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Entrando de Solla para mudar a correlação de forças no PED baiano
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Foto: Zeca Ribeiro Câmara dos Deputados |
Bahia passa por reconfiguração de forças no PED 2025:
hegemonia abalada e esquerda avança
sob liderança de Jorge Solla
*por Herberson Sonkha
SALVADOR (BA) - O Processo de Eleições Diretas (PED) de 2025 promoveu uma significativa reconfiguração de forças no PT baiano, abalando uma hegemonia anterior. A corrente Avante emergiu como nova força predominante, conquistando aproximadamente 75% da preferência dos filiados e assumindo a dianteira nas disputas internas. Esse deslocamento da liderança, antes hegemonizada por outra corrente, deve-se em grande parte à atuação decisiva do deputado federal Jorge Solla.
O Avante desbancou a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), responsável pela eleição de Éder Valadares no último PED e protagonista de uma transição tranquila sob Jonas Paulo. Neste PED, contudo, a CNB sofreu uma derrota acachapante com a vitória de Tássio Brito, liderança oriunda do MST e agora presidente eleito do PT baiano.
Jorge Solla, deputado federal que representa o campo à esquerda do partido, foi figura central nesse processo. Ele percorreu diversas regiões do estado promovendo debates, dialogando com a base e apoiando candidaturas vinculadas ao Avante, alinhadas com seu mandato comprometido com pautas populares e o fortalecimento dos movimentos sindicais e sociais de esquerda.
Inicialmente, o nome indicado para a presidência estadual do PT era o de Edizio. Após uma reavaliação estratégica entre as forças da aliança, concluiu-se ser necessário uma candidatura com maior capacidade de agregar apoio da base. Nesse contexto, embora o nome de Tássio Brito tenha sido questionado, Jorge Solla bancou politicamente sua candidatura. Assumiu a linha de frente da campanha e percorreu o estado, garantindo a expressiva votação que se consolidou nas urnas.
A vitória de Tássio Brito revela não apenas a habilidade analítica e a assertividade tática de Jorge Solla, mas também marca um momento de desconcentração do poder antes monopolizado por setores mais moderados do partido. Trata-se de uma inflexão histórica que abre espaço para a militância de esquerda, reposiciona a correlação de forças internas e poderá interferir diretamente no debate e na definição da tática eleitoral para 2026, especialmente nas candidaturas ao Legislativo estadual e federal.
A reeleição de Jerônimo Rodrigues ao governo do estado segue como consenso entre todas as forças e coletivos internos do PT baiano. Contudo, a nova configuração partidária fortalece significativamente o campo político mais à esquerda. Ela evidencia o papel crucial de Jorge Solla na construção de alternativas que ampliam a democracia interna, descentralizam o poder e enfrentam a hegemonia histórica das correntes moderadas no partido.
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