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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Por que o COESO apresenta candidatura às prévias para 2016?
dezembro 02, 2015
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por
Vinícius...
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"A propositura desta candidatura propõe dar conta das expectavas e angustias de petistas, e não petistas, que ainda acredita no PT enquanto organização partidária séria, politizada e comprometida com a luta por uma outra sociabilidade."

O Coletivo Ética Socialista (COESO) e simpatizantes, sentimo-nos representados pela práxis política do professor Marcelo Neves, valoroso militante e dirigente fundador do Coletivo Ética Socialista. O trabalhador Marcelo Neves que se reconhece enquanto classe trabalhadora vocaliza em sua práxis política os vários processos históricos, socioeconômicos e políticos de emancipação humana, antípoda ao capitalismo. Nesta pré-candidatura às prévias, estão presentes todos os debates, militância e ações das diversas populações fragilizadas pelas elites burguesas.
A propositura desta candidatura propõe dar conta das expectavas e angustias de petistas, e não petistas, que ainda acredita no PT enquanto organização partidária séria, politizada e comprometida com a luta por uma outra sociabilidade. No entanto, mesmo com significativos avanços promovidos pelas sucessivas gestões petistas, esta candidatura buscar pautar a ausência de respostas às diversas demandas coletivas das lideranças dos movimentos sociais, sindicalistas, dos movimentos negros, mulheres, LGBT, ambientalistas, artistas, intelectuais, cientistas e militantes.
Pautamos também a postura intransigente, arrogante e indiferente de dirigentes petistas (no partido e no governo) e nome desta militância silenciada que deixaram de ser ouvidas pela direção do Partido dos Trabalhadores, apresentamos a candidatura do COESO, aqui representada, pelo Professor Marcelo Neves. Nossas críticas e propostas de alteração de curso vão no sentido de agregar ao processo sucessório, contrapondo-se á logica perversa da mercancia ou da barganha que despolitiza o partido, adotada a partir do momento que abraçaram a democracia e o Estado liberal burguês como “único e possível” caminho da humanidade para se chegar ao bem estar.
O COESO, trás a baila polêmicas, não menos valiosas, como atualização programática do Modo Petista de Governar; empoderamento institucional, socioeconômico e politico das classes trabalhadoras, sobre tudo seus efeitos devastadores sobre as populações negras, quilombolas, povos tradicionais e terreiros, mulheres e populações LGBT, em todas as faixas etárias (crianças, adolescentes, jovens, adultos e melhor idade).
O COESO compreende as contradições que nortearam a evolução nas relações de trabalho ao longo do desenvolvimento das engrenagens capitalistas, mas não prescindi da luta de classes que põem em rota de colisão interesses absolutamente irreconciliáveis, posicionando-se contrário à conciliação de classes antagônicas. Não há como negar as mudanças substanciais nos instrumentos jurídicos administrativos de exploração das classes trabalhadoras, nas formas políticas de exclusão de múltiplas populações, na atualidade.
No entanto, a falácia prometeica da democracia liberal não deu conta de resolver as mazelas mais elementares provocadas pelo capitalismo, como a fome, violência, fanatismo, guerras, pestes, falta de moradia, lazer, saúde, cultura e educação de qualidade às populações marginalizadas. Pelo contrário, fortaleceu os mecanismos privados de exploração que asseguram o aumento agressivo da concentração e centralização de riquezas sob o controle de poucas famílias, alargando indicadores de desigualdades multidimensionais e miséria.
O COESO considera necessária a desapropriação dos condomínios de poder, desburocratização e descentralização da maquina pública por forças dominantes conservadoras. É inadmissível que um projeto nascido em berço operário, movimentos populares, intelectuais, artistas e lideres religiosos com práxis de esquerda possam sucumbir aos interesses mesquinhos de “lideranças” petistas de direita.
A crise que se abate sobre o PT é de ordem política e tem raízes e reflexos profundos no comportamento simbólico criado pela sociedade burguesa. Formaram-se ligeiramente grandes ilhas de poder inabaláveis e inacessíveis. A cada eleição, a partir do estrangulamento e asfixiamento das forças internas, cresciam e tornavam-se incontrolavelmente imorais. Assim, como ocorre entre as forças capitalistas que digladiam no mercado para destruir a concorrência, o campo hegemônico foi aniquilando gradativamente com poder econômico as forças à esquerda tratando-nos como concorrentes e esvaziando os espaços de participação democrática das tendências e coletivos à esquerda.
O patrimonialismo, clientelismo e a busca deslumbrada pelo poder, levaram lideranças históricas (outras nem tanto) do campo hegemônico a equivocadas estratégias de alianças com setores de direita conservadora, que colocaram o partido, sua história, projetos e seus sonhos na geleia geral do senso comum: todos são corruptos! Descredenciando o PT das fileiras da esquerda combativa e de sujeito do projeto mais ousados da história política brasileira, que é mudar de forma contínua a triste realidade de pobreza, fome, desemprego, violência e miséria deixada pelas elites burguesas e suas políticas elitizadas que geraram a exclusão e opressão dos pobres.
O COESO defende a radicalização compulsória dos mecanismos democráticos de participação popular, capaz de fazer a transição deste modelo limitado para organizações sociais revolucionárias. As valorosas experiências de Orçamento Participativo e de Conselhos de Controle Social são conquistas importantes, mas precisam ser atualizada porque seu funcionamento apresenta desgastes após 20 anos ininterruptos de uso. Faz-se necessário transformar estes mecanismos que foram infectados pelos vícios da democracia liberal, que garante a igualdade na forma da lei, mas não avança no seu conteúdo.
As organizações sociais cunhadas a partir do Código Civil reflete a grande medida a sociedade burguesa e seus mecanismos jurídicos de controle que impõe retrocessos à práxis revolucionária. Portanto, não transcende a democracia formal. Sua ideologia é incompatível com a práxis e conteúdos revolucionários, impedindo-a de avançar no sentido da radicalização da democracia. Portanto, urge a necessidade de romper com estes modelos arcaicos de organização de participação social liberal.
Devemos construir organizações participativas revolucionárias em sua práxis política que leve o Estado liberal burguês a sua logica organizacional a exaustão/superação. Precisamos de Conselhos Populares constituídos pela práxis política revolucionárias, com plenos poderes para intervir politicamente na consecução orçamentária e nas políticas conservadoras, direcionando-as às populações com múltiplas vulnerabilidades.
O COESO defende a ampliação compulsória do financiamento público para programas, projetos e ações governamentais voltadas para inclusão de populações em situação de risco provocada pela vulnerabilidade socioeconômica e politica originada pelas instituições políticas do Estado e mercancias das relações de troca. O capitalismo produz consequências maléficas na vida das pessoas, estragos em todas as dimensões da vida humana: relações pessoais, sociais, econômicas, religiosas, ambientais e políticas.
A máquina mortífera do capitalismo desenvolveu-se intensamente nestas últimas décadas, ampliando consideravelmente sua capacidade de acumular riquezas de forma concentrada e centralizada. Mas, contraditoriamente vem arruinando a humanidade, mobilizando os vários recursos naturais para produção destruindo o meio ambiente e a vida humana em sociedade. Os números confirma a escalada desastrosa da produção, mas aponta para ampliação da fome, da miséria, endemias coletivas, falta de moradia, saúde, educação, múltiplas violências, genocídios de jovens negros, estupros e violência contra mulheres e populações LGBT, racismo e intolerância religiosa.
Estas estatísticas mostram os resultados desastrosos deixados pelo capitalismo ao longo de sua existência. Estes malefícios devem ser cuidados pelo poder público por meio de políticas públicas direcionadas, porque a universalização de tais políticas desconsidera a existências de classes em situação melhor, colocando a todos na mesma condição de direitos. Em verdade, não há igualdade de condições porque existem classes diferentes com poder socioeconômicos absolutamente diferenciados.
No que pese a existência de programas, projetos e ações governamentais iniciados há 20 anos, os indicadores dizem que ainda são tímidas. Consideramos necessária a efetividade e compulsoriedade destas políticas por meio do financiamento público crescente, visando atingir todas estas populações fragilizadas pelo desenvolvimento, domínio e exploração capitalista. Nos marcos da democracia liberal, mesmo que tenha sofrido mudanças desde o seu surgimento a partir do século XVIII, não há como melhorar progressivamente o financiamento destas políticas porque não deixa de ser um projeto da burguesia para sustentar o desenvolvimento do capitalismo.
Estas questões encontram eco na militância do COESO está presente na práxis política do professor Marcelo Neves. A candidatura do professor Marcelo Neves às prévias internas do Partido dos Trabalhadores à prefeitura municipal de Vitória da Conquista é uma expressão de luta e debates que visa à atualização programática do Governo Participativo. Não defendemos a deificação de quem quer que seja, por isso não apresentamos o professor Marcelo Neves como salvador de nenhuma pátria ou aquele que virá impávido por entre as nuvens para redimir todos os problemas e as angustias dos conquistenses. Também não compreendemos que a nossa candidatura seja dada por benemérito de quaisquer trabalhos assistencialistas, como fazem os populistas e demagogos.
Nossa candidatura é apenas uma expressão ideológica legitima de militantes de esquerda que desejam aprofundar as mudanças iniciadas pelo Partido dos Trabalhadores que não são iniciadas pelos dois grandes gestores Guilherme Menezes e o professor José Raimundo Fontes, mas sim pelas forças de centro e esquerda que militam nesta cidade construindo as grandes manifestações contra o capitalismo e suas instituições políticas e ideológicas que remontam a história de Vitória da Conquista.
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