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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

V Semana da Consciência Negra

V Semana da Consciência Negra
Educação e Resistência Contra o Racismo



*por Herberson Sonkha


O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Guanambi, localizado em Guanambi, Bahia, Brasil, em parceria com o Grêmio Estudantil Luzia Pereira Borges (GELPB) e o grupo de pesquisa HAFROQI, realiza a V Semana da Consciência Negra: Fortalecer Saberes e Combater o Racismo, consolidando-se como um espaço essencial para a reflexão crítica e a ação antirracista. O evento destaca o ensino, a pesquisa e a extensão como pilares fundamentais para enfrentar as diversas formas de racismo que permeiam a sociedade brasileira. O evento ocorrerá nos dias 18, 19 e 21 de Novembro de 2024, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Guanambi.

Com uma abordagem interdisciplinar e plural, a semana propõe debates que transcendem o combate ao racismo em suas formas institucionais e estruturais, abordando também o racismo ambiental, religioso e recreativo. A iniciativa busca fortalecer os saberes das comunidades negras e criar soluções coletivas para os desafios que enfrentam, promovendo o protagonismo e a valorização das suas histórias, culturas e contribuições.


O papel do Neabi na luta antirracista

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), vinculado ao IF Baiano - Campus Guanambi, tem se destacado como um ator crucial no combate às desigualdades, utilizando a educação como ferramenta de transformação social. Ao articular ensino, pesquisa e extensão, o núcleo não apenas denuncia as raízes históricas do racismo, mas também contribui para a construção de uma cidadania inclusiva e acolhedora.

O evento se debruça sobre as raízes da desigualdade étnico-racial, evidenciando como ela é consequência direta do sistema capitalista, que estrutura relações de poder baseadas na exploração econômica e na exclusão social. Essa desigualdade se manifesta na privação de acesso à vida material, intelectual e cultural para as populações negras e indígenas. O capitalismo, ao reforçar disparidades econômicas e sociais, perpetua um ciclo de marginalização que afeta profundamente essas comunidades, limitando suas oportunidades e direitos.

Entre as formas de racismo enfrentadas, o racismo institucional é frequentemente discutido, mostrando como as estruturas de poder reproduzem desigualdades. Já o racismo estrutural é analisado como um sistema que marginaliza populações negras e indígenas em diferentes áreas, como educação, saúde e mercado de trabalho. Também se evidencia o racismo ambiental, que afeta comunidades tradicionais e periféricas, e o racismo religioso, que deslegitima religiões de matriz africana. Além disso, o evento aborda o racismo recreativo, denunciando práticas culturais que perpetuam estereótipos e discriminações.


Aprofundando o debate antirracista

A V Semana da Consciência Negra reforça a necessidade de um debate que inclua perspectivas anticapitalistas e antifascistas, reconhecendo que o racismo e as demais opressões são ferramentas de manutenção do sistema capitalista. Ao questionar como o capitalismo fomenta a desigualdade e as injustiças sociais, o evento desafia os participantes a refletirem sobre alternativas econômicas e sociais que promovam justiça e igualdade.

Com oficinas, palestras, rodas de conversa e apresentações culturais, o evento cria um espaço de diálogo e resistência, reafirmando a importância de políticas públicas que valorizem a diversidade e enfrentem o racismo em todas as suas formas.


Cidadania e diversidade como horizontes

Ao promover iniciativas como a Semana da Consciência Negra, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - Campus Guanambi, em conjunto com o Neabi e seus parceiros, reafirma o compromisso com uma sociedade mais igualitária e diversa. É um chamado para que a luta antirracista e anticapitalista se torne um compromisso coletivo, embasado no conhecimento, na resistência e na esperança de um futuro mais justo.

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*Herberson Sonkha, membro da UP de Vitória da Conquista (BA), militante negro marxista-leninista da Frente Negra Revolucionária (FNR).


Um comentário:

  1. Salve Camarada!!
    Excelente evento, um momento valioso de debate, com questões tão importante para a classe trabalhadora. Que possamos avançar numa luta antirracista e combate todas as formas opressões que nos aflige, porém, sem a frívola ilusão que dentro do sistema capitalismo poderíamos alcançar a emancipação dos povos, portanto, a nossa luta antirracista é sobretudo uma luta anticapitalista. Rumo ao socialismo na busca implacável da igualdade radical e à soberania popular.

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