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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Retomada


*por Carlos Maia

 

Ressurgindo das cinzas

Pós grande pico pandêmico

Cá nós estamos

Há firmarmo-nos

Qual lendária Fênix

Na resistência nova da vida

Como a de gatos pardos

Que tateiam na escuridão

Do pisar macio dos felinos

Pelos caminhos ardentes

Do braseiro da luta de classes

Demandas são grandes

Mas o esforço com a formação

Rápida e precisa

Para compensar perdas

De velhos e experientes militantes

Ficam-se pequenos marcos

Na trajetória de lutas

Dos que insistem

Em manter a emulação sadia

Criativa e ideológica

Vamos amigos!

Vamos camaradas!

O tempo urge

Arranjem tempo

Já somos todos idosos

                                                                                                                                               

 

Em meio a uma puberdade

De militantes e intelectuais

Dos filhos e filhas da conjuntura

Os dias passam e o nosso edifício

Nossa trigêmea torre

De concreto armado

Pela ferragem do marxismo

Mantêm-se firme e atual

Dentro dos padrões estéticos

Da engenharia moderna

Que o traço marcante

Do Velho Baixo

Desenhou pelas páginas

Da Estratégia da Tática e da Concepção

Formando assim a linha divisória

Entre reforma e revolução

Eis a forma e o estilo

Daquilo que de fato não morreu

Apenas manteve-se em suspensão

Num estado de repouso

Onde as garras

Foram devidamente afiadas

Para as unhadas

Na burguesia e no Estado do capital

Que atinjam de forma mortal

Último do bastião

Da escravidão de classe

 

*Carlos Maia - Abril/2022

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