mesma dupla (indústria bélica / Bush), o 11 de Setembro****.
Ué, mas não foi o barbudo em sua batcaverna que controlou os aviõezinhos e os jogou em Nova Iorque? Só uma informação prévia, segundo o The New York Times, a guerra do Iraque iniciada em 2003 custa CINCO MIL DÓLARES POR SEGUNDO. Junte isso com a guerra do Afeganistão, os recentes levantes pró-pseudodemocracia no Egito, Líbia, Síria, o ódio contra o Irã e derivadas afins, junte isso com o investimento por parte das nações contra o tráfico, os investimentos bélicos dos próprios traficantes e imagine que indústria estaria sorrindo com tamanha tragédia (o lucro). Sim, busque saber também as fontes da fortuna acumulada por Osama Bin Laden.
O investimento realizado por todos os governos no combate ao tráfico e o acesso cada vez mais rápido e amplo de armamentos mais potentes (caros) expõem como essa relação se configura e estende. Outra informação solta e que explica a colocação no ranking é o fato de um ser humano, por exemplo, custar MENOS que um AR-15 ou outros armamentos queridinhos dos traficantes nas bocas.
Aqui citamos outra questão. Você acredita mesmo que são as favelas e bairros periféricos as sedes do poderio do tráfico? Ou seja, é invadindo o morro do Alemão ou qualquer outra área da periferia que se exterminará o comércio de drogas? Sugiro reavaliação, pois não são os traficantes nos morros que decidem investir em combate, não são eles os que fazem a oculta apologia ao consumo e o poder de ação e influência de um morador dessas regiões é limitado demais para conseguir tal “sucesso”. Pois então, é no poder público e nos bairros de elite que residem os verdadeiros mandantes desse jogo. Afinal, pobres não podem, por renda própria, se dar ao “luxo” de distribuir / consumir drogas como cocaína. Citando esta, saiba que é ela que sustenta a manutenção do tráfico. Maconha, Crack, Oxi e derivadas químicas como Extasy dão lucro sim, mas não o suficiente nem equiparado ao volume acumulado do lucro com a coca.
Então o que fazer quanto a este problema social? Friedman já sugeria...LIBERE o uso. A razão de tal escolha não se relaciona com preferência própria ou qualquer variante pessoal. É simples, não há como impedir o desejo e a busca em atendê-lo então, permita. Muitos diriam que isso tornaria a questão fora de controle, a sociedade entraria em colapso (e não está assim?) ou que custaria muito caro ao Estado cuidar dos atuais e futuros dependentes, isso seria irresponsabilidade, etc. Vamos tentar relacionar alguns desses problemas a seguir.
Níveis toleráveis do uso de cada substância usada poderiam ser determinados. Talvez alguém diga: mas isso é impossível, não há como usar uma droga e estar apto ao convívio em sociedade. Quem acreditar nessa hipótese, favor me ajudar a compreender como determinaram quanto álcool você pode beber antes de dirigir ou como você pode fazer uso desse mesmo álcool e ficar em casa, ir ao trabalho, etc. Mas o efeito das drogas é muito mais forte e pior para o exercício de qualquer função. Se o é, gostaria também de entender como músicos e saiba que são menos entre as bandas de rock, utilizam “coisas fracas” como cocaína e passa duas horas fazendo shows ou cinco, seis até oito horas num trio elétrico.
Mais pessoas do que se imagina fazem uso de drogas pesadas como cocaína e exercem suas funções diárias sem chamar a atenção de colegas e parentes. Pesquisas demonstram a ampliação da descoberta desse fato em empresas em diferentes regiões do mundo. Ademais, você permite que um fumante ou frequente usuário de álcool visite sua casa, trabalhe para você ou mesmo dirija um automóvel.
Que os gastos do governo se ampliariam consideravelmente no custeio de tratamentos, etc. é óbvio. Mas e a arrecadação com a venda do agora lícito produto? Você talvez creia que não seria suficiente ou não aplicado de forma adequada por um Estado acostumado com o desvio do dinheiro público. Se essa for sua dúvida, gostaria que refletisse sobre como é aplicada a verba destinada aos órgãos de controle do trânsito e a saúde, pois você “permite” que a condição de aceitação da dupla álcool/volante continue. Afinal, passada a “fase de moda” e novidade da lei seca, essa já é quase esquecida pelos motoristas, além de que as punições e mesmo o simples teste para detecção do uso expõem uma ação patética e meramente passageira.
É também óbvio dentro dessa linha de pensamento que não teríamos um paraíso com a legalização do comércio das drogas. No entanto, a atual guerra contra o tráfico se mostra perdida desde seu planejamento e isso nada tem de engano ou mero erro. O problema se dá pelo interesse real por trás da decisão do que vem a ser ilícito. Afinal, decidiram que você não pode sequer desejar algo e não levaram as suas, minhas ou a opinião de quem quer que seja em conta, por essas poderem impedir a consumação dessa guerra que mata muitos, escraviza tantos outros, mas dá lucro e muito lucro a quem decidiu por nós.
Nessa guerra, digamos que um usuário vá a uma boca próxima a sua casa e da qual você nem tinha conhecimento que existia. Digamos também que a polícia resolva agir nessa área no mesmo momento e aconteça uma troca de tiros no local. Você, um ente querido, amigo ou qualquer vizinho poderia acabar levando um tiro fatal sem nada ter nem com o crime da venda, nem com o consumo. Isso é algo justo ou aceitável em sua opinião? Sendo ou não, acontece diariamente nas áreas onde a polícia “cumpre seu dever”. Alguém que não tem nenhuma relação com as drogas, nem o desejo de seu consumo, acaba pagando por algo que decidiram fazer sem consultar sua opinião. Policiais em inúmeras dessas mesmas áreas pagam com a própria vida pelo erro decidido, previsível, mas nem mesmo no imaginário questionado.
Se o comércio fosse liberado, provavelmente seria a indústria farmacêutica a responsável pela produção e distribuição desses itens. Dessa forma, um controle de qualidade e nível de efeito das drogas poderia sim ser controlado. Assim acontece com o álcool e com o fumo. Possivelmente haveria ainda uma produção clandestina e um comércio oculto de drogas, mas isso ocorre também com o álcool e o fumo e, nem por isso, a sociedade questiona a legalidade do seu comércio. Outra questão se dá quanto à corrupção gerada pelo poderio do tráfico e sua influência, quer com seu inimigo mais próximo, a polícia, quer com seus “companheiros”, os políticos. Uma arrecadação tributária planejada e o simples fato de não se entender mais como crime a venda ou consumo dessas substâncias diminuiria consideravelmente a ocorrência dessa corrupção e efeitos colaterais.
Um mercado operado na legalidade e, como citado, provavelmente controlado pela indústria farmacêutica, anularia as forças do tráfico por simplesmente limitar seu lucro aos que optassem por comprar drogas de origem e locais não autorizados. Que o número de dependentes possivelmente aumentaria também parece lógico, mas novamente cito o consentimento com o álcool e fumo e questiono a ideia da criminalização como melhor saída. A informação, agora possivelmente mais clara e abrangente que o mero “droga é uma droga”, resultaria num fator de consciência que seria determinante na decisão do uso e conhecimento sobre seus efeitos.
Hoje temos uma mídia, além dos agentes supracitados, usando de uma hipocrisia ímpar no tratamento da questão drogas. Como exemplo cito filmes e novelas que, sempre que acham ser conveniente, incluem um usuário de drogas caricato e adequado ao interesse maior, ampliar a audiência. Um exemplo simples eu diria ser o filme “Meu Nome não é Johnny”. Este tem um casal de atores famosos e referências para a juventude que passam o filme inteiro cheirando cocaína. E aí morrem no final ou acabam em clínicas de reabilitação totalmente destruídos pela droga? NÃO. Terminam o filme expondo uma vida de “curtição” sustentada pela droga e “ricos”. Se isso não serve como exemplo de apologia (e é apenas um), creio não conhecer outro mais claro.
Ações amplas para redução da pobreza e o estender do acesso à saúde, educação real, gratuita e de qualidade, além de meios justos de sobrevivência tem um poder muito maior e duradouro que o mero enfrentamento armado. Afinal, alguém já se questionou sobre o motivo de os antigos “cheiradores de cola” terem virado usuários do Crack? A razão é simples, o Crack é muito mais barato que a cola e seu efeito espanta por maior tempo a mais assustadora sensação destes sujeitos, A FOME. Ampliar programas bem-sucedidos, mas limitados, como o Bolsa Família seriam uma das possíveis ações. Pois este apesar de salvar muitas famílias da fome extrema, se limita ao assistencialismo e não prevê extensões como ampliação da rede pública de educação e saúde, do tratamento sanitário, cursos profissionalizantes para pessoas sem formação escolar prévia e vagas de emprego para os mesmos. Assim, o programa ajuda e muito, mas não age claramente para reduzir o número de beneficiados e melhorar suas condições de vida num prazo maior que os quatro anos de um governo.
Talvez se pense que os gastos do governo se ampliariam em demasia com a tomada dessa nova frente de ação. Afinal, hospitais, clínicas e profissionais especializados no tratamento da dependência custariam caro. Ok. Mas existe aqui uma diferença clara entre esta e a atual linha de ação. Hospitais, clínicas e meios para o tratamento da dependência custam dinheiro sim, mas o nome disso é INVESTIMENTO. Eles durarão por um prazo muito maior que palhaçadas como a do Alemão no Rio que se configura como GASTO, ou seja, dinheiro que não volta. Nisso também há de se considerar a realocação dos recursos hoje gastos com armas, publicidade, etc.
O tratado até aqui visa apenas lhe fazer pensar e questionar se a melhor saída para o problema existente é a que o Estado diz ser. O número de mortos e afetados diretamente pela expansão do poderio do tráfico se amplia a cada dia. Permitir o consumo e venda não seria uma “solução” sem efeitos colaterais, mas esses parecem muito mais ponderáveis e passivos de ação que o mero enfrentamento armado contra o tráfico. De toda forma, esse texto não tenta determinar novos caminhos, apenas lhe fazer pensar sobre o assunto e refletir como poderíamos realmente apreender as causas, efeitos e ações contra o problema.
REFERÊNCIAS
*Graduando em ciências econômicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
**O texto citado e indicado pelo amigo Herberson:
***O vídeo de Milton Friedman sobre o combate ao tráfico:
****Um filme com quase duas horas de duração e que trata sobre o poder do discurso exercido pela religião, pelo Estado e pelo capital. Se não deseja refletir sobre suas crenças religiosas, É COMPREENSÍVEL, adiante o filme para 40 minutos e 35 segundos, é onde começa a segunda parte que trata do ataque em Nova Iorque. Caso tenha problemas emocionais, duvide que governos possam agir de forma criminosa em favor do lucro de alguns ou não queira se sentir um idiota por ter acreditado nas informações oficiais...NÃO ASSISTA.
*****No caso do Brasil, o mais rentável meio ilícito é a corrupção, conforme pesquisas sobre o assunto.
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