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“Fogo nos fascistas”: Bolsonaro, Herzem e Salomão
"Em
verdade, o prefeito Herzem Gusmão e o [...] vereador Salomão, ambos com nome
messiânico, disputam vexatoriamente à atenção da serpente no sentido da
paternidade desses filhotes, ambos representam a mesma facção criminosa do
fascismo-miliciano no Brasil."
"Cães
danados do fascismo
Babam e arreganham os dentes
Sai do ovo a serpente
Fruto podre do cinismo"
(CÉSAR, 2019)
*por
Herberson Sonkha
O cantor, compositor, escritor, jornalista e ex-secretário de cultura do estado da Paraíba Francisco César Gonçalves é um musicista negro com credibilidade intelectual e seriedade artística suficiente para fazer uso do expediente literário da licença poética, uma concessão de linguagem permitida apenas no mundo da arte.
Desta
maneira, Chico César pode sim mandar atear fogo nos fascistas ao som do
clássico reggae, originariamente uma arte negra. Esse fogo sugerido pelo
ativista negro não tem qualquer relação com o fogo do holocausto ateados ao som
de ópera para incinerar em câmara de gás milhões de judeus, a exemplo do campo
de concentração de auschwitz.
Peço
vênia aos leitores para reforçar a licença poética de Chico César que defere
radicalmente daquele maléfico expediente usado pelos fascistas brasileiros. De
modo que não há qualquer humanidade nesse tipo de disseminação odiosa feita
diariamente pelo governo de bolsonaro e reproduzido pelos
fascistas-bolsonaristas em redes sociais. Contudo, devemos combater
sistematicamente aqueles cães raivosos que babam com dentes arreganhados
querendo triturar a classe trabalhadora e as populações em múltiplas situações
de risco para favorecer ao capitalismo e sua ordem civil burguesa.
A
poética de Chico é implacável com quem vela canina e cegamente pelos interesses
capitalistas do imperialismo estadunidense protegidos no Brasil pela serpente
fascista, em razão do projeto podre de poder insolente das elites
ultraconservadoras defendido pela canina classe média.
Ele
está criticando Bolsonaro, seu governo fascista e a conduta nada crível de seus
fanáticos seguidores, os bolsonaristas de plantão, a exemplo de Roberto
Jeferson, Michel Temer, Geddel Vieira Lima e outras figuras corruptas de proa
da tradicional malandragem política brasileira. Em Vitória da Conquista esses agentes
atendem pelos nomes de Herzem Gusmão na prefeitura e David Salomão na Câmara
Municipal de Vereadores, seus fiéis escudeiros que o defendem independente de
corrupção, miséria, fome, homicídios, feminicídios, milícias, privatizações e
desmonte de direitos trabalhistas, previdenciários e de políticas públicas
sociais.
A
leitura quizilenta do nome dessas três indigestas figuras da escória política
brasileira pode até rimar, mas inevitavelmente expressa atraso, opulência e
opressão e não tem nenhuma consonância com quaisquer ações
social-desenvolvimentistas de governo progressista de centro-esquerda. Aliás,
essa via-crúcis conduz o país a maior e mais grave crise socioeconômica que
afeta a produção-circulação-consumo, reduz postos de trabalho, aumenta o
assalariamento e a precarização do trabalho dos últimos 50 anos.
As
consequências são infinitamente mais trágicas para essas populações, uma vez
que essa via dolorosa resulta na vil situação social, econômica e política de
um país que caminha rapidamente para a extrema-pobreza. Especialmente, para as
classes populares com graves retrocessos de suas conquistas trabalhistas,
previdenciárias e sociopolíticas para a classe trabalhadora e populações
vulnerabilizadas, sobretudo para quem mora no município de Vitória da
Conquista.
Chico
Cesar chama atenção para a ascensão rápida e vertiginosa do fascismo no Brasil
em seu álbum acidamente memorável, gravado em 2019. Suas canções revelam ao
país as fragilidades de uma classe artística afetada que é chamada a assumir o
que deve ser o verdadeiro papel do poeta-compositor e da música: combater os
males nefastos dos títeres fascistas e seus sistemas sociopolíticos opressores,
ressurgidos pelas mãos da classe média, serviçal das elites atrasadas e reacionariamente
conservadoras.
O
álbum intitulado “O Amor é um Ato Revolucionário”, traz canções que
polemizam as contradições da sociedade burguesa e seu sistema capitalista de
exploração perversamente egóico. Um conjunto de composições que instigam a
conflagração das massas populares num urgente levante contra o establishment
ultraliberal-burguês e o vira-latismo da classe média que se reivindica intelligentsia.
Em
“quebrar tudo” Chico César sugere espedaçar “a porra toda”, especialmente essa
narrativa colonizadora do imperialismo estadunidense, vocalizada de maneira
subserviente pelo suposto patriotismo do presidente fascista, nascido do ovo da
serpente. Esse discurso cínico, escamoteia a corrupção escancarada que segue
incólume nesses governos egressos do golpismo de 2016, justificado pelo lapso
de memória na consciência política do povo.
Não há
nada além de bizarro por detrás da balela do velhaco evangélico recalcitrante,
da família ultraconservadora degenerada e de um pária no comando do desterro da
pátria que retroage a condição de colônia pelo entreguismo imbecil. A poética
de Chico César enseja “quebrar tudo” porque enxerga que para-além de tudo isso
só existe uma retumbante burla falso-moralista de inclinação à endêmica
corrupção do Estado burguês.
A
corrupção continua grassando a vida do povo brasileiro em todos os sentidos – a
fome, desemprego, miséria, inflação, crise do subfinanciamento da saúde
pública, da educação que padece pela péssima condição de trabalho que
compromete a qualidade e a destruição do meio ambiente para atender a economia
imperialista dos EUA. Tudo isso que sempre destruiu a sociedade liberal
burguesa, continua corroendo qualquer possibilidade crível de conduta ética em
todas as dimensões societais no âmbito do que é público e privado desde os
tempos do Brasil Colônia.
Por
isso, a corrosiva poética de Chico César é providencialmente eficaz contra os
cães fascistas, sugerindo atos revolucionários, conscientes de que essa luta
consiste em contrapor-se radicalmente ao sistema econômico capitalista e sua
lógica ideopolítica destrutiva por ser ultraconservadora de extrema-direita
fascista.
Chico
César num ato de profunda sanidade mental, pulsando saúde poética propõe fogo
revolucionário contra os fascistas alojados na “república de parentes”
que ele considera ser a nova babilônia com tentáculos na maioria dos municípios
brasileiros. A situação no governo municipal de Vitória da Conquista não foge a
essa maléfica influência babilônica da república de parentes. A intrépida
poética de Chico é uma medida que pode ser perfeitamente aplicada em qualquer
lugar do país.
O
álbum contém canções politizadas como “pedrada” e a instigante faixa bônus “eu
quero quebrar” que aborda na perspectiva da violência revolucionária todos os
elementos estruturais das temáticas propostas nas políticas públicas que se
transformaram em alvos dos cães fascistas de plantão. Me lembra muito um certo
“intelectual” outsider que ocupa o lugar do radialista falastrão,
tentando camuflar o fascismo presente no cotidiano institucional da política
Conquistense.
Aquele
espírito imundo incrustado nas arrogantes entranhas do radialista Herzem Gusmão
que por acidente de percurso tornou-se o prefeito, do infausto governo
municipal e dos seus “cães danados do fascismo” distribuídos pelos partidecos
alugados pela burguesia para perpetuar-se no poder. Aliás, essa é mesma
vira-latisse da burguesia “patriótica” que motivou o atual prefeito Herzem
Gusmão a querer privatizar a preço de banana o SAMU 192 e outros serviços
essenciais de saúde pública do município, sendo foi barrado pelo Conselho
Municipal de Saúde.
É a
mesma ideologia liberal mentirosa da eficiência-eficácia do Estado-Mínimo
vendida por essa gente do radialismo comprado para publicizar manobras e golpes
contra o povo como se fosse algo científico. Na verdade, eles vicejam se
apropriarem imoralmente das riquezas e do patrimônio do povo brasileiro,
condições materiais e imateriais que podem fazer desse país uma grande e
poderosa nação rica, sem ser desigual socioeconômica e politicamente e mais
humana com seu povo. Isso é totalmente impossível sem o fortalecimento de
princípios coletivos baseados em investimentos públicos para o desenvolvimento
social, econômico, político e cultural das pessoas.
O
governo municipal de Herzem Gusmão é só mais uma falácia da centelha que
reverbera a doença sociopolítica do fascismo que vem se alastrado por meio de
facções criminosas por todos o país. Em Vitória da Conquista a terrível
extensão dessa facção política criminosa se instalou na prefeitura e a
municipalidade já se recente das consequências dessa brutal perseguição a
servidores públicos municipais, das populações periféricas e campesinas pela
ideologia do medo e do terror instituída pelo reino fascista-miliciano do clã
anencéfalo bolsonarista.
Essa
gente fascista que pongou no poder político local não possui nenhuma disposição
política ao exercício da virtù, antes seguem compreendendo a municipalidade com
extensão dos interesses de suas famílias. Por isso, seguem de olhos fechados o
“mito” de cera, cultivando o ódio extremista do falsário-miliciano Jair
Bolsonaro como sendo suprema a orientação à extrema-direita.
Assim,
percorre a saga do atual governo municipal que não pode ser considerado como um
governo se quer de direita, muito menos de centro. Diria que a direita deve ser
combatida porque não é menos hostil à classe trabalhadora e as populações
subalternizadas, talvez conviva relativamente com o crescimento das forças
populares e seus projetos alternativos de poder popular, dentro da ordem constitucional
que permite as liberdades democráticas.
Dessa
centelha fascista conquistense surge outro anátema, filhote do mesmo ovo que
fez a serpente fascista no comando do país, o vereador Salomão favorecido pela
votação infinitamente maior de seu correligionário de partido que, por
infelicidade, não assumiu a cadeira. Trata-se do opróbrio das classes
trabalhadoras e das populações em situação de risco, um mandato exercido em
nome de um suposto patriotismo que só faz jactar a soberania e riqueza da
nação, por sua vez é filhote da serpente fascista Bolsonarista.
Em
verdade, o prefeito Herzem Gusmão e o candidato favorecido que virou o vereador
Salomão, ambos com nome messiânico, disputam vexatoriamente à atenção da
serpente no sentido da paternidade desses filhotes, ambos representam a mesma
facção criminosa do fascismo-miliciano no Brasil.
Ambos
são correligionários da mesma facção religiosa fundamentalista, derivam da
mesma cepa farisaica formada por sacripantas que cinicamente diziam defender a
um só deus – pequeno, vaidoso, egóico, perseguidor, vingador, perverso e
assassino. Esses políticos “evangélicos” estão envolvidos até a alma (se é que
tem, pois foi moeda de troca para chegarem onde estão) com o golpe, vendilhões
do templo instalado no cento do parlamento brasileiro, negociadores da fé
alheia, fazem parte da mesma derivação fundamentalista do judaísmo-cristão que
nem de perto expressa a amor humanidade
revolucionário do verdadeiro Cristo, aquele carpinteiro nazareno que circulava
nas periféricas regiões pobres da Galileia.
A
cidade vive a égide aterrorizante do discurso fundamentalista de homens e
mulheres que emula o chiste evangélico, vivenciado por “líderes” chafurdados
feito nababos no concupiscente aroma da luxuria, da corrupção, do estupro e do assassinato
que expôs o país a bancarrota da economia e a mais terrível degradação social.
A vigência criminosa do modelo teocrático de governo da tirania, da plutocracia
messiânica que inebria religiosos fanáticos de matriz judaico-cristã sob a
égide de governo do fascismo de Estado, além do tradicional mau-caratismo
religioso da cristandade sem Jesus Cristo.
A
música de Chico César fala sobre a urgente necessidade de insurgência popular
contra essa babilônia, essa escarlatina fétida que infecta e corrompe a alma
humana, rouba a dignidade das pessoas subjugadas as mais horrendas formas de
depauperação socioeconômica e política. A violência do empobrecimento,
assalariamento, atomização em suas comunidades pauperizadas pelo sistema
econômico capitalista, que impõe uma ordem social com base na mais abjeta
exploração, espoliação, criminalização, judicialização, feminicídio, corrupção
e alienação.
Por
tudo isso, precisamos atear fogo nos fascistas incendiando as urnas com
candidaturas populares que representem a classe trabalhadora e as populações em
situação de risco social, econômico e político. Promover as mudanças
necessárias que antecedem as eleições de 2022 para destruirmos com esse anátema
que por equívoco permitiu-se se refestelar nas contas públicas para promover
sangria dos cofres públicos em favor da classe dominante da cidade que não
precisa de serviços públicos.
É
preciso tocar fogo nos fascistas e incinerar da vida pública qualquer vestígio
desses opressores, carrascos do povo, puxa saco de gente rica, lambe botas do
imperialismo estadunidense. Precisamos desalojar da prefeitura essa gente
comezinha, perseguidora e truculenta que negligencia as políticas públicas em
favor das oligarquias ricas da cidade. Precisamos banir de nossas vidas essa
gente perversa, ousar como Chico César a eliminar da vida pública quem só serve
“Para oprimir as gentes / Nos manter no escravismo / Pra nos empurrar no abismo
/ E nos triturar com os dentes”.
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