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Por que a “prefeita fujona” correu do 29º Grito dos Excluídos?
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Fonte: foto do site do Blog do Sena. |
"Essas vozes estridentes dos desalentados explica a saída aturdida da prefeita do palanque para não ouvir o grito de clamor político sem se comprometer em responder as mazelas bolsonaristas, receando ser vaiada publicamente."
*por Herberson Sonkha
A louvável iniciativa da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que organizou o Grito dos Excluídos em 1994 com a temática “A fraternidade e os excluídos” não foi apenas apropriada àquela conjuntura, mas, continua sendo tão necessária nesse momento. Hoje, quase 30 anos depois, o 29ª Grito dos Excluídos com a temática “Você tem fome e sede de quê?”, realizado em Vitória da Conquista pelo Conselho de Leigos Regional Nordeste (CNLB) e pelo Fórum Sindical e Popular (FSP), parece ter causado um comichão no mundo bolsonarista de faz-de-conta da atual prefeita que evadiu-se sub-repticiamente do palanque antes mesmo do Grito do Excluídos chegar próximo ao palanque.
Quando as entidades que participavam do 29º Grito dos Excluídos se aproximavam do palanque e viram o desespero da maior autoridade municipal para sair esbaforida do palanque para não ouvir o clamor do grito, uma cena mais tétrica, a população que desconhecia ficou indignada. Uma demonstração inequívoca de indiferença e a absoluta falta empatia contra quem luta honestamente contra todas as dificuldades impostas pelo atual governo municipal à população conquistense. Inconformadas, imediatamente começaram a gritar “prefeita fujona”.
A fuga nunca foi a melhor saída política para qualquer pessoa adulta (ou que se supõe ser) que ocupa o principal cargo de gestão do serviço público porque é uma característica inadequada ao cargo. É uma infantilidade muito comum em crianças que convivem num ambiente hostil, geralmente desenvolve esse tipo de mecanismo de fuga da realidade. Isso na criança é perfeitamente compreensível, mas para uma pessoa adulta não se pode admitir isso porque caracteriza negligência para com as suas responsabilidades. Isso têm implicações gravíssimas.
Quando um adulto em posição de comando, ao invés de ouvir o clamor dos desalentados que precisam, foge às pressas de seus próprios deveres isso não é um bom sinal. Adultos irresponsáveis têm a necessidade incontrolável de escapar da realidade porque não tem maturidade suficiente para lidar com suas próprias limitações (quando não superadas quase sempre levam as suas próprias frustrações), buscando a fuga como saída imediata ao desconfortável, da dor, das angústias e dos medos. O mecanismo de defesa cria alternativa para ignorar certas vivências que colide com o desejo inseparável de cada pessoa, sobretudo com o qual não se consegue racionalizar para superar.
Nesse caso, busca-se de alguma forma substituir essa carência com a volição desmedida de excessos cometidos no dia-a-dia. Esse tipo específico de excesso é bem reverenciado pela chamada política medíocre que estimula as compulsões (idiossincrasia, soberba, rompante e jactância). No 29º Grito dos Excluídos desse ano isso ficou evidenciado ao se revelar de maneira inédita a fuga de uma autoridade municipal. A despeito de não ter sido escolhida pela população conquistense como prefeita, não quer dizer que possa se comportar de maneira fugidia. Como se diz no jargão da política institucional, “Se quiser pôr à prova o caráter de uma pessoa, dê-lhe poder”, atribuída a Abraham Lincoln.
Talvez, algum açodado (a) mau-caráter resolva fazer um discurso sabujo alegando infamemente que chamar a autoridade municipal de ‘prefeita fujona’ é um ataque machista-misógino à primeira mulher a ocupar o espaço de poder no cargo de gestora municipal, historicamente ocupado pelos homens.
Peço vênia as mulheres, pois, ressalta-se que contraditoriamente a esse discurso oportunista, essa Senhora publicizou a sua briosa vinculação à pauta de extrema-direita de verve fascista bolsonarista nas duas últimas eleições (2018-2022). Isso por si só, já não lhe inclui ou atribui qualquer credibilidade como uma pessoa partícipe do movimento feminista liberal, alguém que efetivamente tenha participado e defendido esse movimento de mulheres na cidade.
A destrutível ascensão da extrema-direita ao poder central no Brasil deixou tudo bem explicado sobre ser de esquerda ou ser de direita em nosso país. Só para refrescar a memória sociopolítica, cito apenas duas situações recentes (existe mais) em que não se pode afirmar que ter nascido preto (retinto ou pardo) não faz essa pessoa um antirracista. Igualmente, ter nascido mulher não torna essa pessoa antipatriarcal que combate o machismo, misógino e feminicídio.
São bons exemplos dessa contradição liberal burguesa capitalista, o ex-dirigente fascista da Fundação Palmares, o jornalista fascista “capitão do mato” Sérgio Camargo e a mulher advogada (contraditoriamente uma religiosa fundamentalista) Damaris Alves reprodutora de machismo, misoginia e condescendente com feminicídio, a ex-ministra do governo fascista de Bolsonaro. Aqui em Vitória da Conquista podemos citar como preposto deste bolsonarismo a atual prefeita. A atual gestora passou de maneira indiferente pela UESB, pois nunca participou de nenhuma atividade desse tipo. Nunca escreveu algum artigo acadêmico ou deu alguma entrevista quando presidiu a CDL (órgão de classe da burguesia conquistense), ou mesmo quando filiada ao DEM, defendendo essa pauta de mulheres feministas liberais.
A luta política das mulheres conquistenses por conquistas socioeconômicas, culturais e políticas vem de muito longe e não existe qualquer contribuição dessa Senhora ou de qualquer vertente partidária do feminismo liberal de influência estadunidense. A despeito de que não existe nenhum movimento orgânico de feminista liberal na cidade. Diferente da práxis política de militantes de instituições orgânicas feministas de mulheres socialistas e comunistas que já existe na cidade há décadas. Elas sempre fizeram lutas coletivas e abertamente, contribuições imprescindíveis pela emancipação das mulheres na sociedade burguesa.
A verdade é que não há nenhum registro de atuação política da prefeita bolsonarista de Vitória da Conquista em nenhum desses espaços indispensáveis dos movimentos de luta de mulheres de Vitória da Conquista, da Bahia ou do Brasil. Feliz para algumas poucas mulheres brancas ricas, e, infeliz para a maioria negra (retinta e parda) e periferizada, pois o único momento em que sociedade conquistense tomou conhecimento da existência dessa mulher na política foi quando fez a sua aliança política com a extrema-direita bolsonarista. E o fez para disputar as eleições de 2018 como candidata a deputada federal (dos 221.849 votos, ela obteve um pífio desempenho de 2,87%, que corresponde a 4.525 votos).
A posição política dessa senhora em favor do golpe de 2016, que depôs uma mulher honesta e prendeu sem provas materiais o seu principal opositor para facilitar as eleições para um fascista (ontem golpista, hoje corrupto compulsivo) em 2018, essa escolha ficou caracterizada pela dancinha fascista do “Fora Dilma”.
Ao apoiar as atitudes golpistas (fake-news) e fascistas para defender o programa de governo do candidato da extrema-direita no país, essa senhora fez apologia por extensão ao estupro e ao feminicídio no Brasil. Ela participou de todos os atos e fez campanha eleitoral para as eleições (2018) e a reeleição (2022) do maior misógino, incitador de estuporo e feminicídio do país, seu candidato Jair Bolsonaro de acordo suas auto declarações feitas no seu programa eleitoral de televisão.
Sem qualquer participação no movimento de mulheres (comunistas ou liberais), que nas últimas cinco décadas organizou todas as lutas feministas na cidade, a prefeita sempre se esquivou de pautar a questão de gênero, de empoderamento e da emancipação das mulheres na sociedade contemporânea. A bolha bolsonarista conservadora em que vive essa prefeita, ignora todas as lutas importantes travadas nas ruas ou nos espaços de poder por essas mulheres combativas contra os seus opressores machistas-misóginos e a racionalidade feminicida do perverso sistema explorador de mulheres.
A pauta das mulheres não visa apenas a busca exclusiva por equidade, respeito e inclusão cultural, intelectual e profissional nas estruturas de poder (público e privado) como propõem as feministas liberais. Mas, também pela emancipação da mulher construída com lutas incessantes das mulheres feministas (socialistas/comunistas), combatendo sistematicamente à estrutura do patriarcado (machista, misógino e feminicida) reforçado exponencialmente pelo sistema capitalista.
Ressalte-se que as mulheres negras são infinitamente mais violentadas senão triplamente exploradas, excluídas e marginalizadas por causa de sua condição étnico-racial criada pelo sistema escravagista (escravidão moderna). A natureza coercitiva do sistema escravagista não apenas manteve o cativeiro, mas criou todas mazelas existentes que ainda não foram minimamente superadas pela sociedade burguesa contemporânea. Por isso, não se pode falar em independência do Brasil.
Com a crescente democratização do conhecimento e da informação por meio do acesso ao ensino superior no Brasil, ninguém mais ousa afirmar nos dias atuais que houve há dois séculos um "grito da independência” que proporcionou ao Brasil essa tal independência. Esse grito quimérico às margens do Rio Ipiranga, na cidade de São Paulo, dado pelo monarca não significou coisa alguma.
Depois de todos esses anos ainda estamos muito distante de alcançar a autonomia político-administrativa frente aos interesses imperialistas dos EUA ou de qualquer outro país capitalista rico. Não houve um sólido crescimento socioeconômico com a distribuição mínima de renda às camadas baixas - urbanas e campesinas. Esse desenvolvimento tecnológico do parque industrial não possibilitou o acesso das populações empobrecidas através do amplo acesso às Instituições de Ensino Superior (IES) com a implantação de universidades públicas em todo país com incentivo e financiamento de pesquisa científica em todos os campos do conhecimento.
A formação do mercado de trabalho livre interno ainda não tem musculatura suficiente para ampliar a oferta de postos de trabalho e aumentar salário às populações confinadas nessas franjas da sociedade. O que prevalece é a manutenção de uma massa crescente de desempregados (exército de reserva), uma pequena parcela de força de trabalho empregada (com baixo valor agregado e baixos salários) e índices altíssimos de trabalho informal. Não existe soberania para um país com esse perfil persistente no Brasil, de modo que possa promover a efetiva independência do povo brasileiro.
Diferente do Grito dos Excluídos, esse episódio do grito da monarquia lusitana totalmente fora de propósito (se não fosse trágico, seria cômico) não passou de blefe em formato de comédia de péssimo gosto. Talvez, com muito esforço intelectual, ócio criativo e a autorização da historiografia contemporânea (em particular historiador Nelson Werneck Sodré) pudéssemos considerar esse episódio truanesco da cena política brasileira como sendo o primeiro stand-up comedy lusitano na América do Sul oitocentista.
Esse goelar lusitano (politicamente rouco e afônico) do monarca Pedro de Alcântara durante o Primeiro Reinado no final de século XIX tem relação com o modelo de Estado com resquícios feudais, portanto, anacrônico pressionado a dissolver-se pelos ventos da revolução burguesa francesa (1789) e o fim do ciclo da primeira revolução industrial inglesa (1760 e 1840) na Europa que alavanca a mundialização crescente dos mercados capitalistas.
Não deixa de ser um reflexo da conjuntura internacional capitalista do final da primeira revolução industrial, marcada por tensões e conflitos econômicos mundiais entre impérios e suas respectivas colônias. O acirramento de conflito de interesses socioeconômicos capitalistas, sob a égide do imperialismo britânico que proibia o comércio internacional de seres humanos africanos na rota do atlântico. Sob esse manto "anti-escravocrata", dar-se-ia não apenas o desenvolvimento do trabalho livre (no Brasil isso não significou inclusão das populações africanas e afro-brasileiras), mas também a disputa pelo controle comercial dos portos brasileiros.
Diferente da França, o Brasil não realizou a sua revolução liberal burguesa para livrar-se definitivamente da herança escravagista e das tralhas estruturais herdadas do feudalismo, um sistema monárquico absolutista lusitano. A coroa portuguesa fez exatamente o que o acordo britânico lhe impunha de maneira subserviente, lenta e gradual para evitar consequências desastrosas causadas pela beligerância inglesa. A desconfiança e o aprofundamento da crise imperial ampliaram o abismo entre a recém-chegada família real portuguesa (e seu governo imperial) da maioria do país, como afirma o historiador Nelson Werneck Sodré sobre "as grandes linhas do Sete de Abril começavam a definir-se".
Coagido pelo império britânico, o anedotista D. Pedro I escreveria o primeiro capítulo da comédia do grito. O tal “brado”, fora dado sem disparar uma bala de canhão e sem derramar nenhuma gota de sangue pelo fio da espada do opressor. Nunca houve nenhuma intenção da corte portuguesa em transformar as estruturas de poder monárquico no Brasil numa monarquia constitucional. Aliás, manteve-se o absolutismo de um governo déspota com verniz esclarecido.
A piada ensaiada várias vezes para não esquecer a frase do grito, nunca teve a finalidade de mudar alguma coisa. Consequentemente, não houve absolutamente nada de novo na vida social, econômica, cultural e política do Brasil, sobretudo para as populações trazidas da África como escravas e os povos originários.
Duzentos anos depois, a população conquistense continua sem ser escutada e gritando desesperadamente na porta de hospitais por saúde; nas escolas e creches por educação de qualidade; na porta das empresas por emprego; nas marquises por moradia digna; nas portas por alimentação, roupa e calçado; nos sindicatos por salários dignos, redução de jornadas extenuantes e condições de trabalho; nas ruas por dignidade da pessoa humana e contra extermínio da juventude negra pela polícia militar; e por desenvolvimento social. Essas vozes estridentes dos desalentados explicam a saída aturdida da prefeita do palanque para não ouvir o grito de clamor político sem se comprometer em responder as mazelas bolsonaristas, receando ser vaiada publicamente.
Os votos das últimas eleições gerais do Brasil, em especial os que derrotaram Bolsonaro no poder central do Brasil não deixam de ser a retomada do grito preso na garganta dado por quem buscava independência do jugo involuntário (alguns voluntários se arrependeram) do governo fascista do clã Bolsonaro. Quase um ano depois de derrotar o governo que resultou do golpismo de 2016, uma coalização da direita com a extrema-direita no país, na antevéspera das eleições municipais, a parcela da população conquistense foi às ruas gritar contra os estertores herdados bolsonarismo, o governo municipal fascistas e politicamente moribundo.
Assim como a independência proclamada de D. Pedro I em 7 de setembro de 1822 foi uma vergonhosa farsa, o atual governo municipal da prefeita (não eleita) dos ricos de Vitória da Conquista também o é. Além de repetir a farsante antipolítica bolsonarista, promove a comédia politicamente incorreta à luz do dia. Essa farsa ficou visível com a saída açodada da prefeita para não escutar o “Grito dos Excluídos” no palanque oficial, montado para juntar os bobos da corte, com o fito de justificar seus altos salários bajulando a blogueirinha bolsonarista durante o desfile cívico.
Dizem às más línguas que Alcântara ficou com medo de que os britânicos incitassem levantes populares (movimento abolicionista organizado por membros alforriados e maçons de lojas inglesa no Brasil) para tencionar os bastidores da política monárquica brasileira, temendo ser deposto no seu primeiro reinado e instituir a república com a revolução burguesa.
A amedrontada prefeita de Vitória da Conquista se ressentiu do “Grito dos Excluídos” e fugiu às pressas depois da afanação de fundamentalistas pentecostais bolsonaristas ajoelhados e as mãos erguidas na direção da prefeita (Jezabel?) fazendo exatamente aquilo que dizem ser idolatria religiosa. Sobretudo, àquele satanizado paganismo (Nem tanto o greco-romano, mas, sim do panteão africano), agindo como serviçais adoradores de uma deusa pagã.
Com ares cenográficos de filme mexicano, a prefeita fujona pávida caiu fora antes mesmo dos movimentos sociais se aproximarem do palanque para fritar publicamente o seu juízo diante da população. A prefeita teve receio do apoio e das vaias de populares presentes, pois ao longo do trajeto muitas pessoas manifestavam espontaneamente apoio ao ato do Grito dos Excluídos. Como toda pessoa covarde, escolheu fugir sub-repticiamente da presença da sociedade sem dizer absolutamente nada.
Agiu com extremo infantilismo, típico de uma criança mimada que faz algo errado e foge desesperadamente da presença dos pais porque teme as consequências. Pois, foi dessa forma que a prefeita se evadiu de sua própria bolha, deu no pé porque no fundo ela sempre soube que só existem duas maneiras para se enfrentar a verdade: mentir ou admitir os fatos. Nesse caso específico não existem argumentos eticamente possíveis, pois, a força da verdade presente no clamor do Grito dos Excluídos é imbatível e incomoda mesmo.
A história do “Grito dos Excluídos” fará no ano que vem 30 anos e já se estabeleceu como uma importante data de luta dos movimentos sociais organizados no calendário da população conquistense. Esse clamor popular se tornou o verdadeiro grito das massas oprimidas, excluídas e vulnerabilizadas pela indiferença de governos fascistas.
Desde o primeiro Grito dos Excluídos, que aconteceu em setembro de 1994, as pautas são sempre polêmicas porque refuta a tal independência com fatos relevantes de caráter socioeconômico e político. Aquele grito era a antessala da derrota do pedralismo, força política recém-incorporada ao carlismo em Vitória da Conquista.
Naquele ano, Vitória da Conquista era governada pelo ex-prefeito José Pedral Sampaio que ficou no palanque até passar o Grito dos Excluídos. Gostando ou não permaneceu no palanque. Inconfundivelmente equivocado em sua malograda aliança de 1992 com o carlismo (seu antigo desafeto) que promoveu um volver à direita, contudo, jamais se presenciou qualquer comportamento que pudesse vincular José Pedral ao fascismo.
Àquela fatídica década, o Brasil amargava os efeitos destrutivos de um longo período de uma sanguinária e corrompida ditadura militar no Brasil (1964-1985) que puxou para baixo todos os indicadores socioeconômicos no país. Um país gigantesco e populoso, sob a égide do desemprego, da corrupção, da hiperinflação, do déficit habitacional, da baixa qualidade, ineficiência e insuficiência quantitativa dos serviços públicos essenciais (Saúde, Educação Desenvolvimento Social) ofertado à população e uma escalada sem limites de múltiplas violências tomavam conta do campo à cidade em todo o país.
A Vitória da Conquista de 1996, mesmo sendo a terceira maior cidade da baiana porque era de fato o município que tinha uma população estimada em 240.931 habitantes e um minúsculo orçamento municipal de R$ 51,43 milhões de reais (lei nº 853/1995). Era um município atrasado e infinitamente menor do que é atualmente, com limitações iguais a qualquer outra cidade de 25 mil habitantes de hoje.
A leitura da conjuntura política naquele momento apontava para o crescimento vertiginoso do Partido dos Trabalhadores (PT) em quase todo o país, sobretudo em Vitória da Conquista. Esse crescimento político (partidário, sindical e de movimentos sociais do campo e da cidade) tornaria uma ameaça não apenas ao socialdemocrata (ex-socialista?) José Pedral, mas às hostes pedralistas. Uma ilusão com a qual o prefeito José Pedral cederia à aliança, articulando-se a jactância do coronelismo bizarro do governador da Bahia, o Antônio Carlos Magalhães (ACM) com a suposta perspectiva de se conseguir investimentos, melhorias e o crescimento socioeconômico para o município.
Os governos do Partidos dos Trabalhadores (PT) nas duas décadas (1997-2017) de gestão também foram alvos de duras críticas dos movimentos sociais no ato do Grito dos Excluídos (do 4º em 1997 ao 23º em 2016) e nem por isso esses prefeitos, o médico Guilherme Menezes e professor José Raimundo, abandonaram o palanque corridos ou ordenaram que servidores municipais com função de polícia administrativa ou solicitou que a polícia militar intimidasse, constrangesse ou reprimisse esses atos. Expressando profundo respeito à cultura democrática priorizando sempre a dialogicidade e o princípio da ampla defesa e do contraditório.
29 anos depois do primeiro Grito dos Excluídos, Vitória da Conquista se assusta com algo que não condiz com o comportamento citadino dos munícipes de nossa cidade que nunca permitiu se dobrar ao carrasco coronelismo de ACM, lutou contra a perseguição persecutória de ACM, nunca permitindo que subjugasse a política municipal.
Embora nunca tenha sido votada para o cargo presenteado e que exerce da pior maneira possível, a prefeita revelou sua covardia (só as pessoas covardes golpeiam pelas costas). Suas perseguições administrativas, comportamento de péssima gastadora e as empáfias políticas de uma gestora incompetente define seu desastroso perfil como agente pública municipal.
O que nos faz crer que essa é a principal razão pela qual seu temerário governo sempre foi uma bagunça, um descontrole, desmando que torna Vitória da Conquista uma terra de ninguém. Por isso, o grito na garganta da população conquistense que tem fome de democracia, de liberdade expressão e de respeito. Vitória da Conquista tem sede de oportunidade de trabalho, boa educação, boa saúde e de desenvolvimento social.
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