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Prefeita inconsequente ordena ataque à movimento de luta pela moradia e quase resulta em homicídio
*por
Herberson Sonkha
Na manhã de 24 de junho a população conquistense tomou conhecimento da força tarefa empreendida pela prefeita de Vitória da Conquista que quase resulta em homicídio de acampados em área pública que pertence ao município. Sem hesitar, as maquinas do município funcionaram para atender às ordens impiedosas de uma prefeita bolsonarista inconsequente para destruir o Acampamento Terra Nobre, no bairro Universitário.
Tudo
isso aconteceu à revelia da lei federal que proibiu terminantemente qualquer
tipo de desocupação durante a vigência da pandemia do coronavírus. Aliás, o
disparate completamente ilegal da prefeita contou com a presença de autoridades
policiais do Estado da Bahia e da guarda municipal que invadiram
sub-repticiamente o acampamento às 5 horas da madrugada, numa manhã gélida de
14 graus, mas com sensação térmica de 6 graus.
Acordadas
às pressas para não serem assassinadas ainda dormindo, às 300 pessoas acampadas
levantaram aturdidas por causa do sono interrompido sem saber a quem recorrer.
Desesperaram-se ao ver mulheres, homens, idosos, crianças correndo e nem mesmo
uma pessoa cadeirante desesperada foi suficiente para apiedar os carrascos
agentes públicos à serviço de quem comanda a máquina municipal mortífera.
O mais
assustador foi ver os gatos, os cachorros e as galinhas que não tiveram a mesma
sorte, pois nenhum animal doméstico foi poupado da exaltação do maquinista que
não hesitou em cumprir às ordens macabras de passar por cima. Tudo isso
aconteceu sob a tutela inescusável da autoridade pública maior, pois a prefeita
bolsonarista de Vitória da Conquista deu a ordem de execução.
Em
tempos de hostilidade à população pelo recrudescimento do nazifascismo no
Brasil pelo movimento pró-bolsonaro, necessário se faz buscar a reminiscência
do comportamento autoritário fascista de classe média da prefeita e de seu
governo municipal que reconfigurou a guarda municipal numa perspectiva
neofascista.
Convenhamos
sobre autoritarismos, excessos e letalidades das ações da polícia ostensiva e
técnica baiana, agora imagine como vai funcionar a cabeça desses guardas
municipais totalmente despreparados e motivados pela prática miliciana fascista
quando começarem a usar armas? Obviamente que esse comportamento de
extrema-direita é presumível e nos remete inevitavelmente ao nazismo da Wehrmacht
– forças armadas do Terceiro Reich que pôs fim ao acordo do Tratado de
Versalhes, assinado pelas potencias europeias para encerrar a 1ª Guerra
Mundial.
Estas
são as reminiscências dessa prefeita bolsonarista de Vitória da Conquista e de
seu governo neonazifascista que parecem não ter limites para impor o terror à
sociedade, promovendo a truculência e a virulência através da Wehrmacht. Pelo menos é o que a quantidade de fotos e
mensagens circulando nas redes sociais nos dizem e dão conta da mais crua face
de uma mulher perversa, fria, calculista e sinistramente fascista.
São
cenas urbanas dramáticas de violência contra a população que se tornaram
habituais na cidade, revelando atitudes extremistas, típicas de bolsonaristas
raivosos, empreendidas pelo governo municipal da Sra. Ana Sheila Lemos que vem
usando a guarda municipal como máquina mortífera para intimidar à classe
trabalhadora e as populações subalternizadas para garantir a eugenia social na
cidade. Vide a expulsão dos quase 100 camelôs e dos 12 taxistas do terminal da
Lauro de Freitas pela guarda municipal e fiscais de posturas.
A
guarda municipal é a máquina mortífera eugenista, instruída ideológica e
mentalmente para oprimir, pois foi preparada para atuar com a mesma truculência
e virulência da Wehrmacht nazista de uso exclusivo do gabinete municipal
do ódio bolsonarista. O gabinete municipal do ódio contou também com o suporte
ostensivo das Rondas Especiais, uma força policial do Estado. Isto precisa ser
explicado para a Corregedoria Geral da polícia do Estado da Bahia, além de
oferecer denúncia à Defensoria e ao Ministério Público.
É
preciso explicar à sociedade, as autoridades e a alta cúpula da PM por que a
Polícia de Choque (originada de estudos realizados junto a Rota da PMESP e o
BOPE da PMERJ para forjar a nova doutrina que orienta a ação ostensiva) estava
lá. Salienta-se que foi o movimento Asterra que se antecipou indo ao encontro
da procuradoria geral do município para apresentar e discutir uma saída
dialógica para a pauta do Acampamento Terra Nobre.
Não
existe nenhum conflito armado dos ou entre os acampados porque a área de terra
ocupada pertence ao município e não tem mandado de reintegração de posse
diligenciado pelo município e expedido pela autoridade judicial competente.
Essa situação implica na possibilidade desse governo municipal fascista está
conspirando contra população desarmada, desempregada, vivendo a insegurança
alimentar-nutricional e sujeitas às múltiplas situações de riscos
socioeconômicas e políticos, inclusive o financeiro de não poder manter o
pagamento do aluguel em dia.
Nada
disso contou para esse governo bolsonarista implacável, senão ceder à pressão
de capitalistas que esperam que seus lucrativos investimentos imobiliários em
áreas estratégicas da cidade lhes deem altas taxas de retorno do capital
investido. A desumanidade foi tamanha que até o noticiário da TV Sudoeste
cobriu o episódio, fazendo uma longa reportagem sobre o ataque sorrateiro,
covarde e imoral ordenado pela prefeita, caracterizado pelo ancora do BATV como
uma ação truculenta e desumana.
Essa
prefeita, serviçal das elites do capital comercial de Vitória da Conquista,
compreendeu exatamente o sentido de eugenia dado por Francis Galton (1822-1911)
e azeitou a máquina pública municipal para manter a circulação e permanência
dos “bem nascidos” nas áreas centrais ou bairros ricos da cidade. Ela vem
aplicando o que Galton considera ser "o estudo dos agentes sob o
controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das
futuras gerações seja física ou mentalmente".
O
governo municipal adotou a tática blitzkrieg, uma espécie de guerra-relâmpago
em que se utiliza tática militar empregando forças móveis (Wehrmacht) em
ataques rápidos e de surpresa com a finalidade de evitar reações de forças
inimigas (classe trabalhadora e as populações subalternizadas) possam ter algum
tempo para organizar a sua defesa.
A
guerra-relâmpago da prefeita fascista têm três objetivos, causar o
efeito-surpresa, rapidez da manobra e a brutalidade do ataque. O movimento de
luta pela moradia sabe bem como funciona a mente dessa máquina de guerra,
experienciou a atrocidade dessa tática belicista em 2017, quando Herzem Gusmão
autorizou o ataque a Comunidade Maravilhosinha, no “Loteamento Cidade
Maravilhosa” e Cidade Bonita, no bairro Zabelê, deixando mais de 500 famílias
desabrigadas.
Portanto,
quem passou por isso, conheceu de perto a fúria descontrolada desse governo
bolsonarista, pois sofreu com os tiros de bomba de borracha, gás lacrimogênio e
spray de pimenta nos olhos. A finalidade é sempre desmoralizar, desorganizar e
trucidar movimentos sociais, considerados por eles como forças inimigas.
Isso é
inadmissível e o Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista tomou todas
as providencias políticas e judiciais para proteger as 300 pessoas do
Acampamento Terra Nobre com a finalidade de evitar um novo contra-ataque do
governo municipal e garantir “condições dignas de habitação e vida para essas
trabalhadoras e trabalhadores”.
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