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sábado, 21 de março de 2020

Os arranjos políticos eleitorais de CM em Jequié asfixia o pré-candidato Pé Roxo do PT



"É perfeitamente possível ter um militante de esquerda, sério, honesto e comprometido ideologicamente com um programa de governo popular e democrático."

*por Herberson Sonkha


A infelicidade do Capitão do Mato (CM) que governa a Bahia não tem limites, pois ele e seu bando de oportunistas de plantão operam abertamente um escandaloso movimento à direita para asfixiar o principal nome do Partido dos (as) Trabalhadores (as) para a prefeitura de Jequié, o militante de esquerda e ex-vereador Pé Roxo. Esses burocratas da "real política", são pragmáticos parasitas e sua pós-verdade não perdem o péssimo hábito de se amotinarem na capital baiana para decidir de maneira arbitraria à vida e as expectativas da população jequieense.


Voltamos aos anos 80, do século XX, em que o governador [do rouba, mas faz] decidia no grito (literalmente) e os homens politicamente frouxos de centro e direita aceitavam quem ele queria como candidato a prefeito na maioria dos municípios da Bahia e Jequié não estava fora desse contexto. Com exceção de parte da esquerda (que não ascendeu ao Palácio de Ondina), podia ser um bosta qualquer, pois se foi ACM quem disse, então estava dito! Hoje, dificilmente se consegue discernir no campo hegemônico do PT quem não é de direita que flerta com a extrema-direita, basta o Capitão do Mato (CM) balançar o chicote e lá estão todos eles obedientemente se comportando como claque, fazendo plateia ao cargo do mestiço pobre.

Não há diferença substancial no modus operandi entre o Capitão do Mato e seu bando daqueles tempos sombrios do coronel Antônio Carlos Magalhães, com exceção do lugar de fala do coronel ACM que é de gente branca patriarcal e detentora de dinheiros (como conseguiu?!), legitimo representante das elites do atraso na Bahia e sua turma implacável do “rouba, mas faz”.

Quanto ao atual governador, não excede a mísera condição de serviçal mestiço pobre que alçou a condição de Capitão do Mato (CM) para perseguir a classe trabalhadora e populações em situação de risco. A diferença é que ele não rouba no sentido clássico dos corruptos da Bahia carlista (parte desse espólio está vivo e operando por dentro de seu governo) que fizeram fortuna fraudando o erário público. Mas, o CM subtraiu dos servidores públicos do Estado direitos sociais inimagináveis para quem se dizia ser de esquerda antes das eleições com a perversa reforma da previdência ultraliberal que faz do fascista Bolsonaro um indolente, um mero aprendiz infante do ultraliberalismo.

O Capitão do Mato da Bahia age publicamente contra as principais lideranças municipais de esquerda de “seu” próprio partido (se é que foi seu algum dia) para manter o seu default de neocoronelismo na política jequieense, costurando pra fora com inimigos do povo.

Os comandantes da real política estão arquitetando um dos mais repulsivos ideologicamente Arranjos Políticos Eleitorais (APE) para substituir o atual prefeito Sérgio da Gameleira (PSB). Essa peça desgastada do tabuleiro de xadrez do governador é resultado desse desastroso tipo de APE urdido nos gabinetes a governadoria lá em 2016, contra uma construção coletiva suprapartidária de militantes de esquerda dispostos a construir dialogicamente uma alternativa efetiva de poder popular entre setores de esquerda do PT e o PSOL.

Mais um estilhaço dessa sórdida manobra (APE) foi divulgado (17/03) no site que representa politicamente os interesses dessa gente graúda da cúpula partidária, com cargo público de primeiro escalão, que financia esse tipo de noticiário para viabilizar arranjo de caráter conservador, fazendo parecer moderno ou politicamente avançado. Na verdade, são mercadores da desgraça humana que opera politicamente nos 417 municípios baianos a procura de aventureiro obediente que atenda as principais características de um outsider para fechar negócios altamente lucrativos para o mundo da comunicação liquida.

Esse tipo de outsider só passou a existir como possibilidade na real política com a narrativa da pós-verdade, conceito ultraliberal que cria um espelhamento da realidade para substituir o real pelo mundo idealizado, no qual a situação fática é irrelevante, pois o que conta mesmo são os apelos às emoções e crenças pessoais burguesas.

Na pós-verdade cria-se e modela-se a opinião pública de acordo a necessidade do bureau, aliás, na política isso tem implicações importantes porque passa a valer nas disputas eleitorais as regras do senso comum perpassado pelo subjetivismo burguês do sujeito que é sacado de outro cenário longínquo e plantado como novo, moderno, democrático, dialógico, avançado, inteligente, capaz e empático. Esse foi o discurso do governador para eleger o atual prefeito que destruiu a cidade.

No cenário eleitoral controlado pelo senso comum, quem tem ascendência sobre as mentes e corações é a civilização burguesa por meio de sua subjetividade (individual ou coletiva). Este é o tipo de sujeito recomendado pelo inconsciente coletivo uma vez que cabe no perfil preconcebido. A propagada obedece a padrões criados pela pós-verdade, servindo apenas para ligar o sujeito à preferência baseado em apelos emocionais e crenças pessoas do candidato.

A pós-verdade é uma matrix que desconhece qualquer argumento no campo da racionalidade, portanto não conta nenhuma teoria do conhecimento crítico, a ideologia, a coerência, os princípios, os valores, o programa de governo e quaisquer outras discussões de natureza teórica consistente. Prevalecem às veleidades, as atitudes moralistas e a fé cega como elementos predominantes no perfil de um “bom” candidato, vide a vitória eleitoral do atual presidente fascista.

Os Arranjos Políticos Eleitorais orquestrados pela Governadoria do neoliberal Rui Costa (que flerta com a extrema-direita) são movimentos refratários de conformação da apolítica, condição indispensável na pós-verdade. Nela, qualquer néscio se transforma num exímio operador da real política, pois a única exigência possível é a liquidez que derrete a esquerda e a direita na mesma vala comum da politicagem.

Inclusive, uma senhora desconhecida até mesmo do metiê da política partidária de direita, que causou estranhamento ao PT, se tornou a dama de ferro (na versão stalinista) e recebeu do marido CM governador do Estado da Bahia o inesperado presente, o direito de explorar a seu bel-prazer seus “vassalos” de Jequié como se esta fosse uma sesmaria, inclusive decidir contra a vontade do PT, indicando um outsider de sua predileção à prefeito da “capitania” de Jequié.

A política na pós-verdade não exige nenhum esforço intelectual, não se demanda nenhum desprendimento cognitivo, basta seguir o instinto burguês e fazer o jogo do poder pelo poder, dando continuidade à política tradicional criada pelo corrupto fenômeno social denominado de carlismo. A política se transforma num laboratório contínuo, no qual não existem certo ou errado, apenas as iniciativas visando “acertar”, não importa as consequências desastrosas para as populações empobrecidas.

Nesse jogo perverso contra essas populações empobrecidas, se houver desgaste de uma peça central, substitui-se imediatamente por outra, vide o atual prefeito desgastado pela péssima gestão e suspeição de possível improbidade administrativa.

Nesse sentido, pela segunda vez essa turma da governadoria fisiologista, mandonista e patrimonialista pretende prejudicar novamente a população jequieense como fez lá em 2016 empurrando de goela baixo o atual prefeito. Erraram feio em 2016 e vão tentar novamente repetir o mesmo erro agora em 2020 com alguém de nome exótico de Cocá. Não faz nenhuma diferença para eles, pois estão em Salvador, longe dos reais problemas da cidade.

Trapacearam o próprio PT em 2016, impedindo que fosse construída uma alterativa de poder popular à esquerda. Esse cenário, as movimentações apoteóticas incensando o Cocá, não deve causar estranhamento porque esse nome não é um rito simbólico de passagem de tribos de povos primitivos para ordenar um pajé, trata-se de uma manobra intitulada operação Cocá. Esse filme dantesco já foi assistido pela militância nas eleições passadas com outro nome: Sérgio da Gameleira.

A cidade tem a oportunidade para se insurgir contra tudo isso, emancipar-se politicamente do colonialismo do Palácio de Ondina e indicar o ex-vereador Pé Roxo a prefeitura de Jequié. É perfeitamente possível ter um militante de esquerda, sério, honesto e comprometido ideologicamente com um programa de governo popular e democrático. Por que deixar que eles se juntem por conveniência de cargos, vantagens e mimos para impedir que o militante Pé Roxo não dispute as eleições de 2020?

Essa decisão é uma disposição política que a cidade precisa ter maturidade para tomar, pois não há nada de errado em ganhar ou poder em qualquer processo eleitoral de disputa política quando se participa de maneira honesta,  verdadeira e com programa de governo mostrando a população qual é o lado que se pretende atender pela gestão. Ganhar a qualquer custo é um jogo perigoso de quem vê a política uma oportunidade para obter fama, acumular riquezas, ganhar dinheiro à custa da pobreza, enganando a cidade.

Se isso acontecer é porque esses burocratas parasitas preocupados em proteger o status quo querem que a cidade sofra novamente com gestores incapazes, sem projeto de governo popular e perseguidores de trabalhadores e gente simples. A cidade não pode aceitar isso novamente e permanecer calada, agindo feito gado que sabe que vai morrer e caminha silente para o abatedouro e nem sequer esperneia.

Um comentário:

  1. Ninguém acredita mais nesse partido, curioso é que não há nenhuma autocrítica, o pt teve 4 mandato de governo e nenhum se interessou em apoiar o candidato do partido a prefeito de Jequié, ao invés disso eles inventaram o Gameleira como vice de Tânia Brito sem nenhuma identificação com o partido, o pt até então foi uma verdadeira tragédia " na minha modéstia opinião" todos até agora viraram as costas para Jequié e consequetimente para pé roxo um grande homem" e um político honesto coisa que está instinto na política Brasileira.

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