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terça-feira, 12 de junho de 2012
Taberna dos Revolucionários: aspirações libertárias.
junho 12, 2012
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por
Vinícius...
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“Se tomarmos o poder, teria a tarefa de limpar a burguesia e manter as pessoas em um estado de espírito revolucionário.” (John Lennon).
* Por Herberson Sonkha
TABERNA DOS REVOLUCIONÁRIOS é uma inflexão do historiador João Paulo e, por que não, um index, uma ode com espirito atrevido de sedição para o momento. É um index [Index Librorum Prohibitorum], justamente porque não pretende ser incorporado ao conjunto de escritos bem comportados, ordenados pela mistificação neoliberal do deus mercado, que a tudo transforma em produto, a fim de convertê-lo em mercadoria rentável nos balcões de negócios da politicagem abominável. Juízos desta natureza tornaram-se comuns entre os “formadores de opinião” que replica leituras dos inúmeros diários de bordo da burguesia [Rede Globo, Manchete, ISTO É, VEJA, Época e etc..] que decreta a extinção entre direita e esquerda e, a partir deles saracoteia suas radiques “concepções” políticas. Apesar de tudo isso, não poderia ser outra coisa, senão, bizarras anedotas conservadoras!
Portanto, assim como escreveu este moço de Liverpool que também sonhava derrubar a coroa britânica, inédito para alguns, incitando a juventude de seu tempo a desvencilhar-se da alienação do capitalismo com frases sediciosas contra a burguesia britânica, a Taberna dos Revolucionários também o faz. Se os meninos de Liverpool com toda vigilância rígida da coroa britânica disseram, por que nós brasileiros que acabamos de sair da ditadura militar no Brasil não podemos? Principalmente por que neste naco de terra, além da tradição da coroa britânica há também o berço da intelectualidade que justifica a manutenção de uma burguesia imperialista e colonizadora, responsável no passado pela economia politica liberal e no presente pelo neoliberalismo.
Portanto, para estes jactantes inexoráveis, João Paulo Pereira [e o Coletivo petista que o mesmo representa] e outras tendências e coletivos internos, não passam de anacrônicos dinosauricos ironizados pelos infortúnios do “fétido leste europeu e adjacências”. Ou seja, os tabernianos perderam o bonde da história por “acreditar” nos pesadelos do socialismo, como se fosse perfeitamente possível considerar superadas as forças antípodas que emergem das contradições do sistema econômico, politico e social vigente.
É um texto desses que normalmente o comitê [Estado e Propriedade Privado] da classe média desqualifica com sua vigilância ideológica burguesa, estilizando-o de panfletário ou subversivo, para descaracteriza-lo, revolve-lo para qualquer fim banal. Quem sabe uma estampa exótica em uma camisa de Bady-boy racista e homofobico. Elogio ou loucura? Sinceramente? Não quero desviar minha atenção do proposito a que me presto dizer.
Em tempos de falsas pelejas contra o capital, mesmo sendo verdadeiras entre nós, como a que vivemos agora, qualquer reminiscência com o passado subversivo recente, torna-se um vaticino, sobretudo, se cavoucar aspirações libertárias “perturbadoras” da ordem vigente. Um ultimato, uma provável ofensiva, uma ode aos tempos difíceis. Quem quer revolver os escombros dos tempos difíceis para achar o caminho de volta à revolução? Só aqueles que mantem a memoria da história acesa, para aclarar o pressente e não desprezar possibilidades de um futuro melhor coletivamente.
Fico aqui lacônico, incontido com meus pensamentos insurrectos, voltados tão somente para as aulas magnas de Economia Política, do meu amigo Antônio Leal, o moço de caudilho reluzente pela tez desnuda pela ação do tempo, um embornal de couro trabalhado e uma sandália artesanal de couro cru que vestia os pés envolto em uma meia de tecido sintéticos branca, exatamente, como era a indumentária dos cabras da peste, da moléstia da gota serena lá do Ceará... O Virgulino do Cordel nos ares quixotescos do sertão conquistense, andante pelas terras secas e áridas que guarda lembranças aterrorizantes das mortes praticadas por Gonçalves Dias, contra malungos e aborígenes. Um hábil transeunte zanzando na literatura para se livrar do crivo do pensamento vigilante do capital, lançando sua azagaia cordeliana mordaz contra a injunção dos discípulos do bom burguês.
Um núncio do levante, contudo, diferente do que veio por mãos El manas,rechonchuda de vigarices da elite pinica-paus da pobreza intelectual alheia. Mas, não há como não se lembrar de suas tiradas enfáticas em sala de aula, “olho para os quatros lados, pra dentro de mim e não consigo ver o novo homem. Ainda estamos na pré-história, revolvendo o lixo da civilização e é dele que vira o novo!”. O capitalismo está subjetivamente em nós, por isso, faz necessário renega-lo. Aí consiste o sentido real da taberna dos revolucionários de que trata o historiador João Paulo Pereira.
Chamuscar qualquer conhecimento apalavrado no texto do historiador João Paulo Pereira que se coloca a analisar criticamente o desenvolvimento da história para recolocar em seus devidos lugares, de forma justaposta, categorias antípodas ao capitalismo, aplicando adequadamente conceitos de ruptura socioeconômica e politica, nos faz perceber, desalienar-se do fetichismo do ser burguês. Taberna dos Revolucionários nos faz ver que ainda não chegamos à estação da primavera coletiva, no máximo, na gestão competente do Estado na égide da democracia liberal burguesa formalista. Pelo contrário, Homizia-se uma ode letífera, desferindo contra a causa que ceva o desejo por outras práxis política para além deste modelo desgraçado, pelo menos para a maioria excluída e pauperizada.
Para tanto, plastificam inconscientemente discursos transloucados e assinala grosseiramente as pessoas a fim de alija-las e impedi-las da inclinação coletiva para mudança. A contradição se dá no nível do inconsciente coletivo que visa conspurcar o desejo de quem acredita na possibilidade de transcender as relações mediadas pelos bens de troca. Para o capitalismo dar certo é preciso que todos, inexoravelmente, acreditem irrepreensivelmente no sucesso e na roda da fortuna que gira para “todos”, mas, não revela claramente que este sucesso é restrito a poucos, e só está dando certo porque uma massa de pessoas doa incondicionalmente suas vidas.
Ousar mudar é ousar possuir um colóquio, simbologia e linguística própria da ontologia revolucionária. Propor recolocar com a devida força no centro das discussões sobre o futuro da humanidade a desconstrução urgente da mistificação criada para consolidar uma ideologia de dominação que arrastas milhões de pessoas para o “paraíso” da democracia liberal burguesa como regime politico perfeito para tocar o Estado e a liberdade de consumo sem oferecer as condições matérias para consumir. Colocar em cheque a ideia de vida eterna do capitalismo pondo um ponto de interrupção e substituição do presente pelo futuro, pois, o que estar por vir depende de nossa práxis politica no agora que seja capaz de romper paradigmas comportamentais de validação da burguesia.
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diário de bordo da burguesia...creio que o texto diga a q veio nessa frase mas...direita/esquerda?...creio só fazerem sentido quanto a direção que cada um toma num caminho qualquer ou para destros e canhotos...na política...desde a invenção do abominável termo governabilidade (obra de Das Kapital)...essa distinção só expõe a quem o capital se unirá...quanto aos “meninos de Liverpool” e nossa “saída da ditadura”...acredito merecer reflexão pela armadilha alienante...a velha cópia eurocêntrica e a ilusão de q estamos livres da ditadura militar...sem nos entendermos como ditados pelo capital...afinal...se trocamos o liberalismo pelo neo...é pq outra vez copiamos...e apenas copiamos modelos q NÃO NOS SERVEM como leitura de NOSSA realidade...quanto aos pesadelos do socialismo...enquanto pensantes capitalistas...e TODOS somos assim...ainda q tentemos abstrair o externo...não percebo meios de superá-lo...ao não ser pelo estudo e REleitura do vivido...para muito além de QUALQUER teoria...já o discurso da classe média...diria q “normal”...afinal...estão estes bem mais próximo do “gozo” da riqueza...q dos efeitos da miséria...discursos contra o capitalismo?...até os pertencentes reais a este sistema...os detentores dos meios de produção...como diria o odiado velhinho...lembram de Marx em seus momentos de tremor dizendo...”é...Marx já havia dito q nesse caminho...a crise nos espera”...tais lampejos de reflexão...creio eu...devem ser ignorados...afinal...não são os “abençoados” com o acúmulo q farão alguma revolução...ou serão?...me limito a duvidar e crer q só quem sofre as consequências da insistência nesse sistema pode realmente...e apenas quando assim entender...tentar elucidar...se não o mundo...sua própria mente...já o “cangaceiro” Antônio Andrade Leal...uma referência de saber...prática e insistência em não se render aos cortejos do sistema...como sempre lembra e nos ilumina este...”o novo homem ainda não pode ser visto em meu espelho...pois ainda estamos na pré-história”...a crítica de João Paulo é mordaz e certeira...ainda assim...perigosa aos q determinam os ensinos em todos os níveis da escolaridade...pois somos empurrados e nos empilhar de conhecimento copiado e não levado a práxis citada...por este não se adequar ao mundo vivido para além das fronteiras do velho continente...no entanto...é importante lembrar q a repetição do discurso é o q o torna verdade absoluta e insuperável...até mesmo pq se duvidarmos deste...talvez nos demos ao trabalho de criar um novo...e talvez não favorável discurso...ao menos aos q hoje “pensam”...planejam e executam SUAS prioridades...quanto a competência alienante do capital...creio ter exposto minhas impressões no texto sobre “sua sede”...discussões sobre o futuro?...só o do mercado importa...sustentabilidade e suas ilusões anexas sacramentam a confiança na eternidade impenetrável desse sistema...democracia e a necessidade de destruir o capitalismo?...melhor não registrar em público o entendimento de ilusão caudado por essas ideias...ou podemos virar os próximos “reis do terror” (vide Ahmadinejad)...e acabar caçados como inimigos públicos...anular a validação do “ser burguês”?...creio q só quando nossos espelhos nos mostrarem algo novo (como diria o GRANDE Leal) poderemos suscitar tal opção como praticável...
ResponderExcluirdepois tentarei não ser repetitivo e comentar direto no genial texto de João Paulo...
putzzz...meu comentário ficou quase to tamanho do texto...da próxima tento ser mais breve...ou não...rzzz...
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