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terça-feira, 22 de outubro de 2019
Por que a proposta de “unidade programática” do MCOESO se faz necessária?
outubro 22, 2019
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por
Vinícius...
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"O município de Anagé viveu a experiência de um governo que poderia ter sido mais avançado e de esquerda."
A conjuntura de Anagé pede medidas imediatas contra o perverso chicote do governo atual e exige mudanças radicais na orientação política do Partido dos Trabalhadores à esquerda sem abrir mão de fazer críticas necessárias às desastrosas experiências do governo anterior que descarrilhou o PT dos trilhos que levaria reeleição vitoriosa em 2016.
O descarrilamento desse trem com destino certo (reeleições em 2016) reacendeu a pergunta que não quer calar: Se o professor Iranildo Freire estivesse compondo o governo isso teria acontecido? Certamente o cenário seria outro, pois a conjuntura teria elementos mais favoráveis ao terceiro mandato do PT, sendo esse o mais esperado por se tratar da candidatura do próprio Iranildo Freire.
Por isso, no final de 2017 havia lideranças petistas (Iranildo Freire, João Aguiar e Binho de Kiu) contrárias a tudo isso, se movimentando no cenário político-eleitoral estadual porque estavam preocupadas com a desmoralização do partido, não obstante a disposição para construir uma unidade encima de um programa popular de esquerda para reverter essa situação de perda de liderança confirmada pela não eleição do pupilo ao conselho tutelar.
Ninguém em sã consciência diria que o PT acertou em cem por cento com o governo anterior, no que pese admitir igualmente que houve algumas experiências exitosas pontuais em algumas áreas, a exemplo da secretaria de agricultura, desenvolvimento social e, pontualmente, a de educação muito mais em função dos excelentes quadros técnicos e políticos que compunham a pasta naquele período.
O município de Anagé viveu a experiência de um governo que poderia ter sido mais avançado e de esquerda. Contudo, optou pela manutenção da mesma prática nefasta de seus antecessores de usar a prefeitura como cabide de emprego ou suposto banco pessoal para transferências generosas a cada ameaça feita por famílias que tradicionalmente apoiam financeiramente campanhas eleitorais. É o peso da influência da tradição de aparelhar os cofres públicos (direta ou indiretamente) que ainda exerce seu poder, uma vez que não deixou de ser um dos objetivos de grupos familiares que vivem disso na política.
Inúmeras pessoas dentro do governo tentaram de várias maneiras realizarem ações com o intuito de ampliar a intervenção social por meio de políticas públicas que já eram conhecidas desde os governos de Lula e Jaques Wagner. Mas, em algum momento o governo se perdeu no caminho, cedendo às pressões de grupos oligárquicos parasitas que vivem exclusivamente do dinheiro do povo, sobretudo do loteamento de cargos estratégicos e de recursos oriundos do FPM do município.
Essas forças oligárquicas reacionárias que atuam na velhaca política anageenses se igualam no comportamento ao ex-prefeito uma liderança que vive o drama do ocaso, o patriarca da política conservadora Elbson Soares. É um tipo de pessoa interesseira que quer enriquecer a custa do povo humilde, uma espécie de anelídeos que fixam silenciosamente suas ventosas nos cofres do município, apenas para arrancar o dinheiro destinado ao financiamento das políticas públicas (educação, saúde e desenvolvimento social), impedindo o desenvolvimento socioeconômico da cidade e qualidade de vida dos munícipes prejudicada pela situação de múltiplas vulnerabilidades.
Essas “lideranças” atrasadas se articulam a cada período eleitoral para financiar candidaturas com a finalidade de ocupar o executivo municipal para reaver seus “investimentos” com margem de retorno vantajosamente patacuda. Por isso, fazem jogo de cena para montar chapa com gente “limpa” aos olhos da população humilde, ainda assim tem o mesmo pensamento atrasado e abominável.
Essa é avelha política do mandonismo coronelista de mão dupla praticada desde a emancipação da cidade 05 de abril de 1962. Numa mão um aceno aos incautos e noutra controla os servidores públicos com chicote, açoitando-os com cortes de benefícios, perseguições políticas e intimidações financeiras de retiradas de direitos adquiridos em salários.
Eles concordam com essa cultura da rapinagem do dinheiro público e com a retirada de direitos sociais. Essa turma é organizada politicamente, tem muito dinheiro e se articulam por dentro do governo municipal como gafanhoto destruidor de lavouras. São práticas criminosas que não condizem com a trajetória de lutas do PT, nega a história, os princípios e a ideologia política de esquerda do partido na cidade.
Por ocasião do período eleitoral de 2020, no qual inúmeras discussões já estão acontecendo nos quatros cantos do município, sobretudo quando se percebeu o asco no tratamento com servidores e o chicote do governo atual, logo no início desse desgoverno. O PT deverá apresentar-se a sociedade anageense com um projeto de governo alternativo que o diferencie substancialmente das desastrosas experiências dessa gestão no comando da cidade. Infelizmente a direção do PT permitiu a associação do partido à tradicional política das oligarquias, excepcionalmente ao histórico de corrupção, perseguição e de desmando.
Um Projeto de Governo Municipal deve ser radicalmente contra o chicote da gestão atual, além de que não deve prescindir de se opor também ao governo anterior que manchou a imagem do partido na cidade. Esse projeto exige um nome com compromisso efetivo com a democracia participativa; com a transparência e a participação na execução orçamentaria por meio do controle social; disciplina partidária em respeito ao conjunto de princípios e a ideologia do partido; paciência pedagógica suficiente para auscultar o povo antes, durante e depois de eleito.
Antes de qualquer coisa, coibir a prática comezinha do condomínio de poder para evitar o loteamento das finanças públicas do município. Não se pode aceitar que qualquer família oligárquica exerça pressão para abocanhar fatias cada vez maiores do FPM, alegando o devido retorno do financiamento feito na candidatura de quem quer que seja, como se a prefeitura pudesse dar bolsa família para riquinhos com mau-caratismo que se refestelam com transferência de renda milionária para sustentar quem se mantem exclusivamente de dinheiro público.
É inaceitável receber sem trabalhar, pois, deve de imediato acabar definitivamente com os funcionários fantasmas de colarinho branco e seus privilégios, colocados na folha de pagamento por exigência dessas famílias indecentes. Retirar a caneta de quem açoita o chicote nas costas de servidores públicos do município, pois são esses que trabalham dignamente e percebem apenas salário mínimo, sem direito a nenhum reajuste em sua renda, o que dificulta sustentar honestamente a sua família. Aliás, a esses eram oferecidos os rigores secos da lei, classificando minúsculos incentivos como privilégios abomináveis, enquanto que membros das castas oligárquicas seguiam impunes com seus salários altíssimos.
Por último, investir cada centavo que entra nos cofres públicos com quem realmente precisa que é a população em situação de risco por abandono socioeconômico e político. Discutir abertamente e com transparência a remuneração dos servidores públicos municipais, priorizando sempre o acrescimento compulsório em sua renda, possibilitada pela remuneração gradativa do salário conforme repasse de valores do governo federal.
Elevar o nível de investimento na educação, consolidar a formação acadêmica continuada e humanizar as condições de trabalho dos profissionais de educação. Corrigir investimentos em saúde pública, gratuita, de qualidade, universal, laica e dar capacitação continuada aos profissionais da saúde do município.
Superar as desigualdades sociais, econômicas, étnicas, religiosas, de gênero e orientação sexual e políticas entre o campo e a cidade, respeitando o perfil geopolítico camponês do município que tem mais de 80% de sua população morando no campo.
Investir em equipamentos no campo que viabilize acesso universal à saúde, educação, assistência social com qualidade e acesso a toda a população sem qualquer tipo de comportamento discriminatório.
Portanto, essa é a agenda programática que a cidade exige e que o PT precisa apresentar a cidade para que seja amplamente discutida, questionada e ampliada com a participação do povo baseado nas expectativas populares. Qualquer coisa fora disso é mais uma promessa demagógica colocada na mesa para ludibriar as pessoas incautas, como aconteceu em 2016.
Infelizmente não podemos impedir que outros golpistas vestidos de verde e amarelo fazendo gestinho da arma com as mãos ou figuras oriundas das oligarquias disfarçadas de esquerda apliquem novo estelionato eleitoral à cidade, mas podemos aprofundar qualificadamente o debate para despertar a consciência política da população anageense.
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A trinta e nove anos que eu estou aguardando uma administração exemplar pra anagé, agora é a hora #deusnocomando
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