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sábado, 3 de fevereiro de 2018
O SIMMP voltou?
fevereiro 03, 2018
|
por
Vinícius...
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por Herberson Sonkha[1]
A marca do silencio do SIMMP que ficou implícita no início do exercício da nova gestão “Atitude e Independência”: achaca a categoria de profissionais da educação, principalmente as monitoras.
Parece que a unidade na executiva do SIMMP está trincada. Isso se deve as várias tensões enfrentadas perante o inadmissível comportamento imoral de Pereira para com as monitoras. Uma parte considerável da executiva do sindicato assumiu publicamente lado na luta em defesa das monitoras trucidadas criminosamente pelo governo de Pereira. Desde a polêmica causada pelo não posicionamento público (e escrito) do SIMMP, em relação ao não pagamento do terço de férias das/dos professores, é que as coisas não ficaram muito bem resolvidas entre os/as dirigentes da executiva do sindicato.
Alguns dirigentes não hesitaram em sair com tudo na defesa dos profissionais da educação, excepcionalmente a parte que foi mais atacada da categoria, as monitoras. Essa agitação radical causou alguns arranhões na ideia cristalizada de manter-se elegante ou quase neutra em tempos de perda de direitos, vencimentos e benefícios adquiridos na luta social do SIMMP em favor da categoria.
Contraditoriamente, foi o próprio SIMMP que corretamente lançou nota de pesar pelo não pagamento do terço de férias, porém coube ao SINSERV radicalizar e tomar a direção da luta. Aliás, o fez imediatamente após as travessuras do “pereirismo”, em favor dos Servidores Públicos Municipais. O sindicato acionou o jurídico e mobilizando politicamente os servidores para a luta contra o governo, com sinais claros de greve.
A direção do SINSERV e a base sindical, aliado ao SINDACS[2], ocuparam a câmara com palavras de ordem, advertindo ao incauto pereira o risco eminente de greve unificada. O enfrentamento sindical está dado, reforçado pela exitosa ação que o SINSERV moveu contra a prefeitura pedindo bloqueio de recursos do município para honrar compromisso assumido e não cumprido pelo prefeito.
Contudo, quero parabenizar parte da diretoria do SIMMP pela firmeza ideológica e comprometimento político com a causa da categoria dos profissionais da educação. Eles/Elas participaram ativamente da manifestação pública (cívica), em presença dos vereadores atentos, em sua maioria sabuja do prefeito na reabertura das atividades do legislativo municipal.
O sentimento generalizado era de desgosto e furor dos servidores públicos esfolados financeiramente pelo prefeito. Os manifestantes queriam responder aos ataques usando a tribuna para expressar sua revolta contra essas maldosas “pereirisses”. Mais uma vez, lamentavelmente o “protocolo” foi usado apenas como explicação (desprezível) para não permitir falas do público.
A mesa diretora da câmara tomou medidas protetivas vexatórias em favor do prefeito que se viu acuado, pois inegavelmente todos os olhares desesperados da situação estavam voltados para as formalidades legais que institui o rito daquela sessão especifica de abertura do exercício de 2018. Essa habitual atitude (explícita) de interdição da mesa diretora não passou de uma decisão contraria aos interesses coletivos dos servidores públicos municipais, que redundou o evento em uma atividade unilateral e antidemocrática, restando apenas aos trabalhadores a opção de contestar com vaias e palavras de ordem quando o chefe do executivo abusava da inteligência alheia, característico de um prefeito caricatural e folclórico.
Em nome do público leitor deste blog de esquerda, quero manifestar meu apreço e profundo respeito ao vice-presidente do SIMMP, o professor Davino Nascimento Silva, as valorosas Monitoras Adriana Amorim, Aliny Souza Ribeiro e Lêda Gomes. Lideranças importantes neste processo de defesa das monitoras prejudicadas em seu direito pétreo que é o de receber todos os direitos (o salário e outros benefícios legais) pelo trabalho realizado com louvor, fruto exclusivo do suor dos seus rostos. Infelizmente o aprendiz de golpista vem massacrando os servidores públicos, principalmente as monitoras.
A luta é justa e, peremptoriamente, necessária à sobrevivência digna da categoria das profissionais da educação, especialmente as Monitoras enquanto força de trabalho indispensável à oferta de serviços educacionais com a qualidade necessária a uma boa educação pública, gratuita e de qualidade prestada por elas na rede. As monitoras são historicamente discriminadas por uma casta de professoras avelhantadas que não compreende a dimensão da luta das monitoras para serem reconhecidas como profissionais da educação. O não pagamento criminoso de horas extras e terço de férias as monitoras (já que foi “garantido” aos professores) cabem compreender a atitude truculenta (golpista) desse governo com desvio de conduta.
__________________________________
[1] Herberson Sonkha é professor de Filosofia e Sociologia e coordenador pedagógico no Zênite Pré-Vestibular e Cursos de Conquista e Guanambi. Estudante de Ciências Econômicas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Foi gestor administrativo lotado no Hospital de Base de Vitória da Conquista. Foi do Comitê Gestor da Secretaria Municipal de Educação de Anagé. Presidiu o Conselho Municipal de Educação de Anagé. Coordenou o Programa Municipal Mais Educação e a Promoção da Igualdade Racial do município de Anagé. Foi Vice-Bahia da União Brasileira de Estudante (UBES) e Coordenador de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Vitória da Conquista (UMES). Militante e ex-dirigente nacional de Finanças e Relações Institucionais e Internacional dos Agentes de Pastorais Negros/Negras do Brasil. Membro dirigente do Coletivo Ética Socialista (COESO) organização radical de esquerda do Partido dos Trabalhadores.
[2] SINDACS – Sindicato de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate as Endemias da Bahia.
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