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08 de janeiro e o derrotado golpe fascista de Estado do fantoche do sistema capitalista
*por Herberson Sonkha
Hoje completa um ano do ataque golpista derrotado da extrema-direita no país, apesar dos enormes prejuízos causados ao erário público e ao patrimônio cultural brasileiro, os mais de meio milhão de pessoas dizimadas pela Covid-19 no Brasil, passam ao largo dessa descapitalização social e da economia pública. As forças democráticas brasileiras quase não reúnem as forças necessárias para derrotar no primeiro nocaute essa locomotiva desgovernada de destruição em massa.
Parafraseando Chico Buarque, “apesar de você”, o amanhã da população brasileira ainda está sendo construído como um novo dia. Não se sabe quando será esse novo dia. Eles venceram? Não! Mas, nós também ainda não vencemos essa doença cancerígena infectocontagiosa que come o tecido social em proporções pandemicamente catastróficas. É preciso ter consciência de que ainda não!
Todavia, precisamos admitir que foi por pouco que a fúria da extrema-direita nazifascista não triunfou implacavelmente sobre o próprio povo brasileiro. Talvez, estivéssemos nesse dia de hoje lamentando amargamente sobre os escombros ósseos pelo auto suicídio coletivo, mesmo que parte dele jamais teria escolhido “suicidar-se a si mesmo”.
Esse é o melhor memorial para evitar esquecimento coletivo acerca do botão eleitoral de auto suicídio. Mais uma vez a esquerda (radical e liberal social) cumpriu uma tarefa zumbílica para evitar essa catástrofe. As vozes críticas criminalizadas como “esquerdopatas” se levantaram contra o culto à necropolítica, sem hesitar triunfaram na margem quantitativa e sem grandes folgas.
Eu entendo que essas dificuldades em vencer os algozes e suas maldades contra o povo brasileiro têm a ver com a necropolítica. Uma proposta de posse e controle absoluto da extrema-direita das finanças públicas sob a gestão do Estado e da garantia de liberdade ilimitada do mercado às empresas de economia privada mesmo que seja absolutamente contra quaisquer interesses públicos.
Não é fácil vencer a necropolítica malograda no poder (garantindo a ela as mesmas regras democráticas), pois, ela advoga o terrível uso indiscriminado do poder social e político para determinar (via decreto) como algumas pessoas podem viver e outras devem morrer. Para isso, o governo de extrema-direita do bolsonarismo no Brasil só precisou dar iniciar a distribuição desigual de oportunidade de viver e morrer no sistema capitalista brasileiro contemporâneo.
A necropolítica adotada pela extrema-direita no governo (em âmbito Federal, Estadual e Municipal) levou a decadência do Brasil que passou a ser estampada nas mais importantes manchetes do país. Gráficos estatísticos exibindo números em franco declínio nas principais capas de jornais brasileiros. Além disso, essa situação circulou nos mais importantes veículos de comunicação das principais economias capitalistas do mundo.
Uma parcela dos degradados que viraram destaque nos jornais pela fome, desemprego, miséria, violência, falta de moradia, terra para produzir, envenenamento e destruição do meio ambiente e reservas do povos originários, extermínios de jovens negros e comunidades de povos originários quase reelegem seus algozes. Iam sucumbir de vez a República aos caprichos de um fantoche do sistema capitalista imperialista, enfurecido de ódio de seu próprio povo.
Esses fantoches de facínoras fascistas espalhados em todo o país, eram manipulados a todo instante pelo governo da marionete extremista, sob a égide do vocativo de pautas nazifascistas. Eram chamados abertamente nas redes sociais pelos comparsas e pelo próprio presidente a golpearem de morte os Três Poderes da República, responsáveis pelas instituições do Estado Democrático de Direito.
Mesmo sendo eleito numa agenda democrática, utilizou-se dela para propagar as suas pautas fascistas de extrema-direita. Prosperaram a ponto de eleger um fantoche do capital e das multinacionais no poder central. Governaram contra os interesses das populações da classe trabalhadora do campo e da cidade; populações afrodescendentes e povos originários; contra as mulheres e populações lgbtqiap+. Consolidaram como chamamento ideológico diário, toda a estratégia de comunicação do golpe de Estado, liderado pelo próprio ex-presidente de dentro do Palácio do Planalto.
Por fim, precisamos acabar com os grupelhos utilitaristas do Centrão, àquele espectro de partidos satélites, parasitas de outros partidos maiores (igualmente satélites), que forjam o tempo todo "hábeis lideranças” dispostas a transformar o Estado e suas políticas publicas no imenso balcão de negócios.
São "políticos" inexoravelmente imorais, sediciosos e promiscuem com qualquer títere que lhes concedam cargos, privilégios, dinheiro escuso e benesses. Se nutrem desse lodo fétido, desse tipo de imoralidade para garantir sua permanência no espaço de poder, parasitando na institucionalidade democrática às custas do financiamento compulsório público para destruir garantias e direitos históricos do povo brasileiro.
O centro e a esquerda liberal brasileira devem tirar a mais importante lição desse processo golpista de 08 de janeiro, que tem sido tão dolorosa para o povo brasileiro, evitando que essas armações golpistas impeçam o Estado de garantir incondicionalmente qualidade de vida saudável à democracia brasileira. Protegendo-a de quaisquer parasitas à espreita de vantagens para advogar pautas antipopulares de caráter nazifascistas. Sobretudo, imunizar a coletividade contra publicações em redes sociais e meios de comunicação que advoguem a dilaceração do tecido social e a demolição violenta do Estado Democrático, sob o falso discurso de que a liberdade de expressão os protegem.
Prender de maneira exemplar quaisquer financiadores, conspiradores, planejadores e executores da extrema-direita fascista de atentados qualificados como lesa-pátria e contra a ordem constitucional democrática brasileira. Nenhuma leniência com fascistas! Pois, sabe-se que historicamente nenhuma democracia no mundo sobrevive garantindo (de maneira incondicional) aos fascistas de plantão o direito de disputar o pleito, respeitando inadvertidamente as suas pautas, os discursos e as polêmicas de natureza nazifascista na sociedade. Isso não é liberdade, mas sim libertinagem golpista para derrubar violentamente os fundamentos do próprio Estado Democrático de Direito.
Fonte das charges: Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
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