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A “manada” de jacarés e a destruição comunista do Brasil pelo coronavírus
*por Herberson Sonkha
Para o professorado sem cátedra, sem leitura cientifica crítica e destituído moralmente da condição orgânica de classe trabalhadora, preterida pela classe média em troca de algumas migalhas e privilégios, a “manada” de jacarés diz a verdade quando afirma que o coronavírus é a estratégia comunista para tomar o país, destruir a pátria, exterminar a família e matar Deus. Por isso, tanto fascismo em aceitar as medidas preventivas das autoridades sanitárias contra a carga viral infectocontagiosa do Sars-Covid-19.
Além das lamentáveis mortes trágicas por
coronavírus, o Brasil precisa enfrentar o vírus do ultraconservadorismo da
“manada” de jacarés e sua estratégia e táticas fascistas milicianas contra as
liberdades democráticas, em favor do livre mercado de capitais e pela
dilapidação do patrimônio público por meio do enriquecimento ilícito de
quadrilhas milicianas desviando dinheiro da educação, saúde e desenvolvimento
social para grupos de empresários milicianos e religiosos fanáticos
fundamentalistas corruptos.
Este sim é um outro problema gravíssimo,
porque mostra o olhar criminoso do governo e sua trupe miliciana contra
direitos sociais, econômicos e políticos conquistado pela luta do povo
brasileiro. O presidente, cujo “olhar mata mais do que bala de carabina. Que
veneno estriquinina. Que pexeira de baiano. Teu olhar mata mais que
atropelamento de automover” é assertivo no alvo e, é, infinitamente mais
mortal para a classe trabalhadora e as populações em múltiplas situações de
risco do que qualquer outro vírus, como diz o refrão acima da música “Tiro ao
Álvaro” de João Sabiá, eternizada pela interpretação sem igual e a voz
espetacular de Elis Regina.
Depois de dois anos de intensos ataques
bolsonaristas a direitos sociais e a destruição das instituições democráticas
no Brasil, o inesquecível ano de 2020 está indo embora, mas o cenário desolador
ainda é o mesmo de um campo de batalha que trava uma guerra que mal pode
enterrar seus próprios mortos que tombam diariamente pelos tentáculos venenosos
do coronavírus, deixando um rastro destruição e flagelo humano.
Neste momento em que nos aproximamos do final
desse terrível ano de 2020, a estatística de óbitos já atinge a marca
catastrófica de 1.8 milhão de corpos espalhados pelo mundo. São marcas
indeléveis na memória e no sistema nervoso de todas as pessoas que acordam
todos os dias atemorizadas pelo medo de perder a própria vida para a pandemia,
uma verdadeira roleta russa que gira na direção de mais de 7,8 bilhões de
pessoas distribuídas pelo globo terrestre.
A pandemia se alastrou violentamente pelos
seis (6) continentes do planeta. Segundo o cálculo da Organização das Nações
Unidas (ONU) pelo menos 40% dessa população mundial ainda está confinada por
causa da Covid-19, isso corresponde a 3,89 bilhões de pessoas em 80
territórios.
No Brasil essa roleta russa é governada pela
“manada” de jacarés, por isso tudo indica que esse cenário catastrófico se
estenderá insolúvel por muito mais tempo, matando muita gente até o segundo
semestre de 2021. A ausência de política institucional do governo federal
mantém elevada a taxa de mortalidade no país em função da irresponsabilidade de
uma casta miliciana-fascista de governantes que prefere não intervir com ações
governamentais para controlar e reduzir a alta capacidade de transmissibilidade
e letalidade do Sars-Covid-19.
Caso persistam nessa lógica fascista de fazer
vistas grossas as aglomerações em praças, bares, boates, lojas, terminais de
transbordo (interurbano e intermunicipal), praias e rios caudalosos que banham
parte dos municípios brasileiros, vai morrer muito mais gente. Em países
considerados materialmente mais avançados, com níveis de desenvolvimento em
todos os três setores da produção (primário envolve a agricultura, a pecuária e
o extrativismo animal e vegetal; secundário da indústria, da construção civil
e; terciário são serviços) e detentoras de tecnologias de ponta, anunciam o
retorno imediato de medidas de distanciamento, ativação de espaço
clínico-hospitalar de isolamento e, em algumas situações mais graves, volta-se
a falar em lockdown (confinamento).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem
feito inúmeros investimentos em intensas campanhas publicitárias para
massificação de propagandas educativas para convencer os governos decretar
estado de emergência para aumentar recursos extraordinários para realizarem
testagens em massa, ampliar investimento em equipamentos de tratamento
intensivo, abrir mais vagas em leitos de UTI’s e adotar medidas mais rígidas
contra a propagação da Covid-19 nas cidades.
Este tipo de campanha visa dialogar com as
pessoas para despertar a consciência das populações mundiais acerca da urgente
necessidade de manter o distanciamento, uso de máscara e álcool em gel, mas
parecer não surtir nenhum efeito.
Governos comprometidos em eliminar a
propagação da carga viral do coronavírus do convívio humano, adotam medidas
mais rígidas, muitas delas antipopulares a exemplo das intervenções mais
coercitivas, inclusive fazendo o uso de policiamento ostensivo para garantir o
cumprimento do toque de recolher, evitar aglomerações e a efetividade das
barreiras sanitárias. Aliás, realizam o monitoramento em tempo real de vias de
circulação de pedestres e veículos automotivos para impedir a transmissão por
circulação e controlar áreas urbanas infectadas pelo Covid-19.
Mas, isso tem um alto preço que é priorizar a
vida humana independente da geolocalização no campo ou nas periferias, puxando
com austeridade as rédeas do livre mercado e, de alguma maneira, vai impactar
negativamente nas altas taxas de lucratividades de uma minúscula fatia de 1% de
capitalistas quem sempre viveram como nababos, desfrutando das melhores
mercadorias e serviços que a força de trabalho explorada pode produzir para
mercado.
Ao mesmo tempo em que o coronavírus é a
infelicidade mortal para as populações subalternizadas, é altamente lucrativo
para empresários capitalistas gananciosos e carniceiros que vivem desses
infortúnios, triplicando suas fortunas originadas da exploração da força de
trabalho e do consumo da classe trabalhadora. Empresários capitalistas nunca
tiveram e, certamente, não seria neste momento de angústia dessas populações
que teriam minimamente qualquer tipo compromisso com a urgência dessas medidas
de austeridade de mercado e afrouxamento de investimentos no social. Óbvio que
vão preferir manter todos os setores da economia em pleno funcionamento (ou de
qualquer jeito), sobretudo o comércio.
Dessa forma, a prioridade não é atender a
nenhuma das recomendações de autoridades sanitárias com base nas recomendações
da Organização Mundial de Saúde – OMS. Muitas empresas até adotam os protocolos
sanitários para usarem como peças publicitárias para aumentar suas vendas.
Mesmo assim, ainda é insuficiente para conter a velocidade de propagação,
restringir a área de circulação do vírus para controlar e diminuir
compulsoriamente o nível de contagio e letalidade viral.
Como querem os capitalistas definir o
capitalismo como sistema econômico natural e última estação da humanidade (que
eu discordo é óbvio), segundo eles ninguém pode interferir no livre mercado, o
coração natural da cidade que pulsa diariamente bombando a produção, levando e
trazendo capital que circula por todas as veias irrigando o sistema, oxigenando
o trabalho para retroalimentar o capital, o vil metal.
Por isso, a cidade está funcionando dentro da
“normalidade” como se não estivéssemos sob a égide desse destrutivo vírus
responsável pelas centenas de milhares de mortes. O estado de demência de parte
da população, empresários e políticos mostra o caráter “natural” do capitalismo
que aliena e promove comportamentos de estranhamento diante de seu próprio sofrimento
e/ou risco iminente de morte. Torna a sociedade um exército de
trabalhadores-consumidores fantasmas “prontos” para morrer, totalmente alheios
a realidade, como se fossemos personagens de mais uma superprodução
cinematográfica desses lançamentos bem sucedidos de série de suspense com
ficção cientifica da Netflix.
O estado de alheamento mental afeta também a
maioria absoluta das representações empresariais do grande capital que controla
a sociedade civil, de governos conservadores e de famílias tradicionais
(inclui-se aí todas aquelas pessoas com orientação religiosa pentecostal de
viés político de extrema-direita). Por isso, não ignoram o quadro pandêmico e
seus efeitos destrutivos em proporções gigantescas.
A alienação causa essa sensação geral de que
nada está acontecendo no país, as quase 200 mil mortes no Brasil parecem não
refletir essa trágica situação pandêmica, pois não houve nenhum aprendizado que
pudesse mudar radicalmente o comportamento gregário e a maneira de se
relacionar com isolamento reverso interpessoal e entre os vários grupos
sociais.
O que prevalece são as aglomerações festivas,
comerciais, religiosas e políticas que atinge a maioria da população
brasileira. Não há outro caminho senão aumentar o número de óbitos e hiper
agravar o quadro clínico de pessoas nos vários grupos de riscos com
comorbidades, aumentando a demanda por unidade de tratamento intensiva por
causa de monitoramento cardiorrespiratório e outras sintomatologias,
superlotando hospitais em busca de UTI’s. O histórico de demandas dessa
natureza no Brasil já é deficitário porque não consegue ofertar leitos de UTI
nem mesmo em situações normais, imagine num quadro de surto pandêmico.
Diante desse quadro desolador o que se espera
para 2021 é o renascer imprescindível da consciência individual e coletiva da
população que precisa despertar para a necessidade de uma reorientação radical
nas relações interpessoais e coletivas, com base no distanciamento social,
isolamento, uso de máscaras e álcool em gel. Embora a vacina seja uma resposta
indispensável, não podemos acreditar que ela seja a única saída e, por isso,
fiquemos brisados como vaca de presépio esperando a hora de morrer, depositando
nossas expectativas nesta ou naquela vacina, pois essa ainda não é uma
realidade factível para o Brasil.
Aliás, o principal governante do país em mais
um de seus arroubos bizarros anunciou publicamente em suas redes sociais que
não vai vacinar porque não concorda com o uso do antídoto contra a carga viral
e seus seguidores fazem coro com essa ideia estapafúrdia. Nessa loucura
criminosa, existe quem acredita que a vacina, seja ela qual for, vai provocar
mutações genéticas no DNA da espécie humana brasileira, de modo que
transformará a população brasileira numa imensa “manada” de jacarés porque faz
parte da estratégia “comunista” do PT de tomar o país, destruir a pátria,
exterminar a família e matar Deus.
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