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Editorial | 1° de Maio: Dia de luta e confraternização internacional
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Foto: Instagram da Anatect |
1º de Maio: A luta da classe trabalhadora brasileira
é internacional, estrutural e inadiável
* por Herberson Sonkha
ANATECT NACIONAL/ASCOM
BRASÍLIA — No Dia Internacional da Classe Trabalhadora, a ANATECT Nacional (Associação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) publica nota contundente de solidariedade às lutas históricas e contemporâneas dos trabalhadores e das trabalhadoras do Brasil e do mundo. Em editorial de forte teor político, a entidade reafirma sua posição classista e anticapitalista, fazendo eco à consigna de Karl Marx e Friedrich Engels no Manifesto Comunista (1848): “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”
Segundo a nota, o 1º de Maio deve ser compreendido não como data comemorativa, mas como jornada de mobilização e enfrentamento às formas de opressão estruturais sustentadas pelo capitalismo: a exploração da força de trabalho, o racismo sistêmico, a violência de gênero e o desmonte das garantias sociais e trabalhistas. Para a ANATECT, este é um dia para reafirmar o compromisso com a emancipação da classe trabalhadora e com a construção de uma democracia substantiva de alta intensidade — aquela que não se resume ao voto, mas que transforma materialmente a vida do povo, ao consolidar direitos e garantir dignidade.
No contexto nacional, a entidade destaca o desmonte de direitos promovido por políticas neoliberais, a tentativa de sucateamento das estatais e o avanço da terceirização como expressão da precarização do trabalho. Neste cenário, os Correios — maior empresa pública brasileira em número de trabalhadores — ocupam papel estratégico. A ANATECT defende a preservação da estatal como patrimônio do povo, socialmente referenciada, economicamente viável e politicamente comprometida com o desenvolvimento nacional e com o diálogo permanente entre as direções da empresa, a categoria e as entidades sindicais.
A nota ainda destaca o papel central das mobilizações organizadas pela FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), à frente das principais lutas da categoria, e saúda os mais de 80 mil trabalhadores e trabalhadoras de carreira, além dos mais de 30 mil terceirizados, que sustentam cotidianamente os serviços da empresa.
“Saudamos, com vigor, todos e todas as dirigentes sindicais que atuam nos 26 estados e no Distrito Federal, cuja resistência cotidiana tem garantido conquistas, organização de base e consciência de classe nos mais diversos territórios”, afirma o texto, que faz menção especial ao presidente da FENTECT, Emerson Marinho Marinho, e ao presidente da ANATECT, Areovaldo Alves de Figueiredo, por suas atuações firmes, democráticas e combativas.
A entidade também reafirma seu apoio político ao governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, descrito como "o maior dirigente sindical da América Latina no século XX e um dos maiores estadistas mundiais da atualidade". Segundo a ANATECT, o presidente Lula “recolocou os pobres no orçamento público e avançou na consolidação de políticas estruturantes historicamente negadas pelas elites brasileiras conservadoras, atrasadas e escravocratas, como educação, saúde, meio ambiente, igualdade racial e de gênero, e desenvolvimento social urbano e rural”.
A ANATECT Nacional também saúda e reconhece publicamente a gestão exemplar do presidente dos Correios, Fabiano Silva, destacando seu compromisso com a reconstrução e o fortalecimento da estatal, a valorização da categoria e o respeito às conquistas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras. Sua liderança tem sido marcada pelo diálogo democrático com as entidades representativas, pela modernização dos serviços, responsabilidade social e defesa da função pública da empresa, reafirmando o papel estratégico dos Correios na integração nacional, na inclusão social e no desenvolvimento soberano do Brasil.
O editorial encerra com uma convocação direta à militância e à classe trabalhadora organizada: que o 1º de Maio não seja apenas memória de lutas passadas, mas motor de enfrentamentos futuros. Que se reafirme, com consciência e coragem, o compromisso com a construção de uma nova sociedade — onde o trabalho deixe de ser mercadoria e se torne, enfim, expressão plena da liberdade humana.
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