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sexta-feira, 29 de agosto de 2014
"Os Jacqueswagneristas priorizaram um ‘debate fácil’ ao invés da reflexão com a militância do partido."
agosto 29, 2014
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Vinícius...
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JBergher: "Assim como boa parte de brasileiros, sou filho de trabalhadores na acepção da palavra" |
"Teoricamente professores deveriam não se colocar na posição de superioridade. É a lógica do ensinar para ignorantes... "
* Roteiro realizado por Herberson Sonkha
Olhos fixos, fala tranquila, centrado e um sorriso preciso fez de um elementar roteiro de perguntas, uma das mais ricas análises histórica, filosófica e política da atualidade. O intelectual jequeense faz um rápido balanço sobre os descaminhos teóricos da fluída sociedade contemporânea. Com lúcida e ácida respostas ao Blog do Sonkha, a entrevista com o militante petista negro, intelectual, historiador, filósofo, professor de formação, o jequieense Joilson Bergher, colidiram com o controverso cenário político eleitoral baiano, o infortúnio das alianças, mas ressalta os avanços socioeconômicos obtidos pela gestão do Partido dos Trabalhadores no Brasil e na Bahia.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Conversa sem formalidades: PSDB e a rede globo, tudo a ver!
agosto 12, 2014
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por
Vinícius...
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* Herberson Sonkha
“Convém aqui relembrar que os meios de comunicação, notadamente a televisão, constituem-se em poderosos instrumentos de manipulação e de persuasão, sendo na atualidade os maiores formadores não só de opinião como de comportamentos, hábitos e atitudes”. (Profª. e Socióloga Maria Lucia Victor Barbosa.)
A mídia continua sendo o quarto poder no mundo, assim escreve a professora Maria Lúcia Victor Barbosa. Este poderoso instrumento de manipulação e persuasão segue conspurcando a opinião pública para atender aos interesses do grande capital. Aqui no Brasil, a rede globo de televisão representa esses interesses. Basta lembrar-se das eleições de 1989 em que a emissora revelou seu verdadeiro caráter mercenário, que, aliás, lhe rendeu uma generosa ajuda feita pelo governo FHC como recompensa pela criminosa manipulação contra Luiz Inácio. A rede globo continua praticando crimes contra a opinião pública quando se utiliza diariamente do seu eficiente arsenal tecnológico para difusão de sua programação visando intervir na escolha dos eleitores em favor deste ou aquele mandatário que tirar do vermelho o fluxo de caixa da emissora.
Mas, há algo de errado no “país das maravilhas”, porque a entrevista com Aécio Neves (PSDB), que foi ao ar na noite de ontem (11), faz parte de uma série de entrevistas ao vivo com presidenciáveis, para que o candidato(a) pudesse responder a questões polêmicas e falar sobre os principais projetos que serão implementados caso vença as eleições, surpreendeu a todos, inclusive ao entrevistado Aécio Neves que ficou desconcertado, com sorriso furta-cor, tergiversou às perguntas. Os apresentadores do telejornal revelou tamanho contrassenso com o habitual formato, ou não passou de um jogo de cena. Ainda apropriando-se criticamente do artigo da professora Maria Lúcia, para elucidar o conceito de jornalismo da rede globo, ao citar o jornalista L.H. Mencken, “a verdade é uma mercadoria que as massas não podem ser induzidas a comprar”, ou seja, só há duas formas de impedir essa aquisição, uma é elevar o valor desta “mercadoria” a preços exorbitantes tornando-a incessível e a outra é mistificar de maneira a manipuladora.
A entrevista causou estranhamento porque contraria o juízo de valor da emissora, além do mais essa não é a conduta comum que a rede globo leva ao ar diariamente em suas opiniões tendenciosas e defesas veladas dos interesses capitalista em sua grade de programação pseudojornalística e comercial (não que haja qualquer diferença de um para o outro). Os rumos da entrevista realizada por Wiliam Bonner e Patrícia Poeta surpreenderam a todos telespectadores mais atentos, não pelas perguntas capciosas (fácil perceber porque somo vitimas disso diariamente) e sim para quem se dirigia tais perguntas com graus acentuados de cinismos, asperezas e eloquência crítica, embora o conteúdo seja de senso comum. O que não significa que elas tinham o objetivo de esclarecer alguma coisa, pelo contrário, imantar de verdade, isenção e seriedade o pseudojornalismo da rede globo.
Aécio Neves assume abertamente que representa o grande capital financeiro nacional e internacional e aproveita para anunciar em rede nacional a retomada da economia neoliberal de FHC e interrompida pelos governos de Lula e Dilma. Aécio Neves deixa claro que os organismos políticos e financeiros internacionais que regulam capitalismo não estão satisfeitos com as políticas de indução de desenvolvimento socioeconômico das populações pobres e das pífias taxas de crescimento do grande capital imperialista. O candidato o mineiro manifestou o descontentamento do PSDB com a política econômica do governo atual porque os indicadores socioeconômicos apresentou crescimento real porquanto vem promovendo melhorias nas condições de vida das populações empobrecidas pelo capitalismo. Milhões de brasileiros estão saindo da situação de vulnerabilidade socioeconômica através de políticas públicas financiadas com investimento público, que Aécio Neves chama de gastos.
Aécio Neves explicita as principais linhas programáticas de seu possível governo, de tal modo que é o PSDB vocalizado na voz de Aécio Neves que assume em rede nacional que pretende enxugar o Estado, cortar gastos, aumentar tarifas e reorientar investimentos para a indústria pesada e o agronegócio, preterindo investimentos estratégicos para recuperar o tecido social danificado pela ausência histórica de ações sociais do Estado, como indutor do desenvolvimento social e humano.
O insigne representante do capitalismo, Aécio Neves, também avalia que o meio ambiente (a natureza) seja transformado em recurso útil ao desenvolvimento dos fatores de produção do setor industrial, sem necessariamente melhorar a remuneração da força de trabalho, o inexorável fator de produção capaz de gerar riqueza. Esta afirmação implica em romper com a política ambiental adotada no país, cuja situação de estrago encontrado na natureza pelo governo atual diagnóstica como estado avançado de destruição, cujo esforço maior se dá exatamente em proteger, recuperar e conservar como área de interesses nacional para preservação ambiental pela sobrevivência das espécies animal e vegetal e mineral e, principalmente do rico banco genético. Aliás, na proposta de governo do candidato do PSDB, Aécio Neves afirma que retomará o projeto agroindustrial neoliberal que transformará compulsoriamente o pouco que conseguimos preservar em matéria-prima e insumo para atende a desenfreada demanda de mercado mundial da indústria de produção de bens de capital e consumo, de forma predatória, como foi no governo de FHC.
Reaparecem antigas expressões como enxugar o Estado, lá do governo neoliberal de FHC, sem necessariamente dizer o que isso significa para a população empobrecida e historicamente preterida em seus direitos socioeconômicos e políticos. Ou seja, para o neoliberal Aécio Neves isso impõe acabar com ministérios estratégicos para fortalecer a cidadania e dar musculatura às populações pobres para ingressar na universidade e outros espaços de poder. Aécio Neves quer eliminar as conquistas e para isso propõe diminuir substancialmente recursos destinados ao financiamento de políticas públicas estruturantes do tecido social destruído por FHC. Isso implica em impedir modificações socioeconômicas e políticas em curso que estão mudando a realidade de milhões de brasileiros que viviam em extrema pobreza no país. Comparece aqui o discurso perigoso de qualidade e eficiência apresentado pelo ex-presidente FHC para desqualificar e autorizar o desmonte do Estado com a insustentável justificativa de que este Estado, criado por eles, nas mãos de forças de centro e de esquerda é incompetente e incapaz de atender as necessidades da população brasileira.
O candidato fala em previsibilidade como se estivesse descoberto o elixir da vida eterna que cura todos os malefícios causados pela dinâmica perversa do capitalismo, baseado na mesma lógica do planejamento da economia do setor público, deixando a economia do setor privado ao deus dará da mão invisível, a mesma que ocasionou o apagão, arrasou o tecido social com o aumento da miséria, analfabetismo, desemprego, inflação, precarização dos serviços públicos, violência urbana e rural do governo FHC. Aécio Neves diz, “vou tomar as medidas necessárias para que o país retome o ritmo de crescimento minimamente aceitável. Não é adequado, não é compreensível que um país com as potencialidades como o Brasil seja o lanterna do crescimento na América do Sul”.
William Bonner abre a entrevista dizendo que Aécio Neves vem fazendo criticas ao governo federal a partir de um “diagnostico” que afirma que a economia do país não está boa e para resolver esta situação propõe que seu governo fará choque de gestão, redução de ministérios e de cargos comissionados, combate a desperdício, muito embora economistas ortodoxos reconheçam que são suficientes e sugerem cortes profundos de gestos e diz ser necessário eliminar a defasagem de tarifas públicas como gasolina e energia elétrica. Insiste Bonner: “O senhor não vai fazer estas medidas que os economistas defendem, ou Senhor esta procurando não mencionar estas medidas porque são impopulares?” Responde Aécio Neves: “A inflação que era uma agenda que imaginava ter sido superada (por FHC) está de volta a atormentar a vida das pessoas”.
O candidato do PSDB volta a tocar na questão do ambiente econômico alegando desconfiança internacional para investimento. Aécio Neves se esquece que o governo atual diminuiu consideravelmente o indicador Riscos Brasil (O índice Emerging Markets Bond Index Plus-EMBI, é a medida mais utilizada pelo mercado para expressar o nível de risco de um país e é calculado pelo banco de investimentos americano J. P. Morgan) melhorando a relação retorno versus risco, que em setembro de 2002 era de 2,446, vale lembrar que neste período o dólar era cotado próximo a R$ 4,00 e a Bolsa brasileira (Bovespa) já acumulava uma perda de -30% nos últimos 3 anos, caindo numa série histórica em março de 2011 para 184 (dados do IPEA Data, 17/03/2011) com índices altíssimo, deixado pelo governo do PSDB, clima que tem atraído setores do capitalismo imperialista disposto em investir no país.
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