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quarta-feira, 28 de março de 2018
CARTA ABERTA AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DA REDE PUBLICA MUNICIPAL.
março 28, 2018
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por
Vinícius...
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"Diante do exposto, nós Profissionais da Educação vimos a público externar nossa insatisfação e o absoluto repúdio ao atual gestor municipal pelo ataque leviano à história irretocável de lutas do Sindicato do Magistério Municipal Púbico de Vitória da Conquista (SIMMP) ao afirmar peremptoriamente que “Onde tem sindicato forte a educação é fraca”.”
Vitória da Conquista, 28 de março de 2018.
Os Profissionais da Educação da rede pública municipal de Vitória da Conquista, devem ser inspirados pelo ideal de liberdade, baseado na igualdade material e intelectual, condição indispensável para exercer o pensamento crítico dentro e fora da sala de aula. Essa práxis pedagógica dever ser perpassada pela expressão da luta política (inalienável) cotidiana articulada pela necessidade de emancipação humana. Lutar pela liberdade de pensamento e expressão no âmbito do Magistério Público Municipal. (SIMMP, Art.2, Inciso IV, 2014)
Essa dinâmica tem também por finalidade organizar a categoria, dar formação política e realizar o combate sistemático nas escolas, ruas e praças por melhores condições de trabalho. Essas são as condições imprescindíveis de lutas individuais e coletivas, uma vez que persiste a opressão, o assédio moral, sexual, a perseguição política e uma desvalorização compulsória da remuneração salarial que compromete a qualidade de vida da categoria.
Essas são as condições para realizar a luta política sindical de esquerda, sem aparelhamento partidário, alienação ideológica e conservadorismo político de viés fascista uma vez que esse tem sido o único caminho possível na defesa de uma educação emancipada, com a qualidade e criticidade no ensino (público, laico, universal, diversidade e democrático) que deve ser oferecido a população conquistense.
Reconhecemos que cada profissional da Educação é um ser social que deve ser protagonista das grandes mudanças socioeconômica e política do município de Vitória da Conquista, por isso torna-se guardião do Estatuto, da memória e das bandeiras de lutas do sindicato, enquanto instrumento político de intervenção na sociedade visando contribuir com as transformações sociais, econômicas e políticas que tragam melhorias efetivas na qualidade de vida para a população.
Reconhecemos que somos responsáveis direto ou indiretamente pelo processo contínuo de formação e ensino-aprendizagem de crianças e adolescentes da rede pública municipal de ensino oriundos das classes trabalhadoras e das populações pobres com múltiplas vulnerabilidades.
Diante do exposto, nós Profissionais da Educação vimos a público externar nossa insatisfação e o absoluto repúdio ao atual gestor municipal pelo ataque leviano à história irretocável de lutas do Sindicato do Magistério Municipal Púbico de Vitória da Conquista (SIMMP) ao afirmar peremptoriamente que “Onde tem sindicato forte a educação é fraca”.
Contudo, lamentamos profundamente pela fragilidade ideológica que expressa, em última instancia, uma despolitização da grande maioria dos dirigentes sindicais frente a resposta tímida (cordata?!) da executiva do SIMMP ao ataque virulento desse gestor truculento a serviço exclusivo das elites conservadoras conquistense de viés fascista.
Na condição de força de trabalho intelectual qualificada cognitivamente para o pleno exercício da docência, particularmente de categoria formadora de opinião, enquanto ser pensante, temos a obrigação moral de responde-lo conforme o agravo. Excepcionalmente, porque essa direção sindical foi eleita porque apresentou um conjunto de pautas e bandeiras de lutas à esquerda.
Caso exista algum alinhamento à direita, tal orientação foi temerariamente mascarada no decurso do período eleitoral para enganar a categoria que concedeu a chapa “Atitude e Independência: Porque o novo sempre vem!” 87% dos votos válidos, se transformando numa vitoria esmagadora. Do contrário, não teria obtido o amplo apoio da categoria como oposição ideológica ao atual governo, excepcionalmente como resposta à traição e peleguismo da antiga presidente à categoria que usou o sindicato como trampolim eleitoral para interesses pessoais.
Em relação a sociedade conquistense que conferiu 95.710 dos votos (57,58%) ao atual gestor o fizeram porque alegavam ser esse governo (truculento, autoritário e perseguidor de servidor público) uma alternativa ao modelo em curso naquele momento há 20 anos. Certamente elas identificaram certas condições que evidenciavam desgastes que assinalava para a necessidade de mudanças efetivas na gestão e na política administrativa da máquina pública municipal reeleita por 5 mandatos consecutivos. Embora seja necessário refletir criticamente acerca da responsabilidade política da escolha e suas consequências negativas para uma cidade numa dinâmica de crescimento, embora houvesse contradições estruturais que sinalizavam cansaço.
A narrativa fascista do atual gestor, “Onde tem sindicato forte a educação é fraca”, nos mostra nitidamente a responsabilidade em manter os privilégios sociopolítico e os interesses econômicos das oligarquias conquistense, pois mesmo sendo beneficiado pela reforma trabalhista que permite a escravização dos servidores municipais, faz-se necessário extinguir definitivamente as organizações políticas das classes trabalhadoras: sindicato. O sindicalismo atuante, forte, ideológico e de esquerda é a voz incansável da resistência, um símbolo de luta.
Consideramos que é inexoravelmente inaceitável quaisquer ataques promovido pelo atual gestor ou de quaisquer membros de sua equipe de governo à categoria, ao sindicato e a memória histórica de sua militância porque visa desqualificar o sindicato. Essa é a principal razão do furor do gestor, aliás, seu ódio ao sindicato reside nas finalidadesque o SIMMP deve desempenhar, principalmente fazer a:
Luta pela melhoria das condições de trabalho dos Profissionais de Educação, por sua justa remuneração Salarial, pela melhoria do Ensino, bem como a garantia dos direitos garantidos. (SIMMP, Art.2, Inciso V, 2014)
Por tudo isso, repudiamos a atitude truculenta e fascista desse governo incapaz que insiste em subestimar os Profissionais da Educação ao restabelecer antigas práticas de vassalagem e escravidão. O sindicato é uma organização política indispensável as grandes transformações na sociedade contemporânea. Atribuir às lutas sindicais à responsabilidade pela incapacidade dessa gestão de gerir tecnicamente a máquina é um comportamento perigosamente fascista.
Esse gestor municipal, um radialista paladino da moralidade na radio, sucumbiu em suas próprias palavras vazias. Apinhou a Secretaria Municipal de Educação de gente desqualificada, descomprometida e preocupada apenas com contracheque vultuoso no final do mês é que está fazendo a educação ser fraca. A prova maior é que a presidente anterior transformou o sindicato numa máquina de guerra contra o governo, negligenciando a defesa da educação emancipacionista e a qualidade de vida dos profissionais da educação.
O oportunismo desse governo incompetente que desconhece todas as diretrizes das políticas nacionais da educação básica, planos de educação e sua legislação. Por isso, defendemos um sindicato forte, combativo e ideologicamente preparado para cumpri suas finalidades que é fazer a luta política diária, sem a qual sucumbiremos ao atraso do retrocesso e a perda das conquistas da categoria conseguidas com muita luta!
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