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quarta-feira, 13 de junho de 2012
Carta ao amigo Virgulino do Cordel
junho 13, 2012
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por
Vinícius...
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* Por Herberson Sonkha
O Virgulino do Cordel é uma simbiose de Dom Quixote, Lampião, Antônio Conselheiro e por que não Zumbi dos Palmares. Este personagem singular da literatura cordeliana, das Ciências Econômicas, das lutas docentes e discente da UESB, da Economia Solidária e do Cangaço Lampiônico é também um grande amigo e companheiro de caminhada, nascido das brenhas do sertão do nosso querido nordeste.
Dirijo-me ao meu grande e irrepreensível amigo de caminhada Virgulino do Cordel para escrever com aperreação particular de ter chegado o granfinale, o momento de dizer algo que transcenda o trivial. Difícil tarefa homem! Pois, tantos quantos pisaram neste solo gentil e tiveram a bem-aventurada oportunidade de conhecê-lo, certamente exporia as mesmas limitações que ora me acomete. Penso que neste naco de terra, turrão que um dia já foi fértil e integrado, ninguém está livre de tamanho aperreação. Astuciando, o que diria eu sobre este andante do pensamento transformador? Absolutamente, nada! Pelos menos de novo, contudo, algumas poucas linhas dirão ao teu respeito.
“Fico aqui lacônico, incontido com meus pensamentos insurrectos, voltados tão somente para as aulas magnas de Economia Política, do meu amigo Antônio Leal, o moço de caudilho reluzente de tez desnuda pela ação do tempo, um embornal de couro trabalhado amiúde e uma sandália artesanal de solado de borracha e sua parte superior de couro cru, que acolhia os pés envolto em uma meia de tecido sintéticos branca, exatamente, como era a indumentária dos cabras da peste, da moléstia da gota serena lá do Ceará... O Virgulino do Cordel nos ares quixotescos do sertão conquistense, andante pelas terras secas e áridas do saber escrito, anunciando o novo homem eclipsado numa couraça reforçada que guarda lembranças aterrorizantes dos ‘banquetas da morte’ praticadas por Gonçalves Dias, contra malungos e aborígenes. Um hábil transeunte zanzando na literatura cordelinas para se livrar do crivo do pensamento estatístico vigilante do capital, lançando o fulcro de seu discernimento contido em sua azagaia cordeliana mordaz, lança-se contra o gigante azenhas que dita a direção, o ritmo e a velocidade dos ventos da abastança, com seu sempre presente aliando de primeira hora Sancho Pança, contra a injunção dos discípulos do bom burguês.” (Sonkha, 2012).
Somos sim o Sancho Pança que por diversas vezes arrebanhamo-nos na direção que o Virgulino do Cordel nos apontou como inflexão do homem vivente no lixo da pré-história. Aqui expresso a inteireza do meu profundo respeito e admiração que tenho pelo amigo Virgulino do Cordel. Cujo nome de batismo carrega a austeridade dos ‘Antonius’, em latim significa inestimável, o que não tem preço; seu primeiro sobrenome possui o desígnio de ser Leal, segundo o hebraico significa consagrado a Deus e seu segundo sobrenome, Andrade, justifica seu importante papel de andante núncio, egresso de um dos cinco cavaleiros que cruzaram a Espanha guerreando contra os Mouros. Sua estada entre nos enche de alegria e sua postura integra na construção do saber acadêmico se assemelha a abnegação do nosso lendário Antônio Conselheiro.
Feliz aniversário! Que seus clamores por mudanças possam atingir os rincões mais equidistaste da consciência humana. Que sua vida seja repleta de alegria e saúde. É o que desejamos a você, amigo Virgulino Cordel, ou simplesmente Antônio Leal Andrade!
Felicitações da Taberna dos Revolucionários, Vinícius Barbosa de Moraes e Engels.
__________________
Andrade, Antônio Leal é Economista, militante da Economia Solidária e profundo estudioso da Literatura de Cordel.
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