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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

A Natureza Responde

*por Carlos Maia

 

Chuva que pinga

Orvalhos na terra

No último canto

Do sabiá verdadeiro

Não molha o sereno

Da loucura humana

Mas responde a catástrofes

Na ebulição natural

 

O tempo treme e a

Imensidão da terra

Não cabe mais

Homens mulheres e crias

Nas calçadas citadinas

Onde se desfilam milhares

Sem ofício e sem trabalho

Sedentos castigados e loucos

 

Nos caminhos

De proletas massas

Eis que se se deparam

Na nova encruzilhada

Cuidar do mundo

Para cuidar do ser

Ou cuidar do ser

Para cuidar do mundo

 

Juntar-se às sobras

Na busca da sobrevivência

Com reprodução e

Configuração de nova era

Estabelecer a produção

Estabelecer a distribuição

Amaldiçoados por forças insanas

Espancados pelo cheiro podre

 

Lucrar não mais pode

Nem com estrume de gado

Galinhas porcos e cabras

Nem mesmo para

Adubar jardins e vasos

Da terra empobrecida

Pela imundice matizada ou

Para a beleza pura das flores

 


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