Foto: Herberson Sonkha

Realizada nesta quarta-feira, 5 de junho, no Centro Municipal de Atenção Especializada (CEMAE), a conferência reuniu representantes do poder público, do movimento negro, de movimentos sociais, de comunidades tradicionais e educadores da rede pública. Sob o tema “Igualdade Racial e Democracia: Reparação e Justiça Social”, a secretária da SEPROMI reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com políticas públicas de reparação histórica e enfrentamento ao racismo estrutural.

A presença da secretária estadual da SEPROMI, Ângela Guimarães, e da diretora do NTE 20, professora Lenira Figueiredo, evidenciou a parceria entre os órgãos do Estado, respaldada por investimentos e diretrizes do governo de Jerônimo Rodrigues (PT).

A ação conjunta integra uma estratégia territorial de promoção da igualdade racial, com ênfase na educação antirracista, no fortalecimento das comunidades negras e tradicionais e na aplicação da Lei 10.639/03 – que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. A articulação busca tornar os espaços escolares mais inclusivos, democráticos e sensíveis às dinâmicas étnico-raciais.

Ângela Guimarães destacou que a parceria visa “construir um ambiente escolar que respeite identidades, valorize culturas afro-brasileiras e indígenas e contribua para superar desigualdades estruturais, inclusive além dos muros da escola”. A SEPROMI reafirma, assim, seu papel estratégico na defesa dos direitos da população negra e no combate à violência institucional.

À frente do NTE 20, Lenira Figueiredo conduz uma gestão pautada pela escuta, diálogo com a comunidade escolar e ações integradas com os investimentos públicos estaduais. A atuação do núcleo reflete um projeto pedagógico comprometido com justiça social, diversidade e dignidade em territórios historicamente vulnerabilizados.

Exemplo disso são as escolas de tempo integral, cuja expansão é impulsionada pela gestão estadual. Em bairros periféricos de Vitória da Conquista e municípios vizinhos, novas unidades são construídas com infraestrutura humanizada: quadras cobertas, piscinas, laboratórios, bibliotecas e campos society com grama sintética. Essas políticas ampliam o acesso e transformam o espaço educativo em instrumento de emancipação.

A articulação entre SEPROMI e NTE 20 tem sido crucial para alinhar políticas educacionais e de igualdade racial na região. Formações pedagógicas, encontros com gestores escolares e projetos de identidade étnico-racial ganham força com esse trabalho conjunto.

A conferência evidenciou que enfrentar o racismo exige recursos públicos, intencionalidade política e práticas educativas libertadoras. O governo estadual sinaliza a educação – como ato de reconhecimento, reparação e transformação – como pilar central para uma sociedade mais justa e igualitária.