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Sem anistia para golpistas: para que nunca mais aconteça!
Imagem: Conquista Repórter |
*por Herberson Sonkha
"Esquecer jamais." Essas palavras deveriam ressoar como um mantra entre militantes e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT). Contudo, os acontecimentos recentes em Vitória da Conquista levantam uma questão preocupante: será que já esqueceram?
A resposta parece ser sim. Em um aparente ou conveniente lapso de memória, a bancada petista da cidade validou e fortaleceu a atuação de um representante da extrema-direita ao votar, em um gesto polêmico, para eleger Ivan Cordeiro como presidente da Câmara Municipal. O vereador é amplamente conhecido por seu alinhamento radical com pautas autoritárias e por apoiar as manifestações golpistas que marcaram a cidade.
Dois anos após o fatídico 8 de janeiro de 2023, quando extremistas bolsonaristas atacaram a democracia brasileira, a decisão local do PT não apenas desafia os princípios históricos do partido, mas também sinaliza uma desconexão profunda com a militância.
Um erro que afronta a história do PT
A eleição de Ivan Cordeiro é simbólica. Além de sua ligação com atos que desrespeitaram a ordem democrática, o parlamentar representa ideais contrários aos valores republicanos que o PT defende. Sua participação nas manifestações golpistas realizadas em frente ao Tiro de Guerra, em Vitória da Conquista, está registrada na memória coletiva da cidade como um ataque frontal aos princípios democráticos.
Enquanto, no âmbito nacional, o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmam a defesa da democracia e o lema "sem anistia para golpistas", a bancada do partido em Vitória da Conquista parece caminhar na contramão. A justificativa para o apoio a Cordeiro na eleição da mesa diretora demonstra um distanciamento preocupante da luta de classes e da essência política que deu origem ao partido.
Coerência e responsabilidade histórica
A militância do PT, que há décadas se dedica à construção de um projeto de sociedade justa e democrática, foi traída por essa decisão. A incoerência é flagrante: enquanto a direção nacional se esforça para consolidar a luta contra o autoritarismo, a bancada local ignora a memória histórica do partido.
A nota oficial emitida pelo PT de Vitória da Conquista, tentando justificar a postura de seus vereadores, não reflete a realidade dos fatos. Defender a democracia é incompatível com alianças com figuras que personificam ataques aos valores democráticos.
Um apelo à memória e à coerência
Como qualquer militante histórico, não se pode silenciar diante dessa grave contradição. É imperativo que o PT resgate sua coerência política e reforce seu compromisso com a democracia e com a luta popular. Vitória da Conquista merece mais: merece um PT que honre sua história, sua militância e o legado de resistência que o trouxe até aqui.
Reafirma-se o apelo: sem anistia para golpistas. Que nunca mais aconteça. Que jamais esqueçamos. O PT deve lembrar-se de onde veio e para onde quer ir, sob o risco de perder sua essência e relevância.
Fonte da imagem: Matéria da jornalista Letícia Mendes em 27 de janeiro de 2023 publicada no jornal Conquista Repórter, foto de Ivan Cordeiro, à época era filiado ao PTB em manifestação no dia 7 de setembro de 2021 . Foto: arquivo Pessoal.
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