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Movimento Correnteza cresce na UESB ao construir pauta conjunta com a ADUSB.
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Hugo Brandão dirigente do Movimento Correnteza/UESB |
"A União da Juventude Rebelião (UJR) por meio do movimento universitário Correnteza e do movimento secundarista Rebele-se, manteve a sua participação efetiva na organização da paralização chamada pela Adusb pela natureza classista do movimento docente."
* Por Herberson
Sonkha
A emblemática consigna do Movimento Correnteza, “As palavras convencem, o exemplo arrasta!”, explica exatamente o seu crescimento exponencial na Uesb com a contribuição ativa na construção da pauta conjunta com o calendário de jornadas de lutas da Associação dos Docentes da UESB (ADUSB) que integra as atividades do Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (ADUFS, ADUSB, ADUNEB e ADUSC).
A União da Juventude Rebelião
(UJR), por meio do movimento universitário Correnteza e do movimento secundarista
Rebele-se, manteve a sua participação efetiva na construção da paralização de quinta-feira (15) chamada pela Adusb, pela natureza classista do movimento docente. E isso se deve
à coerente práxis sindical da entidade docente nos campis de Vitória da
Conquista, Itapetinga e Jequié que resultou na importante atividade sindical e estudantil das universidades baianas na capital. Paralisou as UEBAS e fechou os portões
das universidades por 24 horas com a finalidade de garantir a pauta aprovada em
assembleia que deliberou sobre o ato público de protesto em frente à Secretaria
Estadual de Educação (SEC).
O ato de denuncia deveria contar com a presença indispensável do DCE da Uesb na construção e realização da atividade porque o Diretório Central de Estudantes é a entidade legalmente constituída que representa as pautas dos estudantes. Sobretudo àquelas construídas no curso das lutas do movimento estudantil dentro da Uesb, sobretudo a pauta contra a precarização da assistência e permanência estudantil pelo governo de Rui Costa (PT) nos três campis da universidade.
Os dirigentes do DCE sem
nenhuma explicação plausível abandonaram irresponsavelmente o debate dos Estudantes
na Uesb que questionam a funcionalidade do programa “Mais Futuro”. Ao invés de levar a sério as propostas dos
estudantes que defendem a revisão imediata do valor da bolsa, dos critérios
atravessados por “valores meritocráticos” nada críveis e da demanda
incompatível com a periodicidade dos editais, escolheram escamotear seu papel de dirigente por razões de
servilismo eleitoreiro.
Escondem-se vexatoriamente daqueles
que delegaram à gestão Marielle Franco advogar seus interesses estudantis. Além
do mais, negligencia a legitimidade de representação política para fortalecer o
opressor que ataca flagrantemente pautas históricas do movimento estudantil. Óbvio,
que está implícita nessa omissão deliberada do DCE, à conivência e à defesa desses dirigentes
do Levante Popular da Juventude ao governador do Rui Costa. Do contrário, participariam ativamente da construção e da realização do dia 15 em frente a SEC-Bahia em
Salvador.
Ao que se sabe pelos
corredores da universidade é que a omissão que gerou o silêncio e a ausência do DCE no ato do dia
15/09/2022, se deve a presença efetiva do Levante de Vitória da Conquista na campanha do PT. Isso nos permite ponderar
que infelizmente a motivação desses dirigentes está na opção ideológica neoliberal que promove
o falseamento da realidade estudantil uesbiana, imputando equivocadamente a esquerda orgânica e
seus dirigentes de movimentos (estudantis, sindicais e sociais) à responsabilidade
pela segunda opção na preferência dos eleitores baianos de sua candidatura em função das críticas, receando
serem julgados internamente pelo ato de perjúrio a Rui Costa.
Mas esquecem de que o PT na Bahia
escolheu trocar a luta de classe pela conciliação entre capital e trabalho e a revolução
socialista pela transição idílica ao Estado democrático de direito liberal burguês
para fazer alianças inescusáveis com a tradicional direita corrupta carlista de
sempre. Recusou a oportunidade dada pela classe trabalhadora e as populações
subalternizadas baianas perseguida, expropriada, oprimida, violentada e explorada por ACM para expurgar definitivamente o maléfico e imoral espólio carlista burguês
ultraconservador da cena política baiana com a acachapante vitória eleitoral de
2006 de Jaques Wagner (PT) no primeiro turno com 52,89% dos votos válidos.
Não obstante, o DCE subestimou a
capacidade de análise, compreensão crítica e a força da militância de correntes
de esquerda que atuam no movimento estudantil fora da DCE para denunciar as
contradições econômicas, sociais, culturais e políticas do governo neoliberal do
Estado da Bahia. Além de agir desonestamente ao tentar macular a luta conjunta
entre estudantes e professores chamada pela Adusb contra as nefastas políticas reformistas de caráter neoliberal implementadas por Rui Costa.
A alegação errada de que fortalecer
a atividade do dia 15 contribuiria com o candidato originalmente herdeiro do
carlismo (o estelionatário de pertença étnico-racial para justificar o
sequestro milionário de fundos de campanhas destinados a candidaturas negras)
ignora totalmente qualquer possibilidade de a esquerda se contrapor à tradicional política baiana e a corrupção
carlista endêmica. Coisa que o PT jamais quis fazer, antes, se apropriou desesperadamente
do espólio carlista depois da morte do carrasco coronel ACM.
A UJR considera essa defecção
política no movimento estudantil uma aberração porque promove à absoluta ausência de método de análise marxista e de práxis revolucionária
do Levante Popular da Juventude (Vitória da Conquista), principal razão para não compreensão das
contradições do governo petista que se aventura na tradicional pratica de truculência, opressão e perseguição aos dirigentes de movimentos sociais, quando não compra com cargos. Contudo, isso levaria a unificação de
pauta, aproximando estudantes e professores que se organizaram em caravanas (Uesb,
Uesf, Uneb e Uesc) para denunciar o governo Rui Costa.
Aproximadamente 400 participantes
(docentes, discentes e representantes de movimentos sociais) marcharam da
Avenida Paralela, saindo do antigo Bahia Café Hall, na direção a SEC-Bahia no
Centro Administrativo da Bahia (CAB). Os movimentos de rua organizados pela
ADUSB em Vitória da Conquista, com base na experiência dos caudalosos
movimentos sociais (#forabolsonaro, contra eugenia social praticada pela PMVC contra Camelôs,
contra o SIMMP, ocupação do MBL, MTD e contra mães autistas) que se articulam dentro
do Fórum Sindical e Popular (FSP) conquistense, revela a capacidade de
articulação e mobilização sindical da entidade dentro e fora da universidade
multicampi (Vitória da Conquista, Itapetinga e Jequié).
Nesse sentido, a Adusb contou
desde o primeiro momento com o Movimento Correnteza e o Rebele-se recém-chegados a cidade, ambos
compõem o braço forte da União da Juventude Rebelião (UJR) que atua no
movimento estudantil brasileiro secundarista e universitário desde 1995. A UJR
é uma organização de juventude brasileira composta por jovens oriundos de
diversas regiões do país, presente na maioria dos estados brasileiros com a
finalidade de lutar por uma revolução socialista no país e no mundo.
É com esse espírito da
juventude revolucionária de luta organizada, que lideranças como Erick Silveira,
advogado criminalista e dirigente estadual da Unidade Popular para o Socialismo
(UP), Jéssica Fontes de ciências sociais (UJR), Gerssy Rodrigues mestranda (Olga
Benário) Hugo Brandão de História (Correnteza), Isaac Fontes do Colégio
Militar (Rebele-se) e Herberson Sonkha (MLB) vem construindo as lutas sociais no município de Vitória da Conquista. Inclusive, mobilizou mais de uma centena de estudantes da UESB
que se juntaram a professores e professoras numa caravana que lotou quatro ônibus.
A marcha organizada com
“faixas, cartazes, falas e palavras de ordem” mostra a força que a consigna “#NegociaRui”, articulando a principal bandeira da Adusb que pautou a manifestação que define a luta das
universidades baianas contra o asfixiamento das Instituições de Ensino Superior
(IES) pelo contingenciamento compulsório do orçamento destinados as essas
instituições. Além do desmonte de direitos conquistados nas ruas pela categoria, soma-se a
urgente necessidade de reajuste salarial que vem promovendo a pauperização por
meio do assalariamento da categoria.
Ressalta-se que a marcha
organizada não realizou nenhum tipo de ataque à propriedade (pública ou
privada) e nem impediu o direito de ir e vir ou feriu a dignidade da pessoa humana
ou profissional dos servidores e servidoras públicas ou de quaisquer baianos
(as) que circulavam livremente de carro ou a pé naquelas imediações que
justificasse a recepção hostil da polícia com pesado aparato bélico.
Repudiamos o tratamento do governo do
PT na Bahia aos docentes, discentes e os movimentos sociais organizados, pois é o
mesmo dado pelo governo fascista Bolsonaro: na ponta do fuzil em punho. A intenção é intimidar
as representações das entidades estudantis e de professores que manifestavam democraticamente em
frente à SEC-Bahia com a expectativa de serem recebidos após 1000 dias sem
qualquer tipo de dialogo. Prevaleceu à afronta ostensiva covarde do policiamento fascista de herança carlista que mata preto na Bahia. Eles foram orientados para impedir a montagem de toldos, cadeiras e o som para realização da aula pública no estacionamento da SEC-Bahia. Aliás, mais que isso,
impediram a distribuição do almoço, o acesso à água e banheiros químicos
durante quase uma hora prejudicando a manifestação e retardando a programação.
Apesar da situação delicada
que se estabeleceu com os manifestantes por ordem do governador intransigente,
prejudicando a saúde de alguns estudantes e professores que estavam expostos ao
sol e a caminhada de mais de três horas, a direção do movimento manteve o
comportamento dialógico e buscou inúmeras tentativas de negociação sem nenhum
êxito, revelando o verdadeiro caráter insensível e autoritário do governo. Não recebeu, não
negociou com a direção do movimento e ainda inviabilizou o ato em defesa das
universidades baianas que gritam para não morrerem asfixiadas por falta de
oxigênio negado pelo governo de Rui Costa.
Contudo, o papel do movimento
estudantil foi importante porque manteve a pressão da massa estudantil com
palavras de ordem que denunciavam a truculência da polícia que recebeu ordem institucional
do governo para impedir o ato e agir ostensivamente contra manifestantes, pedindo para a polícia
recuar. Enquanto a direção docente do movimento sindical pressionava o governo
pela liberação da estrutura que foi montada.
A construção do Correnteza no movimento estudantil na UESB a partir dos seus dirigentes
estudantis também tem como finalidade a solidariedade à categoria docente, enquanto classe trabalhadora. Fortalecer as lutas da ADUSB, a exemplo da
manutenção das vitórias alcansadas pela Adusb e contra quaisquer ataques ao Estatuto do Magistério
Superior. A luta pelos reajustes salariais, liberação de promoções, progressões e ampliação do parco orçamento com mais verbas paras as universidades estaduais.
O Movimento Correnteza organizou
uma plenária vitoriosa para os estudantes das universidades estaduais que
ajudaram a construir e participaram da marcha e do ato na frente à SEC-Bahia. Pautou
a imprescindível ampliação do financiamento público para garantir o acesso e
permanência estudantil nessas universidades e a revisão imediata do programa “Mais
Futuro”. Além disso, o Movimento Correnteza não abre mão de denunciar a postura
vendida e servil da atual gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE)
Marielle Franco (Levante Popular da Juventude) que boicotou a mobilização do
ato.
A atual gestão Merielle
Franco vem encilhando o DCE como se a histórica entidade central dos estudantes
da Uesb fosse um cavalo de corrida eleitoral à serviço do opressor Rui Costa do
PT. Transformou o DCE numa correia de transmissão do mandato do governo Rui
Costa que oprime; persegue e manda a polícia bater em professores, técnicos e estudantes que ouse denunciar seu governo; asfixia as
universidades estaduais ao contingenciar verbas que comprometem o acesso e a
permanência de estudantes cotistas negros, mulheres e LGBTQIAP+, ambos oriundos
da classe trabalhadora pobre e periférica na universidade pública estadual.
A atual gestão liberal
malograda do DCE da UESB fragmenta a luta e subjuga as conquistas históricas de
mais de três décadas do movimento estudantil universitário, defraudando
escancaradamente os interesses estudantis em favor do vilipendio orçamentário
do atual governador neoliberal do PT. E o faz para silenciar o movimento
estudantil frente às truculências de um governo autoritário que promove o remanejamento
de recursos de rubricas de financiamento de políticas de educação, pesquisa e
extensão das universidades baianas e o corte sistemático de verbas da
educação.
O Movimento Correnteza
denuncia essa pratica corriqueira do que restou do espectro do petismo
hegemônico no movimento estudantil, sindical e social. Combater esse comportamento
deliberadamente liberal recorrente em outros DCE’s dirigidos por petistas ou
aliados que esvaziam intencionalmente quaisquer pautas do movimento estudantil,
sindical e social para evitar qualquer reação contra as reformas neoliberais do
governo Rui Costa que afeta diretamente a classe trabalhadora do setor público
ou privado e as populações subalternizadas pelas burguesias nacional e
internacional a quem servem ideologicamente.
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