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terça-feira, 6 de agosto de 2013
DISCURSO DA SECRETÁRIA NA 5ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. PROFª. AMÁLIA OLIVEIRA SARAIVA SOARES
agosto 06, 2013
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por
Vinícius...
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Senhoras e Senhores, bom dia!
“A alegria não está nas coisas, está em nós.”
(Johann Goethe)
Com alegria saúdo a todas e todos os presentes nesta V Conferência Municipal de Assistência Social.
Saúdo a Prefeita Municipal Andréa Oliveira que confiou a mim esta extraordinária tarefa que é fazer a gestão eficiente dos recursos e coordenar pessoas, processos e programas de forma eficaz desta importante pasta de governo, mesmo sabendo que na minha condição de Professora ainda não havia experienciado quaisquer relações com o universo das atividades profissionais desenvolvidas nesta área social de nosso município. No entanto, em nenhum momento titubeou frente aos desafios em delegar-me qualquer demanda neste sentido. Meus agradecimentos pelo reconhecimento respeitoso as minhas opiniões e limitações, apoiando-me incondicionalmente nas decisões que demandaram desprendimento de muitas energias para garantir a dignidade técnica e política deste governo, visando o devido avanço desta secretaria.
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Foto: Thiago Da direita para esquerda: Maria Celeste Gomes Viana, Maria Rita Saraiva, Amália Oliveira Saraiva Sores e Herberson de Sonkha |
Saúdo aos palestrantes, Senhora Maria Celeste Gomes Viana e a Senhora Maria Rita Saraiva, que possibilitarão aos conferencistas uma reflexão madura sobre os temas propostos pela CONSEAS, no sentido de ampliar o entendimento e desenvolver ações concretas no município no curso das transformações tão necessárias para rompe o clico geracional que mantém por séculos a triste realidade social e econômica de famílias a margem das garantias de direitos e proteções sociais. Desta forma, visamos dissolver relações que impedem o acesso daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade, violência física, moral e psicológica.
Saúdo a organização desta conferência que mesmo cientes das dificuldades, limites físicos e financeiros impostos por negligencias de outros gestores, souberam tocar com serenidade, ânimo e intrepidez esta imensa tarefa de organizar este encontro a partir vários outros encontros com representação dos quatro cantos deste imenso município de Anagé. Aqui ficam meus sinceros agradecimentos e profundo respeito pelo empenho e compromisso desprendido por cada membro desta comissão de organização da conferência municipal de Assistência Social!
Finalmente saúdo aos trabalhadores do SUAS, profissionais de Assistência Social e Psicólogas(os), usuários e beneficiários do Sistema Único de Assistência Social de Anagé. A Secretaria Municipal de Assistência Social existem em função dos enormes esforços destes para chegar onde nos estamos e pretendemos chegar daqui alguns anos. A ideia de proteção social em seus três níveis é resultante de da luta para implementar a Lei Orgânica da Assistência Social em 1993. Do atendimento básico que é o fortalecimento de vínculos e a convivência harmoniosa, passando pela liberdade assistida até a substituição da vontade dos pais pelo Juiz, há um longo e árduo caminho que marca história de milhões de brasileiros.
“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.”
(Karl Marx)
Apesar de estrear nesta Secretaria como coadjuvante e, isso determina meu desconhecimento no primeiro momento, não poderia deixar de me envolver intensamente pelas veredas frias e solitárias de nosso município, para sentir sofreguidão e explorar a natureza do ser social a partir da realidade concreta do cotidiano de milhares de Anageenses, a ponto de embrenhar-me apaixonadamente pelos caminhos que consolidaram o SUAS em nosso país, como respostas a esta triste realidade.
Desde 1988, especificamente 5 de outubro de 1988, milhões de brasileiras e brasileiros, de todas as idades, começa escrever uma nova pagina na vida social do Brasil pós ditadura militar. O sistema econômico, social e político herdado por outras gerações de homens mais conservadores e, por isso, com níveis de consciências que julgava não ser de sua competência dar conta das mazelas na sociedade.
“O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão.”
(Gabriel García Marquez)
Assim considera o escritor Colombiano García Marquez, em uma de suas frases celebre para chamar a atenção da sociedade acerca do abandono de nosso idosos, a solidão tem sido uma companheira implacável de milhares de idosos no Brasil. Não só de idosos mais de todas as outras faixa etária da vida desassistidas. A ausência deste entendimento altruísta e comprometido com o social possibilitou o fortalecimento e a promoção de formas autoritárias e violentas de convivência que vem afetando as famílias, baseada no preconceito, egoísmo, machismo, homo-losbofobismo, racismo e na intolerância religiosa.
As conseqüências deste modelo de organização social fria geraram comportamentos reprováveis e um mundo que separa ricos de pobres, estabelecendo grupos sociais dividido entre os poucos endinheirados e uma imensa maioria empobrecida, sem escolarização capaz de mudar esta situação, impedida do acesso a qualquer tipo de beneficio social ou assistência em sua necessidade individual ou coletiva. Este é o mundo real que anseia pelos nossos serviços de socioassistencial.
Hoje, 25 anos depois da promulgação da Republica Democrática Brasileira, ainda continuamos lutando incessantemente para reverter esses tristes indicadores sociais que nos coloca na condição de um país que só recentemente começa cuidar e proteger seu povo dos efeitos nocivos do capitalismo. O fenômeno da Fome ganhou as páginas dos maiores jornais do mundo, com repercussão internacional, quando um brasileiro, nordestino sem uma graduação superior, portanto, sem títulos de mestrado e doutorado, ocupou as tribunas palacianas da ONU para denunciar a situação de desnutrição por fome de bilhões de seres humanos no planeta, particularmente os milhões de brasileiros, Senhor Luiz Inácio da Silva, o Lula do PT.
“Precisamos vencer a fome, a miséria e a exclusão social. Nossa guerra não é para matar ninguém - é para salvar vidas."
(Luis Inácio Lula da Silva)
Infelizmente persistem estas perversas situações de fome, miséria, pobreza, doenças e abandono de comunidades em situação de risco e vulnerabilidade social. Mesmo com recursos disponíveis, que ainda são poucos, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, muitas prefeituras extraviam desrespeitosamente recursos públicos que poderiam amenizar situações de fome e desespero de milhões de brasileiros desassistidos por este país a fora, como foi o caso de nossa querida Anagé. Infelizmente!
No que pese saber dos avançamos no âmbito da legislação desde 1993 com a LOAS, das Resoluções Normativas e Operacionais que ordenam o Sistema Nacional de Assistência Social e o Fundo da Assistência Social, há muito que fazer. As transferências de Rendas, Benefícios para moradia, Saúde, Saneamento, Certificação de Quilombos, Proteção a Crianças e Adolescentes, Idosos, Mulher, LGBT, Cotas Étnico Racial e tantos outros benefícios são recentes no Brasil e só passaram a existir a partir da organização e luta destes profissionais, usuários e beneficiários com o compromisso de Governos Democráticos e Participativos.
Portanto, esta conferência marca um novo momento das políticas do SUAS em Anagé, pois os conferencistas e observadores aqui presentes tem a responsabilidade de conferir aquilo que deveria ser feito e não fizeram e o que faremos daqui pra frente. Um forte abraço e boa conferencia a todos e a todas.
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