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quinta-feira, 14 de junho de 2012

QUEM É QUEM NA ELEIÇÃO DESTE ANO



*Por João Paulo Pereira

Mas uma vez estaremos enfrentando um processo eletivo em Vitória da Conquista, e nesta eleição tudo leva a crer que vai haver uma polarização entre dois campos distintos, de um lado vai está aqueles que vêm a dezesseis anos dirigindo o município e mesmo com todas as críticas que podem ser feitas ao modelo de desenvolvimento escolhido por estes, não dá para negar os avanços políticos, econômicos e sociais da região garantida por este grupo, na realidade negar isso seria um exercício de má vontade muito grande dos críticos. Do outro lado estão aqueles que durante anos dirigiram o município e não conseguiram dá respostas administrativas as necessidades da população, que agora se travestem de novo.


Entretanto, é precisa deixar claro quem é quem em uma eleição, e para este pleito os lados estão bem distintos, temos na coligação capitaneada pelo Partido dos Trabalhadores, a representação da esquerda conquistense, mesmo que na coligação também tem setores conservadores, mas o PT, PC do B, PSB, definem o campo à esquerda, do outro lado, se rotulando oposições, estão todos os partidos que hoje formam a direita no país, será que estes setores vão dizer que são de direita ou vão continuar utilizando o rótulo de oposição.

Só a título de informação, esquerda, direita e centro, são nomenclaturas dadas aos partidos políticos no mundo inteiro, que surgiu com a Revolução Francesa, após a vitória do Terceiro Estado sobre o Primeiro e Segundo Estado na França Revolucionária, se formou Assembleia Constituinte da França, onde do lado direito sentava os Girondinos, eram os representantes da Burguesia Industrial e Comercial na França e se posicionavam contra qualquer proposta que favorecesse a população pobre. No centro do congresso sentavam os Feuillants, representantes da Burguesia Financeira francesa, e que não tinham posição política, vivendo das conveniências, hora do lado do povo se fosse bom para o grupo, hora contra se defender os Girondinos fosse bom para eles, e do lado esquerdo do congresso sentavam os Jacobinos, representantes dos profissionais liberais (pequena burguesia, ou classe média) apoiados pelos Sans Cullottes, grande maioria da população, os mais pobres da sociedade.

Desta forma se determinou historicamente a divisão entre os partidos, os partidos que defendem a manutenção da ordem política mundial, ou seja, o capitalismo, que tem na sua sede de lucro e na acumulação de riquezas nas mãos de uma minoria da sociedade (a burguesia) donos dos meios de produção, e, portanto, responsáveis diretos pela divisão das classes sociais, e produtores da fome, da violência, do consumo desenfreado dos recursos naturais, o que está causando a destruição do ecossistema e dos desastres ecológicos que presenciamos atualmente, que tem deteriorado as relações humanas, através de sua ideologia que estimula o individualismo e a superação do “ser” e a elevação do “ter” como princípio de reconhecimento social, são os partidos de direita.

Os partidos de centro, são aqueles que não se definem politicamente, atualmente são aqueles que querem está no poder de qualquer forma, não importando quem ganhe as eleições vão está do lado sem se dá conta do que está sendo defendidos nos projetos de governos, outrora alguns destes partidos eram Keynesianos, defendiam a intervenção do Estado nas relações econômicas para gerar emprego, e regulamentar a economia das nações, hoje esses partidos, após a derrocada do Estado de Bem Estar Social na Europa perderam o rumo e estão somente lutando pelo poder.

Os partidos de esquerda são aqueles que defendem ideologicamente o socialismo, teoria política que preconiza a criação de uma sociedade onde o princípio fundamental seja a igualdade entre os homens, o fim da apartação social, a ruptura com a sociedade de classes e a construção de um mundo mais justo, humano e fraterno, pois é o socialismo a ideologia da classe trabalhadora, hoje classe que vive do trabalho, e tem como principio a construção de um modelo social democrático já que pretende que a maioria esteja no poder. É certo que os partidos de esquerda não tem conseguido implantar políticas sociais que conduza a esse mundo, mas é importante salientar que a construção do socialismo é tarefa do povo que de forma consciente deve está nos partidos de esquerda para impulsioná-los na construção do socialismo e na superação do estado de coisas já mencionadas acima, que o capitalismo implantou nestes seis séculos de existência.

Diante do quadro apresentado acima, será que os setores da direita de Conquista irão se apresentarem como uma opção capitalista, ou seja, de direita no pleito eleitoral deste ano? Ou vão continuar se rotulando como a oposição? Despolitizando o processo e procurando fazer parecer que todos são iguais?

É preciso que estas questões estejam bem claras quem é quem na hora das eleições é preciso que a verdade seja mostrada para a população conquistense, que o processo eleitoral não seja simplesmente um momento de escolha dos representantes do Executivo e do Legislativo municipal, que ele sirva também como um período de politização da sociedade e que, sobretudo, sirva para ampliar o grau de conhecimento das pessoas, pois para construirmos um mundo mais humano que o que temos hoje, é necessário que a população esteja inserida no processo conscientemente, não só como eleitores, mas como cidadãos que sonham e que buscam a construção de uma nova realidade pautada na justiça social, na paz e na humanização das relações socioculturais.

Fica também um alerta para a esquerda conquistense, está na hora de politizar a campanha eleitoral, não dá mais para permitir que os setores de direita apareçam em seus programas eleitorais como se fossem iguais a nós, como se todos tivéssemos as mesmas prerrogativas, precisamos dizer quem é quem na política, o que cada setor da sociedade defende, não dá mais para deixarmos de pensar a eleição ideologicamente, precisamos dizer claramente, somos de esquerda, somos socialistas, e estamos plantando a semente para que um dia a história a faça florescer e aí uma nova sociedade estará nascendo. O planeta não pode mais esperar está na hora de começar a transformar nossa realidade.

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