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terça-feira, 15 de setembro de 2020

“Fogo nos fascistas”: Bolsonaro, Herzem e Salomão

 

"Em verdade, o prefeito Herzem Gusmão e o [...] vereador Salomão, ambos com nome messiânico, disputam vexatoriamente à atenção da serpente no sentido da paternidade desses filhotes, ambos representam a mesma facção criminosa do fascismo-miliciano no Brasil."

"Cães danados do fascismo
Babam e arreganham os dentes
Sai do ovo a serpente
Fruto podre do cinismo"
(CÉSAR, 2019)

 

*por Herberson Sonkha

 

O cantor, compositor, escritor, jornalista e ex-secretário de cultura do estado da Paraíba Francisco César Gonçalves é um musicista negro com credibilidade intelectual e seriedade artística suficiente para fazer uso do expediente literário da licença poética, uma concessão de linguagem permitida apenas no mundo da arte.

Desta maneira, Chico César pode sim mandar atear fogo nos fascistas ao som do clássico reggae, originariamente uma arte negra. Esse fogo sugerido pelo ativista negro não tem qualquer relação com o fogo do holocausto ateados ao som de ópera para incinerar em câmara de gás milhões de judeus, a exemplo do campo de concentração de auschwitz.

Peço vênia aos leitores para reforçar a licença poética de Chico César que defere radicalmente daquele maléfico expediente usado pelos fascistas brasileiros. De modo que não há qualquer humanidade nesse tipo de disseminação odiosa feita diariamente pelo governo de bolsonaro e reproduzido pelos fascistas-bolsonaristas em redes sociais. Contudo, devemos combater sistematicamente aqueles cães raivosos que babam com dentes arreganhados querendo triturar a classe trabalhadora e as populações em múltiplas situações de risco para favorecer ao capitalismo e sua ordem civil burguesa.

A poética de Chico é implacável com quem vela canina e cegamente pelos interesses capitalistas do imperialismo estadunidense protegidos no Brasil pela serpente fascista, em razão do projeto podre de poder insolente das elites ultraconservadoras defendido pela canina classe média.

Ele está criticando Bolsonaro, seu governo fascista e a conduta nada crível de seus fanáticos seguidores, os bolsonaristas de plantão, a exemplo de Roberto Jeferson, Michel Temer, Geddel Vieira Lima e outras figuras corruptas de proa da tradicional malandragem política brasileira. Em Vitória da Conquista esses agentes atendem pelos nomes de Herzem Gusmão na prefeitura e David Salomão na Câmara Municipal de Vereadores, seus fiéis escudeiros que o defendem independente de corrupção, miséria, fome, homicídios, feminicídios, milícias, privatizações e desmonte de direitos trabalhistas, previdenciários e de políticas públicas sociais.

A leitura quizilenta do nome dessas três indigestas figuras da escória política brasileira pode até rimar, mas inevitavelmente expressa atraso, opulência e opressão e não tem nenhuma consonância com quaisquer ações social-desenvolvimentistas de governo progressista de centro-esquerda. Aliás, essa via-crúcis conduz o país a maior e mais grave crise socioeconômica que afeta a produção-circulação-consumo, reduz postos de trabalho, aumenta o assalariamento e a precarização do trabalho dos últimos 50 anos. 

As consequências são infinitamente mais trágicas para essas populações, uma vez que essa via dolorosa resulta na vil situação social, econômica e política de um país que caminha rapidamente para a extrema-pobreza. Especialmente, para as classes populares com graves retrocessos de suas conquistas trabalhistas, previdenciárias e sociopolíticas para a classe trabalhadora e populações vulnerabilizadas, sobretudo para quem mora no município de Vitória da Conquista.

Chico Cesar chama atenção para a ascensão rápida e vertiginosa do fascismo no Brasil em seu álbum acidamente memorável, gravado em 2019. Suas canções revelam ao país as fragilidades de uma classe artística afetada que é chamada a assumir o que deve ser o verdadeiro papel do poeta-compositor e da música: combater os males nefastos dos títeres fascistas e seus sistemas sociopolíticos opressores, ressurgidos pelas mãos da classe média, serviçal das elites atrasadas e reacionariamente conservadoras.

O álbum intitulado “O Amor é um Ato Revolucionário”, traz canções que polemizam as contradições da sociedade burguesa e seu sistema capitalista de exploração perversamente egóico. Um conjunto de composições que instigam a conflagração das massas populares num urgente levante contra o establishment ultraliberal-burguês e o vira-latismo da classe média que se reivindica intelligentsia.

Em “quebrar tudo” Chico César sugere espedaçar “a porra toda”, especialmente essa narrativa colonizadora do imperialismo estadunidense, vocalizada de maneira subserviente pelo suposto patriotismo do presidente fascista, nascido do ovo da serpente. Esse discurso cínico, escamoteia a corrupção escancarada que segue incólume nesses governos egressos do golpismo de 2016, justificado pelo lapso de memória na consciência política do povo.

Não há nada além de bizarro por detrás da balela do velhaco evangélico recalcitrante, da família ultraconservadora degenerada e de um pária no comando do desterro da pátria que retroage a condição de colônia pelo entreguismo imbecil. A poética de Chico César enseja “quebrar tudo” porque enxerga que para-além de tudo isso só existe uma retumbante burla falso-moralista de inclinação à endêmica corrupção do Estado burguês.

A corrupção continua grassando a vida do povo brasileiro em todos os sentidos – a fome, desemprego, miséria, inflação, crise do subfinanciamento da saúde pública, da educação que padece pela péssima condição de trabalho que compromete a qualidade e a destruição do meio ambiente para atender a economia imperialista dos EUA. Tudo isso que sempre destruiu a sociedade liberal burguesa, continua corroendo qualquer possibilidade crível de conduta ética em todas as dimensões societais no âmbito do que é público e privado desde os tempos do Brasil Colônia.

Por isso, a corrosiva poética de Chico César é providencialmente eficaz contra os cães fascistas, sugerindo atos revolucionários, conscientes de que essa luta consiste em contrapor-se radicalmente ao sistema econômico capitalista e sua lógica ideopolítica destrutiva por ser ultraconservadora de extrema-direita fascista.

Chico César num ato de profunda sanidade mental, pulsando saúde poética propõe fogo revolucionário contra os fascistas alojados na “república de parentes” que ele considera ser a nova babilônia com tentáculos na maioria dos municípios brasileiros. A situação no governo municipal de Vitória da Conquista não foge a essa maléfica influência babilônica da república de parentes. A intrépida poética de Chico é uma medida que pode ser perfeitamente aplicada em qualquer lugar do país.

O álbum contém canções politizadas como “pedrada” e a instigante faixa bônus “eu quero quebrar” que aborda na perspectiva da violência revolucionária todos os elementos estruturais das temáticas propostas nas políticas públicas que se transformaram em alvos dos cães fascistas de plantão. Me lembra muito um certo “intelectual” outsider que ocupa o lugar do radialista falastrão, tentando camuflar o fascismo presente no cotidiano institucional da política Conquistense.

Aquele espírito imundo incrustado nas arrogantes entranhas do radialista Herzem Gusmão que por acidente de percurso tornou-se o prefeito, do infausto governo municipal e dos seus “cães danados do fascismo” distribuídos pelos partidecos alugados pela burguesia para perpetuar-se no poder. Aliás, essa é mesma vira-latisse da burguesia “patriótica” que motivou o atual prefeito Herzem Gusmão a querer privatizar a preço de banana o SAMU 192 e outros serviços essenciais de saúde pública do município, sendo foi barrado pelo Conselho Municipal de Saúde.

É a mesma ideologia liberal mentirosa da eficiência-eficácia do Estado-Mínimo vendida por essa gente do radialismo comprado para publicizar manobras e golpes contra o povo como se fosse algo científico. Na verdade, eles vicejam se apropriarem imoralmente das riquezas e do patrimônio do povo brasileiro, condições materiais e imateriais que podem fazer desse país uma grande e poderosa nação rica, sem ser desigual socioeconômica e politicamente e mais humana com seu povo. Isso é totalmente impossível sem o fortalecimento de princípios coletivos baseados em investimentos públicos para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural das pessoas.

O governo municipal de Herzem Gusmão é só mais uma falácia da centelha que reverbera a doença sociopolítica do fascismo que vem se alastrado por meio de facções criminosas por todos o país. Em Vitória da Conquista a terrível extensão dessa facção política criminosa se instalou na prefeitura e a municipalidade já se recente das consequências dessa brutal perseguição a servidores públicos municipais, das populações periféricas e campesinas pela ideologia do medo e do terror instituída pelo reino fascista-miliciano do clã anencéfalo bolsonarista.

Essa gente fascista que pongou no poder político local não possui nenhuma disposição política ao exercício da virtù, antes seguem compreendendo a municipalidade com extensão dos interesses de suas famílias. Por isso, seguem de olhos fechados o “mito” de cera, cultivando o ódio extremista do falsário-miliciano Jair Bolsonaro como sendo suprema a orientação à extrema-direita.

Assim, percorre a saga do atual governo municipal que não pode ser considerado como um governo se quer de direita, muito menos de centro. Diria que a direita deve ser combatida porque não é menos hostil à classe trabalhadora e as populações subalternizadas, talvez conviva relativamente com o crescimento das forças populares e seus projetos alternativos de poder popular, dentro da ordem constitucional que permite as liberdades democráticas.

Dessa centelha fascista conquistense surge outro anátema, filhote do mesmo ovo que fez a serpente fascista no comando do país, o vereador Salomão favorecido pela votação infinitamente maior de seu correligionário de partido que, por infelicidade, não assumiu a cadeira. Trata-se do opróbrio das classes trabalhadoras e das populações em situação de risco, um mandato exercido em nome de um suposto patriotismo que só faz jactar a soberania e riqueza da nação, por sua vez é filhote da serpente fascista Bolsonarista.

Em verdade, o prefeito Herzem Gusmão e o candidato favorecido que virou o vereador Salomão, ambos com nome messiânico, disputam vexatoriamente à atenção da serpente no sentido da paternidade desses filhotes, ambos representam a mesma facção criminosa do fascismo-miliciano no Brasil.

Ambos são correligionários da mesma facção religiosa fundamentalista, derivam da mesma cepa farisaica formada por sacripantas que cinicamente diziam defender a um só deus – pequeno, vaidoso, egóico, perseguidor, vingador, perverso e assassino. Esses políticos “evangélicos” estão envolvidos até a alma (se é que tem, pois foi moeda de troca para chegarem onde estão) com o golpe, vendilhões do templo instalado no cento do parlamento brasileiro, negociadores da fé alheia, fazem parte da mesma derivação fundamentalista do judaísmo-cristão que nem de perto expressa a amor  humanidade revolucionário do verdadeiro Cristo, aquele carpinteiro nazareno que circulava nas periféricas regiões pobres da Galileia.

A cidade vive a égide aterrorizante do discurso fundamentalista de homens e mulheres que emula o chiste evangélico, vivenciado por “líderes” chafurdados feito nababos no concupiscente aroma da luxuria, da corrupção, do estupro e do assassinato que expôs o país a bancarrota da economia e a mais terrível degradação social. A vigência criminosa do modelo teocrático de governo da tirania, da plutocracia messiânica que inebria religiosos fanáticos de matriz judaico-cristã sob a égide de governo do fascismo de Estado, além do tradicional mau-caratismo religioso da cristandade sem Jesus Cristo.

A música de Chico César fala sobre a urgente necessidade de insurgência popular contra essa babilônia, essa escarlatina fétida que infecta e corrompe a alma humana, rouba a dignidade das pessoas subjugadas as mais horrendas formas de depauperação socioeconômica e política. A violência do empobrecimento, assalariamento, atomização em suas comunidades pauperizadas pelo sistema econômico capitalista, que impõe uma ordem social com base na mais abjeta exploração, espoliação, criminalização, judicialização, feminicídio, corrupção e alienação.

Por tudo isso, precisamos atear fogo nos fascistas incendiando as urnas com candidaturas populares que representem a classe trabalhadora e as populações em situação de risco social, econômico e político. Promover as mudanças necessárias que antecedem as eleições de 2022 para destruirmos com esse anátema que por equívoco permitiu-se se refestelar nas contas públicas para promover sangria dos cofres públicos em favor da classe dominante da cidade que não precisa de serviços públicos.

É preciso tocar fogo nos fascistas e incinerar da vida pública qualquer vestígio desses opressores, carrascos do povo, puxa saco de gente rica, lambe botas do imperialismo estadunidense. Precisamos desalojar da prefeitura essa gente comezinha, perseguidora e truculenta que negligencia as políticas públicas em favor das oligarquias ricas da cidade. Precisamos banir de nossas vidas essa gente perversa, ousar como Chico César a eliminar da vida pública quem só serve “Para oprimir as gentes / Nos manter no escravismo / Pra nos empurrar no abismo / E nos triturar com os dentes”.


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