Foto: Secom / PMVC

Falhas Na Governança: Descaso e Irresponsabilidade

Segundo as diretrizes da ISO 37000, a governança corporativa deve garantir que uma instituição seja ética, transparente e eficiente. No entanto, a gestão do Esaú Matos parece não seguir esses princípios de forma adequada:

- Uso político da estrutura hospitalar: Há indícios de que o hospital possa estar sendo utilizado para beneficiar interesses eleitorais, o que contraria os princípios da administração pública.

- Irregularidades em compras e contratos: A falta de transparência e suspeitas de favorecimento em processos de aquisição do hospital têm sido alvo de questionamentos.

- Ambiente de trabalho inadequado: Funcionários relatam perseguições e assédio moral ao denunciarem possíveis irregularidades.

A ausência de mecanismos de fiscalização eficazes tem permitido que essas práticas persistam, o que pode estar corroendo a credibilidade da instituição e prejudicando diretamente os mais pobres, que dependem dos serviços públicos de saúde.

Compliance Ignorado: A Falta de Transparência na Gestão

A ISO 37301, norma que regula a conformidade institucional, exige que organizações públicas mantenham processos rigorosos para prevenir corrupção e assegurar transparência. No entanto, no Esaú Matos:

- Não há mecanismos de controle eficientes.

- A administração superior não tem respondido adequadamente às denúncias.

- Funcionários relatam temer represálias ao denunciar possíveis irregularidades.

O descaso com as práticas de compliance pode estar comprometendo a integridade da gestão e colocando em risco a qualidade dos serviços prestados à população.

A Solução Não é a privatização, mas sim uma Reforma Estrutural

A resposta do governo diante da crise tem sido a proposta de privatização do hospital, o que, na prática, pode excluir ainda mais a população periférica e negra do acesso à saúde de qualidade. Em vez disso, especialistas defendem um plano de recuperação baseado nas normas internacionais de governança e compliance, com medidas urgentes:

1. Criação de um Conselho de Governança Independente, com representantes da sociedade civil, profissionais de saúde e órgãos de controle.

2. Implementação de um Comitê de Compliance para garantir transparência e coibir possíveis irregularidades.

3. Canais seguros para denúncias que protejam funcionários e cidadãos contra retaliações.

4. Maior participação popular na fiscalização, com auditorias externas regulares.

Conclusão: Saúde Pública Não é Moeda de Troca Eleitoral

O Hospital Esaú Matos precisa ser resgatado da crise de gestão em que se encontra. A saúde pública não pode ser tratada como um balcão de negócios políticos. É urgente que o Conselho Municipal de Saúde, o Ministério Público e a sociedade civil se mobilizem para exigir uma administração ética, transparente e eficiente.

Herberson Sonkha, editor do Blog do Sonkha, seguirá acompanhando e denunciando essa situação até que a população tenha o atendimento digno e de qualidade que merece.

____________________________________ Obs.: Mudança na coloração da foto original (Secom / PMVC) feita pelo editor deste blog.