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quarta-feira, 30 de outubro de 2019
Quem do PT autorizou negociação espúria com o atual Prefeito?
outubro 30, 2019
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por
Vinícius...
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Foto publicada pelo Blog Blitz Conquista |
*por Herberson Sonkha
O PT que se respeita não aceita dialogar com a péssima administração e a desencorajante reputação política do atual prefeito, pois além de sua incapacidade técnica e cognitiva para governar a cidade, ele persegue, corta direitos sociais, pratica o assalariamento de servidores municipais e sucateiam políticas públicas voltadas para a proteção e promoção das populações em situação de risco, sacrificadas por esse modelo societal baseado no livre mercado, privatizações, exploração da força de trabalho e apropriação indébita da riqueza do povo brasileiro.
Esse prefeito é aliado e suspeita-se que tenha recebido dinheiro para a sua campanha de 2016 de condenados pelo STF por lavagem de dinheiro e associação criminosa dos irmãos Vieira Lima de 51 milhões. Tornou-se um filhote do fascista transvertidão falsamente de patriota verde-amarelo, que vem governando autoritariamente o país para as elites financeiras rentistas (nacional e internacional) e destruindo direitos socioeconômicos e políticos da classe trabalhadora e das populações subalternizadas.
O Partido dos Trabalhadores publicou uma necessária resolução em janeiro de 2017 definindo oposição ao governo municipal por questões ideológicas. Rememoremos algumas das motivações que levaram o PT a publicar documento orientando a sua militância em relação ao posicionamento ideopolítico contrário ao desgoverno municipal. O mais importante dentre todas as questões de ordem ideológica, figura-se a questão moral, pois se tratava da dinheirama usada em sua campanha de 2016.
A cidade se lembra de que a presença efetiva de Lúcio Vieira Lima no município se consolidou de tal forma que tinha até foguetório e tudo mais, antevendo a suposta vitória desse candidato. As manifestações públicas feitas em vídeo personalizado veiculado nas mídias sociais mostrou que o candidato sabia o que estava fazendo e o fez de maneira inexoravelmente consciente a defesa intransigente do seu aliado (financiador?) em 2016.
Naquele momento o prefeito agia como alguém fiel/leal ao seu dono, ignorando o fato das denúncias que pairavam sobre as cabeças dos Vieira Lima, concedendo-lhe uma “justa” retribuição pela generosidade recebida anteriormente pelos condenados. Por isso, ele recebia apoio incondicional para se reeleger para deputado federal, uma estratégia muito comum entre corruptos que buscam no mandato eletivo apenas um negócio lucrativo ou um foro privilegiado – foro especial por prerrogativa de função.
A cidade cometa que o atual prefeito teve sua campanha eleitoral financiada com dinheiro vindos dos irmãos Vieira Lima. Se é verdade ainda não sabemos, mas o fato relevante é que aqueles dois foram sentenciados pelo STF como larápios do erário público do grupo de Michel Temer – que também já fora ministro do PT contrariando a militância de esquerda na Bahia.
Em 2017 a operação da PF prendeu o intocável com a boca na botija. Ou melhor, a chave do apartamento com malas abarrotadas de dinheiro de lavagem e associação criminosa que rendeu a bagatela de 51 milhões em notas de real e dólar.
Segundo matéria veiculada em 22/10/2019 pelo site Globo.com, por meio do G1.com, em que reproduz a matéria do Jornal Nacional, a emissora notícia que “O Supremo Tribunal Federal condenou por lavagem de dinheiro e associação criminosa o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima. Eles foram julgados no caso das malas com milhões de reais que foram encontradas num apartamento de Salvador”.
A outra razão para o Partido dos Trabalhadores de Vitória da Conquista recomendar a militância organizar e fazer oposição ideológica ao prefeito atual é a defesa peremptória da dignidade de seus principais quadros torrados pelo golpe. Em Vitória da Conquista o grupo que foram as ruas protestar contra a “corrupção” e pela destituição do PT do comando político do governo federal e municipal – a do tchau querida – foi o mesmo que apoiou a campanha do prefeito em 2016 e a do fascista Bolsonaro em 2018.
Esse prefeito incapaz e o seu péssimo governo vaticinou o fascista que se elegeu presidente porque foi favorecido pelo golpe contra o povo brasileiro, cuja campanha publicitaria nacional intensa feita pela Rede Globo tinha com finalidade fragilizar o governo e difamar a ex-presidente Dilma Rousseff (a estória da pedalada fiscal de Janaína Pascoal, Miguel Reale Júnior) e a condenação e prisão do ex-presidente Lula – a tal propriedade do tríplex e o sítio de Atibaia.
Esse desgoverno está mergulhado até a alma em águas fétidas do submundo política municipal, por isso deve ser combatido sistemática e ideologicamente pelos partidos de esquerda, movimentos sociais, sindicais, estudantis e por pessoas que têm consciência política adquirida por meio das lutas de classes. Qualquer dialogo que indique alinhamento com essa turma representante do andar de cima, derrete quaisquer valores, princípios ou possibilidade de seriedade na política.
O que fazer com o sopitar fétido que emerge das entranhas pútridas do submundo da politicagem desse governo e suas relações promiscuas de edis filiados ao PT, senão reconhecer o caráter histórico dessa reciprocidade cortes entre velhos “cavalheiros” amigos que fazem acordos no anonimato para achacar a população Conquistense, sobretudo em encontros nada ocasionais na casa do principal aliado de corruptos condenados pela justiça.
Absolutamente nada! Aliás, nada vírgula, pois alega em seu favor uma suposta autorização dada pelo “partido”. Não obstante a esse álibi quase infalível de quem se comporta geralmente a margem da lei (preterido as regras do jogo) e vive vaidosamente à espreita de algum perguntador para responder que estava a serviço dos interesses do partido, preciso preguntar aos militantes do PT de qual instituição partidária estamos falando.
Desconheço esse partido que autorizou tal reunião espúria com esse incapaz politicamente. Desconheço qualquer dirigente partidário que perde a compostura ética e joga seus princípios ideológicos na lata do lixo apenas para salvar mandatos estéreis ou construir candidaturas paralelas e conservadoras sem nenhum estofo político para tal. Desconheço qualquer dirigente sem compromisso com os valores, a história e a ideologia de esquerda do PT.
Quem autorizou a visita, naturalizando o conteúdo irrevelável da negociação? Terá sido mais uma movimentação velada de vereadores politicamente inconsequentes para atender as demandas de obras para reeleição ou as garrafinhas de querosene desses edis bem-intencionados?
Essa história é reincidente e a omissão do partido poderá leva-lo a mais trágica desmoralização política do partido diante de seu eleitorado que o vê como alternativa a esse desmando e retrocesso na cidade. Pois é, qualquer semelhança terá sido mera coincidência? Nem sempre é sincronia impensada, pois se a malfada reunião aconteceu na casa do principal algoz da militância de esquerda do Partido dos Trabalhadores.
A suspeição começa quando esse autocrata incapaz, mesmo de férias, abre uma “exceção” em sua agenda para receber seus adversários – em tese. Digo adversário porque qualquer pessoa minimamente coerente com os movimentos sociais se tronaria adversária de quem persegue, corta direitos sociais e pratica assalariamento de servidores de carreira. Mas, se está de férias qual é a agenda mesmo? Algo muito suspeito está acontecendo embaixo do nariz do PT que parece ter perdido o faro para malandragem ou golpe.
Abriu mão da perspicácia do conhecimento empírico e por isso deixou de perceber que o problema começa exatamente quando um ou mais mandatários – cujo mandato pertence ao partido – alegam em sua defesa que o partido autorizou. Como se autoriza tal negociação com quem o próprio partido reconheceu por meio de documento público que é politicamente inadequado, tecnicamente incapaz e truculento no exercício do poder político.
Fica aqui uma pergunta retórica: quem é o partido? Rudival Maturano? A Executiva Municipal foi delegada a decidir sobre isso? O Diretório Municipal deliberou sobre isso? Ou um empreendimento parlamentar qualquer que funciona como condomínio de poder que autorizou?
Penso que o presidente em exercício Rudival Maturano – garantido em sua função de presidir o partido até o final desse ano pelo Estatuto – não foi porque além de responsável e ideologicamente comprometido com os princípios partidários do PT, o mesmo chamou uma importante reunião para discutir o governo eleito e a postura do partido em fevereiro de 2017. Essa reunião gerou um documento e foi expedido como resolução aprovada com a finalidade de orientar a militância e filiados (com ou sem mandato) como se comportar diante desse desgoverno.
A Executiva Municipal também não foi porque existem forças divergentes (esquerda contra a direita) que compõe e se posicionaria contra e informaria as forças internas aliadas ao campo divergente. Até porque uma decisão dessa dimensão passaria por outa instância que não é essa, pois atentaria criminosamente contra o Estatuto uma vez que decidiria questões relacionadas à estratégia e tática partidária e a Executiva Municipal não tem competência para tal.
Portanto, tal comportamento é impensável porque caracteriza um golpe contra a esquerda (única com militância social) e a maioria dos membros da Executiva Municipal não assumiria os riscos de dar um golpe por dentro e a essa altura do campeonato e com os dois dos melhores nomes para disputar a sucessão municipal em 2020. Seria no mínimo uma burrice sem precedentes...
O Diretório Municipal também não foi porque não existe nenhuma convocação formal obedecendo ao rito estatutário que tenha sido feita nesse segundo semestre ou, até antes, com uma pauta que propusesse reavaliar a postura política de oposição ideopolítica do PT frente ao desgoverno atual ou qualquer possibilidade de aproximação, negociação ou alinhamento ao prefeito que acena para a sua reeleição.
Qual teria sido a pessoa ou tendência (já que não existe essa definição por parte da instancia – Executiva ou Diretório Municipal) que autorizou a esses dois vereadores do PT a participarem de qualquer reunião oficial ou extraoficial com o prefeito, excepcionalmente em sua casa?
Isso não tem nenhuma relação às reuniões institucionais que a Câmara Municipal de Vereadores, enquanto relação estabelecida legalmente pelo institucionalidade legislativa, que deve ocorrer regularmente com a representação do Executivo Municipal. Portanto, esse movimento deve ser apurado urgentemente para que não macule a imagem já bastante desgastada do PT em função de certas alianças espúrias e indesejadas pela militância de esquerda do partido.
A resposta deverá ser dada a sociedade imediatamente porque a cidade precisa saber quem são essas pessoas e o que elas fazem dentro do Partido dos Trabalhadores. Chega de picaretas usarem o partido como escada para promoção pessoal e financeira. Alguma tendência de direita deve assumir esse atentado, uma vez que não devemos aceitar de hipótese alguma que o condomínio de poder organizado dentro do partido possa ter “autorizado” essa negociação no mínimo desonesta.
Ao invés de querer expulsar militantes de esquerda coerentes com a história, valores, princípios e as lutas do partido, talvez devesse reavaliar a hipótese levantada anteriormente de expulsar definitivamente quem faz quaisquer diálogos espúrios de interesses próprios com inimigos de classe, adversário político das populações em situação de múltiplas vulnerabilidades e algoz dos servidores públicos municipais.
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