Translate

Seguidores

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O DEBATE E AS TRÊS COMADRES


* Por  Carlos Costa


 "Aquele que fala sem refletir assemelha-se  o Caçador que dispara sem apontar."
  ( Montesquieu)
                                                                                

A Rede Globo promoveu na noite de ontem debates com os candidatos a prefeitos das principais cidades do Brasil. Em Conquista, o evento era esperado com muita ansiedade, pois, seria a ultima oportunidade do eleitor conhecer as propostas dos postulantes ao cargo de prefeito, no entanto, o que presenciamos foi um debate insosso e sem apresentação de propostas por parte dos candidatos.


Ao iniciar o debate, pudemos notar a frustração estampada nos rostos dos três candidatos trapalhões. Ambos estavam desapontados pela ausência do candidato do PT, Guilherme Menezes. Certamente eles tinham acordado para bater impiedosamente em Guilherme, mas, como só se prepararam para essa missão, ficaram completamente sem ação e sem alento. A frustração deles foi semelhante quando uma criança compra um sorvete e quando vai dar uma lambida, a bendita bola de sorvete cai no chão.

Quem assistiu o debate, e acho que foram poucos por causa do horário, ficaram decepcionados com o nível baixíssimo dos candidatos. Os três trapalhões pareciam que estavam participando de uma reunião de comadres. A comadre Boca Malvada estava sempre falando nos ouvidos da comadre Boca de Aluguel enquanto a comadre Mão Branca esperneava porque não fora convidada para comer uns salgadinhos na inauguração de uma emissora de rádio. O debate foi patético, mas serviu para que o eleitor pudesse constatar que esses candidatos são mais vazios do que pastel de botequim.

Todas as regras que devem nortear um colóquio foram quebradas por essas três comadres. A comadre Boca Malvada, mesmo sendo um advogado experiente, não olhava para as câmaras e falava longe do microfone; não respondia satisfatoriamente as perguntas que lhe foram feitas, e sempre extrapolava o tempo determinado para a resposta. As suas palavras ficavam incompreensíveis por causa da sua péssima dicção. O intermediador do debate teve que, por diversas vezes, alertá-la para não sair do foco do debate.  A comadre Boca de Aluguel continua com um discurso retrógrado, ultrapassado e sem nenhuma consistência. Essa comadre nada apresentou de novo e continua com o velho discurso de que Conquista foi desprezada pelos poderes públicos. Mesmo quando algum candidato estava respondendo uma pergunta víamos a comadre confabulando com a sua parceira Boca Malvada. A comadre Mão Branca parecia que estava com TPM; ficou o tempo todo se queixando do governador, do prefeito, do ex-presidente Lula e até do candidato Abel Rebouças por não tê-la convidado para um coquetel. Não conseguia responder a contento as perguntas e sempre derivava para assuntos que não tinham nada a ver com a proposta do debate. Ambas são péssimas de palco e não ficaram tranquilas diante das câmaras.

O quarto candidato, o professor Abel, foi a surpresa do evento. Soube se portar segundo as regras do debate; conseguiu expor as suas propostas e não caiu no ridículo de criticar o candidato do PT por não ter comparecido ao debate. Conseguiu colocar suas proposições de forma racional, clara e compreensível. Foi o único que encarou as câmaras de frente e mostrou muita familiaridade com os microfones. Para mim, o vencedor do debate foi sim o professor Abel. Hoje, se fizer uma pesquisa de intenções de votos, com certeza, constatará que o professor Abel tomou preciosos pontos percentuais das três comadres.

Agora, o candidato Guilherme Menezes com a sua ausência, deu um xeque-mate nas três comadres que tiveram que sorver um café frio e sem açúcar. Voltam para suas casas e vão lavar roupas sem choros e sem chiliques, minhas filhas!

0 comments :

Postar um comentário

Buscar neste blog

por autor(a)

Arquivo

Inscreva seu e-mail e receba nossas atualizações: