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Liberdade
*por Carlos Maia
Hoje
quero falar de liberdade
Liberdade
para Antônio
Liberdade
para João e Pedro
Liberdade
para Ana, Maria e Livia
Para
todos os “santos” e “santas” do sertão
Liberdade
aos escravos do trabalho
Aos
filhos e filhas de Lia com Zé
De Zefinha
com Zeferino
De Helena
com Heitor
De Maria
com Virgulino
Entre os
“arranca rabos” da Terra
Figuram-se
entre todos os campos
Ao
assento firme do chão de fábrica
O desejo
contido do canto dos atabaques
Pela
percussão de negros, brancos e sararás
Mas eis
que se apertam e regulam máquinas
Com
instrumentos de precisão descartados por microchips
É o novo
cárcere privado em que se despejou
Sobras de
carne humana do autofágico paladar burguês
Massacra!
Massacra moinho de pelancas, nervos e resto de sebo
Que nos
dias de hoje não podem mais ser desprezados
As fontes
de proteína e gordura não podem terminar
Nem que
se passe pelo triturador de ossos
Para que
colágenos e tutanos escorram no cadinho da história
Mesmo
para se lubrificar robôs e máquinas-ferramentas
Liberdade!
Liberdade
ao e para o mundo livre
Da
exploração, dos preconceitos, dos complexos inferiores
Vamos que
vamos caminhar pelas estradas da luta de classes
Rebatendo
inimigos fascistas, neoliberais e democratistas
Não se
cabe mais esperar pelos desígnios da morte
É tempo
de se levantar para o encontro com o outro
Para o
benfazejo do élan natural da humanidade liberta
Para o
definhar dos escombros do capital que teima em se firmar
Na subida
da ladeira escorregadia e ensaboada
A hora é
de se derrubar as portas do céu e do inferno
Para
garantirmos uma estadia maior e melhor na Terra
Para o
rompimento com os escribas e escrevinhadores
De
profecias judaicas-cristãs-islâmicas-hinduístas-budistas
Espiritistas
ou espiritualistas na defesa da fé monoteísta/politeísta
Eis que
estamos pela defesa de homens e mulheres
Livres de
adereços bugigangas e berloques diversos
Pendurados
no pescoço e na alma moribunda dos seres
Que só se
descolam das nuvens pelo balançar rítmico
Do
trabalho e pelos acordes de músicos e cantores
A música
em todas suas manifestações artísticas
São
manipuladas e manipuláveis
Mas
cantando-se com alma transborda-se de emoção
Corações
e mentes sensíveis ao esguichar
Do
líquido rubro que correm em nossas veias
Pelo
transpirar sedento da força de trabalho
Pelas
belezas dos traços das esculturas
Das
pinturas, dos quadros e dos desenhos
E pelo
amor continuum à humanidade
É que
podemos falar mais uma vez em LIBERDADE!
Carlos Maia / Julho-2022
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