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sábado, 11 de dezembro de 2021

Amargura da Vida


*por Carlos Maia

 

Sonhos

Não realizados

Não distribuídos

Pelo universo

Terrestre

Pelo espaço

Melancólico

Do ser

Acabam por

Imprimir

Sabores de chás

E temperadas

De folhas

Cascas e raízes

Amargas

Como o fel

Da vida

Ninguém

Mas sabe

Qual amargoso

É capaz

De salivar

Bocas

Ao engolir

Sabores

Como o alumã

 

Carqueja

Quina

Pratudo

Alimentos

Fantásticos

Para o fígado

Quem em

Conexão direta

Com o organismo

Vivo do corpo

È capaz

De aliviar

Sensações

De perda

De nutrientes

Do despedaçar

Das loucuras

Mais íntimas

Que deixamos

De fazer

Ou de realizar

Sempre buscamos

Culpados

Sempre corremos

Atrás

Do bode expiatório

 

Sempre o colocamos

No centro da sala

Na berlinda

Para que todos

Possam chutá-lo

Para que todos

Possam descarregar nele

Todas as angústias

E percalços

Da vida

Em poucos

Minutos de sabedoria

O julgamento

Do particular

Não pode

Prescindir

Da singularidade

Temporal do ser

Muitas vezes

Precisa-se

Do exame

Mais que profundo

Da consciência

 

 

Carlos Maia – Dezembro/2021 

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