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terça-feira, 26 de junho de 2012

O capitalismo retoma na America Latina antigo artificio: Golpe!


* Por Herberson Sonkha

Sempre argumentei que vivíamos da migalha política de quem nos detesta! Sempre há uma "tolerância" do capitalismo para com governos bonzinhos que não propõe mudanças radicais que comprometa o crescimento vertiginoso do lucro. O limite da bondade é a retomada dos índices de crescimento exorbitantes da mais valia.

Todo governo que buscar aprofundar as mudanças, fortalecendo o tecido social, organizar trabalhadores, negros, mulheres, índios e pautar a moralidade no setor público e privado sofre com as intervenções judiciosas e militares. “Deixa passar, deixe fazer”, não há crises de natureza moral na reprodução do capital, mesmo que seja por dentro do Estado com a anuência de governo.

Ao analisar o funcionamento do capital ao longo da história, observo que existe uma trégua intrínseca nas engrenagens opressoras do capital, justamente para saídas de emergência nas inter-crises ao longo dos ciclos [curtos e médios] de crises econômicas, pois, são utilizadas sempre que necessárias para interromper as crises para salvar seus investimentos incólumes nas economias capitalistas neoliberais... Um armistício! 

O preço do crescimento das forças de esquerda na América Latina é vigilância ideológica e do direito operativo positivista tão bem utilizada pelos capitalistas. Portanto, a fatura chegou bem mais cedo do que prevíamos... Precisamos reorganizar as forças à esquerda para impedir uma nova onda de golpes na América Latina! Não há regimes democráticos sem exploração! A democracia se alimenta do infortúnio dos oprimidos!

Um sistema político que possa articular as forças transformadoras passa pela releitura da ditadura do proletariado! É claro que não é,  e nunca foi, nenhuma das experiências pós década de 20 do século XX. Há muitas discordâncias em relação ao que se verificou nos regimes egressos dos partidos comunistas sob a égide do stalinismo ou qualquer outro regime  sucessor do partidão no mundo, no Brasil, especialmente, na América Latina.

Mas, este modelo de governo denominado de democracia não existe, principalmente quando se observa o caráter formal do mesmo percebe-se um hiato entre o direito formal e material, pois, são incompatíveis.

A democracia liberal burguesa foi muito bem observada por Marilena Chauí ao analisar criticamente a teoria democrática de Boaventura de Souza Santos: “As flagrantes dicotomias presentes na estrutura social, tais como a gritante diferença de poder econômico entre classes ou o próprio “esquecimento” daqueles que à classe nenhuma pertencem, fazem-nos parar e refletir acerca dos caminhos que pretendemos seguir ou até que ponto tais caminhos ao final nos farão chegar, fazendo-nos reavaliar se os atalhos que aparentemente encurtam nosso trajeto valem mesmo a pena serem trilhados diante dos riscos de nos perdermos neles” (Apud, Garofano)

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