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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Entrevista: Luis Rogerio Cosme diz que Rui vence as eleições, mas o PT perde

"O PT é o caminho institucional para chegar ao poder,
mas eu defendo uma militância e uma disputa qualificada."
  
 Com exclusividade ao BLOGDOSONKHA o petista Luís Rogério Cosme, faz advertências relevantes sobre o papel das universidades públicas, sobre a formação profissional na área da saúde e, como, não poderia deixar de ser, opina sobre a política interna do Partido dos Trabalhadores na Bahia, com críticas a uma nova “categoria” sociológica chamada por ele de Poder Republicano Central (PRC) dentro do PT, responsável pela exclusão compulsória da militância e o abandono dos princípios e da ética revolucionária na política interna do partido.
*Entrevista de Herberson Sonkha 
Foto: Blog do Anderson (05/05/2012)
 “Olha, é você quem está no poder,
mas você está agora plenamente equivocado!”

Atualmente, o jequieense de 43 anos é casado, atua como professor da UFBA, intelectual, militante, escritor e dirigente partidário, sendo formado em Enfermagem pela UESB (1995). Luís Rogério Cosme é doutor em Saúde Pública pela UFMG (2014), com mestrado em Memória, Cultura e Desenvolvimento Regional pela UNEB (2008), especialista em Saúde do Trabalhador pelo ISC/UFBA (2000). Implantou e coordenou (de 2001 a 2009) o Serviço de Saúde do Trabalhador de Vitória da Conquista, onde compõe a coordenação da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST), composta por 18 entidades.
Com a experiência de quem atuou no movimento estudantil universitário, com duas candidaturas a prefeito pelo PT no município de Itambé (2004-2008), e destituído de qualquer vaidade em relação a sua sólida formação acadêmica, o professor doutor, Luís Rogério, é autor do polêmico livro “A alma do animal político”, lançado em 2012, pela editora Kalango. Na obra, citada nesta entrevista, ele evidencia o seu traço intransigente quanto a luta pelos princípios fundantes do partido dos trabalhadores e a manutenção da resistência às defecções políticas promovidas pelo campo hegemônico do PT baiano.
domingo, 22 de junho de 2014

O fascismo está voltando?


          

* Por Pe. Carlos
 
Uma das coisas que tem chamado minha atenção nos últimos meses é o crescimento súbito da extrema-direita em toda a Europa. Como militante e educador com formação filosófica, não poderia deixar de abordar e partilhar este assunto.

A onda que assola quase toda a Europa me surpreendeu e acredito que deixou os cientistas políticos numa situação um pouco incômoda, para explicar este crescimento da direita, considerando que os espectros da 2ª Guerra Mundial e do totalitarismo ainda estão frescos na memória histórica de praticamente todas as sociedades europeias.

Podemos perceber que está crescendo na Europa um forte sentimento contra os imigrantes e, especialmente, uma enorme desconfiança em relação aos muçulmanos. Os partidos que difundem ideias xenófobas, anti-imigração e anti-islamitas estão se fortalecendo e exportando para fora dos seus terrenos tradicionais a França, Itália e Áustria e conquistando países tradicionalmente mais liberais como a Holanda ou a Escandinávia, chegando agora significativas representações parlamentares nesses países.

O medo bem como o fator sombra tem sido a grande ferramenta política neste fenômeno de crescimento. Estes elementos, embora seja abordagem psicológica, é de extrema importância para o cientista político, entender tal fenômeno.

Depois de anos de crise econômica, aumento do desemprego e crescimento da pobreza, muitos europeus têm questionado sobre a integração cada vez mais estreita da EU e esperam com o resultado da eleição uma mudança de paradigma, isto é, um verdadeiro milagre.  

A presença de imigrantes em proporções importantes, nos grades países industriais, suscita- quando o desemprego torna-se endêmicas – reações de intolerância e ódio bem próximas da fobia. Turcos na Alemanha, indonésios nos Países Baixos, indianos e paquistaneses na Grã-Bretanha, argelianos na França: o ódio pelo outro não tem escrúpulo. Desde já, as reações xenófobas na Alemanha atingiram um grau de violência que podem ser comparadas aos pogroms antissemitas das piores épocas. Não sabemos como enfrentar o vento de ódio e irracionalismo que se levantou.

Segundo Jung, quando projetamos nosso próprio lado sombra sobre outra pessoa, tornamo-nos incapazes de vê-las como seres humanos comuns com características boas e más. Hitler compreendia tudo isso por instinto. E, por essa razão, incentivou a projeção de todo mal, de tudo que fosse mesquinho e não heroico, sobre os judeus, que ele representou como a incorporação de tudo o que era instável e não alemão.

Como podemos perceber, este é o discurso da extrema-direita.  Jean Marine Le Pen alcançou 25% dos votos dos franceses com uma plataforma política tendo como solução para o fim da imigração a aplicação do vírus africano Ebola.

Se não fizermos nada e se, passado o sinal de alerta, voltarmos às nossas pequenas questões, então seremos todos vencidos. Sim, se não fizermos nada, a extrema-direita ampliar-se-á, o ódio sairá vencedor, o fascismo renascerá. A palavra de Martin Luther King ecoa sobre os meus ouvidos, ¨o que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons¨.      







segunda-feira, 16 de junho de 2014

Por um mundo sem opressão de classe, de gênero, sem racismo e com liberdade para orientação sexual.

Lançamento do Manifesto do Coletivo Ética Socialista. 

* Por Herberson Sonkha



Em tempos de pensamentos, ações e reflexões fluidas é sempre necessário ajustar com coerência certos conceitos, definir claramente práticas e manter princípios filosóficos, econômicos, históricos e políticos contrários ao (neo)liberalismo. Assim podemos impedir as defecções, pelo menos evitar, os seus efeitos nocivos nas políticas partidária que por persistência tentam naturalizá-las como sendo o caminho ultimo da humanidade. Fato é quê, não são! Não quero aqui construir um tratado acerca do que é ou não verdade, até porque me permito ser um marxiano, que procura manter-se longínquo das “tendências” a serviço da ditadura do pensamento único ou do partido da ordem.

Desta forma, penso que vivemos o século XX. Por que não? Será mesmo que há uma ruptura sistêmica de períodos desde janeiro de 2000? Será? Acredito que não! Estamos apenas asfixiados num ambiente psicológico determinado pela ditadura de unidades de tempo repletos de datas comerciais sensacionalistas que organiza o tempo "oficial", e nada mais que isso! Nada aconteceu de novo porque chegamos a uma determinada data prevista pelo calendário oficial (gregoriano?) que organiza o ano civil. O século em curso está profundamente permeado pelas contradições do ontem, presentes no hoje. Está em curso e são estabelecidas desde o fim do feudalismo pelo modus operandi que surge desde o nascimento da modernidade que opera um saber sócio-técnico que concentra e cresce assustadoramente a riqueza nas mãos de alguns poucos que estão na zona de conforto na ponta da pirâmide social e alastra a miséria e outras desgraças no seio daqueles que foram empobrecidos e mantidos cativos pela força do capital na base desta mesma pirâmide, zona de conflito, restringido as benesses e o conforto proporcionado pelos avanços tecnológicos e científicos à poucos, restringido à algumas classes que detém o poder aquisitivo para consumir.
Ainda vivenciamos tais dilemas! Mesmo quando se propaga em escala planetária pela redes sociais a dita liberdade para comprar como se fosse uma vantagem plausiva do deus mercado e da livre concorrência como sendo uma qualidade da democracia liberal burguesa. E os conflitos daqueles que não tem dinheiro para pertencer a democracia do consumismo, não são tidas como contradições intrínsecas capitalismo tão presente no século XIX que continua sendo sentidos no século XXI. Os mecanismos estruturantes destes fenômenos perpassam mais de cinco séculos adentrando o século XXI, mas vistos pelo caleidoscópio da história geral da humanidade, poder-se-ia compreender que sistemas mais rigorosos que pereciam ser mais sólidos e eternos como o escravismo e o feudalismo ruíram. Assim, toda verdade sobre a ordem social, econômica e política é dialeticamente objeto e sujeitos da mesma unidade e luta de contrários de que falara Lênin; sujeito e objeto da revolução permanente de Leo Trotsky; sujeito e objeto do debate acerca do surgimento da sociedade civil a partir do nascimento do mundo burguês e sua ruína de Antonio Gramsci; sujeito e objeto da critica mordaz ao capitalismo falível escrito por Karl Marx e Friedrich Engels. Por quê? Creio que o século XXI não foi bom o bastante para resolver as contradições mais simples do Capital que seria produzir em larga escala alimentos para que todos pudessem se alimentar minimamente e erradicar a fome. Como posso dizer que a modernidade passou? Não há dicotomia entre modernidade e o capitalismo, pois ambas são mãe e filho. A modernidade pariu o sistema de produção e circulação de mercadorias porque a ciência passou a mensurar tudo e possibilitou a sistematização e a reprodução em matriz de mercadorias. E as instituições políticas necessárias à reprodução e manutenção destas relações no plano das ideias de manutenção.
Por esta e outras razões que a Ética socialista produziu um manifesto expressando sua opção programática pelo socialismo e pelo fortalecimento da luta de quem vive exclusivamente da força de trabalho (intelectual e braçal), fortalecendo as instituições organizativas destas classes trabalhadores e as agendas dos movimentos sociais contras a opressão, preconceito, violência física, psicológica e moral contras populações fragilizas, pela livre orientação sexual e contra toda e qualquer violência praticada contras as mulheres e o racismo que é filho da modernidade europeia.

MAIS EDUCAÇÃO ANAGÉ: GOVERNO, COMUNIDADE ESCOLAR E O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO PROMOVEM SÃO JOÃO NOS BAIRROS




A Secretária Municipal de Educação e Cultura, a Senhora Leila Oliveira (Lora) e a Diretora do Departamento de Ensino,a Senhora Maria do Socorro (Socorrinha).



 “Este projeto visa à descentralização das atividades juninas com o propósito de envolver efetivamente todas as comunidades escolares e incorporar seus valores artísticos culturais no processo formativo do ensino regular oferecido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura. ”



* Por Herberson Sonkha


 O Governo da Renovação por intermédio da Secretaria Municipal de Educação aposta no potencial da comunidade e por isso apresentou a proposta de um ousado projeto de ação pedagogica de resgate e promoção do São João nos Bairros nos dias 10, 11 e 13 de junho. O sucesso deste evento contou com investimento do Governo da Renovação, a colaboração participativa da equipe da SEMEC, dos gestores escolares, professores da rede municipal lotados nas escolas da sede, monitores e educandos do Programa Mais Educação.


O projeto realizou exposição de stand contando a história dos festejos juninos; a história do rei do baião Luiz Gonzaga; do Padroeiro do município, São João Batista; brincadeiras, quadrilhas; quebra pote; pau de sebo; apresentação de corais; sorteio do balaio junino; e barracas de comidas típicas e atrações com shows musicais para encerramento do projeto de São João nos bairros.


O evento foi realizado em três etapas distintas organizados em áreas zoneadas para o evento. Abertura no dia 10/06 na zona leste que compreende parte do centro da cidade, bairro Augusto Viera e adjacências. O Centro Educacional Renato Viana e a Escola Municipal Rosel Soares ficaram resposaveis e concentraram suas atividades na quadra esportiva do CERV. No dia 11/06 na zona oeste que compreende o bairro São João Batista, Vila dos Umbuzeiros, Morada Feliz e adjacências. A responsabilidade pelo Arraia da Integração  ficaram com as escolas Municipais Benito Gama e Rosalvo Avelar, Creche Laurinda Soares. E no dia 13/06 a culminância do projeto no CEASA, com a apresentação de todas as atividades e reedição das quadrilhas e demais apresentação e contou com a presença de todas as comunidades escolares.  


Este projeto visa à descentralização das atividades juninas com o propósito de envolver efetivamente todas as comunidades escolares e incorporar seus valores artísticos culturais no processo formativo do ensino regular oferecido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura. O resgate destas culturas populares, negligenciadas historicamente, estão sendo resgatadas, organizadas, reescritas e promovidas pela iniciativa política do governo municipal. 



A composição da Comissão de Eventos foi formada pela comunidade e as escolas da sede que participaram ativamente da elaboração, organização, levantamento de documentos e resgate da memória popular nas atividades juninas. A execução deste projeto contou os diversos atores das comunidades, como as associações, comerciantes, igreja, órgãos públicos e a população que se envolveu para ornamentar as ruas, praças, quadras poliesportiva e compareceram para prestigiar as apresentações.

Um “hexapapo” para ser continuado...




*Por Vinícius



Ilustre João,


Até por nossa diferença de idade, eu infelizmente demorei mais tempo para aprender essa lição de não torcer por nenhuma seleção e que erro representa o dito patriotismo que nos vendem. Lembro de assistir sozinho a final de 94 e ficar numa felicidade ímpar com aquilo que eu acreditava ser uma vitória do esporte em si. Eu tinha apenas 13 anos e ainda não atentava para os “detalhes”. Pior foi em 98 ao quase ter uma parada cardíaca no jogo Brasil x Holanda e ter certeza plena de que o penta já viria ali. Só bastou ver aquela novela “global” em torno do pegador de traveco e seu “mal súbito” para eu finalmente enxergar o óbvio. Futebol, antes de qualquer paixão nacional, mundial ou interplanetária é um negócio e só a desavisada inocência para crer que bilhões em jogo serão mesmo decididos por onze manés atrás de um pedacinho de couro.

Entendo e respeito suas pontuações partidárias, ainda que eu não só não concorde, como não enxergue que zorra de “paquinho” é esse ou que diabos isso realmente vise, além do óbvio favorecimento de empreiteiras, bancos e variantes.

Não posso entrar nessa discussão aqui, pois não seremos claros, nem devidamente acertados em um espaço de reflexão tão limitado e com um “delay” gigante entre nossas pontuações. Também não faria isso por conta da opinião que registrei no texto anterior sobre os lados da “moeda”. De toda forma, não posso deixar de compreender vossa crença e militância por algo do qual você ativamente participa e tenta transformar.

Ainda que alguma organização aglomerada seja indispensável, também pelas mesmas ponderações da moeda supracitada, não creio em nada que se intitule partido. Isso é controverso, mesmo por conta do simples fato de, ao escolhermos um lado, isso nos colocar numa “parte” do processo, mas creio que você compreenda o que tento dizer.

Meu maior problema com esses rótulos é que eles embarcam construções teóricas, obras realmente importantes e um sem número de nomes de sujeitos que nem vivos estão, mas acabam figurando em bandeiras, faixas e camisas que possivelmente desaprovariam se vivos. Vide Che Guevara vestido por playboys e variantes mil.

O que me deixa puto (eu até tentei explicar no texto anterior) é ver nomes como os de Marx e tantos outros serem colocados como alicerce de partidos ditos de esquerda, mas que na prática real são meras adaptações contemporâneas de práticas tão de direita quanto sempre. Aqui a prática econômica se sobressai, trazendo consigo todos os reflexos que esta envolve em todos os meios. Não sejamos inocentes em achar que alguém propondo revolução chegasse ao poder na putaria pseudodemocrática, essa burrice não nos cabe. Porém, aceitar que um mero slogan, uma cor de bandeira diferente ou um discurso mais “povão” seja uma mudança real ou meramente inicial para uma futura e estrutural alteração na sociedade seria tão ou ainda mais inocente quanto.

Ainda que eu tenha nascido sem qualquer talento para um monte de coisas e futebol seja uma das minhas piores, concordo plenamente com suas pontuações sobre a alegria que ele gera no povo e principalmente em quem o pratica. Só que o que eu tentei discutir no texto anterior e sei que não fui tão completo quanto queria, é o quanto isso está eleitoreiramente envolvido com o nosso momento no país e como esse hexazinho de merda calará todos e os deixará entorpecidos até outubro.

Não posso dizer que pouco me importo com a FIFA e seus “comparsas” ganhando muito. E isso, claro, é em função de saber de quem tiram essa grana. Minhas pontuações sobre o BNDES são mínimas perto do todo e como você bem cita, os estádios são para nossa branca, burguesa e “espertinha” parcela da população. 

Não assistirei NENHUM jogo e sei que isso não mudará nada no todo, mas é de minha mente que estou cuidando com isso. Já o noticiário, fica até difícil dizer que não verei, não passa mais nada em todos os canais. Nisso eu atentei para imagens da torcida no jogo do braZil e puta merda, achei que fosse a torcida da Alemanha, Rússia ou sei lá, a “olhoazulândia do norte” talvez. É foda ver os escrotos que governam esse prostíbulo dizerem que a festa é do “povo" (hein?) e só enxergar branquinhos privilegiados nas arquibancadas. Nem falemos da piada dos “volunOtários”. Só em terras burras como a nossa para alguém aceitar trabalhar de graça para um patrão faturando zilhões.

Revisando o título, não perdi a fé em mudanças ou o sonho com elas. Porém, realmente vejo os laços mentais que nos cercam piorando em todos os graus. Sabemos se tratar de guerra, daí não esperarmos nada fácil por vir, temos de nos adaptar ao fato. São muitos pontos e até o blog me chamou de chato a última vez que tentei escrever. Então encerro por aqui e espero que nos vejamos para voltar nesse papo assim que der.




respeito e admiração mantidos...um GRANDE abraço,
Vinícius...
“mas eu queria somente lembrar
que milhões de crianças sem lar
são frutos do mal que floriu
num país que jamais repartiu (pátria amada Brasil)
esse é o futuro do país"
                                        Autores Criminalizados


*Vinícius Barbosa de Moraes é graduando em Ciências Econômicas pela UESB.

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