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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ousar escrever...



* Por Herberson Sonkha



Ah... Meu caro amigo Friedrich, quão salutar e importante são os verbetes que pululam íntegros em forma de palavras de nossos vãos pensamentos, que de tão audíveis criam e recriam mundos. Destroem e constroem ao mesmo tempo, tudo com muita rapidez que até duvidamos que possam ser nossas... Claro que são! Mas, não se esqueça de que se disser o que todos esperam ler, então, são belíssimas, senão, devaneios ou tolices... Este é o momento da dúvida: o que escrever e pra quem... Como diria o grande pensador de Conquista, Vinicius Morais: “Nadas haver!”

 Mas, são! Firmes, intrépidas, vacilantes, tergiversantes, escorregadias, duras, adocicadas, amargas, mentirosas, honestas, verdadeiras, sonhadora e por ai... Elas ficam acaçapadas em algum compartimento secreto em nós [no inconsciente!?], astuciando o momento judicioso para insurgir-se contra qualquer antipático com ar de sabichão. E existe o momento certo?  Para quem? Você ou o leitor? Ah.. O que é isso? 

Eu diria que elas são esfinges espalhadas por todas as regiões do corpo, articuladas por impulsos nervosos. Algumas ficam em nosso estomago ruminando ruidosas a espreita de nova leva de material orgânico e na primeira ausência elas estouram em forma de reclamação... Outras ficam em nosso órgão genital e impulso mais primitivo, manifesta-se sediciosamente com palavras que revelam coisas que até Deus duvida...

Outras concluem silenciosamente nas partes neurais, uma espécie de estação de trem bala, vai e vem ininterrupto, alimentando-se vorazmente de nutrientes e esperando um turbilhão carregado de oxigênio para respirar e uma enxurrada sanguínea para percorrer novamente todo universo cavernoso corpóreo  hidratando nossos mais minúsculos vasos na extremidade da musculatura de corpo e trazendo novas informações para produzir pensamentos...

Como as palavras possuem a força para construir mundos inóspitos e ao mesmo tempo tão conhecidos, que até já o chamamos disso ou daquilo... Na verdade são velhos conhecidos de outrora... Portanto um texto nada mais é que uma erupção caudalosa de manifestações gestadas no interior e lançada ao mundo que o cerca. Hora confirmamos, hora negamos!

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