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domingo, 27 de junho de 2021

Prefeita inconsequente ordena ataque à movimento de luta pela moradia e quase resulta em homicídio


 "o disparate completamente ilegal da prefeita contou com a presença de autoridades policiais do Estado da Bahia e da guarda municipal que invadiram sub-repticiamente o acampamento às 5 horas da madrugada, numa manhã gélida de 14 graus."


*por Herberson Sonkha


Na manhã de 24 de junho a população conquistense tomou conhecimento da força tarefa empreendida pela prefeita de Vitória da Conquista que quase resulta em homicídio de acampados em área pública que pertence ao município. Sem hesitar, as maquinas do município funcionaram para atender às ordens impiedosas de uma prefeita bolsonarista inconsequente para destruir o Acampamento Terra Nobre, no bairro Universitário.

Tudo isso aconteceu à revelia da lei federal que proibiu terminantemente qualquer tipo de desocupação durante a vigência da pandemia do coronavírus. Aliás, o disparate completamente ilegal da prefeita contou com a presença de autoridades policiais do Estado da Bahia e da guarda municipal que invadiram sub-repticiamente o acampamento às 5 horas da madrugada, numa manhã gélida de 14 graus, mas com sensação térmica de 6 graus.

Acordadas às pressas para não serem assassinadas ainda dormindo, às 300 pessoas acampadas levantaram aturdidas por causa do sono interrompido sem saber a quem recorrer. Desesperaram-se ao ver mulheres, homens, idosos, crianças correndo e nem mesmo uma pessoa cadeirante desesperada foi suficiente para apiedar os carrascos agentes públicos à serviço de quem comanda a máquina municipal mortífera.

O mais assustador foi ver os gatos, os cachorros e as galinhas que não tiveram a mesma sorte, pois nenhum animal doméstico foi poupado da exaltação do maquinista que não hesitou em cumprir às ordens macabras de passar por cima. Tudo isso aconteceu sob a tutela inescusável da autoridade pública maior, pois a prefeita bolsonarista de Vitória da Conquista deu a ordem de execução.

Em tempos de hostilidade à população pelo recrudescimento do nazifascismo no Brasil pelo movimento pró-bolsonaro, necessário se faz buscar a reminiscência do comportamento autoritário fascista de classe média da prefeita e de seu governo municipal que reconfigurou a guarda municipal numa perspectiva neofascista.

Convenhamos sobre autoritarismos, excessos e letalidades das ações da polícia ostensiva e técnica baiana, agora imagine como vai funcionar a cabeça desses guardas municipais totalmente despreparados e motivados pela prática miliciana fascista quando começarem a usar armas? Obviamente que esse comportamento de extrema-direita é presumível e nos remete inevitavelmente ao nazismo da Wehrmacht – forças armadas do Terceiro Reich que pôs fim ao acordo do Tratado de Versalhes, assinado pelas potencias europeias para encerrar a 1ª Guerra Mundial.

Estas são as reminiscências dessa prefeita bolsonarista de Vitória da Conquista e de seu governo neonazifascista que parecem não ter limites para impor o terror à sociedade, promovendo a truculência e a virulência através da Wehrmacht.  Pelo menos é o que a quantidade de fotos e mensagens circulando nas redes sociais nos dizem e dão conta da mais crua face de uma mulher perversa, fria, calculista e sinistramente fascista.

São cenas urbanas dramáticas de violência contra a população que se tornaram habituais na cidade, revelando atitudes extremistas, típicas de bolsonaristas raivosos, empreendidas pelo governo municipal da Sra. Ana Sheila Lemos que vem usando a guarda municipal como máquina mortífera para intimidar à classe trabalhadora e as populações subalternizadas para garantir a eugenia social na cidade. Vide a expulsão dos quase 100 camelôs e dos 12 taxistas do terminal da Lauro de Freitas pela guarda municipal e fiscais de posturas. 

A guarda municipal é a máquina mortífera eugenista, instruída ideológica e mentalmente para oprimir, pois foi preparada para atuar com a mesma truculência e virulência da Wehrmacht nazista de uso exclusivo do gabinete municipal do ódio bolsonarista. O gabinete municipal do ódio contou também com o suporte ostensivo das Rondas Especiais, uma força policial do Estado. Isto precisa ser explicado para a Corregedoria Geral da polícia do Estado da Bahia, além de oferecer denúncia à Defensoria e ao Ministério Público.

É preciso explicar à sociedade, as autoridades e a alta cúpula da PM por que a Polícia de Choque (originada de estudos realizados junto a Rota da PMESP e o BOPE da PMERJ para forjar a nova doutrina que orienta a ação ostensiva) estava lá. Salienta-se que foi o movimento Asterra que se antecipou indo ao encontro da procuradoria geral do município para apresentar e discutir uma saída dialógica para a pauta do Acampamento Terra Nobre.

Não existe nenhum conflito armado dos ou entre os acampados porque a área de terra ocupada pertence ao município e não tem mandado de reintegração de posse diligenciado pelo município e expedido pela autoridade judicial competente. Essa situação implica na possibilidade desse governo municipal fascista está conspirando contra população desarmada, desempregada, vivendo a insegurança alimentar-nutricional e sujeitas às múltiplas situações de riscos socioeconômicas e políticos, inclusive o financeiro de não poder manter o pagamento do aluguel em dia.

Nada disso contou para esse governo bolsonarista implacável, senão ceder à pressão de capitalistas que esperam que seus lucrativos investimentos imobiliários em áreas estratégicas da cidade lhes deem altas taxas de retorno do capital investido. A desumanidade foi tamanha que até o noticiário da TV Sudoeste cobriu o episódio, fazendo uma longa reportagem sobre o ataque sorrateiro, covarde e imoral ordenado pela prefeita, caracterizado pelo ancora do BATV como uma ação truculenta e desumana.

Essa prefeita, serviçal das elites do capital comercial de Vitória da Conquista, compreendeu exatamente o sentido de eugenia dado por Francis Galton (1822-1911) e azeitou a máquina pública municipal para manter a circulação e permanência dos “bem nascidos” nas áreas centrais ou bairros ricos da cidade. Ela vem aplicando o que Galton considera ser "o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente".

O governo municipal adotou a tática blitzkrieg, uma espécie de guerra-relâmpago em que se utiliza tática militar empregando forças móveis (Wehrmacht) em ataques rápidos e de surpresa com a finalidade de evitar reações de forças inimigas (classe trabalhadora e as populações subalternizadas) possam ter algum tempo para organizar a sua defesa.

A guerra-relâmpago da prefeita fascista têm três objetivos, causar o efeito-surpresa, rapidez da manobra e a brutalidade do ataque. O movimento de luta pela moradia sabe bem como funciona a mente dessa máquina de guerra, experienciou a atrocidade dessa tática belicista em 2017, quando Herzem Gusmão autorizou o ataque a Comunidade Maravilhosinha, no “Loteamento Cidade Maravilhosa” e Cidade Bonita, no bairro Zabelê, deixando mais de 500 famílias desabrigadas.

Portanto, quem passou por isso, conheceu de perto a fúria descontrolada desse governo bolsonarista, pois sofreu com os tiros de bomba de borracha, gás lacrimogênio e spray de pimenta nos olhos. A finalidade é sempre desmoralizar, desorganizar e trucidar movimentos sociais, considerados por eles como forças inimigas.

Isso é inadmissível e o Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista tomou todas as providencias políticas e judiciais para proteger as 300 pessoas do Acampamento Terra Nobre com a finalidade de evitar um novo contra-ataque do governo municipal e garantir “condições dignas de habitação e vida para essas trabalhadoras e trabalhadores”.

 

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