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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Mensagem da Agonia

*por Carlos Maia




Oh! Canários da Terra

Que espicham o canto

E expulsam das árvores

Pardais encantados

E bem-te-vis graúdos.

Como aprendemos convosco Oh!

Padrões amarelos-pardos

De cintilantes e lubrificadas

Penagens saídas

De mudas e mudanças.


No entanto, não se encontra perto

Os seus voos malabarizantes

Pois, os seus bater de asas

Não espantam ainda os devaneios da história.

Quão loucos e irracionais são os apelos engaiolados

Que nosotros insistimos tanto

Em polos nos passadores da luta e da guerra

Quando no fogueirar dos estalos anunciam vitórias e rendições.


Até parece que nunca

Presenciamos uma briga

Entre Canários da Terra

Até parece!


O fato é que um canário frio

Necessita sempre

Para sair-se vencedor

De uma canária fogosa

A foguear-lhe o canto.


Nem que para isso precise

Separar- se em gaiolas diferentes

Onde o estalar do canto

Anuncie a prisão pelo alçapão.


O espaço social em que se digladiam

É ainda o de uma rinha não autorizada

Onde o vício das apostas

Espalham-se como uma imundice cruel.


Eis o momento presente

Uma prisão perpétua

Dos corações e mentes

Das fraseologias liberais ideológicas.


Ah! Falsa consciência insana

Tão profundamente importantes impregnada

De imagens irreais distorcidas

Cortadas por estiletes velhos e enferrujados.


Não pensem que um de vossos pássaros

Já entoou o último canto

Apenas traqueja-se em novos espaços

O "último dos moicanos".



*Carlos Maia


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