Translate
Seguidores
A esquerda reconhece convalescência do Prefeito Herzem Gusmão e demonstra respeito ao Ser Humano
"Acusar
o Povo de Santo pela situação de agravamento do prefeito é criminoso,
mau-caratismo e proselitismo religioso de quem tenta esconder que vendeu a alma
por dinheiro fácil conseguido dos fiéis com temor, por estarem
fragilizados."
*Herberson
Sonkha
No início da tarde de sexta-feira (12) circulou uma mensagem bombástica que dizia que o prefeito reeleito de Vitória da Conquista, o Sr. Herzem Gusmão, hospitalizado desde o dia 26/12/2020 no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, havia morrido. Apesar da comoção, especulou-se em áudios que o prefeito tinha fibrose pulmonar, doença que transforma o tecido dos pulões numa espécie de chiclete (substituído pelo tecido cicatricial), causado por doenças intersticiais pulmonares (DIP) sem nenhuma força para dilatar e comprimir os alvéolos pulmonares.
Falou-se
também em uma possível “morte múltipla de órgãos”, ocasião em que o médico
plantonista da UTI abre protocolo e convoca a esposa e os filhos para decidir
se desliga ou não os aparelhos que mantém o paciente mecanicamente “vivo”.
Algumas situações podem caminhar para a morte cefálica (definição legal de
morte) que tornam a situação mais complexa e, na maioria das vezes,
irreversível.
Isso
significa um quadro de parada de todas as funções, mesmo mantendo equipamento
que estimula a função dos órgãos, mesmo não havendo severa agressão ou lesões
graves no cérebro, este já não responde minimamente aos estímulos terapêuticos.
Existe um bloqueio da circulação sanguínea, reduzindo o fluxo sanguíneo no
cérebro que morre. Talvez a motivação dos áudios tenha sido por essas
especulações.
Na
mesma tarde, circulou uma nota oficial da assessoria pessoal do Sr. Herzem
Gusmão não só informando aos munícipes conquistenses do agravamento da situação
do prefeito, entubado às pressas na manhã do mesmo dia (12), como dava
conhecimento também da ida urgente da esposa e dos filhos(as) para São Paulo.
Mas, a nota nega o falecimento do prefeito.
O
histórico do prefeito de fumante (30 anos) e diabético o torna vulnerável e o
diagnóstico que testa positivo para Covid-19 mostrou isso desde o dia 06 de
dezembro de 2020. Dias depois o prefeito foi internando (18/12/2020) no
hospital Samur, momento em que respirava com dificuldade por meio de um cateter
de oxigênio. Não havendo nenhuma melhora no seu quadro clínico, o prefeito
embarcou para São Paulo no dia 01/01/2021 para ser internado no Hospital
Sírio-libanês.
Chegou
a ficar estável, mas na quinta-feira (11) por conta de evolução negativa em seu
quadro clínico, o Sr. Herzem Gusmão, voltou para a Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) pela segunda vez agudizado pela crise que decorre do comprometimento de
mais 70% dos pulmões. A piora movimentou a cidade no sentido de mobilizar
alguns religiosos protestantes fundamentalistas que o ajudaram a se eleger.
Homens e mulheres fizeram uma corrente de orações na porta da prefeitura com
intuito de ajudar.
Poderia
ter sido apenas um ato de solidariedade a alguém no estado de saúde grave,
atitudes louváveis com pedidos de intercessões pela melhora do prefeito, caso
não fosse os impropérios contra quem nada fez de mau que pudesse agravar a
situação do paciente acometido pelo coronavírus. Acusar o Povo de Santo pela
situação de agravamento do prefeito é criminoso, mau-caratismo e proselitismo
religioso de quem tenta esconder que vendeu a alma por dinheiro fácil
conseguido dos fieis com temor, por estarem fragilizados.
A
pastora Noelma Lucena Rodrigues Mateus, da igreja evangélica Tabernáculo do
Espírito Santo, citada na NOTA DE REPÚDIO da Rede Caminho dos Búzios é a autora
dos impropérios. E o faz numa demonstração inequívoca de racismo religioso,
atribuindo a causa da doença e do agravamento do quadro clinico do Sr. Herzem
Gusmão aos terreiros de candomblé e de umbanda da cidade. Segunda essa Senhora,
os terreiros de Vitória da Conquista haviam se juntado para praticar uma
espécie de exitosa feitiçaria contra o prefeito que o levou para a UTI.
Admitindo que a força do encanto não só existe, como parece ser
um arbítrio imbatível. Aliás, nos parece ser uma tarefa inescusável para os
seguidores fundamentalistas do judaísmo-cristão, sobretudo àqueles que se
arrogam vaidosamente da condição de autoridade por serem os únicos mandatários
na terra da infalível proteção da "libertação e da cura".
Quanto
ao estado grave do prefeito, Sr. Herzem Gusmão, nos colocamos na condição do
outro fragilizado, demonstrando respeito a dor alheia. Neste sentido, vários
movimentos ligados às organizações partidárias e sociais de esquerda numa
demonstração de respeito, suspenderam o ato Fora Bolsonaro; pela vacina geral
da população contra covid-19; Auxilio Emergencial de R$ 600,00 e; a urgente
apuração e condenação dos culpados do bárbaro assassinato de Marielle Franco,
que foi chamado para sexta (12).
No que
pese todas as críticas comprovadas com farta materialidade que confirma que o
prefeito cometeu crime eleitoral em 2020, a esquerda conquistense reconhece a
condição humana das pessoas e as regras do jogo democrático. Por isso, segue
lutando por igualdade socioeconômica e política (classe, raça e gênero) com
mais conquistas populares para o município, sem prescindir do combate
sistemático contra a destruição das políticas sociais por essa gestão do
prefeito reeleito. Portanto, a esquerda agiu dessa forma em respeito à condição
de convalescência do Ser Humano e teria feito isto por qualquer pessoa nessa
condição, inclusive o prefeito, Sr. Herzem Gusmão.
É
imprescindível reafirmar nossa práxis política emancipacionista neste momento
de profundo ataque da extrema-direita bolsonarista à classe trabalhadora e
populações subalternizadas. Os bolsonaristas continuam atentando contra valores
de humanidade baseado na cultura de diversidade, em detrimento de atos humanos
efetivos de compaixão e solidariedade ao próximo, excepcionalmente quando as
circunstancias imponderáveis exige do ser humano mais cuidado com quem está
fragilizado.
Isto
só reafirma o compromisso inadiável desses movimentos com os valores humanos
libertários, contra os quais esse governo municipal vem compactuando para
promover a verdadeira destruição, fazendo couro ao movimento bolsonarista que o
prefeito está vinculado.
Em
relação ao crime de racismo religioso, tratado no primeiro momento em NOTA DE
REPÚDIO pela Rede Caminhos dos Búzios, na sequência será devidamente
responsabilizada pela legislação brasileira que condena essa prática de racismo
religioso. Mas, não podemos nos desvencilhar da justiça social tão ausente
neste governo municipal, se comparado as inúmeras práticas de injustiças cometidas
pelo prefeito contra os servidores públicos municipais de Vitória da Conquista.
Peço
vênia para tratar do histórico que qualifica o sujeito social do prefeito e de
seu grupo de seguidores como bolsonarista, pois eles dão sustentação a esse modus
operandi dentro da administração municipal. Por isso, quero fazer
referência aos atos praticados pelo Sr. Herzem Gusmão à revelia das normas
jurídico-administrativas que destoam dos preceitos da legalidade.
Não
podemos nos esquecer de que a negligencia com as ciências, as pesquisas
científicas e os protocolos contra pandemia editados pela Organização Mundial
de Saúde (OMS), propiciaram quase 400 óbitos na cidade e uma total
incompreensão da população que foi “educada” pelo poder público municipal a não
se preocupar com a letalidade do coronavírus. Por aqui, diz os representantes
da governança municipal, a pandemia está controlada e por isso não existe
problema algum em flexibilizar.
A
legalidade como regra intransponível para maioria, enquanto prevalece a exceção
como princípio que rege as relações de amizade estrita apenas para gestor e
cargos de confiança, realçando a conduta criminosa de manter privilégios para
uma minoria. Penso que qualquer servidor público municipal acometido por
qualquer enfermidade grave, passível de atestado médico, após esgotar todos os
prazos deve ser encaminhando a Previdência Social. Essa é a força da lei sendo
cumprida ipsis litteris para concursados!
A lei
diz que deve ser a partir do 16º dia de afastamento, emite-se a solicitação que
encaminha o servidor (a) municipal para acompanhamento do INSS, caso permaneça
a necessidade de manter a conduta médica do afastamento o próprio INSS
estabelece o recebimento de auxílio-doença.
Assim
diz a legislação é o governo municipal de Vitória da Conquista se tornou
implacável no cumprimento dessas determinações da Seguridade Social. Diz-se que
o afastamento sucessivo do servidor por um período de tempo com interlúdio
inferior a 15 dias, obriga o município a informar a Previdência Social.
Inegavelmente, o governo municipal tem atendido a essa legislação de modo
inexorável para com todos(as) os (as) servidores(as) públicos(as) municipais.
Exceto
para o servidor público municipal que ocupa o cargo eletivo de prefeito de
Vitória da Conquista que está afastado há quase 100 dias de suas funções de
chefe do poder executivo do governo local. O Sr. Herzem Gusmão se encontra
internado em circunstância grave em outro estado, mas permanece recebendo
normalmente o seu salário de prefeito.
O que
configura a pertinência da máxima do coronelismo carlista que diz que “aos
amigos os favores, aos inimigos a lei". Não deixa de ser uma lógica
corporativista que depõe contra a República moderna, por isso não a considero
como sendo da cepa teórica de Maquiavel, aliás, é de autoria dos detratores de
sua obra “O Príncipe”.
Em
verdade, “os meios não justificam os fins” e isso também nunca
fora dito ou escrito por Maquiavel, por isso considero que é da
responsabilidade da camarilha bolsonarista de bajuladores desse tipo de chefete
do executivo do governo local. Àqueles edis ultraconservadores acostados no
legislativo municipal pode até não terem cometidos os crimes contra o erário
público, mas são empedernidamente cumplices dessas imoralidades.
Observem
que existem vários servidores públicos municipais trabalhando na secretaria
municipal de educação e outros tantos afastados porque estão acometidos pela
síndrome do esgotamento profissional (síndrome de Burnout). Um tipo de
distúrbio psíquico com maior incidência na docência em função dos altos níveis
de estresse, estado emocional fragilizado que desequilibra professores(as).
A
síndrome de Burnout se desenvolve em decorrência das péssimas condições
de trabalho que torna a jornada extenuante, esfaltante por causa da
superlotação de salas de aulas e da quantidade de turmas excessivas. No
entanto, nenhum(a) dessas (as) profissionais estão em casa recebendo seu
salário integralmente, antes enfrentaram uma verdadeira via-crúcis, passando
por inúmeros constrangimentos na Secretaria Municipal de Educação para provar
que suas indisposições decorrem de um quadro clínico psicossomático – síndrome
de Burnout.
Para
piorar a situação na docência, o diagnóstico que garante o direito ao
afastamento para tratamento garantido pelo atestado médico ainda é um processo
em curso que teve início a partir de maio de 2019 numa Assembleia Mundial da
Saúde e só entrará em vigor a partir de 01/01/2022, contando apenas com a
CID-10 como válvula de escape para evitar o suicídio.
Mesmo
assim, a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde), um direito conquistado na 11ª Revisão da Classificação
Internacional de Doenças, que passou a considerar o fenômeno ocupacional,
deixando de ser uma indolência do(a) professor(as) na concepção conservadora da
gestão municipal.
0 comments :
Postar um comentário