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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Vacinar as populações brasileiras contra a COVID-19 e o contagio ideológico de extrema-direita

 

"Nessa conjuntura especifica que a direita tradicional perdeu o controle do Estado, o bolsonarismo governa por meio dessa carga viral conservadora de extrema-direita."


*por Herberson Sonkha

 

O avanço de pesquisas no campo da bioquímica pela superação da propagação do coronavírus e seus efeitos pandêmicos destrutíveis, causada pelo contágio da carga viral SARS COVID-19 não deve se limitar apenas ao campo das ciências da natureza.

O debate e as pesquisas devem se estender as ciências sociais emancipadoras para destruir a “carga viral” ideológica de extrema-direita que vem destruindo as liberdades democráticas, a legislação trabalhista, previdenciária, político-administrativa e a preservação da diversidade cultural do país e suas instituições democráticas.

Após um ano difícil para 7,8 bilhões de pessoas no mundo, com 1,5 milhão de mortes por coronavírus, as intensas pesquisas sobre a vacina contra COVID-19 começam a dar sinais positivos e apontar uma luz no final do túnel. A pandemia já pode ser considerada o mal do século XXI, felizmente essa angustia parecer chegar ao seu fim.

A expectativa geral é que a vacina possa colocar um fim nos perímetros de distanciamento social instituído para controlar a propagação da carga viral de COVID-19. O mundo começa a respirar melhor e a sonhar com o fim do isolamento, distanciamento e o desconfortável uso de máscaras.

Esse terrível monstro ainda “invisível”, quase infalível se considerarmos que as armas biológicas a favor da vida e da humanidade ainda não apresentaram os resultados esperados, age de modo virulento porque sua natureza ainda é uma descoberta recente. Esse infame “desconhecido” para o mundo da microbiologia será destruído, pois admite-se nos círculos científicos que as vacinas (aprovadas ou ainda em fase de testes) devem apresentar maior nível de eficácia e eficiência capaz de destruir o coronavírus.

Estamos avançando com o serviço de inteligência cientifica que promoverá a contra informação que blindará o sistema imunológico humano para aniquilar o vírus, realizando a defesa e o ataque no sentido da destruição da carga viral, os cientistas vencerão a coronavírus e resolverá tudo isso em definitivo.

O mundo caminha a passos largos para a vitória das ciências da natureza sobre essa pandemia com níveis de letalidade perturbadora, sobretudo da microbiologia que nos mostra que estamos atentos e preparados para pesquisar cada vez mais com menor tempo de investigação para enfrentar inimigos invisíveis a olho nu, mas com poderes destrutíveis incalculáveis.

Infelizmente, nos marcos desse mesmo Estado não existe a mesma disposição, comprometimento e investimentos do Estado para possibilitar as nossas ciências sociais os mesmos resultados na direção da libertação da humanidade que desde a antiguidade mantém níveis de exploração e expropriação da imensa maioria por minúsculos grupos sociais de humanos para manter privilégios restritos apenas a classe dominante.

Mesmo com todas essas dificuldades, existem estudos, pesquisas e literaturas que dão conta dessa situação de subjugo, aliás, propiciam esses saltos transformadores das estruturas.

Contudo, ainda não existe nenhuma esperança no curto (médio e longo) prazo de banir do mundo a opressão, de acabar com o “vírus” mortal da imoralidade que semeia a corrupção desde o surgimento da espécie humana falante, que transforma as coisas por meio do trabalho e que usa a escrita para organizar o espaço e registrar a memória da caminhada sobre à terra da própria espécie humana.

De vilões esqueléticos, suas ideias e monstruosidades consideradas eliminadas da face da terra, eles voltam a ocupar espaços nas academias, na política e na institucionalidade como “mocinhos”. Ressurgem para coabitar o mesmo universo dos humanos mortais como se fossem uma espécie de “bacteriófagos”, um tipo de vírus altruísta que promovem o bem-estar da humanidade.

Nossas ciências sociais não conseguiram imunizar parcelas significativas de humanos no mundo contra esses vírus letais como Adolf Hitler, Benito Mussolini e Franco, Francisco Franco Bahamonde, Auguste Pinochet e outros vírus letais, cuja carga viral ainda circulam livremente no mundo.

Uma parcela significativa do eleitorado brasileiro disse sim a essa pestilência letal que controla o comportamento social da maioria da população, em contrapartida, eles exorcizam as ciências sociais (de orientações marxistas, marxiana e do campo crítico) com um ensurdecedor “vade retro satana” a única saída a essa pandemia socioeconômica e política que é o pensamento crítico emancipador.

A atual política brasileira herdeira do estelionato que urdiu o golpe de 2016 e adoção recentemente do movimento bolsonarista (querendo ou não) segue na contramão do mundo. Enquanto autoridades sanitárias de todos os países do planeta comemoram o surgimento da vacina e buscam rapidamente o abastecimento de seus estoques com um antídoto contra o COVID-19, o governo brasileiro genocida diz que apenas 10% da população vão receber as duas doses da vacina, isso significa dizer que ele disse não a vacina para os 90% restantes do país.

E o que é pior é que ele conta com o apoio de alguns fanáticos religiosos lunáticos, esquizofrênico, políticos acometidos pelo mau-caratismo e com mania de perseguição alegam que o SARS COVID-19 é uma carga viral desenvolvida e infiltrada no mundo por espiões comunistas — há quem diga que o Brasil voltou no espaço-tempo da guerra fria.

Isso só reforça a necessidade de existirem ciências sociais e investimento público para que elas nos ofereçam o mesmo nível de resultados com base na mesma eficiência/eficácia das ciências da natureza para imunizar a população brasileira contra esse vírus ideopolítico mortal.

Só assim, conseguiremos mudar o comando político tradicional exercido por forças ultraliberais que controlam a economia, a sociedade e suas instituições políticas. Nessa conjuntura especifica que a direita tradicional perdeu o controle do Estado, o bolsonarismo governa por meio dessa carga viral conservadora de extrema-direita. Só esse antidoto ideopolítico de esquerda é capaz de superar esse ciclo de vícios, imoralidades, opressão, racismos, misoginia, feminicídios, LGBTQIAfobia, desigualdades socioeconômicas, políticas e a famigerada dependência aos organismos comerciais internacionais controlados pelas elites que representam o imperialismo capitalismo mundial.

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