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Carniça Lixo e Detritos
*por Carlos Maia
Homens e mulheres crianças e anciões
Movimentam-se no ritmo dos agogôs de bronze
Dependurados ao pescoço de gado miúdo
Mas a natureza reclama de maneira revoltante
Numa resposta caótica e descontrolada até
Ao acúmulo desgovernado da imundice humana
Urubus pombos e cachorros chegam antes
Disputando sobras dos banquetes caseiros
Ensacados em recipientes plásticos frágeis
Aos ataques dos que também têm fome
Os índices de produtividade continuam
Mas os miseráveis da Terra contam-se aos bilhões
As guerras e a fome caminham juntas
E a morte está sempre espreitando ao lado
Para poder colher cadáveres apocalípticos
A carestia galopante é agora amarrada a foguetes
Que transportam mísseis balísticos guiados por chips
Dos aparelhos modernos da revolução/informática
Diante do caldo denso da crise de exaustão do
capital
Da inflação sem controle aqui e acolá
Começam a se levantar massas em Equador, Siri Lanka
e Panamá
Desta forma nem tudo está perdido por lá nem por cá
A luz brilha ainda forte no fim do túnel
O Sol está dádiva de quinta grandeza natural
Comanda a energia principal deste planeta
Que ainda não morreu como não morreu o movimento
Das estrelas e planetas ao infinito da cosmogonia
universal
Eis que nos batemos nesta fase com a polarização
Trabalho X Capital - Proletários X Burguesia
Exploradores X Explorados – Oprimidos e Opressores
Do alimento para todos
Das vestes para todos
Das moradas para todos
Do trabalho livre da alienação
E dos fetiches mercadológicos
Dos embrulhos e dos imbróglios sistemáticos
Da força companheira
Dos seres vivos produtores
Dos trabalhadores e trabalhadoras
Carlos Maia / Julho-2022
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