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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

COMUNICADO DO PARTIDO OPERÁRIO INDEPENDENTE (POI) DE FRANÇA 10 de Janeiro de 2015







Comunicado N° 3 de discussão e de preparação do V Congresso (aberto) do POI e dos congressos departamentais (abertos)
Aos aderentes do POI, aos simpatizantes e aos leitores de Informations ouvrières (Informações operárias)

A nossa posição:
Desde há três dias que uma vaga de emoção sem precedentes levou milhões dos nossos concidadãos, expressando a sua angústia, a reagirem perante o ignóbil atentado que atingiu o semanário Charlie Hebdo.


Angústia perante este ataque contra a liberdade de imprensa – pilar das liberdades e da democracia. Angústia de que seja suscitado o “comunitarismo”,  com o intuito de desmantelar a democracia e a República laica. Angústia de ver transposta para o nosso país a guerra perpetrada pela coligação – de que são membros a França e todos os países europeus – sob a direcção de Obama.
Esta angústia alimenta-se da angústia gerada pelo desemprego, pela miséria, e pela destruição dos direitos e das garantias – orquestrados pelos governos que obedecem ao FMI e à União Europeia.
Desde o anúncio dos primeiros atentados, o Partido Operário Independente (POI) expressou a sua mais firme condenação. Durante todo o resto da semana, os seus filiados  – com milhões de trabalhadores e de jovens – participaram, sob todas as formas, na expressão espontânea desta angústia e desta indignação.


O POI coloca a questão : poderá um primeiro passo ser dado no sentido de uma solução consentânea com as aspirações à paz e à democracia, numa manifestação encabeçada por François Hollande, Angela Merkel, Mariano Rajoy, David Cameron, Matteo Renzi, Juncker (presidente da Comissão Europeia), o ministro da Justiça de Obama e até o Secretário-Geral da OTAN (1)?
Quem pode acreditar que aqueles que constituem – sob o comando de Obama – a coalizão que semeia a guerra e a desolação na Síria, no Iraque, no Mali, na Líbia, na República Centro-Africana… estejam habilitados para encabeçar e representar as aspirações à paz por que os povos anseiam?
Quem pode acreditar que aqueles que impõem a austeridade, o desemprego e a desregulamentação em todos os países da Europa – sob a égide da União Europeia – estejam habilitados para responder às aspirações à justiça social e à defesa dos direitos?


Para o Partido Operário Independente, é combatendo sobre o seu terreno de classe e sobre as suas reivindicações – preservando a sua independência – que o movimento operário sempre deu, dá atualmente e dará no futuro a mais fundamental contribuição para a luta pela democracia e pela paz.
É sobre este terreno que agimos e continuaremos a agir. Ajudar a nossa classe a juntar-se para a defesa dos seus interesses e a defender-se – como classe dos oprimidos e dos explorados – constitui a contribuição mais decisiva para o combate de defesa e de reconquista da paz e da democracia.
A luta pela paz e pela democracia é inseparável da ajuda ao combate contra a política do governo de Hollande-Valls. Governo que, apenas neste mês de Janeiro, põe em prática o “Pacto de responsabilidade” (41 bilhões de euros de isenções aos patrões e 50 bilhões de euros de cortes nos serviços públicos) e a lei Macron – que questiona todos os direitos.


É por isso que estamos a construir um autêntico partido operário independente, instrumento para ajudar a classe operária a agir e a combater – sobre o terreno da luta de classe – pelo socialismo, pela República e pela democracia. Os trabalhadores têm necessidade de se agruparem politicamente, com toda a independência. Têm necessidade de um partido deles, independente da União Europeia e de todos os governos, independente da classe capitalista.


É sobre este terreno que estamos a preparar o nosso V Congresso (aberto), bem como os congressos departamentais abertos a todos os trabalhadores e militantes que se interrogam sobre a gravidade da situação e os meios para bloquear a deriva que se desenha.


O Conselho Federal Nacional do POI mandata o seu Secretariado permanente para se exprimir, de acordo com os desenvolvimentos da situação, através de comunicados de discussão e de preparação do Congresso aberto.

Adoptado à unanimidade pelo CFN (Conselho Federal Nacional) do POI
Sábado, 10 de Janeiro de 2015, 18 horas
(1) Juntemos ainda Netanyahu a lista, o primeiro-ministro israelita anunciou, também, no sábado à noite a sua participação na marcha.


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