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Apelos Tecnológicos
*por Carlos Maia
O lapidar da caneta
Não esconde a força
Embrutecida dos jargões
De fake news.
A era digital
Não possui avanço
Gnosiológico a ser concebido
Na esfera da práxis humana.
Apresenta-se sempre
Com o discurso fácil
Rebaixado ante à mobilidade
Dos tímpanos alienantes.
Pés que se apoiam
Corpos de indivíduos
Lentos de passos curtos
Aceleram dedos ao teclado.
Ah! “meu querido” e “inestimável” celular
Como me encanta
Solicitando toques e retoques
Sempre na desova de inutilidades.
Como me desperdiça o tempo
Ao sinal melancólico
Da destreza de dedos meus
Na intimidade veloz do som.
Mas, já decidir
Não interromperei
Os desígnios da BIC cristal
Ao papel dos versos meus.
Pode chamar à vontade
Meus escutadores de prosa
Estão desligados
Somente o poeta e a poesia.
Não adianta adicionar-me
A uma infinidade de grupos
Minha destreza desfila-se
Pelos pensamentos abstratos.
A partir daí
Caminho firme
Ao concreto
Alcançando assim a totalidade.
Necessário se faz
De uma mediação
Para se chegar possa
Ao concreto devidamente pensado.
Oh! Dialética livre e bela
Porque encanta tantos?
Dos que a ti abraçam
Na certeza do método lógico-científico.
Desembestados pedantes
Recorrem a ti máquina infernal
Para uma exposição piegas
De um doutrinismo milenar.
Não adianta esbravejar
Apelos aos Santos e Deuses
A realidade cortante
Não prolifera no ritmo celestial.
Ponhamo-nos pois
Em posição ereta
Não dobremos o pescoço
Nem ajoelhemos ao altar.
Tu és hoje o Deus tecnológico
A ti reverberam os mais altos índices
Da alienação e do fetiche
Da acomodação e do descaso.
Assim aproveitam-se
Os “desbravadores da cultura”
Que não pedem licença
Para assentar-se em cadeiras da imortalidade.
Só a riqueza dos versos
São capazes de extirpar
Da profundeza da alma
O humanismo cego e desajeitado.
Uma compreensão fisionômica-característica
Só se faz possível
Nos ambientes onde proliferam
Sujeitos históricos do labor.
A hora é agora
Não devemos deixar
Em aberto às portas
Do obscurantismo nefasto.
Pôr-se então de pé
Faz-se mais que necessário
Quando em alto e bom som
Repiquemos os tambores da liberdade.
Carlos Maia – fevereiro/2025
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