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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Alicerce da Vergonha

*por Carlos Maia



O crepúsculo dos mortos.

Ainda se faz presente entre nós.


Não há ódio e revolta suficiente.

Para o desnudar da cumplicidade.


Não! Não estamos mais.

Vivenciando uma simples "marolinha".


O emprego da terminologia.

Ainda é objeto de discussões.


Infinitos são os favores.

Daqueles que se prestam.


Em socorrer moribundos.

Quando o grito do poeta.


Vai no sentido de retalhar a carne.

Para o corte da degola.


Oh! Filisteus amargurados.

Porque insistes em manter.


Namoro com cobras. 

De duas cabeças.


Que enquanto uma se puxa.

A outra se estica.


Para o conceber dantesco.

Do inferno em que tudo cabe.


Nem tampouco serve-se caviar.

Nos botequins de feiras.


Nem champanhe é despejado.

Em copos descartáveis.


Caminhem. Oh! Desbravadores.

De um fideísmo insano.


Não recolham por favor.

As defesas do passado.


Para apresentação de discursos datados.

Nem espalhem aos quatro cantos.


Que para o esmagar turbulento.

Da insinuante "democracia".


Deve-se apresentá-la como um fim?

Deve-se mantê-la permanentemente?


Oh! Dita cuja que se estremece.

Aos soluços das ondas sucessivas.


Não apenas ao vir e vem.

Das águas mansas.


Mas, pelas tsunamis.

Que arrebenta-se às pedras.


Destruindo os flancos.

Das guardas fronteiras.


E adentrando em ritmo alucinado.

Das lentidões oferecidas ao marasmo.


Nunca esqueceis das lições do mestre.

Mas, até estes terão que ser reeducados.


Não! Não! E Não!

Não me chame mais.


Para firmar-me em frentes.

"Populares", "amplas" e "amplíssimas".


Essas já passaram.

E os seus resultados.


Foram sucumbidos.

Pelos erros da história.


Seja ele "mais selvagem”.                       

Ou "menos selvagem".


Pouco importa.

Capital é capital.


O fosso onde se separa.

A rachadura social.


Não se limita. 

Há um traço tênue.


Em que o frentismo.

Seja alçado a uma condição estratégica.


Vamos sim.

Nos lampejos da liberdade.


Nunca consentida.

Mas conquistada.


Tratar de pôr em pé.

Os verdadeiros sonhos.




E a verdadeira. 

Práxis social revolucionária.


Não importa a Idade.

Não importa o sexo.


Não importa cor de pele.

Raça ou etnia.


Só importa o compromisso com a luta.

Com o desbancar interior e exterior.


De conceitos e pré-conceitos.

Que arraigados cegam.


Temos que destitui.

Das vaidades intelectuais.


E colocar os nossos talentos.

A serviço da educação, formação e criação.


Ao invés de amaciar cadeiras e bancos.

Vamos nos assentar juntos a juventude.


Não podemos voltar a roda da história.

Mas temos a obrigação de realizar a passagem do saber.


*Carlos Maia - 27/08/2024


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