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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
STF QUER CONDENAR O PT: A nossa moral e a deles!
outubro 18, 2012
|
por
Vinícius...
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* Por Markus Sokol
Nos próximos dias, os juízes do Supremo Tribunal Federal completarão a Ação Penal 470.
Como por encanto, deixaram o “núcleo político” do julgamento para a véspera do 1º turno das eleições.
Mas os tambores da mídia e do PSDB já condenaram: o réu é o PT, e o PT é culpado!
QUANTA HIPOCRISIA!
O próprio Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, confessa: o PP custou R$ 8 milhões, o PTB R$ 4 milhões, o PMDB R$ 2 milhões e o PL (hoje PR) R$ 10 milhões.
Assim foi construída a “base aliada”, desde a campanha de Lula que tinha o industrial José Alencar (PL) na vice. Está nos autos, é um fato.
Foi o que dissemos desde a origem do escândalo, em 2005.
Mas, quando o PT não fazia essas alianças, era culpado pela maioria de nossos moralistas por ser “estreito e sectário”! Esses moralistas também esquecem que o “mensalão” vem de muito antes, do PSDB que nunca foi julgado!
A indignação da mídia é a descoberta do “ineditismo do esquema, um caixa único que financia legendas aliadas no Congresso ou nas eleições” (Dora Kramer, OESP, 19/9). É como se a elite incomodada dissesse: “como eles ousam?!” Que a classe dominante se locuplete é normal, mas “esses daí” não podem.
Na verdade, o crime da cúpula do PT foi ter abaixado as bandeiras históricas do partido, para se abraçar a estes partidos acima citados, e assumir os seus “usos e costumes”.
Nessa aliança contra a natureza, a única liga que pode juntar o PT com os partidos de patrões, fazendeiros e especuladores, é dinheiro, cargos e mais dinheiro. É o que dizemos desde 2005.
Mas dirigentes gostaram tanto do modelo que o estenderam para dentro do PT, introduzindo o sistema de “eleições diretas” (PED) para controlar o PT com meios parecidos, às vezes até financiados pelo esquemas dos “aliados”.
QUEM É O STF?
É a instituição que assistiu a posse do “presidente” advindo do golpe militar de 1964 (que cassou alguns de seus ministros), e legitimou todas as perseguições do regime ditatorial. Hoje, o STF pretexta a “lei de anistia” para não punir aqueles crimes. O STF é o tribunal que, desde 1998, engaveta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei das Organizações Sociais (OS’s) que privatiza a saúde, entre outras matérias de interesse popular.
É o tribunal que não encontrou “provas” para condenar o ex-presidente Collor, derrubado por um movimento de milhões nas ruas.
Mas que parece dispensar provas (“atos de ofício”) para condenar os ex-presidentes do PT, Zé Dirceu e Genoíno.
É da responsabilidade de Dirceu, Genoino, como da de Lula e de Dilma, ter colocado o “inocente” Collor na base aliada.
Mas o STF não quer nem saber que a legislação eleitoral - que mesmo os especialistas consideram confusa e nebulosa-, empurra à troca de votos por vantagens. E que dentro das coligações não é permitida a transferência legal de recursos, só por debaixo do pano.
O “presidencialismo de coalizão” precisa de um “balcão de negócios” no Congresso, pois um eleito (ainda mais do PT!) não terá maioria pelas regras absurdas de representação (1 eleitor de Rondônia vale 11 de São Paulo; Senado antidemocrático; império do dinheiro etc.).
A EXCEÇÃO E A REGRA
Como disse o professor Wanderley Guilherme dos Santos, “o julgamento é de exceção”.
Não querem julgar a regra, querem pegar o PT. Mas é da regra que se trata, do sistema como tal.
Todavia, o sistema não vai se auto-reformar. Nem a turma de Sarney no Senado, nem os juízes togados no STF vão largar os seus privilégios.
Na verdade, uma reforma política em profundidade, só uma Constituinte Soberana pode fazer, para abrir caminho para as profundas aspirações sociais e nacionais do povo represadas.
Represadas, inclusive, pela adaptação do PT no governo à estas instituições, é preciso dizer.
O caminho não é curto.
Mas mais cedo ou mais tarde o povo passará o sistema corrupto a limpo. Assim como os petistas saberão “julgar” seus dirigentes.
Para os trabalhadores, é moral tudo aquilo que reforça a sua capacidade de agir em defesa de seus interesses. E é imoral todo procedimento indigno, que joga um setor contra outro, ou ainda que substitua a organização pelo culto dos chefes.
Nem o STF, nem muito menos o PSDB e seus assemelhados tem qualquer moral para julgar o PT.
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