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quarta-feira, 20 de abril de 2016
Eduardo Cunha e a temer-idade que põem em risco a democracia e a economia brasileira.
abril 20, 2016
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Vinícius...
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"Todo voto em favor da pauta golpista dos entreguistas da riqueza da nação possui um pano de fundo econômico."
* Por Herberson Sonkha[1]

O Brasil assistiu com surpresa a forma como se deu a sessão que apresentou a plenária da Câmara de Deputados Federal no domingo (17) a admissibilidade do relatório (um stand-up) do impeachment da presidente do Brasil. Pasmem! Mas, num misto de loucura e malandragem mais dois terços dos e das parlamentares daquela casa se colocaram para a sociedade mundial como eles realmente são, e, o povo ficou atônito com tanto conservadorismo e picaretagem. A questão central aqui não foi exatamente o fato de votarem a favor do impeachment, mas sim a reprodução do cinismo do líder maior daquela casa, réu num processo do Supremo, o ladino Eduardo Cunha.
A covardia da maioria dos deputados é algo constrangedor, não menos velhaco, pois dissimularam as razões de seus votos apresentando-se desavergonhados à nação brasileira para justificar seu sufrágio. Aliás, tomados pela euforia midiática golpista discursaram como paladinos da moralidade e dos bons costumes. As justificativas utilizadas nos remetem aos sombrios tempos da atroz ditadura civil-militar dos anos de chumbo do golpismo de 1964, patrocinado pelos capitalistas imperialistas estadunidenses com interesses econômicos na riqueza do país.
Mas, o que de fato aconteceu naquele domingo para os e as brasileiras? Contudo, se a história se repete como revela o pensamento marxiano, a segunda vez é uma farsa sem precedentes na frágil instituição política desde a primeira Republica no final do século XIX. Todo voto em favor da pauta golpista dos entreguistas da riqueza da nação possui um pano de fundo econômico. O que operou por trás das cortinas de ferro dos torturadores e estertores do fascismo foi à força e opulência dos capitalistas que, além de enquadrar os seus deputados que receberam generosos “investimentos” feitos em suas campanhas, colocaram seus aviões confortáveis e velozes para carregar a claque de traidores entreguistas dos interesses do povo brasileiro para consumar uma farsa.
O povo brasileiro assistiu estarrecido a esta fabula dos golpistas e, não duvide da capacidade de compreensão deste povo sofrido que há mais de 500 anos vêm levando tombo da burguesia, a direita capitalista, vivenciado com resistência todas as formas de opressão, violência física e a imoralidade cruelmente praticada por uma burguesia acéfala e odiosa que não excita em constranger as populações empobrecidas com sua “educação” de berço esplêndido. Esta turma do andar de cima passou a vida disputando o Estado entre as famílias tradicionais, se revezando no poder e agora querem tomar no tapetão porque perderam o apoio “natural” para saírem das crises financeiras pessoais e empresariais.
A burguesia brasileira desde 2002 perdeu as facilidades de obter "capital de giro" e ilegais "doações" generosas extraídas dos cofres públicos que historicamente salvaram suas empresas (bancos) prejudicadas pela corrupção de banqueiros e pela reprodução centralizada do capital que no percurso vai engolindo capitais menores e já não tinha mais como manter seus negócios operando lucros absurdos fora do comando do Estado. Como não havia nenhum indício de corrupção da presidente, restou apenas à lei neoliberal (LRF) como estratégia de condenação, levando-a a exaustão numa tese de crime fiscal. O tribunal instaurado contra a presidente tem como juiz os “doutores” da academia que advogam em favor do capitalismo.
A centralidade do golpe consiste em caracterizar como crime, afirmam os defensores da lógica do pensamento neoliberal, todas as ações, os programas e os projetos governamentais eleitos por mais 52 milhões de brasileiros, em 2012. Portanto, os investimentos no social feito por este governo, estão sendo julgados por uma lógica que o povo brasileiro não escolheu nas urnas, que se fundamenta na tese neoliberal que imputa as contas públicas a mesma lógica fiscal do “gastar menos do que arrecadar”, dinâmica intrínsecas as empresas privadas regidas pela lei da demanda e da oferta do mercado, principalmente se este investimento (para eles gastos) for exceder para manter uma agenda de financiamento de políticas públicas.
As pedaladas fiscais e os supostos créditos suplementares sem autorização do legislativo, apesar de explicados minimamente pelo atual ministro da fazenda Nelson Barbosa e o Prof. de Direito Financeiro, Ricardo Lodi Ribeiro parece não valer porque são duas teses absolutamente divergentes e os defensores (detratores dos interesses sociais) da tese neoliberal são maioria e por isso esta parece ser a "correta", mas vale lembrar que elas partem de orientações antagônicas. É preciso compreender que o legislativo nunca discutiu o caráter neoliberal da LRF, inclusive os deputados de esquerda, pois o cerne desta lei está fundamentado na tese central que assegura a austeridade como mecanismo de controle dos dispêndios da fazenda pública com o social. Portanto, a base da arguição do neoliberal Miguel Reali Junior[2] consiste em tipificar como ações criminosas quaisquer financiamentos públicos no social alegando que este não gera riqueza (lê-se crescimento das economias privadas) e por consequência não geram novas oportunidades de trabalho e isto compromete o desenvolvimento do capitalismo porque reduz investimentos em bens de capital favoráveis a reprodução do capital.
Portanto, a tese de Miguel Reali Junior é a tese do PSDB, que acompanha a tese da Escola Austríaca que levou o Brasil, no governo de Fernando Henrique, a bancarrota socioeconômica, assalariamento das classes trabalhadoras com a retração no mercado de trabalho, todavia com crescimento absurdo do lucro capitalista. O que houve foi uma nova disputa deste mesmo projeto derrotado em 2012 sem o crivo da população criminalizada pelo PSDB no governo FHC.
Portanto, ao declarar cada voto os deputados do impeachment omitiram a verdadeira natureza criminosa de seu voto, porquanto decidiam em favor dos interesses capitalistas, contra o povo, apelando para um senso comum conservador. A tese de que estavam auscultando as ruas além de desonesta (a globo se encarregou de pulverizar esta “verdade”) é equivocada porque as ruas estavam divididas mesmo com um palanque midiático da rede globo de televisão operando 24 hora diárias, todos os dias, a favor do impeachment.
A maioria absoluta destes deputados e deputadas apelou para a família, para a pátria e para Deus, sem dizer com a mesma “honestidade” que acusaram a presidente qual o perfil de família eles estavam defendendo; que pátria seria esta é de que concepção de religião eles/elas professam, pois o até o Oriente Médio que mata, estupra e violentam direitos humanos alega o fazer em nome de Deus, da pátria e da família.
Concluo afirmando que o golpe aplicado pelos parlamentares a serviço da ordem burguesa e do capitalismo em crise, atende a agenda econômica mundial que encontrou no Brasil um adversário político que ousa disputar no cenário internacional mercados, especificamente o do petróleo, com sólidos ativos financeiros dos BRICS que se insurge contra o neoliberalismo e com a disposição política para fortalecer o novo bloco econômico regional com fortes influencias no mundo financeiro, no momento em que o capitalismo mundial agoniza com seus pífios indicadores de crescimento, algo próximo a 3%, com muito estímulo.
Os líderes mundiais do capitalismo, particularmente aqueles egressos do imperialismo norte-americano se esforçam para retomar o crescimento do capitalismo que agoniza em crises cíclicas localizadas, mas com desdobramentos mundiais. Assim, descaradamente estes parlamentares escondem no mando da moralidade para aplacar os ânimos da população que sofre o revés da crise econômica mundial, privado e não público, usando a presidente como bode expiatório para responsabilizar pelos irremediáveis problemas crônicos mundiais de um sistema econômico excludente e perverso.
O golpe avançou, democracia ameaçada
abril 20, 2016
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Vinícius...
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"Sempre tenho dúvida se a ambição provoca a traição ou se a traição provoca a ambição."
* Por Edwaldo Alves Silva[1]

Eduardo Cunha X Democracia: Quem Vencerá?
abril 20, 2016
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Vinícius...
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"A mentira logo foi desmascarada por órgãos oficiais da justiça da Suíça, que revelou ao mundo o número da conta, o valor e o seu beneficiário: Eduardo Cunha, o operador da farsa do impeachment."
*por Edwaldo Alves Silva[1]
Existe grande expectativa em todo o país sobre a decisão da Câmara dos Deputados sobre o pedido de impeachment da presidenta Dilma. O resultado que provavelmente surgirá no dia 17, indicará que Brasil teremos. Ou continuaremos no caminho do desenvolvimento democrático iniciado após a derrota da ditadura militar, inclusive com o contínuo aperfeiçoamento dos meios institucionais de combate à corrupção e ao degradante sistema de financiamento eleitoral, ou, então, prosseguirá a tentativa de derrubar a presidenta eleita vislumbrando-se um futuro de incertezas e flagrantes retrocessos. Eis a questão!
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