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terça-feira, 14 de maio de 2013

Universidade e a pseudo pedagogia crítica!


* Por Herberson Sonkha

Meu caro Vinicius e Edirlei e demais amigos e colegas,  o debate que se armou em torno da educação por um pequeno grupo de intelectuais (Educando e educador) no curso de Ciências Econômicas (UESB) comprometido com as transformações das estruturas políticas, econômicas e sociais é uma tentativa importante no sentido de buscar compreender o fim último desta, numa sociedade extremamente limitada acerca da produção e circulação do conhecimento e o que é mais importante que é a sua finalidade última. 
 

Embora este debate não se limite ao curso de Ciências Econômicas, pois existem outros detratores da ordem em outras ciências, este fenômeno ainda não reflete um ambiente crítico e produtivo. No entanto, felizmente ele existe e cumpre um importante papel quanto ao repto de certos humanos que vivenciam o ostracismo e ceticismo como é o caso deste reles estudante irregular que vos escreve neste momento.

Neste sentido, observo um Brasil que sustenta uma casta de bem aventurados em detrimento de uma imensa maioria de excluídos da possibilidade de obter uma formação crítica. Entendendo que nossos recursos financeiros disponíveis nas contas públicas dos entes federados são escassos e, portanto requer um famigerado planejamento deste recurso obedecendo algum critério. Este Estado constituído pela classe abastada é que define através do complexo universo jurídico que justifica esta histórica hierarquização de classes sociais. 

Isso explica, por exemplo, um corpo de juízes que recebem salários astronômicos em relação à maioria esmagadora de trabalhadores que recebem salários baixíssimos e quando são envolvidos em escândalos são compulsoriamente aposentados, mas continuam recebendo salários altíssimos sem desenvolver qualquer tipo de labor.

Este mesmo critério define a distribuição da receita pública neste país. Por que investir em educação no Brasil? Por que implementar uma pedagogia que liberta se a alienação mantêm as coisas exatamente como deve ser? Numa sociedade em que o trabalho é a única força produtora de riquezas e esta riqueza deve ser concentrada e rateada para alguns poucos (menos 5%) por que a universidade como espaço de “qualificação” serviria a outro propósito que não fosse o capital?

Portanto, na sociedade capitalista, qualquer que seja ela, a educação não possui a função de libertar e sim um forte aliado que legitima e organiza estas relações de exploração. Por isso o funil serve como filtro para controlar o mercado e evitar a distribuição de riqueza.

Inclusive, ao observar este imenso universo de discentes alguns (vítimas da alienação) até pensam que expressa muita coisa e chegam a bradar convencidos de que existe de fato democracia no acesso a universidade. Equivoco! Pois, todos nos juntos não somos mais que um punhado de pouco menos de 5% da população local e menos ainda se observado na perspectiva regional que chega ao numero de 2 (dois) milhões de habitantes, sem contar com os índices de evasão e outros tantos que não conseguem concluir porque mal consegue redigir uma idéia que sirva de argumentação plausível para sustentar uma tese (monografia) após alguns anos na academia. Estes números ainda são altíssimos. Os poucos que conseguem, rezingam que não se sentem preparados tecnicamente, sem contar com o famigerado analfabeto funcional que é crescente e esteriliza a produção do pensamento crítico e a produção tecno-cientifica. É a velha seleção natural de que falava Darwin e que o capitalismo apropriou-se e vem aplicando tão bem...

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